quarta-feira, abril 03, 2019

Flamengo aumenta em 13% o número de socios torcedores...



Aos 105 mil sócios-torcedores chegou o Flamengo...

Clube teve um aumento de 13% no programa neste início de temporada.

Fonte: Máquina do Esporte

terça-feira, abril 02, 2019

Uma tarde no King Power Stadium... Leicester City fãs.

Imagem: Ryan Browne/BPI/Rex/Shutterstock

Na festa do Racing vai até quem já morreu...

Imagem: Autor Desconhecido

Na festa do Racing vai até quem já morreu.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Gabriel Aranda atualizou as definições de fanatismo por um clube.

O torcedor simplesmente retirou de um túmulo o crânio de seu avô para comemorar o título do Racing Club pelas ruas de Buenos Aires.

Depois que ‘La Acade’, garantiu o título argentino ao empatar com o Tigre, fora de casa, Gabriel não pensou duas vezes para decidir com quem gostaria de comemorar o campeonato.

O eleito era seu avô, Valentín, também torcedor fanático de El Primer Grande.

Mas como se Valentín estava morto?

Para Gabriel sem problemas, bastou passar no cemitério, desenterrar e retirar o crânio de Valentín do túmulo como contou segurando o estranho e mórbido amuleto, em entrevista ao vivo, à TNT Sports:

“Estava no túmulo e eu tirei em todo o tempo em que o Racing jogou. Essa é a cabala do Racing. Ele ficaria orgulhoso do que fiz”.

Parece história de 1° de abril, mas é o amor pelo futebol que faz loucuras serem possíveis.

O que Gabriel Aranda fez pode parecer estranho para qualquer um, pode ser até ilegal, mas não podemos deixar de compreender que enquanto Gabriel viver, Valentín viverá dentro do coração dele.

Enquanto o Racing fazer valer a alcunha de La Academia, Gabriel, Valentín e milhões daqui e do outro lado da vida estarão cada vez mais vivos e unidos por um sentimento em azul e branco que pulsa em El Cilindro de Avellaneda.

Estranho amuleto

Torcida além da vida.

Cezar Azpilicueta e N'Golo Kanté, "esqueceram" que estavam no mesmo time...

Imagem: Nick Potts/PA

O jornal 'O Jogo' de Portugal listou as cinco jogadoras mais bem pagas do mundo... A norueguesa Ada Hegerberg encabeça a lista.

Imagem: FIFA.com

O jornal “O Jogo” de Portugal listou as cinco jogadoras mais bem pagas do futebol feminino...

1. Ada Hegerberg (Lyon) - 400.000 euros
2. Amandine Henry (Lyon) - 360.000 euros
3. Wendie Renard (Lyon) - 348.000 euros
4. Carli Lloyd (Sky Blue FC) - 345.000 euros
5. Marta (Orlando Pride) - 340.000 euros

Após a partida que confirmou o rebaixamento do Huddersfield Town para EFL Championship, a torcida aplaudiu a equipe...

Imagem: Isabel Infantes/PA

RedeTV fatura alto com transmissão da Copa Sul-Americana...


36 milhões de reais já faturou a Rede TV com publicidade no futebol neste ano, graças ao apelo da transmissão da Copa Sul-Americana.

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, abril 01, 2019

A Arena América se prepara para receber a Série D...

 Imagem:Fernando Amaral

  Imagem:Fernando Amaral

  Imagem:Fernando Amaral

  Imagem:Fernando Amaral

  Imagem:Fernando Amaral

 Imagem:Fernando Amaral

Racing Club... Campeão Argentino 2018/2019...

Imagem: Alejandro Pagni/AFP

 Em pé: Lisandro López, Domínguez, Sigali, Donati, Mena e Arias. Agachados: Solari, Cvitanich, Zaracho, Fernández e Saravia.

‘La Acade’ volvio, Racing campeão

Após empate, 1 a 1, fora de casa frente ao Tigre, o Racing Club conquistou o Campeonato Argentino 2018/2019, o nono título nacional do clube na era profissional e décimo oitavo na história do Clube de Avellaneda.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Nas últimas semanas, a torcida do Racing sabia que o título era questão de tempo.

Com o time jogando o bom futebol que apresentava desde o segundo semestre do ano passado e com apenas dois jogos para o final do campeonato, era improvável que o Defensa y Justicia pudesse tirar o título de La Academia.

Sob o comando de Eduardo Coudet, El Primer Grande dominou a Superliga e não perdeu mais a liderança depois que passou o surpreendente Defensa y Justicia na oitava rodada.

Depois do empate de hoje, chegou aos 56 pontos contra 52 do segundo colocado faltando apenas mais um jogo para o final do campeonato.

Coudet finalmente foi campeão como treinador, depois de ter sido vice-campeão duas vezes pelo Rosário Central, o temperamental técnico enfim conseguiu um trabalho campeão.

Ao retornar para o clube de coração, em 2016, Lisandro López se tornou ídolo da torcida e como artilheiro do campeonato com 17 gols, comandou em campo o time com o melhor ataque da competição, 42 gols marcados, a melhor defesa, 15 gols sofridos, numa campanha que teve 17 vitórias, 5 empates e apenas 2 derrotas, com 77% de aproveitamento.

O título que não ia para Avellaneda desde 2014, virou realidade quando Augusto Solari aproveitou rebote do goleiro para empurrar a bola para as redes do Tigre.

Os donos da casa ainda empataram no final da partida, mas como o Defensa y Justicia também empatou seu jogo e o torcedor do Racing pôde comemorar e gritar ‘el campeon’.

O Racing Club é o terceiro maior campeão argentino da história com dezoito títulos, atrás apenas dos gigantes River Plate, 36 títulos, e Boca Juniors com 32 taças.

A campanha de ‘La Acedemia’ coroa com título três nomes que se firmaram no Racing nos últimos anos. 

Diego Milito, que havia sido campeão como jogador em 2014 e agora é diretor de futebol do clube. Eduardo Coudet, que conseguiu ser campeão depois de bater na trave duas vezes no Rosário, e Lisandro López, que está em graças com a torcida e agora tem um título de crédito na conta da idolatria de Avellaneda.

Papai Pepe Guardiola...

Imagem: Matt McNulty/MCFC via Getty Images 

O VAR também é questionado Portugal...

Imagem: Hugo Delgado

O VAR não tem recebido críticas somente entre nós...

A reclamação é geral, aqui e lá fora.

Abaixo o texto de um torcedor, escrito para o Jornal Record de Portugal...

Nele o autor questiona a utilidade do VAR na resolução dos lances duvidosos nas partidas de futebol...

Será que o VAR tem vindo a ser uma ajuda para os árbitros?

Na Liga, em quase todas as jornadas têm vindo a acontecer "casos".

Na minha modesta opinião, como adepto, continuo a insistir que, na verdade, o VAR em nada veio trazer de novo ao nosso futebol em termos da detecção de erros.

Em determinados jogos, com determinados árbitros, o tão apregoado meio que vinha auxiliar os árbitros não tem resultado totalmente.

Por que motivo os árbitros nem sempre consultam o VAR?

Deixando no ar e no meio da maioria dos "amantes-espectadores" do futebol algum suspense em redor quer dos árbitros, quer do próprio VAR.

Será que o VAR tem vindo a ser uma boa ajuda para os árbitros?

Parece-me que não.

E nesta última jornada aconteceram casos, como nos jogos: 

CD Feirense-FC Porto; Boavista-Sporting e Benfica-Belenenses.

Autor: Mário da Silva Jesus/65 anos/reformado

O texto foi mantido no original.

domingo, março 31, 2019

Cardiff City FC x Chelsea FC, no Ninian Park, em 1922...

Imagem: Cardiff City FC

VAR...

Imagem: Fox

O VAR socializou o erro... 

Excluiu da responsabilidade o indivíduo para empoderar a lambança coletiva.

O gol de Moise Kean para a Itália...

Imagem: Elisabetta Baracchi/EPA 

ABC perde para o Fortaleza e está fora da Copa do Nordeste...

Imagem: Leonardo Moreira


Aconteceu o que todo mundo sabia que iria acontecer...

O ABC perdeu para o Fortaleza e deu adeus à Copa do Nordeste.

Aliás, torneio que todos afirmam ser da máxima importância, sem que os clubes confirmem a afirmação...

Nosso maior momento foi em 1998, quando o América conquistou o título numa decisão memorável contra o Vitória.

Doze anos depois, voltamos a enfrentar o Vitória numa final, mas, mesmo em casa, o ABC acabou derrotado pelo rubro-negro baiano...

De lá para cá, apenas terceiras colocações.

ABC em 2003 e 2018 e o América em 2014...

Me parece pouco.

Para a próxima fase estão classificadas as seguintes equipes:

Grupo A

Fortaleza
Santa Cruz
CRB
Vitória

Grupo B

Ceará
Botafogo
CSA
Náutico

Já estão definidos os jogos das quartas de final...

Fortaleza e Vitória
Santa Cruz e CRB
Ceará e Náutico
Botafogo e CSA

A decisão é em jogo único...

O mando de campo será da equipe de melhor campanha dentro de seu grupo.

João Saldanha, o João Sem Medo de ditadura...

Imagem: Acervo Jornal Última Hora/Arquivo Público do Estado de São Paulo

João Saldanha, o João Sem Medo de ditadura

Entre milicos e comunas, a história do dia em que o treinador da Seleção Brasileira disse para o ditador que cada um cuidasse daquilo que lhe era dever: Médici, do ministério, e Saldanha, da Seleção.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Há exatos 55 anos, a insatisfeita caserna marchou pelas ruas do país e, com um golpe de estado, tomou o poder sob a alegação de evitar a ameaça comunista que o presidente João Goulart representava com suas reformas de base.

A crise política, desencadeada ainda em 1961 com a renúncia de Jânio Quadros, foi o pretexto para que os militares chegassem ao poder.

Com o apoio civil, o movimento que se autoproclamou “Revolução de 64” para disfarçar um golpe militar e a (in)consequente ditadura, fez com que o Brasil vivesse 21 anos sob um regime militar que perseguiu, caçou direitos e assassinou quem ousasse se opor aos militares.

Os anos de chumbo encerravam todos os setores da sociedade brasileira, da música à política, passando por economia e direitos civis, até chegar no futebol, a ditadura controlou absolutamente tudo durante mais de uma década a partir de meados dos anos 1960.

Neste clima de pouca liberdade, o comando técnico da Seleção Brasileira foi parar nas mãos de um jornalista gaúcho, culto, politizado, de temperamento explosivo e que era um ferrenho militante do Partido Comunista Brasileiro.

João Saldanha, tinha 51 anos quando foi convidado por João Havelange, então presidente da CBD, para dirigir a Seleção Brasileira que precisava se classificar nas eliminatórias para disputar o Mundial de 1970 no México.

Nascido em Alegrete, em 3 de julho de 1917, Saldanha havia sido jogador das categorias de base do Botafogo, mas logo percebeu que não tinha talento suficiente para seguir carreira nos gramados.

Aceitou ser diretor de futebol do Clube da Estrela Solitária.

Da cartolagem para o banco de reservas foi um pulo depois de conviver com grandes técnicos que passaram por General Severiano.

Em 1957, foi campeão carioca dirigindo um dos melhores times do Botafogo na história que na final bateu o Fluminense por incríveis 6 a 2, até hoje a maior goleada na final de um Campeonato Carioca.

Depois do título de 1957, não conseguiu repetir o sucesso e em 1959, afastou-se do futebol para estudar jornalismo, sua segunda graduação já que havia se formado em direito no final dos anos 1940.

Nas tribunas, empunhando microfone e seu inseparável cigarro, Saldanha se tornou um dos mais importantes cronistas esportivos do Brasil e o comentarista literalmente técnico.

Nas cabines de transmissão de rádios como a Guanabara, Nacional e Globo, João modernizou a imprensa esportiva brasileira, falando a língua de quem ouvia os jogos pelo tradicional rádio à pilha e levando em seus comentários a visão do ex-treinador de sucesso com muito conhecimento em futebol.

Mesmo falando de esporte, Saldanha nunca deixou de criticar a ditadura que sufocava o Brasil.

Sempre que possível dava um jeito de alfinetar os ditadores, mas como era muito inteligente, dono de uma invejável retórica e adorado pela opinião pública, permaneceu longe do alcance da repressão.

Foi este profissional completamente avesso ao regime, que a CBD quis colocar no comando da Seleção Brasileira, o maior instrumento de propaganda internacional da ditadura, o Brasil que dava certo.

Fichado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) desde 1947, comunista de carteirinha, filiado ao PCB, crítico dos militares e da parceria entre estes e a CBD, o homem que falava nas principais rádios da época contra os desmandos de João Havelange e cia, Saldanha se tornou dono do cargo mais importante da vida pública brasileira: técnico da Seleção Brasileira.

Pode parecer absurdo, mas era uma tentativa de plano perfeito, uma audaciosa estratégia para calar Saldanha e a imprensa que malhava as dificuldades do Brasil nas eliminatórias.

A lógica era a seguinte: a partir do momento que João estivesse empregado pela CBD, não poderia criticar a CBD, e por outro lado a crônica esportiva não teria coragem para criticar o trabalho de alguém com as costas tão largas quanto as que tinha João Saldanha, tanto no futebol quanto na imprensa.

Ledo engano!

O “eu topo” que falou para responder o convite de Havelange, mudou o rumo da história do futebol brasileiro e até da política no Brasil.

No futebol, Saldanha começou mudando a cara do time escalando seus “feras”.

Num guardanapo de papel escreveu rapidamente os 11 nomes que estariam com ele até a Copa e os anunciou sem mistérios para a imprensa na coletiva que marcou sua apresentação no cargo.

Era o time que o comentarista cansou de repetir como ideal nas transmissões dos jogos.

Entre os 11 feras iniciais de Saldanha, nada menos do que 8 seriam campeões do mundo como titulares 1 ano depois no México.

A primeira convocação tinha:

Félix; Carlos Alberto, Brito, Djalma Dias e Rildo; Piazza, Gérson e Dirceu Lopes; Jairzinho, Tostão e Pelé.

Mas não pense que João era apenas um animador de grupo, alguém para mexer com os brios dos jogadores.

Muito pelo contrário, Saldanha tinha uma ideia de time na cabeça, um projeto de grupo coeso e time versátil que se bem entrosado seria imbatível.

Esse pensamento fica evidente na fala do treinador ao anunciar seus escolhidos:

“Minha seleção — todo mundo tem a sua e eu também (…) Mas aí vai o time: no gol, qualquer um — Félix, Ubirajara, Picasso. Tanto faz. São todos muito bons. Em seguida, uma linha de quatro jogadores formada por Carlos Alberto, Brito, Piazza e Rildo. Imediatamente à frente desses quatro, o Gérson. Um pouco mais à frente, formando uma linha de dois homens, o Dirceu Lopes e o Tostão. Mais à frente ainda, outra linha de três, com Jairzinho, Pelé e Edu. Explico a razão deste 4–1–2–3. Se nós saíssemos ganhando o jogo, manteríamos a formação como está acima. Caso tomássemos um gol, Gérson poderia avançar para o lugar de Tostão e este iria mais à frente juntar-se à linha avançada. Teríamos, então, o 4–2–4. Se o adversário se trancasse mais ainda, teríamos outra alternativa: avançar Piazza para junto de Gérson e Dirceu Lopes andaria mais à frente. Teríamos, então, outra formação, o 3–2–5. Poderia ser feita outra alternativa, com Gérson indo à frente e Dirceu ficando junto a Piazza. Quer dizer, é uma equipe para jogar qualquer tipo de jogo e contra qualquer adversário. Um time formado com cobras deste gabarito, treinando uns dois ou três meses, não perde para ninguém”.

Não se tratava de preferência apenas, era muito mais, era um projeto e esse projeto seria campeão do mundo um ano depois.

Mas para isso, antes, fez miséria nas eliminatórias.

Das seis partidas que faltavam quando Saldanha assumiu, o Brasil venceu as seis, marcou 23 gols e sofreu apenas 2.

Enfileirou três sonoras goleadas marcando cinco ou mais gols em cada uma.

Um time que se tornou uma máquina de fazer gols.

Mesmo com esses resultados brilhantes, João Saldanha não chegou a treinar a Seleção Canarinho no México em 1970.

Foi demitido apenas 1 ano e 1 mês depois de convocar a seleção pela primeira vez e a menos de 2 meses da estreia na Copa.

O motivo: uma discussão pública com o ditador do Brasil na época, Emílio Garrastazu Médici.

O general/torcedor cobrou na imprensa a convocação de Dadá Maravilha, centroavante goleador do Galo.

João Saldanha, também via imprensa, respondeu com toda sua irascível coragem e retórica perfeita:

“O Brasil tem 80 ou 90 milhões de torcedores, de gente que gosta de futebol. É um direito que todos têm. Aliás, eu e o presidente, ou o presidente e eu, temos muitas coisas em comum. Somos gaúchos, somos gremistas, gostamos de futebol e nem eu escalo ministério nem o presidente escala time. Você tá vendo que nos entendemos muito bem?!”.

A declaração caiu como uma bomba na ditadura e com essa frase João Saldanha alterou a ordem da política brasileira.

Ninguém antes havia tido a coragem de enfrentar a ditadura assim, ainda mais estando num posto de tanta evidência no exterior.

Ganhou de Nelson Rodrigues um apelido e se tornou o João Sem Medo.

Aliás, Saldanha era reincidente.

No final de 1969, enquanto viajava com a Seleção, o treinador havia apresentado à imprensa internacional um dossiê de mais de três mil páginas sobre os abusos da ditadura militar brasileira.

O suficiente para que João fosse monitorado de perto na volta ao Brasil.

Como a corda sempre estoura do lado mais fraco, Saldanha foi alvo de pressões da própria imprensa que passou a acusar-lhe de temperamental.

Com a derrota frente à Argentina a situação piorou e a crítica pesou a mão sobre o trabalho de João.

Descobriu-se que bastava jogar a isca da provocação que Saldanha morderia com raiva e seria fisgado pela ira.

Assim muitas entrevistas com críticas ao treinador da Seleção Brasileira passaram a circular no início de 1970.

A gota d’água no copo transbordando foi a entrevista da Revista Cruzeiro com Yustrich, técnico do Flamengo.

O rubro-negro direcionou à João uma porção de insultos como ‘ignorante’, ‘falastrão’, ‘mentiroso’, ‘desconhecedor de futebol’, ‘oportunista’ e ‘covarde’.

E finalizou se referindo ao caso da briga em que Saldanha atirou no goleiro Manga, em 1967:

“É um valentão que puxa o revólver e sai correndo”.

João não pensou duas vezes, passou a mão no revólver e foi até São Conrado no C.T do Flamengo, para tirar satisfações com o desafeto.

Não encontrou Yustrich, mas aterrorizou ameaçando funcionários do clube.

Por sorte foi embora sem machucar ninguém.

Não pegou nada bem e a crônica esportiva pedia a cabeça que planejou a Seleção (que ainda não sabiam) do Tri.

A queda no desempenho também pesou, além de uma birra do treinador contra Pelé, dizendo que o Rei tinha problemas na visão e não poderia fazer jogos noturnos.

A panela de pressão verde e amarela apitou e João Saldanha foi chamado à sede da CBD no dia 17 de março de 1970.

Lá ouviu de João Havelange que “a comissão técnica está dissolvida”.

Respondeu com uma graça: “Não sou sorvete para ser dissolvido. O que quer dizer dissolvido? Demitido?”

Ouviu como resposta de Havelange, “está demitido”.

E finalizou: “Até logo, boa noite. Vou para casa dormir”.

Pode ter dormido naquela noite e, provavelmente, até bem.

Mas acordou no dia seguinte para viver mais 20 intensos anos em que voltou às cabines de transmissão, abraçou todas as mídias disponíveis em seu tempo, se consolidou como a maior autoridade em táticas de futebol no Brasil e decidiu encerrar sua vida fazendo mais daquilo que fez a vida toda: contrariar.

Doente, contra todas as recomendações médicas e pedidos da família e amigos, foi à Itália em 1990 para cobrir a Copa do Mundo.

Embarcou de cadeira de rodas no Galeão para voltar num caixão.

Morreu no dia 12 de julho depois de escrever diariamente sua coluna no Jornal da Tarde e cobrir todos os jogos em que estava escalado para comentar pela TV Manchete.

Mais uma vez não teve medo.

Nem da morte certa pelo enfisema pulmonar que tragou aos poucos em milhares de cigarros durante décadas como fumante, nem da morte que poderia vir muda e dissimulada pela repressão militar depois de achincalhar o ditador.

Talvez tenha tido medo de morrer no Brasil longe da Copa e sem fazer o que mais gostava e sabia.

Aos 73 anos, durante a cobertura de uma Copa do Mundo, morreu João Sem Medo, o João Saldanha.

Sem medo da morte João viveu, sem medo da vida João morreu.

Sem medo da ditadura João sobreviveu e sem medo do futebol João se eternizou como o arquiteto da Seleção do Tri.

Foi-se o homem, ficou a fama.

Bailado...

Imagem: Julian Finney/Getty Images

Rafael Dudamel continua à frente da seleção da Venezuela...

Imagem: Autor Desconhecido

Rafael Dudamel continuará como treinador da Venezuela...

Foi o que decidiu a Federação Venezuelana de Futebol.

A decisão da presidência acabou ratificada pelo Conselho Diretivo de forma unanime...

O comunicado afirma que seleção necessita de um “treinador com liderança, experiência e ascendência sobre nossos jogadores, que aproveite ao máximo suas capacidades físicas, técnicas e humanas em prol do grande objetivo que é completar com êxito o projeto Qatar 2022 objetivo de todos”.

“Cabe a você, a decisão de continuar no cargo ratificado por este comunicado”, finaliza o documento.

Dudamel pôs seu cargo a disposição da Federação depois que recebeu em Madrid o representante de Juan Guaidó na Espanha para jantar com a seleção.

sábado, março 30, 2019

Football in the rain...

Imagem: Michael Regan/Getty Images

A revista inglesa For, For, Two, escolheu os 10 melhores atacantes do mundo... aos 34 anos, Cristiano Ronaldo encabeça o ranking.

Imagem: AP

A revista inglesa For, For, Two, ranqueou os melhores atacantes do mundo...

Cristiano Ronaldo encabeça a lista apesar dos seus 34 anos.

Abaixo a lista dos 10 melhores... 

01º Cristiano Ronaldo, Juventus
02º Harry Kane, Tottenham
03º Kun Agüero, Manchester City
04º Kylian Mbappé, PSG
05º Antoine Griezmann, Atlético Madrid
06º Robert Lewandowski, Bayern Munique
07º Luis Suárez, Barcelona
08º Edinson Cavani, PSG
09º Roberto Firmino, Liverpool
10º Mauro Icardi, Inter

Eles gostam muito do goleiro...

Imagem: David Klein/Reuters