Imagem: Reuters/Marcos Brindicci
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, julho 23, 2014
Numa terça-feira à tarde, 45 mil torcedores lotaram o Santiago Bernabéu para ver James Rodriguez...
James Rodriguez, o meia-atacante
colombiano, artilheiro da Copa do Mundo foi apresentado como o mais novo
reforço do Real Madrid para a temporada 2014/2015.
Ontem no Santiago Bernabéu, 45
mil pessoas estiveram presentes para receber o novo reforço e segundo a
imprensa espanhola, 15 mil eram colombianos...
Na Espanha vivem cerca de 200 mil
colombianos, a maior parte deles, em Madrid.
James Rodriguez custou ao Real
Madrid, 80 milhões de euros (R$ 240 milhões).
Outro que chega é o meio-campo alemão,
Tony Kroos...
Kroos iniciou a carreira nas
categorias de base o Hansa Rostock antes de chegar ao Bayern de Munique.
Disputou sua primeira partida na
Bundesliga aos 17 anos, em setembro de 2007.
O jogador disputou 200 partidas
oficiais com o Bayern de Munique e mais de 50 pela seleção alemã.
terça-feira, julho 22, 2014
No Brasil a lei impede que se siga o exemplo alemão...
Desde o ano 2000, a DFB (Deutscher
Fußball-Bund) e os 36 clubes que compõem a primeira e a segunda divisão do
futebol alemão, investiram mais US$ 1 bilhão na construção de 366 centros de
treinamentos para jovens atletas.
Wolfgang Nierbasch, presidente da
DFB, afirmou em entrevista jornal The Guardian da Inglaterra, que, nesses
locais, jovens com idades entre 11 e 14 recebem aulas extras por meio de uma
sessão de treinamento de duas horas semanais fornecidas por profissionais da
federação, além do treinamento em seus respectivos clubes.
Porém, antes que se faça qualquer
crítica ao futebol brasileiro por não copiar tal fórmula é preciso se levar em
consideração a legislação trabalhista no Brasil.
No Brasil, antes dos 16 anos,
nenhum jogador pode assinar contrato empregatício...
De acordo com o artigo 7 da
Constituição Federal, jovens com menos de 14 anos no Brasil não podem ter
nenhum tipo de vínculo empregatício.
A legislação estabelece ainda que até 16 anos os adolescentes são autorizados apenas a firmarem contratos como aprendizes.
A legislação estabelece ainda que até 16 anos os adolescentes são autorizados apenas a firmarem contratos como aprendizes.
De acordo com Gustavo Lopes Pires
de Souza, advogado especialista em Direito Desportivo, seria necessário criar
um dispositivo infraconstitucional, uma regra que reconheça o futebol como uma
atividade peculiar e que a partir daí, essa regra dê mais garantias aos clubes que investirem em jovens atletas.
domingo, julho 20, 2014
O futebol brasileiro e o suicídio coletivo...
Ontem, a Série B...
Maçante em alguns momentos,
entediante na maioria do tempo.
Hoje, a Série A...
Que triste.
Futebol, quase nenhum...
Estádios vazios...
Só uns poucos ainda resistem...
Só uns loucos ainda tiram
dinheiro do bolso para pagar por isso.
Jogadores e treinadores caminham
de mãos dadas para a autodestruição...
Matam sem dó ou piedade, seu ganha
pão.
Dirigentes, nem aí...
O conluio os favorece, enriquece.
Estranha sensação...
Estou com saudade da seleção da
Grécia...
O futebol era feio, sem nenhum
brilho, mas nunca faltou dedicação, vontade, determinação.
Se a Grécia me dá saudade, o que
dizer a Costa Rica...
Apaixonante Costa Rica...
Os desconhecidos
centro-americanos, foram destemidos, aguerridos, dedicados, apaixonados por seu
ofício.
É...
A Copa deixou em mim, saudade.
Saudade da velocidade...
Do jogo coletivo...
Dos passes, na maioria
certeiros...
Da busca incessante de gols...
Da abnegação...
Da marcação feroz, mas quase
sempre, leal.
A Copa se foi...
Que pena...
Ficou esse amontoado de jogadores...
Comandados por esses amantes das
retrancas...
Dirigidos por essa turma de
incompetentes.
Acho que só me resta procurar por
peladas...
Não essas organizadas por
cervejeiros...
Mas as jogadas por moleques em
campos de barro, apitadas por árbitros gordinhos, assistidas por descamisados e
que quando terminam, o suor suado, as marcas nas canelas e o sorriso estampado nos rostos da garotada, nos
fazem pensar: que legal, vou voltar.
O Macumbão Alemão...
Macumbão Alemão...
Por Alex Antunes
A teoria do “apagão de seis
minutos”, convenientemente abraçada por Felipão para explicar a derrota de 7 a
1 do Brasil para a Alemanha, que selou o destino pífio do país na copa, foi
muito atacada.
É óbvio que o tal apagão não foi
só um momento de vertigem; ele veio de longe, convergindo os erros e a
arrogância de muitas pessoas e instituições.
E seria perfeitamente “alemão” se
recusar a aceitar formulações esotéricas como essa, para se concentrar, mais
disciplinadamente, nas discussões a respeito de planejamento.
O que deveria ter sido e não foi,
e o que poderá ser a partir de agora.
Mas quem viu o jogo sabe que
aqueles quatro gols em sequência vertiginosa podem, sim, serem atribuídos ao
Sobrenatural de Almeida (nome cunhado por Nelson Rodrigues para brincar com o
inexplicável no futebol).
Ou a um bug na matrix.
A matrix no caso era a
convergência de interesses do governo federal, da Globo, da CBF e de bandidos
vip de diversas extrações, interessados não no “Brasil vencedor”, mas nas
possibilidades de lucro material, político e de influência trazidas pela
manipulação das narrativas apaixonadas.
Não adianta supor que agora
viraremos uma Alemanha, ou que implantaremos um “positivismo” tardio (segundo o
qual faltou “ordem e progresso” no futebol brasileiro), para usar os termos de
Marcos Augusto Gonçalves, num artigo seu publicado na Folha de São Paulo.
Muito apropriadamente, MAG
pergunta não o que deu errado agora, mas o que dava certo antes: como foi possível
que o futebol do Brasil, país caótico, truqueiro, oportunista e autoritário
desde sempre, tenha vencido cinco copas, em condições organizativas, políticas
e sociais em geral não melhores que as atuais.
Como notou Eliane Brum em outro
texto bacana, na dificuldade de compreender o que ocorre, é tendência na
discussão esportiva “buscar nos cronistas do passado, em especial em Nelson
Rodrigues, a interpretação do futebol e das brasilidades”.
O que ninguém está lembrando é o
quanto, nesta copa, a seleção da Alemanha é que foi brasileira, e não o
contrário.
Desde a escolha da concentração
na Bahia (no próprio litoral em que o país teve origem), a benção dos índios
locais, o enterro das sete moedas na Fonte Nova (pagando o dono da casa antes
de estrear), toda a troca psíquica com os brasileiros, até a dancinha
“indígena” de agradecimento no Maracanã.
Foi a Alemanha que, além de seus
traços usuais de disciplina, protagonizou o maior macumbão.
Entre os procedimentos adotados
no trabalho de base, em mais de uma década de preparação, está o cuidado
multirracial, criando acessos para filhos de imigrantes estrangeiros.
Não consigo imaginar nada menos
nazista.
Na seleção alemã, Ozil é de
origem turca, a de Khedira é tunisiana, a de Boateng ganesa.
Klose e Podolski nasceram na
Polônia, e Mustafi é kosovar.
No Brasil é exatamente o
contrário.
Nossos jogadores, frequentemente
de origem humilde, encaram o futebol exclusivamente como veículo de ascensão
social.
Passam a acreditar em
agenciamento e em marketing, na linguagem branca, corruptora.
Nosso caldeirão natural é
pasteurizado, desperdiçado.
São manipulados por figuras como
Gilmar Rinaldi, o novo coordenador de seleções da CBF.
Com Gilmar, não só botaram a
raposa para tomar conta do galinheiro, como depois que deu m* chamaram outra
raposa para criticar e substituir a primeira.
Como disse Romário no twitter e
no Facebook, “o cara é empresário de vários jogadores.
Só os ratos do Marin e Del Nero
para escolherem uma pessoa como essa.
Para piorar, ele ainda é agente
Fifa.
Vai fazer da CBF um banco de
negócios para defender os seus interesses".
Em resposta ao neomacumbão
alemão, tudo o que as instituições brasileiras sabem fazem é cultivar seu
nazismo moreno.
Por falar em positivismo, o lema
positivista que influenciou a bandeira brasileira era “Amor, ordem e progresso:
o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”.
De cara, já tiraram o amor, o
fator principal (de princípio, e de principismo) da equação.
Era esse o macumbão positivista;
sem todos os ingredientes ele simplesmente não funciona.
Porque propõe uma ordem sem conteúdo,
um progresso à força, uma Ferrari sem combustível.
E assim vamos embranquecendo
tanto que nem o futebol aguenta mais.
Podemos aguardar os próximos
apagões, os próximos bugs na matrix.
Nas eleições periga ter outro.
Futebol Sub-19... deveria ser bem diferente.
Que futuro se pode esperar de um
futebol onde o campeonato estadual sub-19 é disputado por seis equipes?
Isso...
ABC, América, Currais Novos,
Globo, Palmeira de Goianinha e Visão Celeste.
Essas são às equipes...
As seis heroicas equipes.
Porém, não é só o número de participantes
que decepciona...
Decepciona também, saber que
partidas são disputadas no estádio Juvenal Lamartine...
Estádio que está abandonado e interditado
pelo Ministério Público.
Em outras palavras...
Não pode haver presença de
público.
Triste, não?
América arranca empate em São Januário em dia de ótima atuação...
Imagem: Autor Desconhecido
Motivado pela vitória em Cuiabá diante do Santa Cruz, por
quatro a um, o Vasco recebeu o América e esperava ganhar.
O América foi para o jogo com um medo desnecessário...
Manteve-se recuado...
Acabou imprensado, mas sem sofrer grandes sustos.
O primeiro tempo teria terminado em branco, caso o árbitro
não tivesse marcado uma falta que não foi falta...
Douglas cobrou e abriu a contagem para o Vasco.
Foi só.
Na segunda etapa o América exorcizou o medo e encarou de
frente um Vasco que já não assusta...
A nova postura do América assustou o Vasco...
Deixou a equipe carioca num dilema...
Buscar o segundo gol ou segurar os rubros?
Enrolados, os vascaínos não fizeram nem uma coisa e nem outra...
Aos 8 minutos, acabaram se atrapalhando com um contra-ataque rápido do
América e Diego Renan colocou justiça no placar ao empurrar a bola para dentro
de seu próprio gol.
O América teve outras chances...
Chances que se tivessem terminado em gol, não seriam nenhuma
injustiça ou zebra.
Mas o América também contou com a sorte...
Fernando Henrique, no finzinho da partida, salvou duas conclusões em cima da linha,
primeiro na cabeceada de Douglas Silva e, na sequência, no chute de Lucas
Crispim.
No final das contas o empate foi justo, mas o América do
segundo tempo, jogou para um pouco mais.
sábado, julho 19, 2014
O ABC vira o jogo, vence o Joinville e permanece próximo a zona de classificação para a Série A...
O primeiro tempo entre ABC e
Joinville poderia ser descrito numa linha...
O Joinville teve mais a bola, mas
não incomodou...
Pronto, seria isso.
Porém, um vacilo da defesa
alvinegra permitiu que Jael de cabeça abrisse o marcador para os catarinenses...
O gol fez com que o texto em
relação ao primeiro tempo ficasse mais longo...
Só isso.
Na segunda etapa, mudou tudo...
O ABC ficou com a bola, empurrou
o Joinville para o “canto da parede” e fustigou até conseguir o empate.
Renato aos 26 minutos...
A pressão continuou...
Dez minutos depois, aos 36
minutos, Renato, novamente acertou as redes...
Acertou em cheio...
Sem chance de defesa.
Abalado com a virada, o Joinville
perdeu o rumo e dois de seus jogadores foram tomar banho mais cedo...
Bruno Aguiar, primeiro e Everton,
depois.
Daí para frente, o alvinegro
administrou o resultado e garantiu seu vigésimo ponto na competição.
No final, o treinador Zé Teodoro
fez uma declaração que me pareceu bastante pragmática...
“Primeiro temos que pensar em
permanência...”
Perfeito.
A arte bem brasileira de aparecer e desaparecer quando o assunto é futebol...
A seleção brasileira pertence ao
povo do Brasil...
Seus jogadores são filhos dessa
terra ensolarada, pátria amada.
Portanto, o brasileiro da
arquibancada, não difere do brasileiro de chuteiras coloridas que desfila nos
gramados sua arte...
Nas vitórias ou antes delas,
somos provocadores, risonhos, festivos, irreverentes e nada parece nos atingir.
Antes da Copa, éramos nós ou
tóis...
Fotos mil pipocaram nas redes
sociais...
Sorrisos desafiadores...
Dentes escancarados a mostrar
nossa certeza de que a taça era nossa.
Arquibaldos e jogadores, deitaram
e rolaram...
Instagram, Facebook, Twitter...
Bastava acessar qualquer um deles
e pimba...
Lá estava um selfie...
Lá estava um já ganhei.
Durante a Copa, ou melhor, no
curto espaço entre o primeiro jogo e a semifinal, os “craques” brasileiros postaram
500 fotos em suas páginas pessoais...
Só David Luiz, postou 55 fotos...
Dizem os especialistas, que o
número de fotos superou em quatro vezes o número de chutes dados contra as
metas adversárias...
Isto é, fotos demais, chutes de
menos.
Já os arquibaldos, certamente
superaram os “craques” na postagem de autorretratos comemorando antecipadamente
a conquista da Copa das Copas...
Porém, depois da chinelada germânica
e dos cascudos holandeses...
Todos sumiram...
Evaporaram.
Mostraram o que são...
Péssimos perdedores.
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