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Estado Não Deveria Investir Tanto No Alto Rendimento.
Por Alberto Murray Neto
Nos últimos dez anos nunca o
Governo Federal investiu tanto no esporte olímpico.
E nunca investiu tão mal.
Eu sempre disse isso.
E a prova está aí, hoje,
palpável, inquestionável, lamentável, de tal forma que o esporte regrediu 20
anos.
Se o Estado tivesse investido na
construção da base esportiva 1/10 do que injetou, nesses anos todos, no alto
rendimento e na preparação para os Jogos Olímpicos, estaríamos em condições
muito melhores.
As escolas públicas, pelo Brasil
afora seguem sem praças de esportes, sem aulas de educação física, com
professores mal remunerados.
O povo segue sem acesso à prática
de esportes.
As competições de base na grande
maioria dos esportes continuam sendo patéticas, sem gente, o que significa que
não houve desenvolvimento de novas modalidades, que seguem sendo desconhecidas
da esmagadora maioria dos brasileiros.
Não se criou uma mentalidade
olímpica.
O Brasil não avançou um metro na
questão olímpica.
Pelo contrário, como afirmou
recentemente o Pajé Olímpico, presidente do COB, “voltamos aos anos 90”.
Portanto, imaginem se nesses dez
anos que se passaram um pouquinho desses bilhões tivessem sido investidos na
consecução de uma política de esportes de Estado para o esporte brasileiro, em
vez desse devaneio que foram os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Não é função do Estado, ainda
mais em um país pobre, financiar o esporte de alto rendimento.
O Estado pode assessorá-lo,
auxiliá-lo, mas nunca, financiá-lo.
Esporte é questão de educação e
saúde pública.
Por isso que os esforços e
recursos devem ser investidos majoritariamente, sempre, nos alicerces.
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