quinta-feira, agosto 10, 2017

Libertadores da América: Palmeiras e Atlético eliminados... Grêmio se classifica no sufoco.

Imagem: Arquivo Pessoal


O Palmeiras foi eliminado da Libertadores pelo Barcelona de Guayaquil, em São Paulo, no Allianz Parque...

O Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, empatou com o Jorge Willstermann da Bolívia e também deu adeus a competição.

O Grêmio avançou ao vencer no sufoco o Godoy Cruz da Argentina...

Creio que significa que é preciso, parar, sentar e ter uma longa conversa sobre o que está acontecendo com o outrora “melhor futebol do mundo”.

Domínio...

Imagem: Tim Rehbein

O Amplo domínio dos espanhóis...

Imagem: Arquivo Pessoal


De 2014 para cá, os clubes espanhóis reinam nas mais importantes competições.

Na UEFA Champions League: os espanhóis venceram em 2014/2015/2016 e 2017...

Na UEFA Europa League: conquistaram os títulos de 2014/2015 e 2016...

Na Super Copa da UEFA: ficaram com as taças de 2014/2015/2016 e 2017...

No Mundial de Clubes da FIFA, não foi diferente: em 2014/2015 e 2016 só deu Espanha.

Durante esse tempo, só uma vez os espanhóis ficaram sem taça...

O Manchester United, em 2017, ganhou a UEFA Europa League.

Eintracht Brauschweig...

Imagem: Peter Steffen/DPA

A Rio 2016 deve milhões...

Imagem: Rio 2016


R$ 130 milhões

É a dívida do Rio 2016 com prestadores de serviços...

Organização tenta negociar as dívidas com ajuda do Governo.

Fonte: Máquina do Esporte

quarta-feira, agosto 09, 2017

Vamos, vamos fazer mais um...

Imagem: Sportbild/Witters

Neste fim de semana o futebol potiguar, ou vai, ou racha...

O futebol do Rio Grande do Norte pendurado por um fio...

Não me lembro de numa mesma semana ver três clubes potiguares tão ameaçados.

Sexta-Feira

O Globo, segunda melhor campanha da Série C de 2017, às 21 horas, no estádio Barretão, em Ceará-Mirim, recebe o URT de Minas Gerais...

A partida decide o que ambos farão 2018.

Os mineiros têm a vantagem...

Venceram o primeiro jogo, em Patos de Minas – 1 a 0.

O Globo ou vence, ou se despede da competição...

Se marca 2,3 ou mais gols e mantiver o adversário longe de suas redes, maravilha, tudo resolvido., mas se conseguir apenas um gol, terá que vencer nas penalidades máximas.
É possível?

Sempre é, mas nem sempre acontece.

Sábado

Às 16 horas e 30 minutos, em Curitiba, o ABC será recebido elo Paraná Clube...

Com o bafo quente do Náutico às costas e torcendo para que Goiás e Paysandu não se distanciem, o alvinegro não terá outra opção, tem que somar três pontos.

O empate é muito ruim...

A derrota é trágica.

Para piorar, o próximo compromisso é contra o Internacional...

Que ao que parece acordou para a competição.

Domingo

No meio da tarde, mais precisamente às quatro da tarde, não será difícil escutar respirações ofegantes e batimentos cardíacos desordenados dos muitos americanos que lá estarão...

O América vai tentar consertar o que foi quebrado em Juazeiro.

De nada adiantou ter feito a melhor campanha da competição...

O time pipocou na hora que precisou mostrar que a posição de destaque não era obra do acaso.

Se conseguir fazer os 4 a 0 necessários, ou superar nos pênaltis o Juazeirense, sobe para a Série D e ganha sobrevida financeira...

Caso não, o clube mergulha numa crise econômica cujo resultado é imprevisível.

Ontem alguém me disse que nos bastidores as coisas fervilham, que todos estão atentos para os “detalhes” e que nunca sentiu tanta fé numa virada histórica como agora...

Nada disse, mas pensei: se aqui está assim, imagine como estará na Bahia, mais precisamente na Federação Baiana de Futebol.

terça-feira, agosto 08, 2017

Futebol e arte...

Imagem: Cole - ProSports/REX/Shutterstock/Arte: Fernando Amaral

O América se agarra na fé...



Tenho lido e ouvido muitas manifestações de fé na possibilidade de o América inverter o resultado e conquistar o acesso à Série C...

Vasculhar a história pretérita ou recente em busca de partidas memoráveis da equipe norte-rio-grandense tem sido a razão de ser de muita gente nesses dias cinzentos e turbulentos vividos pelo clube.

Não faltam também frases de efeito ditas por dirigentes...

O clima de frustração foi substituído por uma fé religiosa.

Afinal, é o que restou diante da inesperada e acachapante derrota sofrida em Juazeiro, na Bahia, diante do Juazeirense...

Para ser franco, nem mesmo eles, os filhos de Juazeiro esperavam por tamanha vantagem.

Pois bem...

A fé remove montanhas?

Sinceramente, pelo simples desejo, nunca vi acontecer, mas creio que seja possível ir até a montanha e encarar o desafio de ultrapassá-la...

Porém, neste caso específico será necessário bem mais que recortes de jornal ou vídeos mostrando grandes remontadas – como dizem os espanhóis -, frases de efeito afirmando que nada está perdido, pois nada acaba antes de terminar.

O América, no Arena das Dunas, obrigatoriamente vai ter que deixar de lado cautelas e cuidados...

Avançar será preciso e precisão será fundamental.

Pessoalmente, desejo que todos aqueles que pregam a fé inabalável na inversão do resultado consigam ver realizado seus sonhos mais loucos...

Não consigo encontrar na Série D um cantinho que o América possa chamar de seu.

Definitivamente a quarta divisão não é lugar para o América e, me permitam, para o ABC...

Nem pensar.

Entretanto, manterei com pesar minha dúvida sobre se os jogadores americanos conseguirão mudar a história que eles complicaram ao “sumirem” da partida, numa bonita tarde de sol, em pleno semiárido...

Para o América, alea jacta est.

Amsterdam festeja a seleção Campeã da Europa de 21017...

Imagem: John Thys/AFP/Getty Images

ABC vai começar o segundo turno pressionado pela necessidade de vencer...




O ABC começa o segundo turno enfrentado o Paraná, em Curitiba...

Depois, volta para Natal e pega o Internacional.

Não poderia ser pior, dadas as circunstâncias...

Pressionado pela lanterna que se aproxima e assustado com a porta de saída que se afasta, o alvinegro terá que correr atrás dos três pontos, lá e cá.

Empates, não resolvem – pelo menos, não por enquanto...

Derrotas, nem pensar.

Para o torcedor alvinegro o segundo turno será um longo caminho e cada semana será angustiante...

O ABC terá 19 partidas para conseguir somar os pontos que não conseguiu somar nas 19 partidas anteriores.

segunda-feira, agosto 07, 2017

Depois de alcançar a marca pretendida, relax....

Imagem: Diário AS

A Influência do hooliganismo no Brasil...

Influência do hooliganismo no Brasil

Por Oscar Cowley Forner


A violência no futebol não é novidade.

Entender o que leva as pessoas a se agredirem por um time de futebol é algo bastante difícil.

Por um lado, penso que algumas pessoas são adictas a adrenalina causada pela luta, que, por sua vez, é impulsionada pelo momento de libertação e descarga de frustrações cotidianas, somado ao sentimento de amor exagerado pelo seu clube do coração.

Pelo outro, acredito que seja pura burrice (fique à vontade para utilizar qualquer outro sinônimo mais brusco).

E não se engane...

O futebol brasileiro nem sempre foi marcado pela violência nas arquibancadas.

Basta perguntar a qualquer conhecido ou familiar que tenha acompanhado futebol 50 anos atrás.

O próprio Fernando Amaral, jornalista esportivo e, por coincidência, autor deste blog, teve o privilégio de frequentar o Maracanã nos tempos de “paz” do futebol brasileiro; quando as torcidas eram mistas, compostas por pessoas de todas as classes sociais e livres de confrontos (tirando um empurrão ou outro).

Hoje em dia não é preciso ir para um estádio para ver que o panorama mudou.

Basta ver os noticiários e se envergonhar com a atitude de alguns grupos de torcedores, quero enfatizar o “alguns”, porque dizer que a torcida do Vasco é violenta é estupidez.

Violentos são a dezena de bandidos que tumultuam o espetáculo e, também, os responsáveis por deixá-los entrar.

E como foi que surgiram os sujeitos violentos nos estádios?

Bom, isso nós temos que agradecer aos mesmos que inventaram o esporte que tanto amamos, os ingleses.

É claro que todos já ouvimos falar do hooliganismo.

Basta pensar nesse termo que vem à cabeça a imagem de uma dezena de britânicos embriagados se batendo no meio da rua.

Tudo isso, claro, sem deixar cair o copo de cerveja da mão.

Trata-se de um malabarismo único dos Hooligans.

Como descendente de inglês, posso dizer que os britânicos (salvo algumas exceções) são um povo briguento.

Ainda na escola cheguei a sofrer conflitos com potenciais hooligans, de forma que posso imaginar de onde eles aprendem esses costumes.

No fim dos anos 80, a Inglaterra viveu o auge do hooliganismo.

E com isso, vieram as consequências.

Alguma vez ouviu falar das tragédias de Heysel e Hillsborough?


Estas foram as ações mais destacadas e, também, letais protagonizada pelos hooligans ingleses na época.

Em Heysel, na Bélgica, no ano de 1985, o Liverpool enfrentava a Juventus pela final da Taça dos Campeões.

Mas o que ninguém esperava era que os torcedores do time inglês começariam uma confusão, já dentro do estádio e faltando poucos minutos para começar o confronto, que resultaria na morte de 39 pessoas e mais de 600 feridos.

O desastre ocorreu quando os temidos hooligans do Liverpool ultrapassaram a barreira policial que, por sua vez, continha apenas seis pessoas, e atacaram os italianos que estavam na mesma zona da arquibancada.

O autor inglês do livro “Febre de Bola”, Nick Hornby, declara em sua obra que a intenção dos torcedores do Liverpool, inicialmente, era dar um susto nos “mauricinhos” italianos correndo até eles como se fossem atacá-los, algo aparentemente engraçado no mundo dos hooligans.

O medo da morte fez com que os italianos corressem e se esmagassem contra o muro que os separava do estádio, que acabou desabando.

Contudo, essa brincadeira de péssimo gosto gerou uma punição severa aos clubes ingleses, que foram banidos por cinco anos de competições europeias.

Em Hillsborough, quatro anos depois do acontecido na Bélgica, mais uma vez os torcedores do Liverpool protagonizaram uma catástrofe. 

Esta ficou conhecida como a pior tragédia do futebol inglês.

Durante a semifinal da Copa da Inglaterra, contra o Nottingham Forest, disputada no estádio do Sheffield Wednesday, a superlotação de uma das entradas levou à morte de 96 pessoas.

Segundo as investigações, grande parte da torcida do Liverpool não estava conseguindo entrar, ainda que tivessem ingressos, fazendo com que ocorresse um empurra-empurra para entrar no estádio que forçou a abertura de um portão.

Isto fez com que tanto as pessoas com ingressos quanto os que não tinham invadissem a arquibancada e esmagassem os que estavam na frente.

No meio ao auge do hooliganismo, os policiais optaram por formar um cordão de isolamento no meio do campo, temendo que os torcedores do Liverpool estivessem tentando atacar os rivais, como aconteceu em Heysel.

Mas na verdade as pessoas tratavam de empurras as grades para salvar suas vidas.

O incidente foi a gota d’água para que os problemas fossem resolvidos de uma vez...

Caso contrário Margaret Thatcher daria um jeito de acabar com o futebol.

O encargado de mudar esse cenário foi Peter Murray Taylor, o Lorde de Gosforth, que propôs uma transformação radical no futebol inglês.

Para começar, os terraces, local favorito dos hooligans, foram preenchidos com cadeiras.

Dessa forma, todos os estádios dos times de primeira e segunda divisões passaram a ter assentos para todos os espectadores.

Além disso, foi criada uma política de prevenção da violência, que consistia em tratar de conter os vândalos previamente, no lugar de esperar para tomar alguma providência quando os confrontos fossem iniciados.

Os clubes tiveram de instalar em seus estádios sistemas de monitoramento por câmeras, possibilitando uma varredura virtual de todos os espectadores, tonando fácil a localização dos briguentos.

O investimento na segurança, dessa forma, foi focado no trabalho das equipes de inteligência que, por sua vez, passaram a escalar um oficial em cada jogo para estudar o comportamento dos torcedores.

Assim, os policiais conhecem a identidade daqueles que são potencialmente perigosos.

As detenções resultam em Ordens de Banimento do Futebol (FBO, em inglês).

Aquele que recebe uma FBO é obrigado a ficar de três a dez anos afastado dos estádios.

E, como se não bastasse, ele tem de ficar em uma delegacia enquanto seu time joga.

Para aqueles que esperam a oportunidade de arrumar confusão quando a seleção joga fora dos terrenos britânicos, o governo inglês também tomou providências.

Para isso, o vândalo é obrigado a entregar seu passaporte cinco dias antes do jogo.

Ficando assim, impedido de viajar.

Quem desrespeitar, bom, é preso por um bom tempo...

Lindo demais para ser verdade, não é?

Não!

A Espanha e Alemanha seguiram o mesmo exemplo e vem conseguindo controlar seus hooligans.

Fica o questionamento, então...

Será que o Brasil está preparado para tomar as providências necessárias para acabar com o vandalismo nos estádios ou teremos que esperar acontecer algo parecido com o ocorrido em Hillsborough ou Heysel para tomar medidas realmente eficientes?



Imagem: Autor Desconhecido

Futebol e Arte... SC Freiburg.


Imagem: Michael Heuberger/Nils Petersen/Arte: Fernando Amaral

Ops....

Imagem: Diário AS

Holanda... Campeã da Eurocopa de 2017.

Imagem: Czerwinski/EPA/REX/Shutterstock


Em toda história da Eurocopa de Futebol Feminino a Holanda participou de oito competições...

Em nenhuma com brilho especial.

A Euro Feminina é “território alemão” ...

Nas 9 edições organizadas pela UEFA, as germânicas venceram 7 e as norueguesas 1.

Ontem, a Holanda, em casa, entrou para o seleto grupo das campeãs...

Derrotou a Dinamarca por 4 a 2 e conquistou a taça de melhor seleção feminina da Europa.

O predecessor do torneio começou nos anos oitenta, com o nome de UEFA European Competition for Representative Women's Teams...

Com a popularização do futebol feminino no continente, foi dado status de Campeonato Europeu em 1991.

As competições de 1984, 1987 e 1989, tiveram os seguintes vencedores...

Suécia (84), Noruega (87) e Alemanha (89).


 Imagem: Autor Desconhecido

Descida Internacional do Rio Sella... Astúrias, Espanha.

Imagem: Diário AS

O Arsenal conquista a Community Shield (Supercopa da Inglaterra)...

Imagem: Eddie Keogh/REX/Shuttersctock


O Arsenal de Londres enfrentou o Chelsea na decisão da Community Shield – Super Copa da Inglaterra de 2017...

O Arsenal venceu por 4 a 1, nas penalidades máximas.

No tempo regulamentar o resultado foi 1 a 1.

A Community Shield é quarta competição em importância na Inglaterra...

A Copa da Inglaterra, o Campeonato Nacional e a Taça de Liga, estão à sua frente.

O Manchester United é o clube com maior número de títulos, 21...

Liverpool e Arsenal com 15, Everton com 9 e Tottenham com 7 veem em seguida.

Por cidade, Londres é a campeã com 26 conquistas (Arsenal FC 15, Tottenham HFC 7 e Chelsea FC 4) ...

Manchester com 25 (Man United 21 e Man City 4) ocupa o segundo lugar e em terceiro está Liverpool (Liverpool 15 e Everton 9).

Dinamarca... Vice-Campeã da Europa de 2107.

Imagem: Dinamarca

O Globo de Luizinho Lopes ainda pode chegar...

Imagem: Autor Desconhecido


De todos os jogos disputados pelos clubes norte-rio-grandenses este fim de semana, dois me pareciam ser muito complicados...

ABC e Ceará e URT e Globo.

A partida entre América e Juazeirense me parecia ser a de menor dificuldade...

Errei.

Em conversas com amigos, imaginei o seguinte quadro...

O ABC e o Globo perderiam, de fato, perderam, mas não como imaginei.

O resultado favorável ao Ceará para mim foi normal, porém, achei que a equipe de Ceará-Mirim voltaria para casa numa situação bem pior...

Já o América me dava a impressão que poderia trazer o empate ou perder por um gol de diferença.

Novamente, tudo errado, menos em relação ao resultado do alvinegro...

Já o América dificilmente inverte o resultado.

O Globo é bem capaz de conseguir subir para a Série C...

A derrota por 1 a 0 para o URT, em Patos de Minas, não é nenhum bicho de sete cabeças.

domingo, agosto 06, 2017

Surf sob a onda...

Imagem: Rodney Bursiel - National Geographic Travel Photographer of the Year Contest

Série D... América perde rumo e é goleado em Juazeiro.



Não farei nenhuma narrativa do jogo...

Desta vez, não.

Porém, fiquei com a impressão que o América pouco ou nada sabia sobre o Juazeirense...

Mas, o Juazeirense me passou a sensação de ter pleno conhecimento das virtudes e defeitos do América.

Também não farei nenhum texto evocativo e nem tão pouco construirei castelos nas nuvens...

O bicho pegou, essa é a verdade.

A vitória sobre o Vasco em 1974 e os 5 a 2 sobre o Fluminense, não fazem parte da regra, são exceções...

Doces exceções.

O que aconteceu em Juazeiro não foi uma derrota normal, dessas que acontecem o tempo todo com qualquer um, foi uma goleada.

No tal mata-mata, tão defendido pelos masoquistas, goleadas costumam matar sonhos...

De que vale, agora, ter realizado a melhor campanha da competição?

Nada...

Tudo está suspenso num frágil fio de esperança.

Por fim, discordo do treinador Leandro Campos...

Dizer que não há nada definido, é retórica.

Leandro sabe que está tudo quase definido...

Mas, se existe o quase, que nele se agarre o treinador e seus comandados.

Pênalti...

Imagem: McNulty/JMP/Rex/Shutterstock

Série B... ABC perde para o Ceará por 1 a 0 e permanece com 16 pontos.



O ABC não está rebaixado com mais essa derrota...

Mas, está caminhando a passos largos para isso.

Chegar ao final do primeiro turno com tão somente 16 pontos somados é extremamente preocupante...

Pior, indica que o segundo turno será disputado sob forte pressão e pouquíssima margem de manobra.

Os novos contratados chegaram, mas, e daí, serão eles capazes de conseguir dar o impulso necessário para que o ABC tenha sucesso na arrancada que vai precisar dar?

Essa resposta não tenho...

Ninguém tem.

No momento o alvinegro se encontra na décima nona posição e já está sentido o bafo quente do Náutico que se aproxima...

Á sua frente, Figueirense e Luverdense já colocaram 4 pontos de vantagem e, Santa Cruz, Paysandu e Goiás, 7.

É possível sair desse imprensado?

Sim, é...

Mas, tem que ser para já.

Ontem, o ABC nem foi tão mal assim...

Perdeu (como sempre) oportunidades que poderiam ter mudado esse texto.

No fim, vacilou (conte uma novidade) e deixou o Ceará levar para Fortaleza os 3 pontos que deveriam, por necessidade urgente, ficar por aqui.

América é goleado pela Juazeirense e se complica na Série D...

Com futebol apático, América é goleado pela Juazeirense e se complica na Série D

Por Ícaro Carvalho

Fiquei bastante surpreso com a vitória da Juazeirense sobre o América de Natal pelo placar de 3x0.

Não que os baianos não tivessem aptidão ou capacidade, mas a apatia demonstrada pela equipe natalense sem dúvida contribuiu para o expressivo resultado dos mandantes.

O primeiro tempo foi todo dos donos da casa.

O gramado horrível não foi desculpa para a equipe tricolor.

Com ousadia, o time de Juazeiro foi para cima e sufocava os visitantes desde o começo com sucessivas bolas na área, chutes de média/longa distância e jogadas trabalhadas pelas laterais do campo.

O América assistia a tudo e pouco fez para mudar o cenário.

Seus meio-campistas estavam num péssimo dia e mal conseguiam trocar passes e sequer articular jogadas.

Para não ser injusto, nos minutos finais da etapa inicial, o alvirrubro até que tentou chegar à meta do goleiro Tigre, sem sucesso.

A segunda etapa começou movimentada e o América quase abriu o placar.

Danilo desperdiçou uma chance incrível.

Logo em seguida a equipe baiana abriu o placar com Alex Sandro, numa falha geral da zaga americana.

Pouco depois, Nem apareceu livre na ala direita e mandou para a rede…


Nada é tão ruim que não possa piorar: os donos da casa ampliaram, com Salatiel, em outra pane geral no sistema defensivo alvirrubro.

De todas as partidas que acompanhei do América nesta Série D, esta foi sem dúvida a pior exibição.

Foi daquelas em que o placar condiz totalmente com o que foi o jogo, pois a Juazeirense fez valer seu mando de campo e não tomou conhecimento da equipe com melhor campanha na competição.

Hoje nada deu certo para os rubros.

Seu sistema defensivo estava mal posicionado, os meias se perderam na envolvência do rival e obviamente que seus atacantes pouco produziram.

O fato é que esse placar não é irreversível…

Nos jogos em casa o América vem mostrando grande força e tem 100% de aproveitamento.

Boa parte disso vem da sua torcida, que será um fator diferencial no próximo domingo, afinal, essa pode ser a última partida americana no ano.

Cabe destacar que o seu adversário fez gols em todas as partidas que jogou fora de casa no torneio e ainda não perdeu na fase eliminatória.

Usain Bolt é eterno...

Imagem: Tom Jenkins for The Guardian


Quando Justin Gatlin ajoelhou-se diante de Usain Bolt e o reverenciou, fez mais do que reconhecer sua grandeza...

Curvou-se diante do humano por quem Niké se apaixonou.

Monster Truck, Beijing, China...

Imagem: Ng Han Guan/AP

Você decide passear no parque, exatamente no dia que mamãe ursa levou as crias para brincar...



E lá está você caminhando pelo Katmai National Park, aproveitando um raro dia de sol no Alaska, quando surge na sua frente mamãe ursa pardo e suas simpáticas crias...

O que fazer?

Correr?

Ter um infarto ou buscar o Mr. Spock que está escondido dentro de você e tentar uma saída honrosa?

Pelo que se vê no vídeo a opção foi incorporar Mr. Spock...

Caminhando de costas e torcendo para a ursa ignorá-lo, o cidadão foi saindo de fininho.

Porém, é preciso elogiar sua preocupação com a posteridade, caso não sobrevivesse...

Gravou e narrou toda a cena.

Por sorte, a ursa estava muito feliz com seus filhotes e queria apenas passear e aproveitar o raríssimo dia claro, no quase sempre inóspito território do Alaska...

Henningsvaer Stadium - Lofoten - Noruega...

Imagem: Misha De-Stroyev/National Geographic Travel Photographer of the Year Contest 

sábado, agosto 05, 2017

Conhecendo o Ceará... o adversário que o ABC tem obrigação de bater.

Conhecendo o Ceará...

Por Gabriel Leme

O próximo adversário do ABC na segundona é o Ceará.

O Mais Querido, como também é conhecido, vai bem no campeonato brasileiro e está no G4.

O quarto lugar do rival deixa o ABC em alerta.

Em 2017, o Vozão já disputou a Copa do Brasil, o estadual e a Copa da Primeira Liga.

Na Copa do Brasil, a equipe não conseguiu um bom desempenho.

A eliminação ainda na primeira fase da competição foi desastrosa.

Mais que isso, ser tirado pelo Boavista, tomando um gol aos 51 do segundo tempo.

No estadual a situação foi bem diferente.

Líder na primeira fase com 20 pontos em 9 jogos, o Alvinegro Cearense perdeu apenas um jogo.

A média de gols também é satisfatória: 12 gols, pouco mais de 1 por jogo.

O adversário das quartas foi o Uniclinic e o resultado agregado foi grande: 7 a 2.

O sistema na fase semifinal é um pouco diferente do que estamos acostumados.

Uma série máxima de 3 jogos podem ser realizados, similar ao que acontece na NBA.

Caso um dos times vença os dois primeiros confrontos, não há a necessidade de um terceiro jogo.

Mas caso haja um empate, tudo muda.

Aí que entra o terceiro jogo.

O Guarani de Juazeiro conseguiu o empate no primeiro jogo, mas perdeu os dois seguintes.

Na outra chave, o Ferroviário tirou o Fortaleza no mesmo esquema.

Na final, o Ceará não encontrou dificuldades e sagrou-se campeão ao vencer as duas primeiras partidas por 1 a 0 e 2 a 0, respectivamente.

Na Copa da Primeira Liga, 3 empates em 3 jogos não foram o suficiente para que o time de Marcelo Chamusca se classificasse.

O grupo era consideravelmente forte, com times como Flamengo e Grêmio.

Na série B, o treinador vem moldando a melhor tática, alternando entre o 4-4-2 e o 4-3-3.

É muito provável que a escolha para a partida contra o ABC seja o 4-4-2, que de certa forma desgasta menos.

Nos 3 últimos jogos foram 2 vitórias e 1 derrota (em casa).

Contra o Paysandu, fora de casa, o Ceará jogou muito bem e parecia estar em casa.

Contra o Criciúma, fez um primeiro tempo perfeito: 3 a 0.

O gol que sofreu no segundo tempo não mudou o panorama do jogo.

O atacante Roberto, que foi o destaque do Novo-Horizontino no paulistão é a referência no ataque, seguido de Cafu e Elton. Lima e Ricardinho, meias, podem surpreender também.

A expectativa é de um jogo movimentado, visto que o Vovô costuma pressionar seus adversários na saída de bola.

O Mais Querido de Natal deve controlar o meio-campo e construir as jogadas com cautela.

Um erro será fatal.

Os 3 pontos são necessários para Márcio Fernandes e para seu elenco.

Deslizando...

Imagem: Kanenori

A Chapecoense que não se vê... Por Juca Kfouri para a Folha de São Paulo.


Central Park... o Estádio do Cowdenbeath FC da Inglaterra.

Imagem: Alan McCredie/The Guardian 

Hoje é dia de coração apertado... Começa a decisão para América e Juazeirense.

Conhecendo o Juazeirense...

Por Gabriel Leme

O próximo adversário do América na série D é o Juazeirense.

O time baiano, além da competição nacional, já disputou o estadual e a Copa do Nordeste.
No baiano, a equipe por 3 pontos não conseguiu ir para as semifinais.

Ficou com 12 pontos de 30 possíveis, com 3 vitórias, 3 empates e 4 derrotas.

Além disso, marcou 12 vezes e sua defesa foi vazada em 11 oportunidades.

Na Copa do Nordeste, a campanha não foi nada animadora também.

Além de ter caído em um grupo muito forte, com equipes como Sport e Sampaio Corrêa, o elenco baiano somou apenas 3 pontos em 6 jogos.

Pior, venceu um jogo e perdeu 5.

Ao longo do campeonato, fez 4 gols e tomou 11.
Na série D, o Cancão, como é conhecido, foi líder do grupo A7.

Somou 9 pontos, juntamente com o Sousa, mas levou vantagem no saldo de gols (3 a 2).

O grande X da questão vem no mata-mata.

Ainda invicto na fase eliminar, a equipe empatou 3 jogos e venceu 1.

Na segunda fase, o Jacobina foi o adversário.

Primeiro jogo, empate em 2 a 2.

Na volta, vitória do Juazeirense por 3 a 1.

Na fase seguinte, o Fluminense de Feira deu trabalho.

Após empate em 3 a 3 fora de casa, o rival do América segurou um 0 a 0 em casa e avançou.

O curioso é a posse de bola.

O elenco de Carlos Rabelo não consegue se impor nos jogos, mas joga por bolas isoladas que podem e devem oferecer perigo ao Mecão.

O zagueiro Emílio, o meia Juninho Tardelli e o atacante Robert são os destaques.

Emílio, inclusive, vinha sendo decisivo, mas acabou sendo expulso no primeiro jogo e cumpriu a suspensão na partida seguinte.

América deve ficar de olho na volta do defensor.

Em relação ao América, melhor time da competição nacional, é um jogo com certo favoritismo.

Contudo, o futebol é uma caixa de surpresas e são 180 minutos que separam os times da próxima e definitiva fase.

Todos irão dar o sangue em campo.

Enfrentando ondas...

Imagem: Wiki Images

Joel Camargo o primeiro brasileiro a jogar no Paris Saint Germain...

Imagem: Autor Desconhecido


Joel Camargo, os desenganos do primeiro brasileiro a jogar pelo PSG

Assim como Neymar, era negro, tratava bem a bola e brilhou no Santos

Mas, após levantar bandeira contra o racismo, morreu pobre, doente e esquecido

Por Breiller Pires, de São Paulo para o El País

Por sua elegância ao correr com passadas largas, praticamente flutuando sobre o gramado, e ao subir com os braços bem abertos para cabecear, Joel Camargo ganhou o apelido de “Açucareiro”.

Era um zagueiro de técnica privilegiada, talvez o mais habilidoso de sua geração.

Embora implacável ao desarmar os atacantes, tinha doçura nos pés.

Integrou por quase dez anos o célebre time do Santos de Pelé, foi campeão do mundo com a seleção brasileira em 1970 e, muito antes de Neymar protagonizar a transferência mais cara de todos os tempos, se tornou o primeiro brasileiro a vestir a camisa do Paris Saint-Germain (PSG).

Porém, a chegada à cidade luz não teve nenhuma pompa, assim como toda sua trajetória como jogador.

O destino nunca foi generoso com o talento que transbordava de Joel, sobretudo no ano de 1970, que marcou tanto a maior glória da carreira quanto o início de sua derrocada.

Ele começou a temporada em alta.

Era o homem de confiança do técnico João Saldanha e titular da zaga da seleção.

Mas, por interferência da ditadura militar, Saldanha caiu às vésperas da Copa e deu lugar a Zagallo, que barrou o defensor.

O Brasil sagrou-se tricampeão no México.

Joel nem sequer entrou em campo.

Assistiu a todo Mundial do banco de reservas.

Apesar da euforia pelo título, encarou o desprestígio como uma humilhação.

Quando voltou para casa, em Santos, o zagueiro gastou o dinheiro da premiação pelo tri na compra de um lustroso Opala vermelho.

Na madrugada de 22 de novembro, cinco meses depois da Copa, Joel destruiu o carro ao bater de frente com um poste.

Duas mulheres que o acompanhavam morreram no acidente.

Ele quebrou o nariz, a clavícula e a perna direita.

Ficou quase um semestre inteiro de cama, em recuperação.

Condenado a um ano e oito meses de prisão por homicídio culposo, cumpriu pena em liberdade, mas teve seu contrato com o Santos rescindido.

Na época, várias pessoas e dirigentes de outros clubes insinuaram que ele estaria dirigindo embriagado.

Joel sempre negou que tivesse bebido naquela noite.

Desde então, magoado, passou a evitar a imprensa.

Só levantava voz para se pronunciar sobre uma questão que o fustigava.

Foi o primeiro jogador de futebol a se manifestar publicamente contra o racismo no Brasil.

“O preconceito existe, e eu sempre falei disso. Na época do acidente, fui crucificado por causa da minha cor. Eu era o único que falava de preconceito naquela época. Meus colegas de time me chamavam de radical, mascarado, pediam pra eu deixar essas coisas pra lá. Fui dar entrevista uma vez e queriam que eu dissesse que não existia preconceito no Brasil. Porra, eu sou preto! Sei como as coisas funcionam”, contou Joel Camargo em uma de suas raras entrevistas, em 2014, à revista Placar.

Um roteiro previsto antes mesmo de estrear pelo Santos, na ocasião em que uma quiromante advertiu que o futebol lhe traria “alegrias e desgostos” e seria o meio para “lutar pelos de sua cor”.

Ao recuperar-se do acidente, estava desempregado, fora do Santos e malvisto pela maioria dos grandes clubes brasileiros.

Resolveu, então, no fim de 1971, aceitar uma proposta do recém-fundado Paris Saint-Germain.

Longe de ser o clube endinheirado em que se transformou, o PSG acabara de subir para a primeira divisão do Campeonato Francês e amargava as últimas posições na tabela.

No elenco, havia uma mescla de atletas amadores e profissionais.

O nível técnico era sofrível.

E Joel, apesar de zagueiro, chegou com status de campeão do mundo e supercraque para um contrato de sete meses.

Sua primeira partida, diante do Bordeaux, foi um choque de realidade.

Jogou ao lado de um líbero amador, que, aos 15 minutos do segundo tempo, marcou um gol contra.

O brasileiro percebeu que teria de se virar sozinho.

Pegou a bola na defesa, driblou meio time adversário e serviu de bandeja para o centroavante Prost, que desperdiçou a chance com um chute para o alto.

Joel perdeu a paciência.

Começou a berrar com seus companheiros, prontamente repreendido pelo treinador.

Aquele tipo de comportamento, comum entre os boleiros santistas, não era tolerado na França.

Ao deixar o campo, o zagueiro, engasgado com a derrota por 2 x 0, desabafou:

“Os jogadores da defesa tratam a bola como se fosse lixo e os do ataque dão um bico nela e saem correndo atrás”.

Joel Camargo defendeu o PSG em apenas mais uma partida.

A ríspida sinceridade de um atleta habituado a jogar com Pelé e que, de repente, estava cercado de brucutus, fez com que ele colecionasse desafetos durante a curta passagem pelo clube, que o dispensou depois de três meses em Paris.

“Fui pra França com a patroa e minha filha novinha. A gente não entendia a língua deles. Acharam que eu seria um Pelé, o salvador da pátria, sendo que nem tinha me recuperado por completo do acidente”, justificou.

Na volta ao Brasil, rodou por clubes pequenos, mas rapidamente se desencantou da bola.

Aos 29 anos, parou de jogar e mergulhou na bebida.

Torrou todas as economias do futebol até perceber que, aos 35, não havia lhe sobrado nenhum tostão.

E aí veio uma decisão radical: vendeu todas as medalhas que guardava em casa, incluindo a de campeão do mundo.


O dinheiro da partilha de suas conquistas durou pouco.

Falido e com uma filha para criar, se viu obrigado a encontrar outro ofício.

Encontrou uma saída como estivador no Porto de Santos.

Os dois irmãos que trabalhavam no cais descolaram uma vaga para ele na labuta entre os navios.

Carregava fardos de algodão, café e açúcar.

Nas horas de folga, participava das peladas portuárias.

O boné enterrado na testa e a barba por fazer disfarçavam a aparência, mas a indefectível elegância de seus movimentos logo aguçou a curiosidade de alguns colegas.

“Ei, você não é o Joel Camargo que jogou no Santos?”.

Atordoado, ele logo abaixava a cabeça e despistava:

“Joel? Tá louco? Sou sósia dele”.

Não admitia que interpretassem como fraqueza a nova atividade do ex-jogador que venceu o orgulho para buscar sustento no trabalho braçal.

Foram mais de duas décadas de estiva até se aposentar aos 55 anos.

Vivia uma rotina pacata em Santos, lutando contra o alcoolismo e o diabetes.

Por causa da doença, teve um dedo do pé amputado.

Nesta época, havia muito tempo que já não frequentava a Vila Belmiro. Viúvo, recebia amparo da filha e raramente tinha contato com os ex-companheiros de time.

“O único amigo que fiz no futebol foi o Edu [ex-ponta-esquerda]. Só vejo os jogos do Santos pela televisão e olhe lá. Se não vêm falar comigo, eu é que não vou procurar ninguém”, disse à Placar, naquela que seria sua última entrevista.

Morreu de insuficiência renal aos 69 anos, em 23 de maio de 2014.

Pobre, enfermo e esquecido pelos clubes que um dia se renderam à classe do Açucareiro.

Na parede da sala de Joel Camargo, restou a única recordação que conservara dos tempos de jogador: um quadro da mascote da Copa de 70, presente de um torcedor que enxergou a doçura por trás daquele homem que passaria o resto da vida às sombras da amargura.