Não tenho nenhuma procuração para defender Ferdinando Teixeira...
Nada, absolutamente nada.
Também, não recebo e nem recebi nenhum favor de Ferdinando Teixeira...
Nenhum mesmo.
Mas, ontem, li um texto onde a chamada dizia: “O manchado histórico de Ferdinando Teixeira”.
Apreensivo e curioso fui ler, pois talvez, o autor, o radialista Marcos Trindade, por ser um dedicado compilador de dados e números referentes ao nosso futebol, houvesse descoberto algo sobre o comportamento profissional e pessoal de Ferdinando que pudesse enfim, justificar todas as diatribes a ele dirigidas.
Li e reli e não encontrei nenhuma afirmação que confirmasse o título da chamada...
Mas afinal onde está a mancha?
Cadê a sujeira capaz de manchar a carreira do treinador e da pessoa de Ferdinando?
O que encontrei na verdade, foi uma compilação de toda a carreira de Ferdinando, aliás, diga-se de passagem, muito bem feita...
Mas e a tal mancha e a tal sujeira?
Nada, tudo limpo, tudo dentro das conformidades.
Nenhum troco por fora, nenhum acordo espúrio, nenhum envolvimento com grupos, grupelhos ou quadrilhas...
Como disse anteriormente, o que encontrei foi uma longa e bem feita compilação da carreira do treinador, recheada de comentários pessoais e que por serem pessoais, são subjetivos e passíveis de discordância.
Pois bem, considerar que 16 títulos ganhos ao longo de uma carreira à frente de equipes economicamente frágeis e limitadas, é pouca coisa, é um direito...
Desprezar a subida para Série A e para Série B, também é um direito...
Porém, considerar derrotas como manchas é algo acima da minha compreensão...
Derrotas fazem parte da vida dos homens, das nações e das instituições...
Se derrotas são manchas na história de alguém, então, eu e milhões de homens vivos e mortos, estamos sujos até a medula.
Se não vencer é vergonhoso, então, devemos andar todos cabisbaixos, pois certamente, acumulamos mais derrotas que vitórias em nossa existência...
É claro que a carreira de Ferdinando Teixeira não pode ser comparada a de ninguém, pois cada uma tem suas peculiaridades, mas, porém, com todo o respeito aos desafetos de Ferdinando, negar-lhe um lugar na história é assumir que o desgosto nada tem de profissional, é coisa pessoal e aí, nenhum argumento será bastante para reverter o pré-julgamento.
Para encerrar, afirmo que todo mérito é fruto de um duro combate e que, portanto, não existem meios méritos ou quase méritos...
Um mérito é um mérito e ninguém pode menosprezar isso.
A carreira de Ferdinando não tem manchas, tem arranhões...
Aliás, a dele e a de todos nós.
Não fosse a carreira de alguém, algo invisível aos olhos, veríamos em nós mesmos e nos outros, as muitas cicatrizes causadas pelos arranhões dos nossos erros e fracassos.
2 comentários:
Querido,para colaborar com o processo evolutivo das pessoas o sugeito tem que ter alguma,nem todos jornalistas tem a sua grandeza.
é muito mais fácil esculachar com as pessoas que estão espostas do que fazer melhor que elas.
Querido,para colaborar com o processo evolutivo das pessoas o sugeito tem que ter alguma,nem todos jornalistas tem a sua grandeza.
é muito mais fácil esculachar com as pessoas que estão espostas do que fazer melhor que elas.
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