sexta-feira, abril 14, 2017

O Brasil de Tite...

O respeito não voltou, ele nunca nos deixou.

Gabriel Leme Penteado

Lendo uma matéria de Fernando Kallás, do jornal AS, vi a oportunidade perfeita para escrever sobre a nossa seleção.

A matéria do dia 27 de março, permite que se faça uma relação do futebol europeu e o futebol sul-americano e cheguei a conclusão que nossa seleção contém elementos de grandes seleções do Velho Continente.

Antes de assumir o compromisso com a camisa mais vitoriosa da história, Tite teve alguns meses de aprimoramento tático com importantes nomes do cenário europeu.

4 deles são fundamentais para a atual seleção: Kloop, Guardiola, Ancelloti e Simeone. Kloop e Guardiola trabalham no futebol inglês, em Liverpool e Manchester City, respectivamente.

Ancelloti, que já treinou o Real Madrid, inclusive sendo campeão da Champions League, em 2014 e atualmente é treinador do Bayern de Munique.

Simeone é o comandante do Atlético de Madrid.

Na seleção brasileira, é notável a presença da escola desses 4 técnicos.

A posse de bola implantada por Guardiola, o jogo ofensivo de Kloop e a defesa compactada de Simeone, uma combinação poderosa, que tornou a seleção canarinho a número 1 do mundo novamente.

Para entender como funciona a seleção de Tite, é essencial saber que o treinador utiliza seus jogadores nas posições em que os mesmos jogam em seus clubes.

Isso rende um melhor aproveitamento de atletas por posição e entrosamento rápido.

Com a bola, a seleção busca sempre se compactar, para tocar melhor a bola e ainda usar muitas triangulações, tática usada por Kloop no Liverpool.

O alemão ainda elogiou o técnico brasileiro e Coutinho, jogador que é o camisa do 10 de seu clube.

A posse de bola e o esquema tático contém traços do futebol usado por Guardiola.

No Manchester City, o catalão utiliza o 4-1-4-1, com Gabriel Jesus como centro-avante (antes da lesão do camisa 9 da seleção) e a rotatividade da bola pelos flancos, para quebrar a marcação adversária.

Tite usa a mesma tática, mas conta com jogadores de confiança para jogar sem a bola também.

A forma de contra-ataque é usada pelo italiano Ancelloti.

Simeone compactação defensiva para diminuir o espaço dos adversários com o Atlético de Madrid e Tite busca usar muito esse esquema na seleção​, prezando ao máximo o trabalho coletivo.

Marquinhos e Miranda são os zagueiros, Daniel Alves e Marcelo como laterais, formam a defesa brasileira.

Não à toa, os laterais sobem diversas vezes para apoiar o ataque.

Ambos são considerados os melhores laterais ofensivos do mundo.

Paulinho e Renato Augusto, que trabalharam com Tite no Corinthians, são os homens de confiança do treinador no meio-campo.

O talento de Neymar e Coutinho precisam ser ressaltados.

Neymar vêm tendo atuações espetaculares com a camisa canarinho e Coutinho ainda busca se consolidar, mas vêm jogando muito bem, quebrando a marcação adversária com dribles desconcertantes e gols com a característica do camisa 10 do Liverpool: o corte para perna direita e a finalização fatal.

Com Tite, o Brasil seria líder das eliminatórias mesmo sem os jogos de Dunga (quando o ex técnico do Internacional ainda comandava a seleção).

Um aproveitamento de 100%, algo que deixa o brasileiro esperançoso com a Copa de 2018.

São oito vitórias consecutivas contra 1 vitória, 3 empates e uma derrota com Dunga.

Líder com folga das eliminatórias (9 pontos de vantagem para a Colômbia) e já classificado para a Copa da Rússia 2018, a seleção volta a jogar apenas em agosto, contra o Equador.

Tite acendeu aquilo que nós pensávamos ter acabado – a chama do futebol brasileiro, o espanto ao ver nossa seleção ganhando com propriedade de adversários que até 2016, nos davam o sentimento da dúvida sobre uma vitória.

Tite colocou nossa seleção no topo novamente, lugar de onde jamais deveria ter saído.

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