Imagem: Trivela
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
sexta-feira, dezembro 12, 2014
O tênis e vôlei, o esporte mais vitorioso do país, nas mãos da corrupção...
Fraudes no vôlei e o bombástico relatório
da CGU
Por José Cruz
A Confederação Brasileira de
Vôlei continua contribuindo para a onda de corrupção nacional com dinheiro
público.
Agora, de forma oficial, as revelações são estarrecedoras e mostram
como foi a suspeita gestão do ex-presidente Ary Graça.
O recente relatório da CGU
(Controladoria Geral da União), revelado pelo repórter Lúcio de Castro, mostra
como as emoções do esporte olímpico e a conquista de valorizados títulos que
orgulham o esporte escondem transações criminosas, há anos.
Não se trata de “suspeita”, de
“ouvir dizer” ou “me contaram”. São constatações dos auditores da CGU, com base
em documentos oficiais da própria Confederação Brasileira de Vôlei, que nos
últimos 40 anos teve apenas dois três presidentes, Carlos Arthur Nuzman, Ary
Graça e o atual, Walter Pitombo Laranjeiras.
Tênis
Esse bombástico relatório da CGU
se junta a outros aqui revelados, como da Confederação Brasileira de Tênis,
cujo presidente, Jorge Rosa, apresentou nota fria em prestação de contas ao
Ministério do Esporte.
As investigações daí decorrentes apontam para outras
fraudes que em breve serão conhecidas, tão logo o processo saia do “segredo de
justiça”.
Está evidente que os balanços
publicados anualmente pelas entidades do esporte não são suficientes para
demonstrar transparência no uso de verbas públicas que sustenta o esporte
brasileiro – R$ 6 bilhões no último ciclo olímpico.
No caso da CBV é balanço
suspeito, diante das constatações de fraudes e operações ilícitas constatadas
pela CGU.
CPI, JÁ!
Por isso, é inadiável a criação
de uma “CPI do Dinheiro Público”, que faça uma varredura das verbas repassadas
pelos cofres públicos ao Comitê Olímpico, ao Comitê Paraolímpico e às
confederações desde o início do governo PT, em 2003.
Quem sabe em 2015, já como
senador da República, o hoje deputado Romário lidere esse movimento.
Uma CPI com quebra de sigilo
fiscal e bancário de todos os que assinam pelas entidades do esporte, diante da
falta de confiança que há muito se tem dos cartolas em geral, pela falta de
transparência nas operações com verbas do governo.
E poderemos ter a surpresa
de constatar que Ricardo Teixeira, no futebol, é um amador diante do alto
rendimento olímpico.
Link da matéria do repórter Lúcio
da Castro para a ESPN/Brasil
quinta-feira, dezembro 11, 2014
Dinheiro público é para beneficiar a sociedade...
O futebol gera empregos diretos e indiretos, impostos e é
fonte de divulgação de Natal e do Rio Grande do Norte.
Esse é o mantra utilizado pelos adoradores de dinheiro
público para convencer o governo a financiar o futebol...
Alguns falam até em verba destinada no orçamento do
estado, exclusiva para a bola e os boleiros.
Mas analisemos o sofisma:
Futebol gera empregos diretos e indiretos?
Sim, verdade absoluta.
Entretanto, mal gerido, oferece ganhos acima de sua capacidade
para técnicos, jogadores e privilegiados diretores de futebol...
A todo o resto, é oferecido salários bem inferiores...
Acontece, que quase sempre, esses salários sejam altos ou
não, são pagos com atraso ou acabam sendo recebidos através dos tribunais.
Quanto aos empregos indiretos, o sofrimento é maior...
Fornecedores penam para receber e se não recebem, não pagam
os empregados que indiretamente deveriam viver do futebol.
O futebol paga impostos?
Deveria.
Mas sonegam...
Dão calote, não pagam...
Basta pesquisar sobre a bilionária dívida do futebol para
com o próprio governo.
Por fim, a última afirmação...
O futebol divulga Natal e o Rio Grande do Norte para todo o
Brasil...
Será?
Onde esse dado foi obtido?
Quem pesquisou?
É fruto do “eu acho” ou do “eu gostaria que fosse”?
Lembram que nos diziam que com a Copa do Mundo, Natal seria
conhecida em todo planeta e no restante do sistema solar e que isso nos
transformaria numa Miami ou Cancun do hemisfério sul?
Alguém viu algum grego, ganês, americano, mexicano,
italiano, uruguaio, japonês ou camaronês, voltando para curtir nosso sol, nossa
gastronomia e todo o resto que temos a oferecer?
Se alguém tem essa informação, por favor, me diga...
Estou curioso.
O único turismo que o futebol proporciona é quando torcidas
de fora se locomovem para assistir aos jogos de seus clubes...
Normalmente, torcidas de estados próximos, no famoso, bate e
volta.
Porém, a maioria desses torcedores, ao invés de serem tratados
como turistas, são tratados com inimigos...
Muitas vezes gerando conflitos violentos.
Portanto, é mais uma balela...
Eu nunca vi ninguém sair de lugar nenhum para visitar
Juazeiro, depois de assistir uma partida do Icasa ou de ler algo sobre o simpático time cearense.
A luta dos políticos para não mudar nada no futebol brasileiro...
Enquanto o Procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, reconhecia, ontem, que “assaltaram a Petrobras”, na Presidência
do Senado um grupo de deputados, liderados por Vicente Cândido, discutia com
representantes do governo e do Bom Senso Futebol Clube sobre um projeto de lei
que fixará, entre outras mazela, como livrar a CBF de fiscalização maior sobre
as verbas que recebe.
O projeto, conhecido como “lei de
responsabilidade fiscal”, determinará sobre o pagamento da dívida dos clubes ao
INSS e Imposto de Renda.
E quem é Vicente Cândido, que
também prepara um substitutivo ao projeto original, do tucano Otávio Leite?
Cândido é um político do PT,
partido da presidente Dilma Rousseff que está até aqui na lama da corrupção.
Mais:
Cândido é um dos vice-presidentes
da Federação Paulista de Futebol, amigo do presidente José Maria Marin, e do
futuro chefão do futebol, Marco Polo Del Nero, que assumirá em março.
Com esse perfil, que isenção tem
esse deputado para discutir sobre normas à CBF, já que está intimamente
vinculado à sua direção?
E porque fiscalizar a CBF? Como
já cansamos de dizer aqui, porque ela é a gestora do principal patrimônio
esportivo do país, a Seleção Brasileira, que explora símbolos, hino e bandeira
nacionais, aí faturando muito, mas com destino suspeito e duvidoso da grana que
arrecada.
Ah, sim, terça-feira, dia 9, foi o Dia Mundial
de Combate à Corrupção.
Respeito ao torcedor ao invés de amor ao dinheiro...
No dia 3 de janeiro do próximo ano, o AFC Wimbledon de
Londres, da quarta divisão do futebol inglês, vai receber o Liverpool, em seu
estádio pela Copa da Inglaterra...
Fundado em 2002 por torcedores do Wimbledon FC,
insatisfeitos com a mudança do clube para Milton Keynes, onde, desde 2004, joga
como Milton Keynes Dons.
O AFC Wimbledon começou como todo mundo começa...
Nas divisões inferiores, mas com muito esforço e
determinação o clube em 12 anos alcançou o “quarto andar” de pirâmide do
futebol inglês.
A partida contra o Liverpool em tese, seria uma oportunidade
rara de enfrentar um dos grandes do país e motivo suficiente para amealhar uma pequena
fortuna nos ingressos, abarrotando os cofres...
Seria...
No Brasil, os torcedores pagariam os olhos
da cara para poder ver tal jogo.
Porém, apesar do ineditismo do confronto, a direção do clube
decidiu manter os mesmos preços que cobra nos jogos do campeonato da Ligue Two...
Isto é, entre £ 4 e £ 24, mesmos valores cobrados quando a
equipe enfrenta o Burton Albion, Tranmere Rovewrs ou o Dagenham & Redbridge,
por exemplo.
A partida será no Estádio Kingsmeadow, casa do AFC Wimbledon
cuja capacidade é de 4.720 pessoas – coisa que seria impossível no Brasil,
graças a megalomania da CBF.
Sendo assim, os apaixonados torcedores do Wimbledon poderão
ver o poderoso Liverpool, em sua casa, pagando preços normalmente pagos.
A direção do Wimbledon, já tem garantidos £ 144 mil de
direitos de televisão, já que a partida é uma das selecionadas para serem
transmitidas na TV e, espera faturar com os ingressos cerca de £ 60 mil.
A decisão dos dirigentes do clube, repercutiu forte entre os
torcedores das equipes da Premier League que reclamam dos preços altíssimos cobrados pelos clubes...
Os diretores do Wimbledon afirmam que sua decisão se baseia
em dar prioridade a quem sustenta o clube, em vez da pura racionalização do
lucro.
quarta-feira, dezembro 10, 2014
Ranking de clubes e federações de 2014... as federações crescem no rastro dos clubes e não, o contrário.
Ranking Nacional de Clubes e Federações...
Os clubes conquistam ou perdem pontos, sobem ou descem
posições e arrastam as federações na sua trilha de sucesso ou fracasso.
A CBF divulgou o ranking nacional de clubes e federações...
Nós do Rio Grande do Norte, entre os clubes, ocupamos as
seguintes colocações:
O ABC, 23º, é o clube potiguar melhor colocado com 6.516
pontos...
O América a 28ª posição com 5.42 pontos.
Os demais clubes do Rio Grande do Norte, ranqueados são os
seguintes:
74) Baraúnas 912 pontos;
96) Potiguar Mossoró 505 pontos;
121) Santa Cruz 366 pontos;
133) Globo 325 pontos;
161) Alecrim 216 pontos;
202) Corintians 100 pontos;
222) ASSU e Potyguar de Currais Novos somam 50 pontos cada.
Porém, como é feita essa escolha?
Quais são os critérios?
A partir de 2013, a CBF resolveu mudar totalmente os
critérios de elaboração do seu ranking nacional.
A Confederação abandonou o ranking histórico, passando a
levar em conta o desempenho dos clubes apenas nos últimos 5 anos...
Dando peso maior para os anos mais próximos.
Os campeões das Série A, B, C e D recebem 800, 400, 200 e
100 pontos respectivamente...
O vice-campeão de cada divisão recebe 80% dos pontos do
campeão...
O terceiro colocado recebe 75%...
E o quarto 70%.
Do quinto colocado em diante cada posição perde 1 ponto
percentual em relação ao colocado imediatamente anterior....
A pontuação máxima de cada série representa o dobro da
pontuação máxima da série inferior...
Deste modo o quinto colocado recebe 69% dos pontos campeão
reduzindo até 51% para o 23º colocado (quando houver mais participantes o
percentual se mantém), seguido pelo campeão da divisão inferior com 50%.
Daí em diante, os clubes que participam da Copa do Brasil,
serão pontuados de acordo com a fase alcançada:
Título (600);
Vice-campeão (480);
Semifinais (450);
Quartas-de-final (400);
Oitavas-de-final (200).
Os clubes que alcançaram a 2ª fase até 2012 ou a 3ª fase a
partir de 2013 recebem 100 pontos...
Participantes eliminados na 1ª fase até 2012 ou 2ª fase após
2013 recebem 50 pontos...
Eliminados da primeira fase a partir de 2013 recebem 25
pontos.
Participantes da Copa Libertadores que não participaram da
Copa do Brasil até 2012 recebem 400 pontos, independente do estágio que tenham
alcançado na competição internacional.
Pontuações conquistadas no ano vigente tem peso igual a 5,
no ano anterior peso 4 e assim sucessivamente, considerando apenas
participações nos últimos 5 anos.
E como é que a CBF define o ranking das federações?
O Ranking Nacional das Federações (RNF) é diretamente
derivado do Ranking Nacional de Clubes (RNC): a cada ano, feitas as contas para
atualização do número de pontos de cada clube do RNC, somam-se os pontos dos
clubes filiados a cada federação estadual, obtendo-se a pontuação de cada
estado no RNF...
As federações com mais pontos têm direito a mais vagas na
Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro.
Portanto, o 11º lugar obtido pela Federação
Norte-rio-grandense de Futebol, é fruto das campanhas de nossos clubes e dos
títulos conquistados nas competições e não, como se quer fazer crer, ação
direta das federações...
Em outras palavras, as federações só somam pontos em função
dos clubes e não por ação própria.
Abaixo, a lista dos
20 clubes melhores colocados no ranking nacional:
01 Cruzeiro/MG – 15.328 pontos;
02 Corinthians/SP – 14.680 pontos;
03 Flamengo/RJ – 14.578 pontos;
04 Grêmio/RS – 13.992 pontos;
05 Santos/SP – 13.530 pontos;
06 Atlético/MG – 13.224 pontos;
07 São Paulo/SP – 12.738 pontos;
08 Fluminense/RJ – 12.708 pontos;
09 Internacional/RS – 12.628 pontos;
10 Atlético/PR – 12.524 pontos;
11 Botafogo/RJ – 12.332 pontos;
12 Vasco/RJ – 12.132 pontos;
13 Palmeiras/SP – 11.584 pontos;
14 Coritiba/PR – 11.036 pontos;
15 Goiás/GO – 10.525 pontos;
16 Bahia/BA – 9.300 pontos;
17 Vitória/BA – 8.441 pontos;
18 Ponte Preta/SP – 7.440 pontos;
19 Ceará/CE – 7.040 pontos;
20 Sport/PE – 6.970 pontos.
Eis a lista completa
do ranking das federações:
01 FPF – Federação Paulista de Futebol: 100.001
02 FERJ – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro:
64.687
03 FMF – Federação Mineira de Futebol: 40.797
04 FGF – Federação Gaúcha de Futebol: 36.736
05 FPF – Federação Paranaense de Futebol: 32.968
06 FCF – Federação Catarinense de Futebol: 28.01
07 FGF – Federação Goiana de Futebol: 24.629
08 FPF – Federação Pernambucana de Futebol: 21.642
09 FBF – Federação Baiana de Futebol: 20.902
10 FCF – Federação Cearense de Futebol: 18.024
11 FNF – Federação Norte-rio-grandense de Futebol: 11.367
12 FPF – Federação Paraense de Futebol: 9.212
13 FAF – Federação Alagoana de Futebol: 9.033
14 FMF- Federação Mato-Grossense de Futebol: 6.703
15 FBF – Federação Brasiliense de Futebol: 5.483
16 FPF – Federação Paraibana de Futebol: 4.893
17 FMF – Federação Maranhense de Futebol: 3.530
18 FAF – Federação Amazonense de Futebol: 3.369
19 FFAF – Federação de Futebol do Estado do Acre: 2.783
20 FSF – Federação Sergipana de Futebol: 2.481
21 FFMS – Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul: 2.231
22 FFP – Federação de Futebol do Piauí: 2.030
23 FCF – Federação Capixaba de Futebol: 2.025
24 FTF – Federação Tocantinense de Futebol: 1.832
25 FAF – Federação Amapaense de Futebol: 1.506
26 FFER – Federação de Futebol do Estado de Rondônia: 1.284
27 FRF – Federação Roraimense de Futebol: 1.135
Natação do Brasil: Guilherme Guido, Felipe França, MARCOS MACEDO e César Cielo...
Imagem: Sátiro Sodré/SSpress
Marcos Macedo é
norte-rio-grandense, estudante de medicina e nadador...
Até bem pouco tempo, ninguém,
saberia dizer nada a seu respeito...
Afinal, nadadores no Brasil,
assim como outros atletas fora das lentes do futebol, são quase invisíveis
diante de nós, jornalistas esportivos.
Acontece que Marcos Macedo ainda menino,
aluno do Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, chamava atenção nos Jogos
Escolares do Rio Grande do Norte e foi destaque em competições regionais e
nacionais...
Em 2008, obteve o bronze no
revezamento 4x100 metros livres, em Monterrey, no México, pelo Mundial
Júnior...
Em 2011, na Universíade disputada
na cidade de Shenzen, na China, Marcos conquistou a medalha de prata também nos
4x100 metros livres...
Agora, aos 24 anos, Marcos Macedo
deixa o anonimato e passa ser notícia...
A conquista da medalha de ouro no
revezamento 4x100, no mundial de natação em piscina curta, em Doha, no Catar,
ao lado de Cesar Cielo, Felipe França e Guilherme Guido, dão a Marcos Macedo o
justo, porém, tardio reconhecimento.
Tomara que essa medalha nos faça
mais jornalistas esportivos e menos jornalistas futebolísticos.
terça-feira, dezembro 09, 2014
Estou confuso...
Hoje me coloco na posição de
leitor...
Leitor comum, crédulo,
simplório...
Mas que desconfiando se questiona,
o que mudou?
Por que antes, os empresários que
vivem de comercializar jogadores de futebol não valiam um tostão furado e
agora, pariram um santo?
Não eram eles que destruíam o
futebol?
Pelo menos era o que diziam as
muitas e muitas postagens...
Não eram eles que inoculavam nos
clubes o vírus do desapego às bases e o amor desenfreado a velhos medalhões,
sempre caros, quase sempre inúteis?
Isso era o que eu lia quase que
diariamente.
Não eram os empresários que
tomavam dos clubes os poucos jovens valores revelados ainda imberbes os levavam
para longe sem deixar nada a não ser o vazio?
Foi o que ouvi sempre.
Repentinamente, surgiu um
empresário...
Novo em tudo...
Quase um santo.
Um empresário capaz de se
entregar de corpo e alma em prol da grandeza do futebol de nossa ensolarada
terra potiguar...
Um empresário que se põem acima
das querelas miúdas, da mesquinhez provinciana e serve alegremente a dois
senhores que se não se odeiam, quase se detestam e nada fazem para ser ao menos
cordiais em sua rivalidade.
Homem bom esse empresário...
Confiável o bastante para
frequentar casas tão diferentes, sem levar ou trazer nada do que lhe é dito nas
mesas de negociação.
Mercador competente...
Vende seus produtos, dá
conselhos, indica soluções e constrói sonhos de acesso e títulos com seu
celular sempre repleto de nomes à disposição.
E eu, agora, apenas um humilde
leitor, me pergunto: como esse homem conseguiu evitar que suas brancas roupas
não fossem respingadas pela sujeira que seus iguais espalham por todos o país,
segundo sempre disseram...
O que tem ele de diferente dos
que por aqui eram veementemente criticados e apontados como os mensageiros do
apocalipse do futebol local e nacional?
"O país do futebol" não empolga multidões...
O Brasil sempre foi o país das
bravatas...
As expressões do tipo, maior do
mundo, melhor do mundo e mais bonito do mundo, se espalham pela sociedade como
pulgas em cães de rua.
Claro que o futebol não poderia
ficar a salvo...
Na verdade, o futebol é terreno
fértil para bravateiros e contadores de lorotas...
Imagine então, para os adoradores
do superlativo.
Foi nesse terreno mais que
propício que a nossa imprensa, sempre tão patriótica e xenófoba, criou o mito
de que somos o país do futebol...
Tudo com base nos grandes
públicos dos campeonatos estaduais de Rio e São Paulo nas décadas de 60 e 70,
principalmente...
Ítalo del Cima, Conselheiro
Galvão, Rua Javari e estádios afins de São Paulo, nunca entravam na conta...
Não havia como medir o que
acontecia nos outros estados...
Em parte pelas dificuldades de
comunicação da época, em parte pela desorganização das federações estaduais.
Porém, quando os dados dos
estados fora do eixo, Rio, São Paulo vinham à tona, eram sempre com base nos
clássicos ou nos jogos das finais dos campeonatos locais...
Portanto, sem ter como medir, o
que era propagado massivamente virou verdade...
Indiscutível e absoluta verdade.
Hoje, no entanto, a bravata não
se sustenta...
Em tempo de internet, qualquer um
cuja a vontade de saber, supere a preguiça de pesquisar, descobre que não somos
ou melhor, nunca fomos o país do futebol.
Fomos sim, por 30 ou 40 anos, o
maior e o mais importante celeiro de grandes futebolistas...
Nada além disso.
Ontem, Juca Kfouri em seu blog, o
seguinte levantamento sobre a média de público em nossos estádios...
A presença da torcida no “país do
futebol”
Por Juca Kfouri
Embora ainda baixo, muito baixo,
e provavelmente inchado pela curiosidade em torno dos estádios da Copa, o
público médio do Brasileirão 2014 foi o melhor desde 2009, quando atingiu
17.807 pagantes em média por jogo.
O público médio deste ano foi de
16.537 pagantes por partida, contra 14.969 no ano passado, 13.148 no retrasado,
14.976 em 2011 e, em 2010, 14.800.
A taxa de ocupação dos estádios
ficou na casa dos 40%, o que revela o tamanho do equívoco nos preços cobrados
em boa parte das novas “arenas” que, de fato, estão parecendo arenas, ao
substituírem os gramados por areia, como já se viu ontem também no novíssimo
estádio do Palmeiras.
O Cruzeiro foi o campeão também
de público, com quase 30 mil torcedores por jogo (29.676), seguido pelo
Corinthians, com quase 29 mil (28.960).
Para que se possa comparar, basta
dizer que o Borussia Dortmund tem a média de pouco mais de 80 mil torcedores
por jogo, com taxa de 100% de ocupação em sua casa.
A média de público na Alemanha
beira os 45 mil torcedores por jogo, a da Inglaterra os 35 mil e tanto a
segunda divisão inglesa quanto a alemã têm média de mais de 17 mil pessoas por
partida.
O Brasil perde para o México,
para a Argentina, para os Estados Unidos, Turquia e até para a Austrália e
gosta de se auto enganar ao se auto intitular como “país do futebol”.
País do futebol uma ova!
Mesmo assim a média do
Brasileirão foi quase o triplo do estadual mais rentável do país em 2014, o
Paulistinha, com 5.675 torcedores em média e taxa de ocupação de 24% da
capacidade dos estádios.
Quer saber a média do campeonato
carioca nesta temporada?
Pois não!
Com as espantosas taxas de 8% de
ocupação e de, portanto, 92% de capacidade ociosa, a média de público foi de
2.828 pagantes por jogo.
segunda-feira, dezembro 08, 2014
Árbitro ameaçado com uma arma de fogo... Um quase bang, bang no Bairro de Felipe Camarão...
Imagem: Facebbok do árbitro Flávio Roberto Sales
O árbitro Flávio Roberto Sales,
afirma em sua página no Facebook que foi ameaçado por um policial militar,
dirigente de um clube amador do bairro de Felipe Camarão, em Natal...
Segundo Flávio, Nelson Olímpio
dos Santos, dirigente do Santos, time do bairro, após o jogo, foi em direção ao
árbitro e seus auxiliares e iniciou uma discussão...
Após proferir ofensas, sacou uma
arma...
Os auxiliares de Flávio, que
também são policiais militares e, também portavam armas, sacaram as suas e,
diante do impasse, o agressor recuou.
Enfim, tá feia a coisa por aqui.
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