domingo, julho 29, 2007

Seguir é preciso...

Estou de volta, ainda um tanto tonto, ainda muito ferido. A morte é desconcertante, num simples instante expõem cruelmente toda a nossa impotência e nos remete impiedosamente a condição de seres finitos.
Quero agradecer a todos que de uma forma ou de outra manifestaram sua solidariedade... Foram muitos os que escreveram, foram muitos os que pronunciaram palavras de conforto, foram muitos os que em silencio deixaram transparecer seus sentimentos, foram tantos que nem sei quantificá-los. Obrigado a todos.
Foram dias de angustia, de perplexidade, de vazio e solidão. Foram horas amargas que se arrastaram lentamente, mas também foram horas de reflexão.
Prateio a perda, a falta e a dura certeza de não mais vê-la, não mais tocá-la e não mais beijá-la. Porém não me sinto desamparado, tenho as recordações, as lições e certeza de ter sido muito amado.
Não me sinto infeliz, nem poderia... Minha mãe não me ensinou a temer a vida e nem a morte, ensinou-me que a vida é estrada onde nem tudo são escolhas e nem tudo são acasos. Ensinou-me a entender que meus fracassos são meus e não culpa de fatores externos. Ensinou-me que vitórias são momentos felizes, mas que por serem momentos por vezes se vão e por fim, me ensinou que a morte é fecho de ciclo, é descanso, é permitir que outras vidas surjam através da vida que se extingue...
Agora é hora de seguir e vou fazê-lo, mesmo que ao meu lado fique o vazio dos que o tempo cioso de sua missão me tomou.
Obrigado por tudo meu amor, descanse em paz.

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