sexta-feira, janeiro 17, 2014

Potiguar de Mossoró 2x1 Treze de Campina Grande...




 Imagens: Autores Desconhecidos/Montagem e Arte: Fernando Amaral


Para quem iniciou o jogo desacreditado e pressionado, nada poderia ter sido melhor que o resultado obtido...

Os mossoroenses venceram o Treze de Campina Grande por 2 a 1...

Apesar de começar perdendo, o Potiguar manteve a cabeça fria e virou.

Jaílson aos 10 minutos do segundo tempo, abriu o marcador para o Treze...

Rayllan aos 35 minutos empatou e Vavá, aos 45, decretou a vitória potiguar.

Começamos bem...

Football "games"...

Charge: Autor Desconhecido

O desabafo de um jornalista que "largou o futebol"...



Futebol de toqueiros e do "dono do mundo"

Por Gabriel Negreiros

Há mais de um ano não acompanho nada do futebol potiguar. Resolvi largar tudo que tinha referência ao futebol simplesmente por não conseguir ver seriedade no processo.

Tinha perdido a paciência de aguentar torcedor mala. De aguentar falácias de dirigentes. Do discurso repetido dos jogadores e, principalmente, da herança maldita deixada por uma parte (parte pequena) dos comunicadores (não vou chamar de jornalistas) acostumados a passar o pires e serem bancados por dirigentes para viverem de massagem de ego.

Depois de todo esse período que larguei o futebol hoje foi o único dia em que acordei e tive vontade novamente de estar ligado ao esporte. Como eu queria estar presente ontem no jogo em que a imprensa foi impedida pelo “dono” do Alecrim de ter acesso ao local de trabalho. O inglês, Anthony Armstrong, queria “conversar pessoalmente” com cada equipe. Ele se chateou com as críticas recebidas.

Anthony, acostumado a andar cercado de seguranças, queria o que? Coagir os críticos? Intimidar a imprensa com sua “equipe”? Eu ainda era apresentador do Jogo Aberto RN, na Band, quando esperávamos o presidente do Alecrim. De repente, surge no estúdio a “equipe” de Armstrong. Me senti naquele filme - MIB, Homens de Preto - Os seguranças entraram primeiro para verificar a segurança. Com comunicadores presos nas orelhas, paletós e, possivelmente, armados. No estúdio entraram dois e outros ficaram do lado de fora. Naquele momento a minha vontade era de simplesmente nem receber mais o cartola.

Hoje o Sindicato dos Jornalistas e a Associação dos Cronistas Esportivos devem emitir uma nota de repúdio. O que não vai resolver nada. A Federação Norte-Riograndense de Futebol possivelmente também irá se manifestar. Mas o grande problema é que poucos jornalistas levarão o caso a frente. Alguns podem até citar o acontecido, mas já vi que muitos se calaram. É a força do patrocínio!

Infelizmente a herança maldita dos toqueiros do passado reflete na nova geração, que tem uma série de profissionais competentes. Os dirigentes, desacostumados com a falta de bajulação, em uma série de oportunidades já entraram em choque com alguns profissionais atuais. Eles esquecem que nem tudo é possível comprar.

Eu espero que o caso de ontem não fique apenas em algumas linhas no Facebook e a revolta nos grupos de Whatsapp. Infelizmente vivemos em uma categoria desmobilizada, sem força e que não entende o seu poder de repercussão. Vivemos em uma cadeia de individualismo.

Nos tempos em que o dinheiro não era tudo...

Imagem: Imago

Anthony Armstrong-Emery, publica carta aberta aos torcedores do Alecrim...



Presidente do Alecrim divulga carta aberta


Sem pedir desculpas pelo ocorrido, Anthony fala em tom de revolta com a cobertura feita pela imprensa, acusa profissionais de recebimento de dinheiro de dirigentes e reafirma que pretende disciplina o trabalho dos cronistas


13:01 17 de Janeiro de 2014

Luan Xavier

DO NOVO JORNAL

Anthony Armstrong, presidente do Alecrim, divulgou uma carta aberta para rebater as críticas que tem sofrido desde o episódio de quarta-feira (15), quando ele barrou a entrada da imprensa antes da partida contra o ABC no Ninho do Periquito.

Sem pedir desculpas pelo ocorrido, Anthony fala em tom de revolta com a cobertura feita pela imprensa, acusa profissionais de recebimento de dinheiro de dirigentes e reafirma que pretende disciplina o trabalho dos cronistas.

Segue, na íntegra, a mensagem:

"Apaixonados torcedores alecrinenses,

de tanto ver o descaso cotidiano e as maldades divulgadas sobre os assuntos relacionados ao Alecrim pela maior parte da imprensa, não tive outra alternativa senão cobrar dos profissionais de comunicação que estavam no Estádio Ninho do Periquito para a cobertura de Alecrim x ABC. Ou seria do ABC?

Não vou generalizar e sei do esforço de alguns (poucos) veículos e profissionais para manter a nossa torcida bem informada sobre os acontecimentos do clube, mas basta ir a um treino do Alecrim para ver a realidade. Enquanto o trabalho do ABC na véspera do clássico tinha presença em peso da imprensa, o treino de véspera do Alecrim no Ninho do Periquito foi noticiado apenas pelos veículos oficiais do clube.

Na última quarta, recebendo em nossas dependências esses profissionais, a maior parte interessada apenas no "lado de lá", fiz questão de mostrar que tem gente em casa e o Alecrim não é mais o "coitadinho" que a imprensa cansou de pintar nos últimos anos.

Cansei de atender ligações, receber e-mails ou mensagens de conselheiros e torcedores indignados com o tratamento do Alecrim, um dos clubes mais importantes para o desenvolvimento do futebol potiguar, que completa 99 anos em 2014.

Que fique claro que ninguém foi impedido de trabalhar, mas, que também fique claro, que o Alecrim merece maior respeito e atenção da imprensa potiguar. O que peço é profissionalismo, seriedade e valorização dos nossos.

Como podemos explicar um clube de Natal ser seguidamente ignorado pela imprensa da capital? Como podemos explicar a falta de pessoal na imprensa esportiva, que obriga profissionais a trabalhar em dois ou mais veículos? Como podemos explicar pessoas que sequer são jornalistas e que têm voz de imprensa em veículos ou em blogs pessoais? Cadê a responsabilidade? Cadê o profissionalismo? Cadê a seriedade?

Desde já, me solidarizo com todos os clubes que passam pela mesma situação e que convivem com um círculo vicioso de não conseguir investimentos por ter pouco espaço na mídia e de não conseguir espaço na mídia por ter pouco investimento. Sabemos que a realidade do futebol do nosso Estado gira ao redor de apenas dois clubes e está na hora de mudar isso. Não se faz futebol com apenas dois times!

Desde que assumi o Alecrim, fiz investimentos pesados em diversas frentes. Contratações de atletas de peso foram notícia no Brasil, recuperei um estádio e dei uma casa que o clube nunca teve, criei uma competição que, além do próprio Alecrim, colocou diversos clubes do nordeste em atividade num segundo semestre em que, praticamente todo, só houve espaço para ABC e América. Onde estava essa imprensa tão cheia de questões morais e éticas na cobertura da final da Copa Ecohouse entre Alecrim e América, por exemplo?

Ajo direta e indiretamente pela melhoria do futebol potiguar e, por consequência, da imprensa esportiva do Estado. Ainda assim sou vítima de agressões pessoais gratuitas e descabidas. Quando tomo uma atitude de cobrar profissionalismo, da mesma forma que sou cobrado, viro o vilão.

Sei que os piores e justamente os com rabo preso serão os que mais gritarão palavras de ordem, respeito e moralidade. O consumidor da informação, que está longe da realidade do futebol, e, principalmente, os torcedores de outros clubes que não sentem o problema na pele, serão convencidos pelo discurso dos falsos moralistas que defendem apenas quem lhes bota dinheiro no bolso. Mas eu aguento essas porradas. O que realmente me importa é o bem estar do Alecrim, de seus torcedores, diretores e amigos do clube. O resto, eu disciplino.

Anthony Armstrong-Emery

Do blog: 

Não vou entrar no mérito do conteúdo da carta aberta do senhor Anthony Armstrong Emery, mas seria ótimo para todos nós que o senhor Anthony Armstrong Emery, declarasse publicamente e de preferência com documentos ou testemunhas, quem são aqueles que botam dinheiro no bolso e quem são aqueles que botam no bolso o dinheiro que lhe é ofertado.

Seria ótimo, pois só assim, as pessoas saberiam quem corrompe e quem se deixa corromper...

Demorou, mas caiu...

Imagem: AP/Antonio Calanni