sábado, novembro 19, 2016

Samsung rompe patrocínio com a CBF...

Logo: Samsung



Sem Samsung, CBF perde mais um patrocínio em período de crise

Contrato da empresa sul-coreana iria até 2018, mas foi rompido


Por Duda Lopes/Máquina do Esporte


A Samsung não patrocina mais a CBF.

A empresa resolveu romper o acordo que mantinha com a entidade desde 2013.

O contrato entre as partes era válido até 2018, mas a companhia resolveu encurtar a parceria.

Essa é a quinta marca que deixa a seleção brasileira nos últimos dois anos, período de crise na economia brasileira. 

Oficialmente, a Samsung usou como justificativa uma revisão em sua estratégia de patrocínio.

No entanto, segundo a Máquina do Esporte apurou, a companhia alegou para a CBF momento financeiro delicado para romper o acordo com a confederação de futebol.

Globalmente, 2016 tem sido um ano difícil para a marca sul-coreana.

Além do prejuízo bilionário com o caso Galaxy Note 7, a companhia ainda teve nome vinculado a um escândalo político no Coreia do Sul.

Ainda assim, segundo a Samsung, não houve influência dos casos para o mercado brasileiro, e a decisão se deve exclusivamente a uma mudança de planos para o esporte. 

Agora, Samsung e CBF discutem na Justiça pelo valor de rescisão de contrato.

A empresa já se comprometeu em pagar a multa prevista no acordo, mas a fixação dos valores em dólares criou um empecilho para um rompimento mais amigável.

A multa é de US$ 20 milhões, e a Samsung alega que o pagamento deve ser feito com a cotação do dólar da época em que o contrato foi assinado, cerca de R$ 2,50.

Hoje, a moeda americana está em R$ 3,42, o que levaria a uma diferença de quase R$ 20 milhões no valor.

Nos últimos anos, quando o Brasil entrou em período de recessão econômica, a CBF já havia perdido outros quatro patrocinadores.

Gillette, Sadia, Michelin e Unimed deixaram a entidade após o término da Copa do Mundo de 2014.

A situação foi amenizada apenas com a chegada de Ultrafarma e Cimed.

A companhia sul-coreana, que tem apostado em conteúdo para suas plataformas de tecnologia, fez uso da seleção brasileira até o fim dos Jogos Olímpicos, evento que também contou com o aporte da marca asiática.

Outros patrocínios da empresa foram mantidos, inclusive com Gabriel Jesus, um dos astros da atual seleção brasileira.

A Samsung ainda conta com outros nomes do esporte, como o surfista Gabriel Medina e os jogadores de vôlei Bruno Rezende e Jaqueline Carvalho, usados durante os Jogos do Rio.

Procurada, a CBF não quis se pronunciar sobre o caso.

Nenhum comentário: