Vamos dividir em atos...
Primeiro Ato – Antes da bola rolar.
Eu como quase todo mundo, costumo ligar o rádio antes, bem
antes mesmo.
Normalmente, o que se ouve é o mais do mesmo, no entanto, vez
por outra, surgem coisas interessantes.
Hoje, foi a vez do vez por outra...
Marcos Meira Pires, conselheiro do América que foi a pouco
retirado do fundo baú para ser uma espécie de contraponto a candidatura de Eliel
Tavares, lançada pelo presidente americano, Alex Sandro Ferreira de Melo, estava no Pacaembu e, como era de se esperar, foi abordado pelo repórter Marcos Lira da rádio Globo
que o questionou sobre a possibilidade de vir a ser convidado para ser presidente...
Fiquei atento...
Curioso...
E acabei por ouvir isso:
“Não gostaria de responder essa pergunta, pois envolve
muitas coisas, mas ser for convidado, talvez aceite sim” (!?).
Fecha o pano – Fim do Primeiro Ato.
Segundo Ato – O primeiro tempo.
Não houve...
Ou melhor, aconteceu um treino onde só a metade do campo foi
usada.
Encolhido, respeitoso e temeroso, o América assistiu o
Palmeiras tocar a bola, fazer firulas desnecessárias e esbanjar arrogância...
Futebol de líder, futebol objetivo, nenhum, nadica de nada.
Valdívia, habilidoso e inútil, ciscou, ciscou e nada criou.
Leandro, o do cabelinho feinho, em breve estará rodando por
aí...
Fraquinho, de dar dó.
Porém, os palmeirenses chegaram perto, mas quando chegaram,
encontram em Andrey um goleiro seguro e em Kléber, um gigante.
Kléber no primeiro tempo, trabalhou por ele pelos volantes
americanos que enrolados, atrapalhados e assustados, não conseguiam dar
continuidade a nenhum desarme e quando chegavam para marcar, falhavam.
Mas, mesmo assim, Adriano Pardal, sozinho entre os poucos
zagueiros do Palmeiras que permaneceram em seu campo, conseguiu chutar uma bola
cruzada que se alguém tivesse acreditado que ele conseguiria, o primeiro tempo
teria terminado de forma diferente.
Como ninguém acreditou, a etapa inicial, acabou com o placar
em branco.
Fecha o pano – Fim do Segundo Ato.
Terceiro Ato – O segundo tempo.
A plateia que assistiu o primeiro ato risonha com a
declaração nonsense de Marcos Meira Pires e sonolenta, o segundo ato, despertou
incrédula quando os atores tomaram o palco e deram início as suas falas...
O América, não era mais o América do ato anterior e o
Palmeiras, ainda arrogante e displicente, se assustou.
Tanto se assustou que se perdeu e foi empurrado de volta
para seu campo...
Fernando Prass, um mero espectador privilegiado nas cenas
anteriores, se viu no meio do furacão e de figurante, passou a protagonista.
Jogando mais a frente, o América desarticulou as poucas
jogadas armadas pelo sempre inútil Valdívia e o brigou ao treinador palmeirense
a tirar o incompetente Leandro.
Os volantes americanos acordaram, os alas procuram sair da
toca e resolveram cutucar o leão...
Ah, não fosse o tal do último passe...
Ah, fosse Pardal uma águia, Fernando Prass teria que
cabisbaixo buscar a bola em suas redes.
Porém, os assustados palmeirenses resolveram rebolar menos e tentar jogar mais...
Não conseguiram.
Aliás, quando conseguiram, encontraram Edson Rocha, uma
rocha, Kléber uma montanha e Andrey, um guardião sereno e tranquilo a reter com
segurança as bolas que escaparam a vigilância de Edson e Kléber.
No fim, o cansaço cobrou seu tributo aos exaustos e
determinados jogadores rubros...
Kléber e Pardal lutaram contra as cãibras e seus
companheiros banhados de suor, se entreolhavam na expectativa do apito que
premiaria um segundo tempo para ser visto e revisto muitas e muitas vezes.
Ao levantar o braço e encerrar a partida, o árbitro mineiro
encerrou um jogo cujo resultado final me pareceu injusto para o América e um
alívio para Valdívia e seus arrogantes companheiros.
Fecha o pano – Fim do Terceiro Ato.
Fim do espetáculo.
Aplausos para os atores de vermelho que deveriam apenas
compor a cena, mas que acabaram por roubá-la das mãos de quem deveria ter brilhado.
Conclusão:
A Série B é mesmo um campeonato muito fraco...
Seu líder, vai voltar para Série A, mas vai gastar uma
fortuna para montar uma equipe digna desse nome.
O América do segundo tempo, tem amplas chances de
permanecer, porém, alguém tem que explicar por que razão uma equipe que jogou o
que jogou nos 45 minutos finais deste jogo, está na colocação que está.
Por fim, o clichê, “são onze contra onze” que diante de
equipes sérias e qualificadas sempre me soa tão fútil e inútil como alguém possuir um
geladeira no deserto, hoje, se encaixou perfeitamente a situação.
3 comentários:
O AMÉRICA SE TIVESSE HOJE EM CAMPO UM MEIA COMO CASCATA, E UM CENTROAVANTE GOLEADOR NATO, TERIA GANHO DO PALMEIRAS NO PACAEMBU, PRINCIPALMENTE NOS 15 MINUTOS FINAIS. OUTRA COISA QUE ALGUNS JOGADORES DO AMÉRICA PRECISAM APRENDER, É QUE NO FUTEBOL, A POSSE DE BOLA É MUITO IMPORTANTE,NÃO ADIANTA O JOGADOR DESARMAR, MAIS LOGO EM SEGUIDA, ENTREGAR PARA O ADVERSÁRIO, VAI ACONTECER O QUE TEVE NO FINAL DO JOGO, JOGADORES COM CAIMBRAS E COM O PREPARO FÍSICO INDO AO LIMITE. MAIS, FOI UMA GRANDE APRESENTAÇÃO DO AMÉRICA, ANDREY, CLÉBER E EDSON ROCHA FORAM OS MAIORES DESTAQUES,MAIS, TODOS FIZERAM UMA GRANDE APRESENTAÇÃO.
Parabéns Fernando pela Analise cirugica! Vc analisa nos moldes ESPN Brasil, ou seja,Sabe do q esta falando e/ou Escrevendo! Parabéns + uma vez! Uma Gota de Lucidez num Oceano de Ignorantes/Miopes de uma Midia Chinfrim!!!
Suas analises sao poeticas e sinfonicas. Sem perder a tecnica de quem entende do riscado e ver como o arquibaldo: de cima, de plano, tatico e movel... (Vanilson)
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