sábado, setembro 28, 2013

Gary Cunningham, salta da Torre Kuala Lampur. 300 metros de altura...Kuala Lampur, Malásia

Imagem: EFE/Ahmad Yusni

ABC 3x1 Boa Esporte... Vamos que a saída é bem ali.

Imagem: Reuters/Navesh Chitrakar


Cinco vitórias em casa...

Duas vitórias consecutivas...

Noite de gala do ABC em Natal.

Ainda faltam alguns degraus, mas já é possível sonhar mais forte.

Ironicamente, o rival a ser superado agora, é o América...

Quatro pontos os separam.

Mas isso, é assunto para outra hora, outra postagem.

Nesse momento, o resultado diante do Boa Esporte é o que importa.

O jogo começou movimentado, igual e assustador...

Com um minuto, Betinho abriu o marcador para os mineiros...

Imagino que o coração da galera presente ao Maria Lamas Farache tenha gelado.

Porém, se a torcida se assustou, o time não...

Jogando um futebol consistente, o ABC não desanimou...

Os alvinegros foram a luta e aos 34 minutos, Rodrigo Silva chutou, a bola desviou em Lino e entrou...

O empate colocou justiça no placar.

Na segunda etapa, Bileu parou Marcelinho Paraíba...

O Boa arrefeceu, perdeu força e o ABC, não demorou, ampliou o placar através de Lino, aos 10 minutos...

Daí por adiante, o alvinegro tomou conta do jogo e 10 minutos depois, aos 20 minutos, Rodrigo Silva marcou o terceiro gol.

O próprio Rodrigo Silva poderia ter marcado o quarto gol, infelizmente, o atacante cobrou muito mal a penalidade sofrida por Pingo, facilitando a defesa do goleiro.

No final, o resultado premiou a equipe que melhor se apresentou.

Junior Timbó, estreou e estreou muito bem.

Conjunto perfeito...

Imagem: Mundo Deportivo/Pepe Morata

SE Palmeiras 0x0 América FC... O América da segunda etapa, merecia sorte melhor.



Vamos dividir em atos...

Primeiro Ato – Antes da bola rolar.

Eu como quase todo mundo, costumo ligar o rádio antes, bem antes mesmo.

Normalmente, o que se ouve é o mais do mesmo, no entanto, vez por outra, surgem coisas interessantes.

Hoje, foi a vez do vez por outra...

Marcos Meira Pires, conselheiro do América que foi a pouco retirado do fundo baú para ser uma espécie de contraponto a candidatura de Eliel Tavares, lançada pelo presidente americano, Alex Sandro Ferreira de Melo, estava no Pacaembu e, como era de se esperar, foi abordado pelo repórter Marcos Lira da rádio Globo que o questionou sobre a possibilidade de vir a ser convidado para ser presidente...

Fiquei atento...

Curioso...

E acabei por ouvir isso:

“Não gostaria de responder essa pergunta, pois envolve muitas coisas, mas ser for convidado, talvez aceite sim” (!?).

Fecha o pano – Fim do Primeiro Ato.

Segundo Ato – O primeiro tempo.

Não houve...

Ou melhor, aconteceu um treino onde só a metade do campo foi usada.

Encolhido, respeitoso e temeroso, o América assistiu o Palmeiras tocar a bola, fazer firulas desnecessárias e esbanjar arrogância...

Futebol de líder, futebol objetivo, nenhum, nadica de nada.

Valdívia, habilidoso e inútil, ciscou, ciscou e nada criou.

Leandro, o do cabelinho feinho, em breve estará rodando por aí...

Fraquinho, de dar dó.

Porém, os palmeirenses chegaram perto, mas quando chegaram, encontram em Andrey um goleiro seguro e em Kléber, um gigante.

Kléber no primeiro tempo, trabalhou por ele pelos volantes americanos que enrolados, atrapalhados e assustados, não conseguiam dar continuidade a nenhum desarme e quando chegavam para marcar, falhavam.

Mas, mesmo assim, Adriano Pardal, sozinho entre os poucos zagueiros do Palmeiras que permaneceram em seu campo, conseguiu chutar uma bola cruzada que se alguém tivesse acreditado que ele conseguiria, o primeiro tempo teria terminado de forma diferente.

Como ninguém acreditou, a etapa inicial, acabou com o placar em branco.

Fecha o pano – Fim do Segundo Ato.

Terceiro Ato – O segundo tempo.

A plateia que assistiu o primeiro ato risonha com a declaração nonsense de Marcos Meira Pires e sonolenta, o segundo ato, despertou incrédula quando os atores tomaram o palco e deram início as suas falas...

O América, não era mais o América do ato anterior e o Palmeiras, ainda arrogante e displicente, se assustou.

Tanto se assustou que se perdeu e foi empurrado de volta para seu campo...

Fernando Prass, um mero espectador privilegiado nas cenas anteriores, se viu no meio do furacão e de figurante, passou a protagonista.

Jogando mais a frente, o América desarticulou as poucas jogadas armadas pelo sempre inútil Valdívia e o brigou ao treinador palmeirense a tirar o incompetente Leandro.

Os volantes americanos acordaram, os alas procuram sair da toca e resolveram cutucar o leão... 

Ah, não fosse o tal do último passe...

Ah, fosse Pardal uma águia, Fernando Prass teria que cabisbaixo buscar a bola em suas redes.

Porém, os assustados palmeirenses resolveram rebolar menos e tentar jogar mais...

Não conseguiram.

Aliás, quando conseguiram, encontraram Edson Rocha, uma rocha, Kléber uma montanha e Andrey, um guardião sereno e tranquilo a reter com segurança as bolas que escaparam a vigilância de Edson e Kléber.

No fim, o cansaço cobrou seu tributo aos exaustos e determinados jogadores rubros...

Kléber e Pardal lutaram contra as cãibras e seus companheiros banhados de suor, se entreolhavam na expectativa do apito que premiaria um segundo tempo para ser visto e revisto muitas e muitas vezes.

Ao levantar o braço e encerrar a partida, o árbitro mineiro encerrou um jogo cujo resultado final me pareceu injusto para o América e um alívio para Valdívia e seus arrogantes companheiros.

Fecha o pano – Fim do Terceiro Ato.

Fim do espetáculo.

Aplausos para os atores de vermelho que deveriam apenas compor a cena, mas que acabaram por roubá-la das mãos de quem deveria ter brilhado.

Conclusão:

A Série B é mesmo um campeonato muito fraco...

Seu líder, vai voltar para Série A, mas vai gastar uma fortuna para montar uma equipe digna desse nome.

O América do segundo tempo, tem amplas chances de permanecer, porém, alguém tem que explicar por que razão uma equipe que jogou o que jogou nos 45 minutos finais deste jogo, está na colocação que está.

Por fim, o clichê, “são onze contra onze” que diante de equipes sérias e qualificadas sempre me soa tão fútil e inútil como alguém possuir um geladeira no deserto, hoje, se encaixou perfeitamente a situação.


A perfeita sincronia dos movimentos...

Imagem: Picture Alliance

Evo Morales e o muro...



Em visita a Espanha, Evo Morales, presidente da Bolívia, disse gostar muito de futebol e como não podia deixar de ser, os repórteres lhe perguntaram qual o clube espanhol que ele mais admirava...

Como um bom político latino-americano, sempre disposto a não desagradar ninguém, respondeu:

Na Espanha sou Real Madrid, na Europa, Barcelona.