terça-feira, outubro 28, 2014

This is love...

Imagem: US Today Sports/Jeff Hanisch

O jornalismo honesto perdeu um dos seus... Morreu Michel Laurence.

Morreu Michel Laurence...

É provável que poucos, assim de chofre, lembre-se dele.

Porém, Michel foi um dos grandes do jornalismo esportivo brasileiro...

Foi um dos fundadores da revista Placar e idealizador da Bola de Prata.

Nascido em Marselha, França, chegou ao Brasil depois que seu pai, Albert Laurence, decidiu não voltar à França ao final da Copa do Mundo de 1950, que veio cobrir – foi amor à primeira vista.

Seguindo os passos do pai, Michel enveredou pelo mundo do jornalismo...

Brilhou em emissoras de televisão como Globo, Band, Record, Manchete, ESPN Brasil e Cultura... 

Na imprensa escrita, ele trabalhou Jornal do Brasil, Estadão, Jornal da Tarde e Última Hora.

Santista declarado, acompanhou toda a trajetória de Pelé...

Segundo Juca Kfouri, Pelé só contava o que considerava mais importante para ele...

Não sem razão, foi a ele que Pelé deu sua última entrevista como jogador do Santos, antes de deixar o clube em 1974.

 Michel cobriu oito Copas do Mundo, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, um dos mais importantes do país, pela reportagem "O jogador é um escravo", feita em parceria com José Maria de Aquino para o jornal "O Estado de S. Paulo".

Michel Laurence morreu no último sábado, aos 76 anos, em São Paulo, vítima de complicações após realizar uma cirurgia no braço.

A melhor definição sobre o jornalista Michel Laurence, partiu de Juca Kfouri que escreveu em seu blog:

Michel foi um dos grandes e um dos últimos românticos, daqueles que morrem pobres, sem perder a dignidade jamais.

Fonte das informações: Juca Kfouri e UOL Esportes.

domingo, outubro 26, 2014

Surf em dia de tempestade... Bronte Beach em Sydney, Austrália.

Imagem: Getty Images/Ryan Pierse

O Campeonato Brasileiro tem a pior média de gols entre as grandes ligas do mundo...

O repórter Rafael Reis, em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, constatou que o Campeonato Brasileiro tem a pior média de gols entre as grandes ligas do mundo...

Só para se ter uma ideia, a 30ª rodada do Brasileiro teve o mesmo número de gols que apenas dois jogos da Liga dos Campeões da Europa...

Nas dez partidas realizadas pela trigésima rodada da Série A, foram marcados 15 gols...

Bayer de Munique e Roma (7 a 1) e Shakhtar Donetsk e Bate Borisov (7 a 0), igualam o número de gols da rodada do Campeonato Brasileiro.

A média brasileira nos primeiros 300 jogos ficou na casa dos 2,21 gols por partida...

Na Holanda, a média é de 3,2 gols por partida...

A Inglaterra ostenta uma média de 2,95 gols, a Rússia, 2,73, a Alemanha, 2,72, a Espanha, 2,71, a Ucrânia com guerra e tudo, a média é de 2,63 e em Portugal, 2,46...

Apenas a França com 2,28, se aproxima da falta de gols da nossa Série A.

O fato curioso é que Cristiano Ronaldo, atacante do Real Madrid, sozinho, possui uma média semelhante à das 20 equipes do campeonato brasileiro...

Cristiano Ronaldo em 7 rodadas do Campeonato Espanhol, já marcou 15 gols...

Média de 2,14 gols por partida.

Deixando a Europa e dando um passeio por outras ligas pelo mundo, se descobre que a comparação não é nada favorável...

Na América do Sul, o Campeonato Argentino registra em média 2,57 gols por partida... 

A Colômbia, 2,37.... 

O Chile, 2,58.

Na Ásia, o Japão, registra, 2,52...

Na América do Norte, no México, são feitos 2,32 gols por jogo e na MLS, a elite do futebol jogado nos Estados Unidos, 2,89.

Rally de quadriciclos em Krasnoyarsk, Sibéria, Rússia...

Imagem: Reuters/Ilya Naymushin

Na Série D, a luta pelo título e na Série C, Macaé, Mogi Mirim, Paysandu e CRB estão de volta a Série B de 2015...

Série D

Pelas semifinais da Série D do Campeonato Brasileiro, o Tombense de Minas Gerais e o Brasil de Pelotas do Rio Grande do Sul, saíram na frente...

O Tombense, em casa, venceu o Confiança de Aracaju, Sergipe, por 1 a 0 e o Brasil, em Pelotas, derrotou o Londrina de Londrina, Paraná, por 3 a 1.

A situação mais complicada é a do Londrina.

As quatro equipes já estão classificadas para a Série C de 2015.

Série C 
Na Série C, pelas quartas de finais, foram realizadas quatro partidas que definiram os quatro novos participantes da Série B de 2015...

O CRB de Maceió que havia vencido o Madureira no Rio de Janeiro, por 2 a 1, voltou a vencer...

Os gols marcados por Daniel Marques e Clebinho, garantiram o retorno da equipe alagoana para a segunda divisão do campeonato brasileiro de futebol.

Em Juiz de Fora, Minas Gerais, o Tupi, que havia perdido em Belém, no Pará, por 2 a 1, para o Paysandu, perdeu por 1 a 0 e viu a equipe do norte do país voltar para a Série A.

Em Mogi Mirim, a equipe homônima da cidade empatou com o Salgueiro de Pernambuco em 0 a 0, em casa e como havia vencido em Pernambuco por 1 a 0, garantiu a volta à segunda divisão, dez anos depois de ter sido rebaixada...

Porém, a grande surpresa foi o Macaé do Rio de Janeiro...

Os fluminenses, desembarcaram em Fortaleza, no Ceará, depois de haver empatado em casa por 0 a 0, com a difícil missão de superar o bom time do Fortaleza e suportar a pressão da torcida...

Conseguiram...

Calaram os 60 mil torcedores presentes à Arena Castelão e jogaram um balde de água fria no Fortaleza ao empatar em 1 a 1 e transformar em fumaça o sonho do Fortaleza de voltar a segunda divisão.

sábado, outubro 25, 2014

Superação...

Imagem: Tim Vollink

ABC derrota o Paraná e se aproxima da borda do pântano...




O ABC venceu...

Na verdade, quem venceu mesmo foi o João Paulo, que entrou e fez o que o time não conseguia fazer...

Chutar certo...

Chutou duas vezes...

Acertou e garantiu três deliciosos pontinhos.

Mas, por pouco, o assistente com a anuência do árbitro, não estraga tudo...

Adaílton aos 30 minutos, em impedimento, diminuiu e o ABC que não fez nenhuma grande partida acabou passando por alguns apertos.

Deu sorte...

O Paraná só ameaçou.

A vitória por 2 a 1 diante do Paraná fez o ABC dar um salta na tabela...

Precisa torcer contra o Bragantino amanhã, para se manter na décima quarta posição e dar um respirada.

Mas, é bom lembrar que o alvinegro não deixou o pântano...

Continua atolado...

Apenas livrou a cintura da lama, mas as canelas continuam enterradas.

Cleveland Cavaliers fan...

Imagem: Getty Images

Na disputa entre os Américas... deu o América de Minas Gerais.



Lá pelas bandas das Minas Gerais, em Belo Horizonte, no estádio Independência, o América de Natal entrou em campo com moral... 

Havia vencido o Vasco de forma inquestionável.... 

Normal que os americanos, mineiros, mostrassem respeito e preocupação. 

Tinham razão... 

Aos 12 minutos, numa saída atabalhoada dos mineiros, a bola acabou nos pés de Emerson... 

Não deu outra, gol dos americanos do nordeste. 

A vitória sobre o Vasco, não foi obra do acaso, pensei... 

Agora vai. 

Mas... 

Neto, logo depois de tomar um cartão amarelo, numa entrada por trás, atingiu Gilson e foi expulso. 

Aí, o América que venceu ao Vasco, sumiu e o América que se arrasta na zona de rebaixamento voltou... 

E voltou em grande estilo... 

Encolhido e acuado deu campo para o adversário... 

Foi um péssima opção. 

Andrey se desdobrava e eu, imaginei que com um pouco de sorte e uma marcação determinada,  os 10 americanos restantes segurariam o placar... 

Me enganei... 

Aos 34 minutos, depois de insistir e insistir, os mineiros encontraram a brecha... 

Gilson, entrou pelo meio da defesa rubra e sem marcação tocou para as redes... 

Três minutos depois, Andrei Girotto, subiu no meio de um monte de camisas vermelhas e tocou de cabeça, sem chance para Andrey... 

Daí em diante, o América das Minas Gerais fez a bola rolar até que o árbitro encerrasse a partida.

Para piorar, o Icasa venceu...

O Bragantino e o Oeste jogam amanhã... 

Jogam sabendo o que tem que fazer. 

O América, antes décimo sétimo, agora décimo oitavo, continua tendo que confiar nas orações e nos tropeções de seus adversários que estão a sua frente na tabela... 

Por sorte, não existe a menor chance de perder posições... 

Vila Nova e Portuguesa estão muito distantes para incomodar. 

sexta-feira, outubro 24, 2014

Churrasquinho lusitano à moda potiguar...

Charge: Mário Alberto

Viva as avozinhas de Limpopo, África do Sul...

Imagem: Autor Desconhecido

Velhos não são os trapos... 

Elas dizem e prometem repetir até convencerem toda as pessoas.

“Elas” são as Vakhegula Vakhegula (Avozinhas Avozinhas, na língua tsonga falada nas províncias do nordeste da África do Sul).

Há poucos dias, publiquei uma foto dessas senhorinhas sul-africanas, depois de ler no jornal “O Publico” de Portugal uma matéria sobre elas...

Pensei em copiar e colar a notícia, mas resolvi ler um pouco mais e formar minha própria opinião.

A equipe foi formada em 2006...

No Brasil pouco se fala sobre o assunto, mas na Europa, África, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia elas são um sucesso...

Sucesso que foi impulsionado pela Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul e que incentivou nos países citados, pessoas a copiarem a iniciativa das Avozinhas, Avozinhas.

Como se entra no time?

O critério principal é a idade...

A experiência tem prioridade sobre a juventude e as portas estão abertas para mulheres a partir dos 50 anos...

No entanto, não há limite, a não ser é claro, aquele imposto pelas forças de cada uma.

De quem foi a ideia?

A idealizadora é Beka Ntsanwisi. 

“Estive muito doente e, de cada vez que ia a um hospital, ficava impressionada pela quantidade de mulheres mais velhas com quem cruzava e pelas condições de saúde em que estavam...”

Em meio a luta contra a doença Beka decidiu lançar um projeto que levasse as mulheres mais velhas a manterem-se ativas...

“O objetivo era evitar que ficassem em casa e cedessem à solidão. Algumas nem conseguiam caminhar normalmente, tudo o que faziam no tempo livre era tricotar ou ficar sentadas. Com o futebol correm, gritam, lutam... mantêm-se jovens”.

Vencida a luta contra o câncer, Beka deu o ponta pé inicial ao projeto e seu primeiro desafio foi convencer as mulheres a quem procurava...

“Elas temiam machucar-se, quebrar uma perna...”

A insistência deu frutos e não demorou muito, Beka tinha à seu lado, senhoras entusiasmadas e felizes por se sentirem vivas novamente.

O melhor no entanto, foram os resultados positivos...

Mulheres que antes se debatiam com problemas de saúde, como pressão arterial elevada, tiveram sensível melhora...

No aspecto físico e mental, as mudanças são visíveis.

Nos treinos, as canções são uma constante...

As saias coloridas chamam a atenção e elas, já tem suas vedetes...

Beatrice Tshabala é tratada por Messi e Christina Machede é Maradona.

De onde elas vem?

As “avozinhas do futebol” surgiram na township (zonas pobres nas periferias das cidades e que, durante o apartheid, estavam reservadas aos não-brancos) de Nkowankowa, na província de Limpopo. 

Foi tudo muito rápido, em pouco tempo, sete outras equipes tinham sido criadas e treinavam regularmente....

Daí para a criação de um campeonato, foi um passo...

Surgiu o Top Eight, disputado duas vezes por ano entre os oito principais times da província...

 “O meu sonho é ter um campeonato africano das avós”, diz Beka Ntsanwisi, que é conhecida na província de Limpopo como “Madre Teresa”. 

Agora, o mais curiosos...

Beka, não joga em nenhuma equipe...

Seu trabalho é junto as comunidades pobres da região, prestando cuidados às crianças e num projeto de combate à AIDS...

Aos 45 anos, ainda é relativamente jovem para integrar as Vakhegula Vakhegula – cuja jogadora mais velha tem 79 anos. 

Mas Beka sonha...

“Um dia quero jogar com elas”.

Texto baseado na matéria do jornal "O Público" de Portugal.