quarta-feira, setembro 29, 2010

Isso sim é gramado!

Imagem: Picture Alliance


América 2x1 Duque de Caxias... Mais uma vitória em casa!


Peço desculpas, mas não vou escrever um texto descrevendo o jogo.

Quem lá estava, viu e quem não foi perdeu, mas, certamente, ouviu e leu gente melhor capacitada que eu para escrever sobre esses detalhes.

Entretanto há uma coisa que gostaria de deixar registrado: é preciso reconhecer que o jovem treinador Dado Cavalcanti – muita gente boa tentou desqualificá-lo, usando os mais variados argumentos –, começou bem, apenas colocando, “cada macaco no seu galho”.

Com cada um no seu devido galho, Dado Cavalcanti procurou e achou, num curtíssimo espaço de tempo, as qualidades mais latentes de cada jogador e com isso, conseguiu transformar um bando, num grupo coeso, disciplinado taticamente e competitivo...

Esse é a meu ver, o grande mérito de Dado Cavalcanti.

Simples, eficiente e objetivo.

Se vai ou não dar certo, não sei dizer, mas aconteça o que acontecer, Dado Cavalcanti é sim, um nome a ser preservado para 2011.

Mas, vamos ao momento mais importante da partida: o único que acredito, mereça ser descrito.


Ontem, quando o empate era quase certo, Luizão, zagueiro, negro, alto, forte e dono de grande vigor físico, deixou sua posição, foi para a área do Duque de Caxias e lá esperou que a bola visse alçada e se possível, em sua direção...

Veio!

Veio certinha, na medida e ele, saltou mais alto que todos – companheiro e adversários – e transformou um empate amargo em uma doce vitória...

O silencio no Machadão durante a o percurso da bola até a cabeça de Luizão durou meros e insignificantes segundos, mas... pareceram intermináveis!

A respiração suspensa entre o tempo que a bola levou até tocar nas redes foi sufocante, Logo a seguir, os corações voltaram rubros voltaram a “encolher”, o Duque de Caxias tentou um último contra ataque pela esquerda do campo...

Velozes os cariocas correram para a aérea e um deles recebeu o cruzamento livre, completamente livre de marcação e, não por convicção, mas sim por instinto, chutou para o gol de Rodolfo...

Chutou?

Seria melhor dizer: isolou a pobre redonda na direção das alturas e aí, a explosão de contentamento que tomou conta das arquibancadas e cadeiras foi como o abrir de uma janela numa ensolarada manhã de primavera...

O resultado de 2x1 levou o América aos 25 pontos...

Agora, a diferença que separa os rubros da décima sexta posição é de apenas quatro pontos...

Já dá para sonhar!


segunda-feira, setembro 27, 2010

Mário Filho, um pernambucano que transformou o Rio de Janeiro e o Brasil...






Foi um pernambucano que selou o encontro do futebol com as massas...


Foi um pernambucano que melhor descreveu a saga dos negros no futebol brasileiro...


Foi um pernambucano que transformou as frias notas sobre os jogos de futebol em crônicas repletas de fantasia, magia e poesia...


Foi um pernambucano que contra muitos, lutou pela construção do Maracanã e colocou o Brasil no mapa mundial da bola...


Foi um pernambucano que melhor entendeu a alma do carioca...


Foi um pernambucano que apaixonado pelo charme do futebol carioca o transformou em amor de todos...


Falo de Mário Filho.


Um pernambucano que o Rio de Janeiro adotou como seu e que até hoje, cultua, admira e reverência...


Aliás, foram dois pernambucanos: Mário Filho e Nélson Rodrigues...


Se quiserem culpar alguém pelo futebol ter saído do gueto e caído nos braços do povo, culpem a eles...


Se quiserem culpar os milhões de brasileiros que ainda hoje torcem apaixonadamente pelo futebol do Rio de Janeiro, culpem a eles...


Eles, Mário e Nélson, transformaram o futebol no orgulho de um povo e o futebol carioca, foi sua lança.


Não serão campanhas xenófobas, toscas, estapafúrdias e discriminatórias que irão matar o que esses dois homens criaram...


Para apagá-los da história, antes terão que criar uma história muito mais rica e muito mais brasileira...


Antes de matar no coração das pessoas o amor pelos clubes do Rio de Janeiro, antes terão que fazer correr pelos gramados, um Heleno de Freitas, um Ademir Queixada, um Perácio, um Gérson, um Carlos Alberto, um Garrincha, um Pompéia, um Zico, um Roberto Dinamite, um Romário, um Dequinha e um Marinho Chagas...


Grandes estrelas, porém, nem todas nascidas no Rio de Janeiro, mas que só se fizeram estrelas, por estarem no Rio de Janeiro e vestirem as camisas dos clubes de lá...


Antes que o último brasileiro, saia da frente da TV e desligue o rádio quando um clube do Rio jogar, será preciso não mais existir a mística de um Fla-Flu, de um Vasco e Flamengo e de um Fluminense e Botafogo...


Antes que a última camisa de um clube do Rio de Janeiro seja jogada no lixo, será preciso que as conquistas se igualem ou, sejam ultrapassadas...


Antes de assumirem a frente de qualquer campanha, terão que saber usar a pena para escrever como escreveram Mário e Nélson...


Terão que falar de inclusão e não de exclusão...


Terão que ser poéticos como Waldyr Amaral que ao fim de cada jogo, encerrava assim sua transmissão: “As luzes se apagaram, o gigante Mário Filho, encontra-se deserto e adormecido... boa noite Brasil”!


Não, não apoio nada que queira tirar de alguém qualquer direito...


Não, não aceitaria ser editor do Pravda, do Iskra ou do Völkischer Beobachter...


Não, não poderia ir contra princípios que para mim são basilares e imutáveis...


Não, não aceitaria no Brasil, um Star Chamber dos tempos de Carlos I na velha Inglaterra...


Não, não poderia dobrar meus joelhos à frente dos santos que tentaram impor sua crença através da inquisição...


O homem só tem sentido ser for livre!


Um homem será aquilo que quiser ser...

Imagem: AFP


O Potyguar Rugby, é o rei do nordeste...


Após vencer todos os adversários, inclusive aplicando sobre a equipe do Sertões do Estado do Ceará um sonoro 80x0, o Potyguar Rugby do Rio Grande do Norte, conquistou a etapa final do Campeonato do Nordeste de rúgbi...


Foram dois dias de jogos entre equipes do Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, foram dois dias de confraternização entre 150 atletas, dedicados a pratica e a divulgação de um esporte pouco conhecido no Brasil...


Não consegui ainda, maiores informações sobre a presença de público, mas vou buscar saber o número de presentes e como essas pessoas absorveram essa nova modalidade esportiva que aos poucos vai ganhando espaço entre nós.


Parabéns aos atletas, parabéns ao Potyguar Rugby e o Fernando Amaral FC está engajado nessa luta.


Local dos jogos: Campo de futebol do Campus Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.


Dias: 25 e 26 de Setembro (sábado e domingo passado).


Apoiadores: UFRN, Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, Academia WM Fitness e Pronutry.


Colocação:


01 – Potyguar Rugby do Rio Grande do Norte (Campeão)

02 – Sertões Rugby Clube do Ceará.

03 - Centuriões do Ceará.



domingo, setembro 26, 2010

Psiu, sem dar na vista... mas você não acha melhor a gente arrumar outro time?

Imagem: Imago

América 2x1 Náutico... Competitivo e determinado.


Estava procurando uma palavra que definisse a América e ao ouvir o técnico Dado Cavalcanti, não precisei mais procurar...


Competitividade: é essa a palavra.


O América de ontem, diante do Náutico não foi brilhante, nem tão pouco jogou um futebol de encher os olhos, mas foi diferente, bem diferente e essa diferença foi à forma competitiva como jogou.


Dado Cavalcanti, ontem, montou uma equipe coesa e aplicada que dominou boa parte do primeiro tempo, fez dois gols, levou um e na volta para o segundo tempo, manteve o equilíbrio e acabou vencendo...


Marcelo Brás estreou marcando e fazendo jus a fama de goleador, mas principalmente na segunda etapa, ficou isolado entre os zagueiros do Náutico.


Porém, o grande destaque da partida foi Washington, que comandou as ações no meio campo, marcou um gol, buscou alimentar o ataque, jogando de forma objetive e no final da partida, soube segurar a bola, enervou o adversário e mostrou o quanto nossos dirigentes são cegos...


Esse moço sempre esteve à vista de todos, mas o complexo de vira lata e o fetiche por jogadores “ex-isso e ex-aquilo”, sempre impediram que Washington ocupasse um lugar de destaque em nossas equipes.


Washington só está no América agora, por duas razões: falta de dinheiro para jogar fora e por ser Dado Cavalcanti um treinador que não tem parcerias.


O caminho ainda é íngreme, pedregoso e escorregadio, mas se ainda há esperança, então é preciso acreditar e continuar caminhando...


Pena que nesse momento, além de seus próprios esforços, os rubros dependam também do resultado alheio.



Não há como jogar desanimado no Washington Redskins...


Imagem: Reuters

Fortaleza 1x1 ABC... Empate garante a primeira colocação.


Em Fortaleza, o ABC empatou com o tricolor cearense por 1x1...


O resultado mantém o alvinegro na primeira colocação do Campeonato do Nordeste com 27 pontos e terá seu último compromisso exatamente, contra o CSA vice-líder.


Num jogo tecnicamente fraco, o Fortaleza abriu o placar através de Reginaldo e João Paulo, de pênalti, empatou para o alvinegro.


Ainda bem que os bancos aqui, são confortáveis...

Imagem: Picture Alliance


Rodriguinho aos poucos, reescreve sua história...


Ele saiu de Natal sem badalação, saiu quase sem ser notado e alguns, ou melhor, muitos aplaudiram entusiasticamente sua saída...

Uma pena...

Pois bem, longe das más companhias, da pressão exagerada e dos “amigos de ocasião”, Rodriguinho amadureceu, a ponto, de hoje, ser a referência do Bragantino...

Rodriguinho não viveu momentos fáceis em sua chegada, não recebeu nenhum favor – contou com ele e com quem o levou e ambos confiaram que era possível um novo recomeço...

A titularidade no Bragantino foi conseguida com esforço e com personalidade...

Rodriguinho chegou a dizer ao técnico que preferia não jogar a jogar fora de sua posição e isso, causou algum estremecimento, mas no final, prevaleceu o bom senso e o espaço foi aberto.

Ao que parece, nem ele estava errado e nem o treinador se arrependeu de ter cedido ao pedido do jogador.


sábado, setembro 25, 2010

Nem tente... você é só um motorista!

Futebol de rua: bons tempos que ficaram para trás...

Imagem: Kushal Gangopadhyay


Não sei como andam as coisas hoje em dia, as peladas de rua ficaram para trás e com elas, ao menos para mim, a essência do futebol...

Recebi hoje, através de e-mail um texto sobre as 10 regras do futebol de rua e, segundo seu autor, esse sim, o “verdadeiro futebol de macho”.

Lendo cada uma das regras, não pude deixar de rir, mas também não houve como não voltar ao passado e lá reaver certos conceitos e princípios que deveriam ser imutáveis, não fosse os anos, ativos lobistas a trabalhar pela deformação dos caráteres, transformando meninos sãos em homens cínicos.

Naquele tempo, a rua e a bola, ensinavam lições, mostravam diferenças, criavam laços, mas também rivais...

Fazer parte do grupo, ser aceito entre os peladeiros era como um rito de passagem: ali, deixávamos de ser o “filhinho da mamãe” e passávamos a fazer parte da “rapaziada”...

Lá, na rua, com a bola, aprendemos a perder, a absorver derrotas, a não temer, a enfrentar o mais forte, a correr para salvar a pele e depois, a voltar e recomeçar...

Aprendemos o valor da amizade e a reconhecer nossas deficiências.

Mas também, descobrimos que era possível transgredir as regras rígidas de nossas mães e escapar dos maçantes deveres de casa, passados pela professora: mesmo que isso nos fizesse pular muros, andar na ponta dos pés, correr como um raio em direção à porta ou inventar que o caderno de caligrafia havia ficado na casa do Paulinho e que era só pegar e voltar rapidinho.

O almoço podia esperar o último gol...

O lanche era colocar um presunto ou um pedaço de queijo às pressas no pão e engoli-lo com a ajuda de um suco ou leite, enquanto vestíamos o surrado calção...

O jantar era o pior momento, pois significava o toque de recolher: fim do prazer.

Aprendemos a ter ouvidos seletivos: o chamado do companheiro para correr atrás da bola era audível em qualquer circunstância – mesmo quando morava no quinto andar ou no décimo andar ou então, meu quarto ficava na parte da casa mais distante da rua.

Bastava um assovio, às vezes só o quicar da bola era o suficiente para que tudo mais fosse esquecido...

Mas o grito estridente e em tom autoritário de nossas mães nos chamando, quase nunca era ouvido na primeira vez, ou mesmo na segunda...

O bairro inteiro sabia que aquele Fernandoooooooo, já para casa, era para mim, menos eu...

Fingir que não ouvia fazia parte da inútil convicção que ela desistira...

Mamãe nunca desistiu!

Seu chamado era determinante e determinado...

Não havia atenuantes ou argumentação...

Resistir servia para mostrar a rapaziada que você era valente, mas sempre terminava na humilhante condição de ser levado para casa pela orelha ou no ritmo dos tapas certeiros e cadenciados que só as mães sabem dar.

Certa vez, Walter ousou...

Deu um drible de corpo sensacional em Dona Valdira...

Mas descobriu que mães são implacáveis zagueiros e que nenhum árbitro no planeta é capaz de “amarelar” ou “avermelhar” uma mãe driblada...

Dona Valdira na segunda tentativa deu uma rasteira digna de uma suspenção exemplar e sem esperar que a maca viesse retirar o Walter da calçada, o arrastou pelas orelhas aplicando-lhe sonoros cascudos...

No dia seguinte, as marcas vermelhas do cinto, cintilavam nas costas de Walter e ele, as exibia como um troféu...

Mas quando Nanico disse que dona Valdira era uma megera, Walter precisou ser seguro por todos para que não fosse às vias de fato com aquele que ousou detratar sua mãe.

Foram bons tempos aqueles e mesmo sem confederações, federações, patrocinadores, torcidas organizadas, cotas de TV, empresários, agentes e toda essa gama de coisas que acabam por destruir o lúdico, o belo e a essência do jogo, havia regras sim senhor e é a elas que vamos agora:

01 – A Bola

A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica.

Até uma bola de futebol serve.

No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.

02 – O Gol

O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.

03 – O Campo

O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro.

04 – A Duração do Jogo

O jogo normalmente vira 5 e termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer.

Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

05 – Formação dos Times

Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado.

Ruim vai para o gol.

Perneta joga na ponta, esquerda ou à direita, dependendo da perna que faltar.

De óculos é meia-armador, para evitar os choques.

Gordo é beque.

06 – O Árbitro

Não tem árbitro, ganha quem gritar foi falta primeiro, ou for o dono da bola ou então, for bom de porrada.

07 – As Interrupções

No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:

- Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.

- Quando passar na rua qualquer garota gostosa.

- Quando passarem veículos pesados.

- Mas apenas de ônibus para cima.

- Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é gol.

08 – As Substituições

São permitidas substituições nos casos de:

a) Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição.

b) Jogador que arrancou o tampão do dedão do pé.

c) Porém, nestes casos, o mesmo acaba voltando à partida após utilizar aquela água santa da torneira do quintal de alguém.

d) Em caso de atropelamento.

09 – As Penalidades

A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.

10 – Justiça Desportiva

Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalece os mais fortes ou quem pegar uma pedra antes.



sexta-feira, setembro 24, 2010

Twickenham Stadium em Londres...

Imagem: Autor Desconhecido

Rugby Portiguar, eles ainda vão dar o que falar...


Tá bom, os caras não são os All Blacks, nem tão pouco, tem a força dos Springboks, mas estão na briga para quem sabe um dia, chegar lá.

Por que não, juntar-se a eles?

Estou me referindo ao Rugby Potiguar – Bicampeão nordestino (2006/2007) e campeão do Torneio de Seven, realizado em Recife em 2007.

Pois bem, nesse final de semana (25 e 26), Natal será a sede da última etapa do Campeonato Nordestino de Rúgbi e o Rio Grande do Norte está firme e forte na luta pelo título.

Os adversários são Pernambuco, Bahia e Ceará e os jogos, serão realizados no campo de futebol da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)...

No sábado a programação começa às 8 horas da manhã e se estende até às 18 horas e no domingo, das 8 horas até às 14 horas...

Além das partidas, no intervalo dos jogos, haverá jogos demonstrativos com a participação de crianças da Vila de Ponta Negra que fazem parte do projeto social do Rugby Potiguar e crianças da Paraíba que pertencem a um projeto semelhante.

Segundo o técnico, Davide Giacobbo, o Rio Grande do Norte está forte e pronto para tentar mais um título regional...

Então, que tal no sábado e domingo, dar uma passadinha lá na UFRN e apreciar um esporte novo, aprender as regras e talvez, quem sabe um dia, vir a praticar...

Só por curiosidade, o Rúgbi é o segundo esporte mais popular do planeta e é praticado em mais 100 países e, para nosso profundo desgosto, a Argentina tem um time muito bom.




quinta-feira, setembro 23, 2010

E não é que Eboué da Costa do Marfim, sabia falar coreano...

Ahhhh... Sharapova...

Imagem: Picture Alliance

O rádio perde um homem de bem...


Soube ontem da saída de Domingos Sávio da 98FM...


Não quero entrar no mérito da questão, não me interessa e, de mais a mais, quando conversei com por telefone com Domingos, ele mesmo se recusou a falar sobre detalhes.


Domingos é um homem elegante, fino, educado e jamais iria transformar um assunto interno de sua emissora num bate boca fútil e inútil.


Bem, de qualquer forma, escrevo para todos saibam da minha admiração, do meu respeito e acima de tudo da minha solidariedade a Domingos Sávio.


Derrotas são lições...

Imagem: Autor Desconhecido


Derrotas não são manchas, são a prova que houve luta...


Não tenho nenhuma procuração para defender Ferdinando Teixeira...


Nada, absolutamente nada.


Também, não recebo e nem recebi nenhum favor de Ferdinando Teixeira...


Nenhum mesmo.


Mas, ontem, li um texto onde a chamada dizia: “O manchado histórico de Ferdinando Teixeira”.


Apreensivo e curioso fui ler, pois talvez, o autor, o radialista Marcos Trindade, por ser um dedicado compilador de dados e números referentes ao nosso futebol, houvesse descoberto algo sobre o comportamento profissional e pessoal de Ferdinando que pudesse enfim, justificar todas as diatribes a ele dirigidas.


Li e reli e não encontrei nenhuma afirmação que confirmasse o título da chamada...


Mas afinal onde está a mancha?


Cadê a sujeira capaz de manchar a carreira do treinador e da pessoa de Ferdinando?


O que encontrei na verdade, foi uma compilação de toda a carreira de Ferdinando, aliás, diga-se de passagem, muito bem feita...


Mas e a tal mancha e a tal sujeira?


Nada, tudo limpo, tudo dentro das conformidades.


Nenhum troco por fora, nenhum acordo espúrio, nenhum envolvimento com grupos, grupelhos ou quadrilhas...


Como disse anteriormente, o que encontrei foi uma longa e bem feita compilação da carreira do treinador, recheada de comentários pessoais e que por serem pessoais, são subjetivos e passíveis de discordância.


Pois bem, considerar que 16 títulos ganhos ao longo de uma carreira à frente de equipes economicamente frágeis e limitadas, é pouca coisa, é um direito...


Desprezar a subida para Série A e para Série B, também é um direito...


Porém, considerar derrotas como manchas é algo acima da minha compreensão...


Derrotas fazem parte da vida dos homens, das nações e das instituições...


Se derrotas são manchas na história de alguém, então, eu e milhões de homens vivos e mortos, estamos sujos até a medula.


Se não vencer é vergonhoso, então, devemos andar todos cabisbaixos, pois certamente, acumulamos mais derrotas que vitórias em nossa existência...


É claro que a carreira de Ferdinando Teixeira não pode ser comparada a de ninguém, pois cada uma tem suas peculiaridades, mas, porém, com todo o respeito aos desafetos de Ferdinando, negar-lhe um lugar na história é assumir que o desgosto nada tem de profissional, é coisa pessoal e aí, nenhum argumento será bastante para reverter o pré-julgamento.


Para encerrar, afirmo que todo mérito é fruto de um duro combate e que, portanto, não existem meios méritos ou quase méritos...


Um mérito é um mérito e ninguém pode menosprezar isso.


A carreira de Ferdinando não tem manchas, tem arranhões...


Aliás, a dele e a de todos nós.


Não fosse a carreira de alguém, algo invisível aos olhos, veríamos em nós mesmos e nos outros, as muitas cicatrizes causadas pelos arranhões dos nossos erros e fracassos.



quarta-feira, setembro 22, 2010

Torcida do HSV Hamburg sob custódia policial por "excesso de rivalidade"...

Imagem: Reuters

América MG 4x1 América RN...


De que adianta dizer que o América jogou assim ou assado?


Assim ou assado, foi goleado!


Quem em sã consciência, ainda aguarda a grande virada?


Talvez só mesmo os cegos de paixão...


Ontem em Minas Gerais, o América de lá nem precisou jogar os dois tempos...


Jogou o primeiro e no segundo apenas fez os gols.


O América de cá, não tem inspiração...


Vive da transpiração inútil...


Da venda da ilusão fútil de que na próxima vez tudo irá mudar.


Nada mais a acrescentar.



Nem mesmo a antiga e desativada tribuna do Millerntor Stadium ficou vazia... FC St. Pauli e HSV Hamburg.

Imagem: Picture Alliance

Se fosse o Neizinho do Lá Vai Bola FC, a essa hora, já estaria num ônibus a caminho de casa...


A direção do Santos preferiu demitir Dorival Júnior, a educar o pivete mimado, mal educado, arrogante, presunçoso e egoísta, chamado Neymar...


O pivete venceu, e por que não venceria?


No país dos valores invertidos, não me espanta!


Aliás, no Brasil nada mais me espanta...


Tal episódio me fez lembrar Paul Breitner, ex-jogador do Bayern de Munique, Real Madrid, Eintracht Braunschweig e da seleção alemã e duas de suas frases...


A primeira, dita quando justificou o encerramento de sua carreira com apenas 31 anos e ainda em plena forma: “jogar futebol é um prazer, mas estou cansado das coisas que acontecem fora do campo”...


E a segunda, quando definiu a alguns de seus colegas de profissão: “infelizmente, a inteligência da maioria dos jogadores, não vai além das canelas”.

terça-feira, setembro 21, 2010

Chora não... perder faz parte do jogo!

Imagem: AFP


Quase um sopro - Arbitragem...

Por Carminha Soares


Quase um sopro...

Todas as vezes que assisto a uma partida de futebol, as discussões sobre a atuação dos árbitros é uma constante polêmica.

Por que os árbitros erram tanto?

A copa do mundo de 2010 na África do Sul é a prova viva desses erros, constatados pelo pedido de desculpa feito por Joseph Blater, presidente da FIFA, à Inglaterra em relação ao gol anulado contra a Alemanha pelo árbitro Jorge Larrionda e ao México pelo gol irregular validado pelo árbitro italiano Roberto Rosetti a favor da Argentina.

E a mão de Deus de Maradona na Copa do Mundo de 1978! “Andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar...”

Sobre essa polêmica que permeia o mundo da arbitragem, vale ressaltar dois aspectos que considero importantes: um que caracteriza, fundamentalmente, a atuação dos árbitros e o outro sobre o comportamento e atitudes dos jogadores, técnicos e dirigentes.

Com relação aos árbitros, a performance física que proporcione um posicionamento sempre estrategicamente correto no acompanhamento das jogadas, conhecimento técnico/teórico das regras que embasam o futebol e o equilíbrio emocional são requisitos essenciais para uma boa arbitragem.

Nesse processo, a atuação dos árbitros assistentes - os bandeirinhas - pode auxiliar o árbitro a decidir corretamente a atitude a ser tomada.

Nesse aspecto, representam um forte aliado sobre lances dúbios, principalmente em relação à linha de impedimento.

O outro aspecto, que influencia esse complexo mundo da arbitragem, é o comportamento de alguns atletas, de alguns técnicos e de alguns dirigentes.

Quem não se recorda das desagradáveis garras “... o Leão está solto na rua...”, recentemente, que acabou “arranhando” um repórter.

Nesse contexto, ao longo de todos esses anos que acompanho futebol, observo que os árbitros, de um modo geral, são desacatados, hostilizados, o que banaliza a sua autoridade dentro de uma partida de futebol.

O atleta profissional deve ter a consciência de que o seu comportamento pode ser o fio condutor para agressões, ou não, no decorrer de uma partida de futebol.

O respeito e a lealdade diante do companheiro adversário, que, igualmente a ele, depende do futebol, profissionalmente, para sobreviver.

O futebol é um esporte de garra, entretanto, pode ser jogado de forma limpa e elegante.

Nesse contexto, sabe-se que o capitão de uma equipe, em tese, exerce uma liderança sobre o grupo, é sensato e o responsável para conversar com árbitro e com os seus companheiros de equipe, diante de comportamentos indesejáveis que surgem no calor da emoção de uma partida de futebol, envolvendo, muitas vezes, árbitros, atletas, técnicos e dirigentes.

Todos “alvo” de uma elevada exposição pública, com consequências para a sua imagem enquanto pessoas públicas.

É bem verdade, que alguns árbitros se perdem na condução do espetáculo do futebol.

O agarra, agarra na área, por exemplo, é, ainda, desafio de “coragem” para alguns árbitros.

Essa prática é rotineira dentro da pequena área, mas, mudar isso, não significa dizer que os zagueiros e volantes, que, naturalmente, protegem essa área do campo, fiquem de braços cruzados.

No entanto, no momento em que os árbitros interpretarem a regra do jogo corretamente e marcar o pênalti, esse tipo de comportamento diminuirá.

Diante do exposto, é pertinente observar o tempo mínimo que os árbitros têm para decidir sobre um lance, uma jogada, quase um sopro!

De alívio ou de angústia, movido pela alta visibilidade proporcionada pela mídia televisiva que avalia e julga em tempo real, a sua atuação, por todos os ângulos e com todos os detalhes a marcação atribuída, se incorreta, perde inteiramente o sentido.

Nas décadas de 60 e 70, os árbitros norte-rio-grandenses Luiz Meireles, Jader Correia, Afrânio Messias, César Virgílio, entre outros, não contavam com os avanços tecnológicos, deixando-os menos vulneráveis a implacável exposição proporcionada pela mídia de quase um sopro...


Carminha Soares

Autora de Livro “A inclusão social e a mídia”

Os islandeses do Stjarnan e o gol granada de mão...

Aleksandar Kitic - Um belo gol contra...

Hamit Altintop - Um belo gol a favor...

segunda-feira, setembro 20, 2010

Eu disse que esse azul, não combinava com o azul das cadeiras...

Imagem: Imago

A derrota de do Alecrim de Ferdinando Teixeira, foi a derrota de todos nós...


Não vou discutir aqui, a capacidade profissional de Ferdinando Teixeira: não tenho a qualificação necessária, seja ela teórica ou prática, para ir tão longe.


Mas posso afirmar que no Rio Grande do Norte, nenhum treinador foi maior que ele em termos de títulos conquistados.


São números, são fatos e não opinião pessoal.


Não vou discutir o caráter de Ferdinando Teixeira: não tenho intimidade para me arvorar a tanto...


Mas posso afirmar que em relação a mim, o tratamento dado sempre foi respeitoso e amável...


Desconheço qualquer fato desabonador em relação ao treinador e a pessoa de Ferdinando Teixeira.


Mas Ferdinando por acaso, está acima do bem e do mau?


É claro que não!


Em sua carreira como treinador, cometeu, comete e cometerá muitos e muitos erros – quem está imune a erros?


Como homem, não tenho dúvidas, deve ter cometido injustiças, feito avaliações errôneas e magoado pessoas – me apontem um único homem cuja vida seja livre de tais coisas.


Portanto, acho estranho que tantos por aqui, estejam tão felizes diante de sua derrota e do fracasso de sua equipe...


A vitória incontestável do Salgueiro de Pernambuco por 2x0, diante do Alecrim do treinador Ferdinando Teixeira, foi à derrota de todos nós.


A única felicidade que compreendo é aquela que está no rosto dos salgueirenses e dos maceiosenses, pois ontem, um obteve sua classificação para segunda fase e outro sua permanência na Série B, graças à derrota de uma equipe do Rio Grande Norte...


Porém, o mais triste de tudo isso é saber que tal felicidade é compartilhada por muitos e, nenhum deles é pernambucano ou alagoano.



Tenso, o menino observa...

Imagem: Picture Alliance


Alecrim FC 0x2 Salgueiro... Tão perto e tão longe.


Não espera, não acreditava e nem tão pouco, fui capaz de absorver ainda, a derrota do Alecrim e seu trágico final: à volta a Série D.


Não fui ao jogo, precisei do domingo de folga para resolver umas questões pessoais e por isso, não tenho como analisar os acontecimento no Machadão, mas é impossível evitar a sensação de decepção e tristeza.


Claro que sou sabedor que passar para a fase seguinte não garante a ninguém absolutamente nada – entre a chegada a chegada a segunda fase e a ascensão a Série B, existe um fosso a ser ultrapassado, mas o que estava em jogo, ao menos para mim era o valor simbólico dessa chegada.


Ultrapassar o primeiro obstáculo significava continuar na Série C o que convenhamos, para o Alecrim já seria um grande feito...


Meu coração desejava viver a emoção de ver o Alecrim ascender a Série B – queria poder passar pela experiência de observar a alegria e até mesmo os excessos de gente como Pastel, Normando, Coronel Saraiva e tantos outros, que aproveitariam o momento para extravasar...


Queria Orlando Caldas, no mesmo patamar esportivo que Rubens Guilherme e José Maria Figueiredo...


Queria poder compartilhar com o sempre calmo e lúcido, Marcos Vinicius o orgulho de saber que seus esforços haviam frutificado.


Enfim, queria a Daninha feliz, mas infelizmente, o máximo que posso fazer é oferecer minha solidariedade e minha amargura.



Valeu amiga...

Imagem: Picture Alliance


ABC FC 0x1 CRB...


Para o ABC a derrota em Maceió foi apenas um ligeiro incomodo e não mais do que isso...


O resultado de 1x0 a favor do CRB não mudou a posição do alvinegro na tabela e nem tão pouco ofuscou sua condição de melhor equipe dessa equilibrada primeira fase (vejam que a diferença entre o primeiro colocado e o último, se resumiu a míseros dois pontos).


Já classificado o alvinegro natalense decidiu deixar de fora da partida contra o CRB seus dois melhores jogadores: a ideia era evitar um terceiro cartão amarelo...


O risco foi calculado e poderia ter dado errado, mas não deu...


Mantido o primeiro lugar, o ABC segue com a estratégia de fazer o primeiro jogo na casa do adversário, complicar o máximo possível e decidir tudo na partida de volta, diante de sua torcida.


Até aqui, tudo deu certo e agora, resta esperar os 180 minutos que separam ABC e Águia de Marabá do tudo ou nada, pois o sistema mata, mata – que tantos apreciam – trás em seu bojo uma triste ironia: se der certo é o céu, se não, o perdedor fica nas mesmas condições de Campinense e CRB.


domingo, setembro 19, 2010

Afinal, foi um salto ou foi um susto?

Imagem: Picture Alliance


América 2x0 Icasa... Enfim, um domingo em paz!


Natal encerrou na noite de ontem a vigésima segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro com a partida entre América e Icasa.


Infelizmente para nós do Rio Grande do Norte, as únicas mudanças significativas na tábua de classificação, em relação à rodada anterior, se deram na ponta da tabela...


Lá, o Figueirense perdeu a liderança e se vê ameaçado por América Mineiro e Ponte Preta (a ponte mesmo perdendo para o Bahia tem 37 pontos, enquanto o Figueirense que também perdeu, ficou com 39)...


Os grandes beneficiados foram o Bahia e o Coritiba que 40 pontos ocupam o primeiro e segundo lugar, respectivamente.


No meio – isto é, no limbo, o Sport avança, Duque de Caxias se aproxima e Portuguesa, Guaratinguetá, Ponte Preta e São Caetano patinam.


Náutico, Paraná, Icasa, Brasiliense e ASA, caem, enquanto o Vila Nova tenta escapar da beira limosa do abismo.


No posso, o Bragantino vence, fica perto da borda, mas assim como o Santo André, não consegue convencer.


Mais abaixo, o América apenas trocou de posição com o Ipatinga e ambos buscam forças para tentar uma última arrancada em direção à saída.


Em relação ao jogo América e Icasa, não há como negar que a vitória por 2x0 foi o gole d’água que a garganta seca dos americanos tanto ansiava...


Vencer trouxe alento aos mais lúcidos, mesmo estes saibam que a tarefa é gigantesca...


Vencer deu aos otimistas a certeza que a luz agora vista, é o dia no fim do túnel e não a locomotiva que corre em sua direção...


E, por fim, vencer deu aos fanáticos e crédulos, a confiança para bradarem a plenos pulmões que a hora da virada começou...


Essa será a tônica enquanto a matemática mostrar que é possível.


Ontem, Dado Cavalcanti fez uma aposta e foi feliz ao arriscar...


Sem tempo para uma completa reforma, Dado redesenhou a forma de jogar da equipe, saído de um 3.5.2 e jogou suas fichas num 4.4.2...


Manteve a base que vinha atuando e inseriu dois novos nomes – Airton e Cafu, que não foram brilhantes, mas cumpriram seu papel com bastante eficiência e mostraram que podem ser uteis a equipe.


Ao término da partida, era fácil perceber o alivio nos rostos dos jogadores...


Mas nem o alivio e nem a vitória vão encobrir as deficiências ainda claras...


O América no primeiro tempo jogou no máximo um quinze minutos de bom futebol, depois caiu de produção, permitiu o crescimento do Icasa e nos últimos 10 minutos ficou acuado em seu campo, apenas tentando evitar o empate.


Na segunda etapa, o quadro se repetiu – o time rubro avançou, pressionou, mas após conseguir o segundo gol, voltou a cair de produção.


Entretanto, não recebeu nenhuma ameaça digna de nota, já que o Icasa não mostrou a mesma disposição da primeira fase.



sábado, setembro 18, 2010

Elas fazem os ginásios silenciar...

Imagem: Marca


Lutar enquanto for possível...


Logo mais à noite, o América de Dado Cavalcanti vai a campo enfrentar o Icasa e, de antemão, já sabendo que mesmo vencendo, no máximo, retornará a décima nona posição...


A vigésima segunda rodada, em termos de resultados foi péssima para os rubros.


O Santo André venceu...


O Ipatinga venceu...


E, o Vila Nova conquistou sua sexta vitória consecutiva.


Para complicar ainda mais, só falta o Bragantino derrotar o Náutico em Bragança Paulista.


A situação é a seguinte:


Se vencer, o América volta a ocupar a posição de número 19, mas a diferença que o separa dos seus adversários mais próximos se mantém – apenas se o Bragantino perder, a diferença que hoje é de 6 pontos, cairá para 3...


Se empatar, o América ficará a um ponto do Ipatinga, cinco, seis ou oito do Bragantino, sete do Santo André, oito de Vila Nova e ASA e nove do Brasiliense...


Caso perca, a diferença será de três pontos para o Ipatinga, seis, sete ou nove para o Bragantino, oito para o Santo André, dez para Vila Nova e ASA e onze para o Brasiliense...


Bem, esses são os fatos, mas nada impede que cada um construa sua versão.