quinta-feira, abril 04, 2019

Copa do Brasil... ABC derrota o Santa Cruz e joga pelo empate na próxima quarta-feira, no Arruda, em Recife.

Imagem: Augusto Cézar Gomes/Globoesporte.com

Em noite de bom futebol no Maria Lamas Farache, o ABC derrotou o Santa Cruz por 1 a 0, gol marcado por Rodrigo Rodrigues aos 35 minutos do da segunda etapa...

A vitória dá ao ABC a vantagem do empate, na quarta-feira que vem, no Arruda, em Recife.

O resultado serviu também para esfriar os ânimos e dar tranquilidade ao treinador Ranielle Ribeiro e ao grupo, que vinha sendo muito cobrado por conta da queda de rendimento no campeonato estadual e da má campanha na Copa do Nordeste...

Um pouco de paz não faz mal a ninguém.

Confesso que fiquei um pouco mais animado com a possibilidade de o ABC avançar para a quarta fase da Copa do Brasil...

A fragilidade da equipe pernambucana e a necessidade de deixar de lado os cuidados excessivos com a defesa e se abrir para tentar buscar inverter o resultado podem ser fatores decisivos para classificação do alvinegro natalense.

Agradecimento

Gostaria de agradecer aos assessores de imprensa do ABC, jornalistas, Andrei Torres e Leo Pessoa por seu profissionalismo e respeito para com a equipe da rádio 88. 9 - Universitária FM, responsável pela cobertura e transmissão para o programa Universidade do Esporte, da partida entre o ABC FC e Santa Cruz FC, pela terceira fase da Copa do Brasil, na noite de ontem, no Estádio Maria Lamas Farache...

Em virtude das obras de recuperação e reforma das cabines destinadas à imprensa, no Frasqueirão, as condições atualmente oferecidas não são as melhores.


Ontem, o pessoal do Universidade do Esporte encontrou algumas dificuldades com a “cabine” colocada à disposição da equipe...

Dificuldades que geraram angustia e apreensão em todos nós.

A possibilidade de não acontecer a transmissão, conforme divulgada na página do UDE, no Facebook, causou nos estudantes escalados para o evento, frustração...

Porém, apesar das dificuldades e de algum ruído inicial na comunicação, tudo foi resolvido com a máxima presteza.

Mesmo com a apertada margem de manobra, Andrei Torres e Leo Pessoa acabaram solucionando o problema...

Portanto, por dever de justiça, considero fundamental tornar público o meu agradecimento e o meu profundo respeito pela dedicação dos dois excelentes profissionais.

O América e a Numer lançam as novas camisas do clube para o restante da temporada...

 Imagem: América/Divulgação


  Imagem: América/Divulgação

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 Imagem: América/Divulgação

Clarice Lispector, o desafio de Aramando Nogueira e o Futebol...

Imagem: Autor Desconhecido

Armando Nogueira, Clarice Lispector, futebol e nós, bem-aventurados!

Quando Clarice Lispector presenteou todos com suas palavras sobre a paixão nacional e provou que futebol e literatura podem fazer a mais linda tabelinha de todos os tempos.

Por Pedro Henrique Brandão Lopes, do Universidade do Esporte

O ano era 1968. 30 de abril foi o dia em que Clarice Lispector publicou no Jornal do Brasil uma crônica intitulada “Armando Nogueira, futebol e eu, coitada”.

Dias antes, Armando Nogueira havia provocado no mesmo JB:

“De bom grado eu trocaria a vitória de meu time num grande jogo por uma crônica de Clarice Lispector sobre futebol”.

A reconhecida e consagrada escritora não precisava responder sobre um assunto tão popular e que, para o senso comum, passa tão longe da literatura e dos romances, time em que ela era craque, camisa 10 e faixa.

Quem diria que uma intelectual como Lispector se interessaria por futebol?

Mesmo com um perfil nada parecido com o de uma torcedora e num tempo em que às mulheres era negado o direito de opinar sobre o esporte bretão, a escritora não só respondeu Armando Nogueira na crônica publicada no JB, como era botafoguense praticante — ainda que não nas arquibancadas, mas “sofredora do sofá pela TV” — e devolveu a provocação com um desafio:

“Meu primeiro impulso foi o de uma vingança carinhosa: dizer aqui que trocaria muita coisa que me vale muito por uma crônica de Armando Nogueira sobre, digamos, a vida. Aliás, meu primeiro impulso, já sem vingança, continua: desafio você, Armando Nogueira, a perder o pudor e escrever sobre a vida e você mesmo, o que significaria a mesma coisa”.

Com muito talento a escritora vai nos colocando dentro da crônica, prendendo o leitor ao texto como o time de coração nos prende à arquibancada a cada lance de perigo contra ou a favor.

Mas é o coração botafoguense que grita alto e alerta Armando Nogueira:

“Mas, se seu time é Botafogo, não posso perdoar que você trocasse, mesmo por brincadeira, uma vitória dele nem por um meu romance inteiro sobre futebol”.

Mesmo que a torcedora grite, a escritora pondera que “não pode se deixar levar pelos excessos”.

Guia o leitor que, porventura, ainda se pergunte porque uma renomada escritora, uma intelectual, estaria escrevendo sobre futebol, e esclarece: “não poderia eu me isentar a tal ponto da vida do Brasil”.

Clarice usa toda sua sensibilidade para responder aos incautos que no Brasil, futebol é muito mais que um jogo.

Não deveria ser um assunto relegado ao populacho, sendo mais uma das tantas exoticidades que a elite atribuí à turba, ainda que seja o futebol patrimônio da ralé, deveria ser tratado pelos intelectuais como parte integrante da vida do brasileiro.

Vai além, como escritora reconhece no futebol e nas experiências proporcionadas pelo entorno da paixão nacional, a matéria prima indispensável para erguer as obras literárias mais sensíveis, justamente por imitar a vida e a paixão de pessoas comuns pela vida e suas coisas.

Lá pelas tantas, Lispector entrega o filho “traidor” que abandonou o Clube da Estrela Solitária e “para agradar ao pai veste a casaca do Flamengo”.

Fala de como são as tardes de futebol pela TV com o outro filho, o botafoguense, que sem paciência ou com uma “impaciência piedosa” e “um tanto de ternura pela mãe”, responde rapidamente às tolas perguntas que faz a genial escritora e leiga espectadora de futebol.

Depois se entrega; primeiro ao Botafogo, se declarando uma apaixonada torcedora; e em seguida ao leitor, quando conta seu pecado de na vida ter ido uma única vez ao estádio para assistir de “corpo presente” a um jogo do Fogão contra quem, confessa, nem sequer se lembra:   “Sinto que isso é tão errado como se eu fosse uma brasileira errada”.

A escritora segue crônica adentro aproveitando para desmentir e desmistificar um bordão tradicional do futebol: “Não, não imagine que vou dizer que futebol é um verdadeiro balé. Lembrou-me foi uma luta entre vida e morte, como de gladiadores”.

Arremata com a genialidade dos grandes escritores e dá uma nova dimensão de beleza ao futebol:

“O futebol tem uma beleza própria dos movimentos que não precisa de comparações”.

A autora de “A hora da estrela” ainda teria tempo para equiparar uma vez mais vida e futebol ao falar sobre seu desconhecimento sobre o esporte mais amado do brasileiro.

Clarice abriu de vez o coração para encerrar a crônica e cravar de uma vez por todas a sua paixão pela vida na medula de cada leitor:

“Então, na minha avidez por participar de tudo, logo de futebol que é Brasil, eu não vou entender jamais? E quando penso em tudo no que não participo, Brasil ou não, fico desanimada com minha pequenez. Sou muito ambiciosa e voraz para admitir com tranquilidade uma não participação do que representa vida. Mas sinto que não desisti. Quanto à futebol, um dia entenderei mais. Nem que seja, se eu viver até lá, quando eu for velhinha e já andando devagar. Ou você acha que não vale a pena ser uma velhinha dessas modernas que tantas vezes, por puro preconceito imperdoável nosso, chega à beira do ridículo por se interessar pelo que já devia ser um passado? É que, e não só em futebol, porém em muitas coisas mais, eu não queria só ter um passado: queria sempre estar tendo um presente, e alguma partezinha do futuro”.

Clarice Lispector morreu um dia antes de nascer.

Isso mesmo, nasceu num dia 10 de dezembro e de tanto querer a vida acabou encontrando a morte num dia 09 de dezembro, em 1977, um dia antes de completar 57 anos de idade.

Dispensa apresentações, mas em 1968, naquela crônica publicada no Jornal do Brasil, respondeu e desafiou Armando Nogueira, declarou seu amor pelo futebol, pelo Botafogo e pela vida.

 “Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem”

Lispector escreveu isso sobre estrelas, mas gostava mesmo era de uma única estrela, a Estrela Solitária do Clube de General Severiano, o Botafogo de Futebol e Regatas.

Armando Nogueira foi o pai do jornalismo esportivo moderno, o poeta das crônicas esportivas foi também o homem que criou o padrão de telejornalismo que conhecemos.

Entre tanta genialidade em prosa, verso, chutes, passes e dribles, não é preciso mesmo trocar nada por coisa alguma, Armando Nogueira por Clarice Lispector, provocação por desfio, Botafogo por Flamengo ou qualquer time pelo clube de coração.

Mas se podemos ter a provocação genial de Armando Nogueira e o futebol romanceado por Clarice Lispector, o futebol literário, cativante e instigante de Armando Nogueira e a “ignorância apaixonada” que nos apaixona por Clarice Lispector, somos nós, então, bem-aventurados.

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Imagem: Globoesportecom

CBF quer "podar" os estaduais...



Plano de novo presidente da CBF é reduzir os Estaduais em 2020 por seleção

Por Rodrigo Mattos para o UOEL Esporte

A CBF já traçou um plano de reduzir em duas datas os Estaduais para o próximo ano com o objetivo de acabar com os conflitos com jogos da seleção brasileira.

Essa é uma parte do pacote que o presidente da entidade, Rogério Caboclo, prepara para sua gestão que começa na próxima terça-feira.

Há ainda resistência da FERJ (Federação do Rio de Janeiro).

A posse do dirigente está marcada para o dia 9 de abril em evento na CBF quando ele assumirá de fato a entidade.

Já vem administrando a instituição já que o coronel Nunes se tornou figura decorativa.

Mas há a ideia de lançar algumas ideias e planos em seu primeiro dia como presidente.

Desde o ano passado, a diretoria da CBF conversa com federações estaduais sobre a readequação dos Estaduais.

Foi motivada pela posição de setores da Globo que reclamam da falta de atratividade das competições que ocupam três meses da temporada.

Além disso, a confederação prometeu acabar com a coincidência de datas de jogos de clubes e da seleção.

Em reunião com as federações, no mês passado, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, informou que a intenção é reduzir os Estaduais em duas datas.

Assim, as competições teriam 16 datas.

A maioria dos dirigentes de federações aceitaram a ideia.

Uma questão é que contratos das federações com a Globo preveem um número de datas para os campeonatos.

Só que é improvável que a emissora rejeite a redução.

Com o Estadual mais forte do país, a Federação Paulista de Futebol indicou que aceita que seu campeonato fique com 16 datas.

Há, no entanto, resistência do presidente da FERJ, Rubens Lopes, que se mostrou contrariado na reunião e prometeu lutar contra a proposta.

Nos bastidores, Lopes argumenta que é fundamental a discussão do Estadual de forma ampla, não só do Estadual.

E defende que só quem pode decidir o tamanho do Estadual do Rio são seus clubes e a FERJ, em posterior discussão com CBF.

Ainda alega que a redução dos regionais pode privilegiar o desenvolvimento de uns clubes sobre os outros, e minar a base.

Além disso, há uma negociação da CBF com a Conmebol para que datas da Sul-Americana e da Libertadores coincidam, o que abriria outros espaços no calendário.

Com isso, dirigentes da CBF acreditam que não haveria mais o problema com as coincidências com datas da seleção.
Caboclo pretende anunciar outras medidas em sua posse para demonstrar uma cara nova na confederação.

Três de seus antecessores, Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, estão envolvidos nas acusações corrupção no caso Fifa na Justiça dos EUA.

E Del Nero apoio a eleição de Caboclo. Então, outra mudança que pode ocorrer é na arbitragem.

A CBF já aceitou pagar pela implantação do VAR (árbitro de vídeo), mas pode também fazer modificações na gestão dos árbitros.

Não está claro que tipo de medida nesta área será anunciada.

Outra ideia discutida na CBF é da criação de um conselho de notáveis dentro da entidade composto por ex-jogadores ou figuras de relevo no futebol nacional.

Todas essas propostas estão sendo tocadas por funcionários da confederação em sigilo com exceção do calendário que já foi informado às federações.

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Imagem: Robbie Jay Barratt/AMA/Getty Images