quarta-feira, abril 10, 2013

Assando...

Charge: Mário Alberto

Margareth Thatcher (1925/2013), a mulher que transformou o futebol mundial...

Para aqueles simplistas que sempre pregam a abertura dos cofres públicos como solução para salvar clubes de futebol de si mesmos.

O autor do texto, não sou eu, ou alguém que sentou diante de um microfone ou câmera de televisão, e começou a especular com base no “achismo”, “experiência pessoal” ou no desejo de que as coisas fossem ao seu feitio...

O autor é alguém que se debruçou por anos a fio sobre o tema...

Que pesquisou, leu e produziu textos e mais textos, carregados de embasamento cientifico...

Enfim, é alguém que estudou cada ínfimo detalhe e que ostenta um título mais que respeitável de PhD num assunto que por aqui, poucos conhecem e muitos falam, falam e falam, sem jamais terem se dado ao trabalho de ler ou pesquisar responsavelmente.

O maior problema do Brasil está imensa quantidade de gente que sabe muito sobre nada e que por pura ignorância ou má-fé, imaginam que as “tetas governamentais” são capazes de alimentar infinitamente todo tipo de irresponsável e preguiçoso.

Por Oliver Seitz.

Independente dos inúmeros e válidos questionamentos sobre as suas posições políticas muitas vezes polêmicas, mas sempre enfáticas, Margaret Thatcher transformou o futebol mundial. 
 
Sua filosofia laissez-faire Smithiana foi fundamental para criar a ideia do ‘football business’, já que a dama de ferro marcou sua posição ao afirmar que ‘football is just like any other business’.

Ao tratar clubes como qualquer outra empresa, ela reconheceu as transações mercadológicas que pautam a competitividade esportiva desde que o capital foi criado. 
 
Mais do que isso, imbuiu os clubes da responsabilidade do seu próprio sustento. 
 
Para ela, o futebol até podia ser um fenômeno social, mas nem por isso os clubes – entidades essencialmente privadas – poderiam ser sustentados pela sociedade. 
 
Se um clube quer existir, ele (ou os seus donos, ou seus torcedores) que dê um jeito de pagar suas próprias contas. 
 
Deu certo. 
 
Muitos clubes quebram na Inglaterra, mas, nem por isso, deixam de existir. 
 
Até agora, nas raras vezes que isso acontece, sempre aparece alguém, com capital privado, para pagar as dívidas e assumir o controle, sem causar maiores danos sociais.

O grande papel que Thatcher desempenhou não foi revolucionar o futebol. 
 
Foi criar as condições para que os próprios clubes descobrissem como revolucionar a si mesmos.

Foi assim, por uma análise mais simplista, que a sociedade inglesa favoreceu a criação da Premier League, que, pelo bem ou pelo mal, inspirou o surgimento e a reformulação de praticamente todos os outros campeonatos de futebol do mundo. 
 
Em alguns lugares deu certo, em outros nem tanto.

Para impedir que os clubes de futebol brasileiros continuem a histórica sangria de recursos públicos, o governo Dilma precisa adotar a mesma postura. 
 
Com isso, o próprio futebol tratará de achar um jeito de se organizar, ainda que isso certamente levará um bom tempo. 
 
Não será fácil, tampouco simples. 
 
Mas é fundamentalmente necessário para que o sentido da existência dos clubes de futebol no Brasil seja estabelecido.

A altura do penteado é parecida. 
 
Já tem uma semelhança. 
 
É um bom começo.

*Dr Oliver Seitz é PhD em Indústria do Futebol pela Universidade de Liverpool, Inglaterra.

Campeonatos estaduais pelo interior... Um sucesso estrondonso.

Imagem: Reuters

Uma virada para não ser esquecida... dois gols em menos de dois minutos...


terça-feira, abril 09, 2013

As armas lhe arrancaram o braço, mas não a determinação - Jogo de Criket no Afeganistão.

Imagem: AFP/Getty Images

No futebol do Rio Grande do Norte, não existe investimento e sim, reparos e remendos...



Nos últimos anos, vi no futebol do Rio Grande do Norte, apenas dois momentos que classifico como investimento.

O primeiro foi a construção do Estádio Maria Lamas Farache e o segundo, a luta de um grupo de americanos em prol da construção do Estádio Arena do Dragão.

Um é realidade e o outro, em breve o será.

Ambos, custaram e ainda custam aos seus idealizadores, dias difíceis e amargos...

Incompreensões, descrença e até boicote foram marcas que ficaram no concreto de um e vão ficar nas fundações do outro.

Porém, a história no seu tempo certo fará justiça a esses homens e certamente irá desmascarar quem os infelicitou.

No mais, o que vi, nem de longe pode se classificar como investimento...

No máximo, foram reparos, remendos, cerzimentos de coisas rotas, cujo único objetivo era o imediatismo, a cura do efeito, sem que a causa fosse afetada.

Talvez por isso, ainda se venda tanta ilusão.




O Roto Rindo do Maltrapilho...

Charge: Mário Alberto

Fico me perguntando se os torcedores organizados teriam coragem para invadir o treino desses caras e fazer ameaças... Eu pagava para ver.