terça-feira, maio 07, 2013

Tremei aliados... segundo Paulinho, o homem é araponga.



Tá feia a coisa...

Marco Polo Del Nero teve acesso ilegal ao computador da FERJ e a dados de seu presidente...

Por Paulinho.

Rubens Lopes da Costa Filho, CPF: xxx.xxx.727-91, PIS xxx2xx94460, é presidente da FERJ.

Os dados acima, entre tantos, foram retirados do computador de Marco Polo Del Nero, após operação recente da Polícia Federal, que chegou a deter o atual presidente da FPF e vice da CBF.

A “arapongagem” foi cometida pelo suposto “laranja” do dirigente, o diretor de TI de ambas as entidades, Felipe França.

Outros dirigentes de Federações também foram investigados.

Del Nero, por algum tempo, teve acesso não apenas aos dados pessoais dos cartolas como também podia controlar o computador das referidas entidades, lendo e-mails, entre outras coisas.

E tem muito mais...

Comprovaremos, nas próximas matérias, com informações de fonte ligada a PF, que a CBF trocou todo um sistema financeiro funcional por outro bem mais caro, que serviu aos anseios do presidente da FPF e também para mascarar a T2M, empresa supostamente do dirigente, em nome do diretor de TI, que presta serviços às duas entidades, além de sindicatos de arbitragens e afins.



Não acredito!!! Ele conseguiu perder o gol...

Imagem: Getty Images

Na falta de coisa melhor para fazer, não fazer nada, é a melhor solução...



A ação movida pelo ABC junto ao TJD no sentido de paralisar o campeonato é tosca, é lamentável...

É uma provocação descabida, cujas consequência psicológicas podem acabar sendo trágicas...

Se é que o nobres juristas do ABC, me entendem.


Primeiro Jogo do Eintracht Brauschweig na Bundesliga 1, nos anos 60 - 34.000 Pessoas. Adversário - 1860 Munich - Resultado 1x1

Imagem: Imago

A Copa do Mundo na visão de um jovem...



Renato Vasconcelos de Carvalho é estudante do 3º período do curso de jornalismo da UFRN, tem 18 anos e é um jovem com características pouco comuns aos jovens de sua idade.

O conheci na disciplina de jornalismo esportivo, ministrada pelo professor Ruy Rocha.

Atento, Renato não perde nenhum detalhe...

Interrompe, questiona, opina, provoca, instiga e obriga a quem está à sua frente a ter as respostas que ele espera receber.

Ontem, me enviou o texto abaixo e pediu que eu opinasse, desse sugestões e fizesse as correções que achasse necessárias...

Minha resposta após ler, foi lhe pedir permissão para publicar.

Creio que meu pedido tornar desnecessário dizer que não só aprovei, como gostei de cada linha escrita por Renato.

Não fiz nenhuma alteração.

Compartilho com vocês.


A copa do mundo é nossa! (É nossa?)
 
Por Renato Vasconcelos de Carvalho

Antes de iniciar o rascunho deste texto, admito que não lembrava a data exata da escolha do Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014. A única coisa que lembrava bem, era do momento em que anunciaram as cidades-sede. Ao ouvir o nome “Natal”, somente uma coisa me passou pela cabeça: “Ih... a cobra vai fumar!”. 

                Não tenho como me esquecer das promessas do ex-presidente Lula e do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, prometendo “a copa mais democrática de todos os tempos” e a “Construção de estádios sem o uso de dinheiro público”. Além dessas, permearam também outros jargões como, “prioridade para reformas, menos construções”. Creio que não preciso dizer que as promessas não se cumpriram e que os jargões se transformaram em palavras vazias. 

Entretanto, dentre os jargões, mentiras e promessas, nenhuma foi tão utilizada como justificativa, enaltecida, glorificada e quase beatificada, como o “divino” legado da copa! Em qualquer debate, de mesa de boteco ou entre um jornalista mais ousado (ou insolente), e qualquer deputado ou senador, durante uma coletiva, lá vinha o santo preferido para justificar o megaevento. “O legado da copa será exclusivamente para os brasileiros. Irá beneficiá-los integralmente e durará anos, não só o período do evento. Você é contrário ao progresso? Isso é Brasil, ame-o ou deixe-o!”. 

Ah, posso até ver na minha mente qualquer uma daquelas figuras grã-finas, com barbas dignas de barões do café, pronunciando esse discurso, para justificar um evento que, de “algum” modo, seria intere$$ante para o “país”. Após a entrevista, se reuniriam de forma extraordinária para distribuir as capitanias hereditárias e saber quem manda em que e quem fica com o que. Afinal, eles têm que tirar algum benefício dessas terras selvagens. São muito sofisticados para sujar seus sapatos italianos na lama desse país sem nenhuma premiação.

Esquecem eles que o “legado da Copa”, deveria ser a prioridade do governo em qualquer período. Porque só se pensar em sanar questões como mobilidade urbana, saúde pública e segurança as vésperas de um evento como esses? O legado da Copa seria então anos de trabalho atrasados que deveriam ser colocados em dia? Quer dizer então que em quatro anos, problemas de décadas serão resolvidos para a Copa e para os visitantes e não para o povo, pelos mesmos incompetentes de sempre? Pobre povo da selva governado por homens-brancos...

Mas não, este não é um texto de memórias, muito menos uma divagação qualquer. Não sou contrário à Copa do Mundo, sou contrário a ela ser realizada aqui. A Copa do Mundo é o maior evento esportivo do planeta. Nem as olimpíadas se comparam em audiência e alcance. Ela dá a oportunidade de mostrarmos nossa cultura, nossos pontos turísticos e nossa história, de forma a movimentar o setor do turismo e fazer com que o interesse em se visitar nosso país aumente. Uma visibilidade dessas é excelente para qualquer país do globo, mas o que temos para mostrar e oferecer?

Será que algum turista que visitar Natal, durante o período da Copa, se sentirá atraído a voltar em outro momento? Será que ele vai gostar de uma cidade com opções de entretenimento cultural limitadíssimas, péssimos serviços de transporte público, segurança pública deplorável e que as ruas esbanjam miséria e miseráveis? O que Natal tem para mostrar, durante o período de exposição da Copa do Mundo, que atrairá turistas de todos os cantos do globo, gerando um retorno financeiro que possa pagar, pelo menos, os empréstimos para a construção do Arena das Dunas? 

Não me julguem, amo minha cidade. Conheço cada praia urbana, os pontos históricos, os locais de entretenimento mais populares, mas não creio que estes estejam em condições de servir de atrativo turístico no cenário internacional. Vivemos de turismo de céu e mar. Durante o verão, quem vem, fica em um resort na via costeira, vai um dia à Genipabu, um a Pipa, os mais curiosos conhecem a cidade e vão embora. No inverno ninguém vem.  

 Quem consegue responder quantos museus temos na cidade? Quais você conhece pelo nome? Quais são os investimentos municipais e estaduais para conservação desses acervos e modernização ou manutenção das instalações? Não há uma preocupação com a cultura nesta cidade, nunca houve. E agora que chega o momento de mostra-la para o mundo, tentarão fazer um remendo qualquer, uma maquiagem, que tente encantar e atrair alguém no Pós-Copa. 

Não esquecendo que o legado prometido para à Copa não vai sair. Das quinze obras de mobilidade urbana previstas no projeto inicial, muito provavelmente não ficarão concluídas duas. Nada de VLT (Veículo leve sobre trilhos), nada de metrô... Será que não seria interessante pensar em organizar nossa cidade e nosso país primeiro, promover uma “faxina-interna”, para poder pensar em divulga-lo ao mundo?

Sobre a Arena, não há novidades. Lutará para ficar pronta antes da Copa e não terá viabilidade financeira com o futebol. Mesmo tendo sido construída com verba pública, será explorada por alguma empresa privada, assim como o Maracanã, que será explorado pelo Sr. Eike Batista. Vejamos o que vai acontecer aqui, só espero que não vire um parque de vaquejadas, para os vaqueiros será mais difícil de derrubar um boi num elefante branco.

Por fim, na minha humilde opinião, temos preocupações muito mais urgentes do que a Copa. Temos que nos preocupar com o aumento preocupante e exponencial da criminalidade. Temos que nos preocupar com uma geração de novos brasileiros que vem crescendo sem uma educação decente. Temos que nos preocupar com o precário estado da saúde no nosso estado. A Copa é um instrumento de publicidade e nada mais, mas para quem tem o que mostrar. O que mostraremos?

A FIFA manda e desmanda. Já proibiu até as baianas de venderem seus acarajés nos arredores do estádio, área exclusiva para produtos licenciados dos patrocinadores. Foi a FIFA, inclusive, que ordenou a construção das arenas moderníssimas e sem uso futuro. Qual a serventia de um superestádio em Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal? Eu não sei, mas nossos lordes do planalto central assentiram com a cabeça. Depois de tudo isso exposto, alguém pode dizer que A Copa do Mundo é nossa?