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Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
Brasil 2x1 Bósnia Herzegovina...
O Brasil foi uma Bósnia e a Bósnia Herzegovina que nem
chegou perto de ser um Brasil, perdeu de 2x1 no estádio de St. Gallen na Suíça.
Messi, por amor ao jogo...
Lionel Messi, o argentino, joga futebol por amor ao futebol...
Messi não faz firulas desnecessárias, desmonta os adversários, sempre mirando o gol.
Não se “esconde” num dos lados do campo a espera de um lançamento ou de um companheiro para trocar passes...
Volta, luta e combate e então, segue em direção ao gol.
Messi ao ser bloqueado, não se esparrama pelo chão e com caras e bocas ensaiadas, busca a câmera melhor colocada...
Leva botinadas, empurrões, trancos, puxões de camisa, tapas, chute e pisão, mas só cai quando seu corpo franzino não suporta a agressão.
Messi não se veste como um ator de uma Hollywood de periferia, ou usa o “uniforme” habitual da boleirada...
Messi tem personalidade.
Não cortou seus cabelos como se fosse um “pop star” de Tottenham...
Messi aparece sem precisar de nenhum acessório.
Não se agarra a nenhuma “modelo” senhorita quem, e, sai a desfilar por aí com cara de garanhão de corredor da folia...
Messi, com certeza as tem, mas, discreto, não faz questão de exibi-las e nem se postar ao alcance das câmeras para depois fingir descontentamento...
Enfim, Messi joga por gostar de jogar...
Ele não usa a bola...
A ela, trata com carinho e quando a persegue, o faz como um apaixonado.
Seus gols não são comemorados com dancinhas e trejeitos...
Messi sempre corre para o companheiro que lhe serviu e em seu rosto não há outra coisa se não, felicidade.
Lionel Messi não é o queridinho de uma mídia carente de heróis...
É, o queridinho da mídia que se rendeu a sua genialidade.
Messi joga na Espanha e nasceu na Argentina...
Talvez isso faça a diferença...
Enquanto num o sangue é quente, no outro, ferve e ambos ardem de paixão.
O vídeo, confirma cada palavra.
É bom, custa caro... é ruim, qualquer um compra...
Como em qualquer lugar
civilizado, os ingressos no futebol espanhol sobem ou descem de preço, segundo
a importância do jogo ou do adversário...
O clássico de Madrid entre
Atlético e Real, não foge dessa regra.
A entrada mais barata vai custar
60 euros.
O feio exemplo da torcida do Central Español do Uruguai...
Jorge Rodriguez é goleiro, tem 36
anos e joga no Progresso, clube da segunda divisão do Uruguai...
E daí?
Jorge é negro e, no último fim de
semana torcedores do Central Español, o hostilizaram com insultos racistas,
durante o encontro das duas equipes.
Macaco, gorila e negro de merda,
foram alguns dos insultos proferidos contra Jorge...
Ao final da partida, o goleiro
procurou o árbitro com algumas bananas atiradas contra ele e soube que tantos
os insultos, quantos as bananas, iriam fazer parte do relatório do mediador do
jogo.
Ao chegar a sua casa, Jorge
recebeu um telefonema do presidente do Central Español, que além das desculpas,
afirmou que ele e a direção do clube repudiavam com veemência a atitude dos
torcedores.
Jorge, agradeceu, disse se sentir
confortado, mas que ainda assim tomaria as providências cabíveis.
Mourinho se prepara para deixar o Real em grande estilo...
De olho na Premier League, José
Mourinho fez um visita relâmpago a Londres...
Rico, membro do seleto clube dos
treinadores mais cobiçados do planeta, Mourinho levou sua esposa Matilde ver
algumas casas...
Mesmo já sendo dono de um
apartamento em Londres, fruto do dinheiro que recebeu quando foi despedido do Chelsea,
Mourinho acabou comprando uma casa que segundo ele, é grande o bastante para
abrigar, ele, a esposa, seus dois filhos e seus cães.
Chelsea, Tottenham e o Arsenal
disputam o treinador.
terça-feira, fevereiro 28, 2012
Resposta a um leitor anônimo...
Bem, como a segunda-feira foi
morna em termos de notícias interessantes e importantes, resolvi publicar aqui,
o comentário que aceitei no lugar apropriado – com pequenas correções.
Apesar do autor não ter se
identificado, vou lhe dar a devida atenção.
Apenas informo que as minhas
intervenções vão estar em negrito e itálico.
Comentário feito sobre a postagem
“ABC vence o América por 1x0 e conquista o título do primeiro turno”, publicada
na madrugada de segunda-feira, dia 27 de fevereiro de 2012.
Anônimo disse...
A atuação da PM foi péssima, como
sempre.
Aqui, o leitor faz uma avaliação
pessoal sobre a atuação da Polícia Militar.
Provavelmente, tenha mais
conhecimentos que eu, em relação às doutrinas e as estratégias e técnicas
utilizadas pelos órgãos de segurança pública.
Eu, pessoalmente, discordo do meu
leitor.
Já virou tradição a depredação do
patrimônio em dias de clássico.
Tanto os carros particulares que
são apedrejados e destruídos pela torcida que sempre sai primeiro do estádio e
sem qualquer companhia de policial, isto é, livre para o vandalismo que se repete.
Aqui, o leitor tem uma informação
que só ele tem, pois frequento estádios no Rio Grande do Norte há muito tempo e
nunca me deparei com nenhum carro destruído, mas já vim sim, alguns atos de
vandalismo ser praticados.
Pesquisando sobre ocorrências do
gênero, não consegui encontrar nenhum índice alarmante e nem tão pouco, o
número de queixas é substancial.
Mesmo que todos saibam que
dificilmente alguém vai a uma delegacia prestar queixa de arranhões na pintura
de um veículo, imagino que no caso de apedrejamento ou destruição do veículo, a
atitude seja diferente.
Portanto, as palavras “tradição e
tantos”, me pareceram um tanto quanto exageradas e melodramáticas.
Dentro do estádio já virou uma
coreografia os movimentos que a torcida americana faz visando derrubar o
alambrado do estádio e depredar intencionalmente o patrimônio alheio, mais uma
vez a policia assiste tudo inoperante.
Bem, uma “coreografia” visando
derrubar o alambrado no caso, do estádio Maria Lamas Farache, enquanto
permanecer como “coreografia”, não configura nada a não ser, um movimento
ensaiado, mas sem conclusão.
Entretanto, quando a “coreografia”
deixar de visar derrubar e partir para derrubar, o meu leitor anônimo pode ter
certeza que a polícia irá agir e aí, duvido que a “coreografia” dos torcedores,
americanos ou não, será melhor e mais eficiente que a “coreografia” da tropa de
choque.
Nenhuma polícia em um Estado de
direito, meu caro leitor, pode intervir seja lá no que for por presunção.
Quanto à depredação do patrimônio
alheio, que presumo seja o estádio Maria Lamas Farache...
Procurei saber e, não houve
segundo a direção do ABC, nenhum prejuízo digno de nota, nem neste jogo e nem
no jogo passado, lamento lhe informar.
Talvez, no dia que o nobre
blogueiro tiver seu carro depredado por um torcedor americano deixe de se
magoar por uma simples conversa de elevador.
Neste ponto, o bicho pega...
Já tive um carro atingido por vândalos
meu caro amigo...
Curiosamente, torcedores do
América – você sem querer acertou.
O fato se deu no Machadão, no
estacionamento destinado a imprensa na época em que nossos carros podiam ser
guardados dentro da proteção gradeada.
Coincidentemente, era por aquele
portão que a torcida do América chegava às arquibancadas e neste dia, fiz um
comentário que sobre a atuação da equipe americana que pelo estado em que
encontrei meu carro, não foi bem digerido.
Como por sorte, não identifiquei
ninguém já que quando cheguei o estádio já estava vazio, fiz o que todo cidadão
deve fazer.
Chamei a polícia – que, diga-se
de passagem, demorou horrores -, prestei queixa, tirei umas fotos e deixei o
carro no exato lugar onde estava...
Fui para casa de táxi e no dia
seguinte, retornei ao estádio...
Com as fotos e o boletim de ocorrência,
falei como então secretário Edivan Martins – vivo e saudável para confirmar o fato –
e ele, prontamente resolveu a questão.
Caso não tivesse sido assim, com
base no estatuto do torcedor que já vigorava, teria movido uma ação contra a
SEL e contra o América, mandante do jogo e, certamente ganharia a questão.
Portanto, no meu caso, não falo
do que imagino possa acontecer, falo do que já aconteceu.
Nem por isso, generalizei e a
partir da generalização, rotulei a torcida do América como um bando de
marginais.
O que será que aconteceria com um
Abcedista que entrasse num elevador com cinco santinhos da máfia.
Neste caso, lhe devolvo a
pergunta: o que será que aconteceria com um americano, caso entrasse num
elevador com cinco “anjinhos” da gang ou da garra alvinegra?
That’s the question.
Mas se o texto foi compreendido,
não estávamos num elevador destinado a mafiosos ou membros de gangs, estávamos
num elevador destinado a jornalistas e donos de camarotes...
Imagino eu, gente com um nível de
instrução acima da média e com posição social respeitável.
Por outro lado, quem lhe disse
que fiquei magoado?
Disse antes e repito agora,
conheço a senhora e gosto dela, mesmo que continue achando que a atitude dela
tenha sido absolutamente pueril e desnecessária.
Para sua informação, deixei para
trás faz tempo, os rompantes e, posso lhe afirmar que nada a não ser minha
honra, minha vida e a vida das pessoas que amo, me fariam, ficar magoado com
alguém...
Sou adulto e não me melindro tão
facilmente.
Hipocrisia, de quem nasceu para
ser vice e não se conforma em ser um derrotado.
Parte final...
Você meu caro leitor me conhece
para me taxar de hipócrita?
Tem intimidade comigo?
Sabe se o que penso e afirmo,
difere de como costumo agir?
Não creio que me conheça, mas
mesmo assim, lhe garanto que dos mil defeitos que tenho hipocrisia não é um
deles.
Sobre sua opinião a respeito das
pessoas ou instituições que ocupam o segundo lugar seja lá no que for não vou
discutir...
É cultural...
Com certeza, você faz parte da
parte que menospreza sem nem saber o porquê menospreza...
Acredito que seja só para agredir...
Falta de argumento.
Pois bem, na vida pessoal, a
maioria dos vices é bem-vinda...
Ser segundo num vestibular é
ruim?
Ser segundo num concurso cujo
salário é compensador é péssimo?
Não creio...
Um amigo certa vez me disse: “não
fui o primeiro na vida da minha mulher, mas com certeza fui o melhor, estamos
juntos há 20 anos”.
Ele é um vice, feliz!
No esporte, ser vice não é como dizem os medíocres,
ser o melhor dos piores...
É ser aquele que perseguiu e
assustou o tempo todo o vencedor...
É ser aquele que num campeonato
cujo regulamento permita, ascenderá de divisão...
E, como disse certa vez um
ex-futebolista: “esses idiotas não sabem, mas se eu tivesse sido quatro vezes
vice-campeão paulista, hoje, não seria taxista. Estaria rico. Infelizmente, as
equipes que joguei, nunca chegaram lá”.
Portanto, entre a cultura do
menosprezo tão amada em terras brasileiras e a cultura europeia de valorizar
aqueles que chegaram até o final, mesmo perdendo, fico com o velho
continente...
Todos os clubes europeus
consideram seus vices campeonatos, conquistas...
Mas isso é de cada um e eu, não
vou debater conceitos tortos.
Não há fracasso em ser segundo...
No máximo, o que pode haver é uma
ponta de frustração.
Bem, encerro por aqui e lhe
agradeço o comentário e a leitura do blog.
Volte mais vezes e comente, mas
da próxima vez, assine seu nome...
Não gosto de debater com uma
sombra.
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
ABC vence o América por 1x0 e conquista o título do primeiro turno...
Não vou escrever sobre o jogo ABC e América...
Ou melhor, vou me concentrar no que foi importante na minha
visão.
Lance aqui, lance ali, não estou com paciência...
Quem foi melhor, quem foi pior, talvez escreva uma ou outra
coisa.
Mas, vamos lá...
Polícia:
O policiamento, dentro e fora do estádio foi perfeito.
Soube que a PM através de sua segunda seção mapeou todos os
pontos considerados críticos em vários pontos da cidade...
Resultado: não ouvimos mais falar tanto em tiros, garrafadas
e troca de sopapos nos trajetos das duas torcidas, indo ou voltando do estádio.
Soube também, que há mais de quinze dias, a PM vem
elaborando um detalhado planejamento para por um fim a sandice de alguns
imbecis...
Em Goianinha, conseguiu e ontem, no Maria Lamas Farache
idem.
Alvinegros e alvirrubros assistiram em paz os dois jogos.
Ponto para a Polícia Militar.
No elevador:
Porém, com em todo jardim há espinhos, acabei passando por
uma situação deveras desagradável...
As pessoas às vezes me deixam com a sensação de que o planeta
viveria melhor sem a presença humana.
Entrei no elevador e comigo entraram uns 5 alvinegros, uma
senhora inclusive...
Engraçado, gosto dela...
Sempre foi educada, gentil e certamente dormiu num berço
nobre.
Entretanto, hoje, não sei por qual razão, ao entrar, depois
de me cumprimentar, disse:
- “Você só tem um defeito, é americano”...
Sorri e permaneci calado, mas posso afirmar que tenho muitos outros defeitos.
Ela então insistiu em dar continuidade a um ataque gratuito
e sem nenhuma razão...
- “Vocês americanos são uns insetos”...
Mantive o sorriso e permaneci quieto, mas um senhor que nada
tinha haver com conversa, intrometeu-se, dizendo:
- “Você tem razão minha querida, são insetos e devem ser
esmagados como tal”...
Bem, foi à gota d’água...
Calmamente, em tom baixo e respeitoso, olhei para os dois e
falei...
- “Não façam isso, não esmaguem e nem agridam a razão de
viver do ABC e de vocês”...
- “É por causa dos insetos vermelhos que vocês hoje têm um belo
estádio e podem vir passar um domingo entre amigos”...
- “Sem eles, os insetos, talvez estivessem em casa
entediados a assistir jogos de times que depois, viriam aqui esmagar vocês”.
A porta do elevador se abriu no segundo andar, segurei para
que todos saíssem e cumprimentei a senhora desejando boa sorte...
Sorri para o senhor intrometido e um rapaz que deixou por
último o elevador, agradeceu por eu segurar a porta e me disse que
não havia entendido a razão daquela conversa...
Olhei para ele e disse: nem eu!
Continuo a gostar dela, afinal, todos temos um dia ruim na
vida.
O jogo:
Quando abola rolou, deu para perceber que o jogo seria
tenso...
Normal...
O ABC tinha a mão na Taça e o América teria que suar muito
para mudar essa realidade.
Com o passar do tempo, percebi também, que não veria um jogo
técnico, mas sim, um jogo disputado, palmo a palmo...
O América como era de se esperar, foi para frente e o ABC,
ficou controlando os espaços para evitar qualquer penetração que fizesse algum
estrago no plano de desesperar o adversário à medida que o tempo corresse.
Deu certo...
O América mantinha uma falsa superioridade ao reter a bola
nos pés de seus jogadores...
Falsa, por que nada de produtivo acontecia...
Já o ABC, cozinhava o galo, mas quando buscava o ataque era
mais incisivo, digamos assim.
Em outras palavras: o América atacava, esbarrava no bem
articulado sistema defensivo do ABC e começava tudo outra vez.
Lá pelos 26 minutos, Berg entregou a bola para Adriano
Pardal – jogou muito bem, ontem – e este, cruzou para Washington livre, tocar
par o gol.
Incrível, mas nos últimos jogos do ABC, o Washington só
apareceu essa única vez...
Muito pouco para quem ganha tão bem e carrega uma fama tão
grande.
Depois do gol, o jogo voltou a ser o mesmo de antes...
O América com a bola, não sabia o que fazer com ela – Junior
Xuxa, parece que esgotou seu repertório – e o ABC quando a tomava, mantinha o
fogo brando...
No final, venceu quem foi mais competente...
Perdeu quem tinha que perder...
No vencedor, vi Camilo em grande forma, Alison jogando com a
mesma classe de sempre, Jerson dando qualidade ao meio campo, Raul discreto,
mais esforçado e Adriano Pardal, numa ótima tarde.
No perdedor, vi Fabinho, Jairo e Ricardo Baiano...
Os outros, não, pois eles não fizeram questão de aparecer.
O rescaldo:
Ao chegar a minha residência, soube que o técnico Flávio
Araújo havia entregado o cargo...
Normal, creio eu...
Perder três clássicos de carreirinha derruba qualquer um.
A queda de Flávio Araújo, no entanto, não resolve o problema
do América...
Tem muita gente por ali, que deveria aproveitar e também,
entregar as camisas e buscar novos ares.
Em relação ao ABC, a tarde não podia ser melhor...
Venceu o primeiro turno, ganhou o direito de estar na Copa
do Brasil em 2013, faturou o carro oferecido pela FNF ao campeão e Leandro
Campos continua a azucrinar a vida de seus críticos...
Por falar em Leandro Campos, uma coisa é certa...
Gostem ou não, o América já vai para a oitava partida sem
conhecer vitória, diante do treinador do ABC...
No meu tempo, isso se chamava freguesia.
sábado, fevereiro 25, 2012
O Estatuto de Defesa do Torcedor é sim, um instrumento legal contra a incompetência e o abuso...
Uma notícia importante para o
futebol passou em brancas nuvens pelas terras potiguares...
Nenhuma nota foi publica em nenhum
blog.
Incrível esse isolamento que
nossa imprensa vez por outra se impõe de forma espontânea e incompreensível.
É como se não houvesse vida além
das fronteiras do Estado.
Pois bem, na última quinta-feira,
o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do Estatuto de Defesa
do Torcedor.
A decisão foi unanime e liquidou
com as pretensões do Partido Progressista, que havia ajuizado uma Ação Direta
de Inconstitucionalidade contra o estatuto...
O tribunal considerou a ADIN,
totalmente improcedente.
A ação em grande parte foi obra
do então deputado federal, Eurico Miranda, na época, homem forte da bancada da
bola no Congresso.
Com a decisão do STF, acaba
definitivamente com o argumento que as entidades esportivas, por serem
privadas, são imunes a regulamentação do Estado e, portanto, acima do bem e
do mal...
Agora, não existe mais autonomia
absoluta e, gostem ou não os dirigentes, o estatuto terá que ser obedecido.
Bem, caro leitor, é bom ler e
reler o estatuto e tê-lo sempre próximo, pois mais do que nunca, seus direitos
terão que ser garantidos.
A credibilidade do Corpo de Bombeiros não pode ser ferida...
O Corpo de Bombeiros vistoriou e
liberou as arquibancadas móveis instaladas no estádio Nazarenão em Goianinha
que em parte, não suportou o peso da torcida do ABC e caiu...
Felizmente, só o susto...
Ninguém ferido.
Na verdade, a única coisa ferida
nesta história é credibilidade do Corpo de Bombeiros...
Chato ter que dizer isso...
Principalmente em relação a uma
instituição que desde menino admiro e respeito...
Mesmo já não sendo mais criança, faço
questão de manter a imagem primeira: um lugar onde homens nobres, valorosos e
com coragem acima da média, servem ao seu semelhante incondicionalmente.
Porém, tenho certeza que o responsável
ou os responsáveis serão devidamente punidos.
A polícia militar venceu na quinta, mas a polícia precisa vencer sempre...
Na última quinta-feira, a PM do
Rio Grande do Norte deu um show de eficiência e profissionalismo em relação à
segurança das pessoas que se deslocaram para Goianinha para assistir o primeiro
jogo entre América e ABC pela disputa do titulo de campeão do primeiro turno do
Campeonato Potiguar...
Rasguei elogios e para ser
sincero, não acho que cometi nenhum exagero.
Entretanto, domingo, no estádio
Maria Lamas Farache, teremos o segundo jogo...
Espero ver a mesma atuação da
PM...
O Comando da Polícia Militar,
seus oficiais e praças sabem muito bem que a atuação da polícia, assim como dos
times de futebol, só vale se o resultado for de vitória.
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
O Nazarenão passou no teste...
América e ABC, o clássico do
futebol norte-rio-grandense, começou na noite de ontem a decisão do primeiro
turno do Campeonato Potiguar de 2012...
Mas, vamos por partes... não muitas,
mas todas bem interessantes.
Saímos de Natal, eu e Antônio
Machado, por volta das 18 horas...
Viajem tranquila, papo ameno e
olhos atentos no esquema montado pela Polícia Militar em conjunto com o Corpo
de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal, no sentido de coibir qualquer ação
violenta por partes dos idiotas, organizados ou não.
Em alguns pontos da estrada percebemos viaturas da PM...
Incidentes, nenhum.
Quando chegamos ao Posto de
Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, havia uma barreira que não impedia
o transito, mas forçava a diminuição da velocidade...
Postados de um lado e do outro da
estrada, policiais militares apoiavam os policiais rodoviários e estes,
sinalizavam para que a velocidade fosse reduzida...
Ninguém foi parado, mas eu e o
Antônio Machado tivemos nossa primeira surpresa...
Augusto Varella e outro rapaz que
não consegui identificar, vestiam suas camisas vermelhas e a cada carro que
passava, distribuíam um panfleto, onde pediam paz aos torcedores...
O que mais me impressionou foi o
fato de nenhum deles ao entregar o panfleto, fazer qualquer alusão ao América...
Não diziam nada a não ser: “boa viajem,
bom jogo e paz”.
Cumprimentei rapidamente Augusto
e este me acenou com a mão, desejando um bom trabalho.
Comecei a relaxar...
Aquilo era sinal de algo de bom.
Quando chegamos ao Nazarenão,
encostamos próximos ao portão destinado a imprensa e que seria usado pela
delegação do ABC...
Lá estavam alguns seguranças do
América, pessoal de apoio com o dirigente Ricardo Bezerra à frente...
Deci ficar e ver o que ia acontecer...
Não demorou muito e o ônibus do
ABC chegou.
Esperei o que é de praxe, mas vi
algo a mais.
Ricardo Bezerra recebeu a
delegação do ABC com cordialidade, simpatia, respeito e atenção.
Cumprimentou Flávio Anselmo, o
treinador Leandro Campos, sua comissão e todos os jogadores alvinegros.
Coisa de gente de bem, coisa de
gente civilizada e educada.
Entrei então no estádio e dei uma longa
volta para sentir o clima...
Nenhuma hostilidade...
A torcida do América foi
exemplar.
Alguns com quem conversei,
fizeram questão de afirmar que o Nazarenão podia receber qualquer um, pois
ninguém seria molestado ali.
E, não vi ninguém sendo
maltratado, constrangido ou ameaçado...
Vi o normal...
Vaias ao adversário e comentários
jocosos.
Durante o jogo, a torcida do América
vibrou, incentivou, sofreu, mas manteve a urbanidade.
Já a torcida do ABC, não foi em
grande número, mas não era desprezível...
Torceu em paz sem ser molestada e sem provocações desnecessárias.
Torceu em paz sem ser molestada e sem provocações desnecessárias.
Foi uma noite para não ser
esquecida.
Foi à noite em que o acanhado,
pequenino, mas aconchegante e bem cuidado estádio Nazarenão de Goianinha, teve
seu momento de glória...
Recebeu o maior clássico do Estado do Rio Grande do Norte sem nenhum incidente entre torcedores.
Recebeu o maior clássico do Estado do Rio Grande do Norte sem nenhum incidente entre torcedores.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte foi exemplar...
Imagem: Fernando Amaral
Existe um clichê que diz o seguinte: “quando a polícia quer, a polícia faz bem feito”.
Ontem à noite, serviu como uma
luva.
A Polícia Militar foi
inteligente, eficiente e suficiente.
Fora do estádio, talvez um ou
outro incidente...
Nada digno de nota.
Dentro do estádio, tranquilidade.
Bem, apenas um policial cometeu
um deslize...
Afoito, usou gás de pimenta em um
torcedor do América que tentou se aproximar do alambrado para conversar com
alguém...
Identificado por oficiais, o PM
foi retirado do local imediatamente.
Ao final da partida, encontrei o
Coronel Alarico...
Fidalgo e atencioso como sempre, mostrava um ar cansado,
mas vitorioso...
“Nenhuma ocorrência digna de
nota, cumprimos nossa missão e eu, estou satisfeito”, afirmou o oficial.
Quando o parabenizei, o Coronel
que estava próximo de seus subordinados, fez questão de dizer que o mérito
pertencia a todos eles.
O Coronel Alarico tinha razão, a
Polícia Militar fez um excelente trabalho.
Apoiada pelo Ministério Público, pela
imprensa e pela maioria esmagadora dos torcedores, a PM não se intimidou, foi à
luta, cobriu 54 quilômetros de estrada, protegeu o entorno do estádio e manteve
a distancia os imbecis.
Portanto, “quando a polícia quer e ninguém atrapalha, a polícia faz”.
O ABC sai na frente ao vencer em Goianinha o América por 1x0...
Imagem: Fernando Amaral
Foi um ótimo jogo...
Movimentado, disputado e
surpreendente.
Leandro Campos não se atirou para
o ataque, mas também, não ficou encolhido...
Recolheu seu time e beliscou
sempre que possível...
O América determinado a vencer, foi para cima, mas com sérios problemas
de finalização, frustrou seus torcedores.
Os rubros martelaram o tempo
todo...
Pressionaram e buscaram a
vitória, porém, faltou calma e em alguns momentos competência.
A rigor o ABC fez uns quatro ou
cinco ataques perigosos, mas foi numa bola parada que o gol alvinegro acabou saindo.
Uma falta próxima à área do América,
cobrada por Raul, acabou na cabeça do zagueiro Alison que sem marcação, tocou
para as redes de Fabiano.
Este gol, aliado a um esquema
defensivo muito bem montado por Leandro Campos e a falta de pontaria dos
atacantes do América, garantiram ao ABC, a vantagem de jogar no domingo, no
Maria Lamas Farache, por um simples empate.
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
América e ABC é só um jogo de futebol meninos.
Hoje à noite no estádio Nazarenão
em Goianinha, América e ABC vão se enfrentar na primeira partida pela decisão
do primeiro turno do Campeonato Potiguar de 2012...
O segundo jogo será no domingo em
Natal, no estádio Maria Lamas Farache.
Por si só, o evento deveria estar
agitando a cidade...
O carnaval que terminou
oficialmente na terça-feira bem que poderia pegar carona no jogo e resistir por
mais algumas horas...
Música, alegria e descontração
deveria ser parte da partida de logo mais à noite...
Mas, infelizmente não é essa a
tônica.
Há tensão no ar.
Vou ao jogo preocupado, mas pior
que a preocupação, é a decepção...
O maior clássico do futebol
norte-rio-grandense cuja finalidade era entreter, divertir, unir amigos e
famílias cada uma torcendo por seu clube e todas mostrando alguma urbanidade,
civilidade e respeito pelo próximo, não será assim...
Caso nada aconteça – é o que desejo
e espero – não será por uma decisão consciente e madura, mas sim, pela presença
do braço armado do Estado, pedindo se possível ou então, a bordoadas, se
necessário.
Seja lá como for, tomara todos
voltem para casa sãos e salvos, pois nenhum pai, mãe ou filho, sente orgulho
ou canta bravura por ter um ente querido estendido numa mesa fria de um
necrotério, apenas por usar a camisa com cor errada na visão de seus
assassinos.
Nem mesmo na mais justa das
guerras, mães, pais e filhos conseguem esconder a dor de perder um dos seus.
Para finalizar, lembrem-se
jovens de cabeça oca... os que costumam incitar a rivalidade insana e que nas entrelinhas
provocam o caos, nunca estão entre vocês, nunca saem feridos e nem sequer se sujam
de sangue.
Eles sempre estão à distância,
sempre estão protegidos e sempre voltam para casa.
Pelo Flamengo, tudo... até mesmo tapar o sol com a peneira, vale.
Sempre considerei os narradores
de futebol, artistas…
É função deles, dar ao jogo
emoção, mesmo diante da mais tenebrosa pelada.
Os admiro e confesso que tenho
alguma frustração por nunca ter conseguido fazer algo parecido.
Tentei algumas vezes em casa, mas
foi tão ruim, que desisti.
Entretanto, algumas coisas me incomodam...
No vídeo acima, uma dessas coisas
está tão cristalina e nem seria preciso escrever sobre elas para os ouvintes
mais críticos.
Nos dois gols do Vasco, o goleiro
Felipe falha clamorosamente...
No primeiro um chute de longa
distância, em linha reta, é espalmado pelo goleiro flamenguista como se ele
fosse um amador numa animada pelada na fazenda de amigos.
Mas reparem que o narrador, para
poder retirar o peso da falha diz que o chute de Juninho foi perigoso, venenoso
(?)...
No segundo, a cabeçada a queima
roupa certamente iria proporcionar uma rebatida, mas não daquele jeito...
Qualquer um que tenha jogado pelo
menos umas dez partidas no gol, aprendeu que nessas situações, os punhos devem
ser cerrados para que a bola ao tocá-los ganhe altura ou velocidade...
Mãos abertas sem saber se pegam
ou estapeiam a bola, acabam provocando uma rebatida onde a bola fica lenta e
não se afasta do gol...
Vá lá que a zaga do Flamengo
tenha vacilado na cobertura, mas essa seria uma ótima desculpa para o goleiro
da animada pelada na fazenda e nunca para um profissional jogando no nível que
Felipe joga.
Entretanto, mais uma vez o
narrador entra em cena e se já não fosse bastante, recebe o apoio incondicional do
comentarista...
Comentarista: “Na
cabeçada do Fagner, o milagre do Felipe”...
Comentarista: “o
Felipe fez uma defesa maravilhosa, o Diego Souza acompanhando não teve trabalho”...
Tá bom...
Uma vez Flamengo, sempre
Flamengo... mesmo, quando fica claro que se está sendo Flamengo em demasia.
Özil, sua Ferrari 458 Itália e um agente de transito zeloso...
Imagem: Marca
Özil, meio campista do Real
Madrid e uma das estrelas da seleção alemã, comprou uma reluzente Ferrari 458
Itália...
Bonita, reluzente e potente...
O modelo está equipado com um
motor V8 DE 4.499 c.c com 570 CV a 9.000 rpm.
Até aí, tudo normal...
Jogando no Real Madrid e na seleção alema, não dava para querer que ele andasse num Corsa 1.0...
Porém, descuidado, Özil
estacionou no lugar errado e acabou multado por um agente de transito.
Sorte dele, a multa não ser
cobrada de acordo com o valor o automóvel.
Imagem: Marca
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Meu gosto por história, um cadeado e o museu do Barcelona...
Gosto de história e, por consequência,
gosto de museus...
Sempre que entro em um, me dou ao
luxo de passar um bom tempo admirando cada objeto...
Certa vez, me deparei com um cadeado...
O fato aconteceu em Manaus, mas
precisamente no antigo quartel da polícia militar, um prédio antigo, que senão
estiver sendo traído pela memória, teve sua construção concluída em 1874...
Denominado de Palacete Provincial,
o prédio serviu inicialmente para abrigar algumas repartições públicas e a Assembleia
Provincial, mas posteriormente foi entregue a Policia Militar e por mais de cem
anos, ficou conhecido como o Quartel da Policia Militar...
Hoje, o velho prédio localizado
na Praça Heliodoro Balbi, voltou a ser chamado de Palacete Provincial e, sob a
administração da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, abriga alguns museus
em seu interior.
Mas voltemos ao cadeado...
O ano era 1981, e eu, estava na
capital amazonense prestando assessoria ao comandante geral da PM, Coronel Guilherme
Vieira dos Santos.
Encontrei o tal cadeado na sala
da quinta seção, setor responsável pelas relações com a imprensa e público
externo.
Curioso, questionei sobre o
objeto...
Foi o Coronel PM Hélcio Motta,
subcomandante e mais tarde, substituto do Coronel Guilherme, demitido pelo
então governador Paulo Pinto Neri, por não se submeter aos desejos do
governador em transformar a PM em cabo eleitoral da situação nas eleições para
o governo do Estado em 1982, quem me falou sobre o cadeado...
Segundo o relato, o cadeado teria
sido o primeiro a ser usado para trancafiar uma das celas localizadas no porão
do edifício e que há muito, estavam desativadas.
Alguém, por razão desconhecida
havia guardado o objeto.
Lá estava ele, enferrujado, feio,
grande, pesado, mas, símbolo de uma época...
Desde então, passei a manusear o
cadeado quase todos os dias...
Imaginava o que teria visto e
ouvido, durante todos aqueles anos...
Quantos soluços, dores,
lamentações e horrores, o velho cadeado presenciou.
Ao mesmo tempo, imaginava quantas
confissões arrancadas a pancada, devem ter sido gritadas por alguém incapaz de
suportar o insuportável...
Mas, por outro lado, tentava visualizar
quantos fora da lei perigosos e cruéis, devem ter se desmanchado em anjos de
candura no velho calabouço...
Claro, que não deixei de imaginar
também em meus devaneios, homens duros, corajosos e determinados, a suportar a
força do braço armado do Estado e dele debochado...
Tinha que ser corajoso ou louco o
bastante para enfrentar a polícia do início do século XX na umidade, na escuridão
e na solidão das celas que ironicamente, eram apelidadas pelos policiais, de “Consul”.
Essa sempre foi minha reação
diante dos velhos objetos que para muitos, são apenas velharias carcomidas pelo
tempo...
Objetos que se pudessem falar ou
escrever, contariam uma história bem diferente das versões dos vencidos e dos
vencedores...
Contariam a verdade.
Pois bem, hoje, me deparei com
uma informação bem interessante...
O ano de 2011 representou para o
Museu do Barcelona mais um recorde quebrado.
Passaram por lá, 1.626.990
pessoas...
Ufa!
Esse número supera o recorde
anterior de 1.397.574, obtido em 2007.
Mas, a atração que o museu do
Barcelona exerce sobre gente do mundo todo, só pode ser compreendida, ao
comparamos o numero de visitas que recebe com o numero de visitantes de outros
museus.
Em 2001, o museu do Barcelona foi
o terceiro museu mais visitado da Espanha...
Ficou atrás do Museu do Prado
(2.911.767 visitantes) e do museu da Rainha Sofia (2.705.529 visitantes)...
Na Catalunha, superou todos os outros
museus importantes, o Picasso de Barcelona e o Salvador Dali de Figueres.
O mais impressionante é o
montante de dinheiro arrecadado...
O preço para o publico em geral é
de 22 euros a entrada...
Estudantes, aposentados, famílias
numerosas e crianças entre 6 e 13 anos, pagam 16,50 euros...
Gratuidade só para menores de 5
anos e sócios do clube.
Eu pagaria sem o menor
problema...
Mas teria dificuldade de sair de
lá, pois ia ficar olhando para as bolas, chuteiras e camisas, tentando descobrir
o que elas sabem e que eles não contam.
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