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Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
domingo, maio 31, 2020
O que alguns craques do esporte fizeram com seu primeiro salário... Selecionei os cinco mais interessantes e comoventes.
Imagem: Autor Desconhecido
O que alguns
craques do esporte fizeram com seu primeiro salário...
É o que
mostra o diário AS, na seção, “Mas Deporte” do última sexta-feira (30).
Pincei os que
me pareceram mais interessantes e comoventes...
Vamos lá:
Casemiro, do
Real Madrid
“Desde a
infância, sonhava em experimentar a bebida láctea Yakult. Mas, como era caro eu
não podia pagar quando era criança. Quando recebi o meu primeiro salário do São
Paulo, fui ao supermercado e realizei meu sonho de infância.”
Cristiano Ronaldo,
da Juventus
“Disse a
minha mãe: a senhora não precisa mais trabalhar.”
Kelly Oubre, do
Washington Wizards
“Passei
muitas dificuldades na minha infância. Cheguei a dormir por algum tempo no
carro de meus pais. Quando recebi meu primeiro salário na NBA, comprei uma
casa.”
Harrison
Barnes (foto), do Dallas Mavericks
“Comprei uma
cama. Desde criança quis ter uma boa cama.”
Xavi
Hernández, do Al-Sadd/Catar
“Comprou uma torradeira para a avó.”
Sérgio Sant’Anna, um contista com a janela aberta para o futebol...
Imagem: Autor Desconhecido
Sérgio
Sant’Anna, um contista com a janela aberta para o futebol
No domingo de
Dia das Mães, 10 de maio, o escritor Sérgio Sant’Anna foi um dos muitos
brasileiros que sucumbiram à Covid-19. Deixou como herança à posteridade sua
obra e seu futebol de ontem, de agora e de sempre
Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
Sérgio Sant’Anna
nasceu no Rio de Janeiro, em 1941, mais precisamente no dia 30 de outubro.
Na
adolescência frequentava todos os jogos do Fluminense e até alguns treinamentos
do Tricolor das Laranjeiras.
No final dos
anos 1950, deixou o Rio e passou a juventude em Belo Horizonte, onde estudou
direito.
A distância e
a vida adulta poderiam afastá-lo do futebol e do Fluminense, mas o esporte
bretão teve lugar cativo na obra do escritor.
Foi a rica
vivência adquirida na infância em campos do subúrbio carioca, levado pelo tio
Luiz Andrade, jornalista e diretor de imprensa do Fluminense, para acompanhar o
Tricolor nos jogos contra Olaria, na Rua Bariri, Bangu, em Moça Bonita, e
Madureira, na Conselheiro Galvão, entre outros, que formou o repertório
estilístico usado pelo escritor como cenário de algumas obras.
Não foram
poucas as vezes que Sant’Anna recorreu ao futebol em sua escrita.
Em algumas
oportunidades até com um quê “profético” como no conto “Na boca do túnel”,
de 1982, um relato em primeira pessoa de um treinador do São Cristóvão que vai
jogar no Maracanã contra um clube grande e sofre um 7 a 1.
Mais de 30
anos depois, um outro 7 a 1 abalaria o Brasil.
O autor era
dono de uma habilidade incomum para dominar as palavras, semelhante a que vira
Didi ter para dominar a bola no meio-campo lendário do Fluminense, que assistiu
quando garoto.
Em 1969, aos
28 anos, lançou sua primeira obra, o livro de contos “O Sobrevivente”.
A partir de
então, mostrou versatilidade de estilos — digna dos jogadores modernos — para
escrever em vários gêneros, o que lhe permitiu publicar poesias, romances,
peças de teatro e novelas, mas foi no conto que o escritor encontrou sua
“posição” no campo da literatura.
Essa
versatilidade fez de Sérgio Sant’Anna figura central na literatura brasileira
moderna e sem dúvidas, um dos mais originais autores de seu tempo.
O próprio
escritor definia sua obra pelo “experimentalismo e a molecagem”.
Guiado pela
vontade de experimentar o novo e a tal molecagem que lhe conferia a coragem
para isso, Sérgio apresentava em sua escrita uma inquietação incessante,
natural aos grandes autores.
Semanas antes
de morrer, publicou em seu perfil no Facebook:
“Não quero
assustar ninguém, mas acho a peste que nos assola simplesmente aterrorizante.
Não encontro outro modo de reagir senão escrevendo”.
Assim, o
escritor se manteve ativo até os últimos momentos.
Produziu e
publicou até ser internado no dia 3 de maio.
Poucos dias
antes, em 26 de abril, a Folha de São Paulo publicou um conto inédito de
Sant’Anna.
No texto, o
autor retoma as lembranças dos treinamentos do Fluminense que frequentava na
juventude.
Com a
genialidade de poucos, narra os fatos a partir do ponto de vista de uma
saudosista trave de madeira.
“Das memórias
de uma trave de futebol em 1955” é um
minucioso e sensível retrato de um Fluminense que tinha os goleiros Castilho e
Veludo no auge de suas formas física e técnica, além de uma linha de ataque que
ostentava Telê, Didi, Valdo, Átis e Escurinho.
Porém, como
pede uma boa tabelinha entre literatura e futebol, o conto vai além e com fino
entrosamento revela uma época em que as traves eram de madeira e os meninos
matavam aula para assistir ao treino nas Laranjeiras.
Um tempo e um
futebol que não existem mais a partir da visão de uma trave durante um galáctico
treino:
“A folha seca
é assim: a bola vem pelo alto, mas perto do gol, perto de mim, de repente perde
força e cai, tantas vezes na rede. Didi acaba de bater uma falta dessas, só que
a bola bateu na trave, eu, bem no ângulo. Não sei se devo sentir orgulho ou
decepção, acho que ambas as coisas. Pois a cobrança foi perfeita, uma
obra-prima, que assisti do meu posto privilegiado, mas ao mesmo tempo me sinto
defendendo o gol do Castilho, meu irmão quase, eu diria. Mas Didi sorriu pra
dentro, com seu jeito discreto, pois foi bonito e engraçado. Pode isso? Pode.”
“Mas outras
bolas entraram, a primeira delas do Telê, que recebeu um passe do Didi, na
ponta direita, e emendou de primeira, com efeito, à meia altura, uma pintura de
gol, até aplaudido pelos poucos assistentes. As palmas num estádio vazio ecoam
diferentes, um pouco melancólicas, pois um gol desses devia ter sido feito num
clássico de domingo, no Maracanã, contra o Flamengo”.
O conto, que
entrou para a galeria de obras-primas do escritor, é lindo do início ao fim e
vale duas, três, dez leituras.
No entanto,
nos dois últimos parágrafos, Sérgio Sant’Anna faz questão de deixar claro que
não falava “apenas” de futebol, porque é impossível deixar de entender
aquilo que acontece no gramado como uma metáfora da vida:
“O problema é
que o treino logo terminou. É complicado isso, quando um espetáculo termina,
mesmo que um simples ensaio. Mas havia as estrelas principais, os coadjuvantes,
figurantes, espectadores. Todos, no gramado e na assistência, vão conversando
enquanto saem. Comentam entre si o que assistiram, alguns, os torcedores mais
fanáticos, até empolgados. Mas aí, aos poucos, já começam a falar do espetáculo
principal de domingo, o Fla-Flu. Como eu gostaria de estar lá para participar
ou ver. Mas, pior do que isso, é que em breve meu tempo terá passado.”
“Ainda vejo
um pôr do sol, meio cortado, porque a geral no piso superior, do outro lado do
campo, só me dá a visão até um ponto. Mas o crepúsculo, embora essa palavra me
cause arrepios, é sempre bonito. Bonito e triste. Para piorar, volto a lembrar
daquele cara que veio me ver, ver as traves, em que deu dois chutinhos, e
depois disse aquele negócio de dar cupim. Mas isso acontece com todos os seres,
animados ou inanimados, me deu vontade de responder, se conseguisse. E a noite
logo vai cair. A noite também é bonita, mas seria muito mais se fosse de dia de
jogo, o estádio iluminado. Mas não. Para mim, em breve, será só escuridão”.
Não por
acaso, uma de suas últimas produções foi sobre futebol, sobre o Fluminense,
definitivamente sobre a sua vida.
Talvez porque
como o próprio Sérgio Sant’Anna gostava de dizer, “não gosto de me repetir”,
não há nada neste mundo mais imprevisível e irrepetível do que o futebol.
Nas quatro
linhas, o imponderável impera, o “Sobrenatural de Almeida” é quem dá as
ordens e tudo pode mudar num lance, num segundo, numa única bola.
Chato é o
jogo em que o placar fica na igualdade, o futebol é um dos poucos lugares em
que a igualdade é repugnante.
Foi genial
dizer adeus assim, com um conto sobre futebol, como se fosse uma confissão ou
uma declaração definitiva de despedida que nunca deixará sua obra cair na
escuridão do esquecimento, Sérgio Sant’Anna lega à eternidade e faz vivo seu
futebol de ontem, de hoje e para sempre.
sábado, maio 30, 2020
Enfim consegui assistir minha primeira partida após a parada do futebol mundial por conta da covid-19...
Imagem: Autor Desconhecido
Noventa
minutos: Freiburg versus Bayer Leverkusen
Por Marcos Vinícius/Universidade do Esporte
Enfim
consegui assistir minha primeira partida após a parada do futebol mundial por
conta da covid-19.
Acompanhei o
bom confronto entre Floresta Negra e Aspirinas, num duelo válido pela 29°
rodada da Bundesliga
É sempre bom
rememorar momentos e histórias marcantes do futebol mundial num tempo em que
poucas ligas estão em andamento devido à pandemia.
Nessas
reprises sobram boas recordações, mas falta adrenalina, por se conhecer
antecipadamente o resultado daquele confronto que está passando em sua telinha.
Já no ao
vivo, adrenalina é o que não falta, pois até o apito final tudo pode mudar e é
este suspense que prende o torcedor.
Diante disso,
o único refúgio viável para o aficionado por futebol neste momento pandêmico é
a Bundelisga, único campeonato a ter retomado suas atividades entre as cinco
mais importantes ligas europeias.
Contudo,
outros recantos da Europa já acenam para um retorno no próximo mês.
São os casos
da Primeira Liga, em Portugal, de La Liga, na Espanha, da Premier League, na
Inglaterra e da Serie A, na Itália, que há poucas horas definiu o regresso das
atividades no dia 20 de junho.
Porém,
voltando para a competição em que a bola rola.
Na tarde
desta sexta-feira, 29, aconteceu a abertura, coincidentemente, da 29° rodada do
certame Alemão.
Freiburg e
Bayer Leverkusen se enfrentaram no Estádio Schwarzwald, em um confronto de duas
equipes que têm propósitos semelhantes na Bundesliga: conquistar a vaga em uma
competição europeia na próxima temporada.
Porém um
detalhe difere o Floresta Negra dos Aspirinas.
Enquanto o
primeiro, busca um inédito espaço na Uefa Europa League, o segundo caça uma
vaga na sonhada Uefa Champions League.
Após dois meses
sem sequer assistir 45 minutos de bola rolando de um jogo ao vivo, e apenas me
contentando com os melhores momentos das partidas do Campeonato Alemão,
desejava que o confronto em Freiburg fosse frenético e de preferência com
vários gols.
No entanto, na
vida nem tudo é como a gente quer ou imagina vai ser.
Então, a
primeira etapa terminou sem gols e com os dois principais responsáveis por
colocar a bola na rede, os centroavantes Höller e Bailey, em dívida com a
função como camisa 9.
Höller,
atacante do Freiburg teve a melhor oportunidade da etapa inicial, mas
desperdiçou frente ao goleiro Hradecky.
Essa grande
chance criada pelos donos da casa, não condiz com o que foi a etapa inicial, em
que o Leverkusen atacou, dominou as ações, mas não transformou sua
superioridade em chances reais de gol.
Na volta do
intervalo, algo de diferente deveria ser feito pelo Aspirinas, caso quisessem
voltar para Leverkursen com um resultado positivo.
Substituições
não foram feitas, portanto algo teria que partir dos onze escalados
inicialmente pelo técnico Peter Bosz.
Harvertz,
destaque da equipe com 4 gols nos últimos 3 jogos, surgiu e fez com que seu
comandante não se arrependesse da escolha de não alterar o time no retorno para
o segundo tempo.
Antes mesmo
do relógio bater a marca de 10 minutos, o meia atacante se antecipou à zaga e
abriu o placar em Freiburg.
Dentro de
casa e sem qualquer tipo de reação, como bem mostra a posse de bola nos 90
minutos - Freiburg 39% a 61% Bayer Leverkusen -, o Floresta Negra deixou
escapar três pontos valiosos na briga pela Europa League.
Ao final da
29° rodada, com uma combinação de resultados desfavorável, o Freiburg poderá
terminar sete pontos atrás do Wolfsburg, primeira equipe dentro da zona de
classificação para a competição europeia.
Já os
Aspirinas conseguiram um triunfo essencial fora dos seus domínios, se
recuperaram da goleada sofrida dentro de casa por 4 a 1 na última terça feira,
e agora dormem a noite de sexta e sábado sonhando com um tropeço do Borussia
Mönchengladbach para se manter na 3° colocação da Bundesliga.
Os dois primeiros campeões depois que a Covid-19 mudou o mundo...
O “novo
normal” do futebol europeu tem seus primeiros campeões
Com
restrições e rígidos protocolos sanitários, nesta sexta-feira, 29, o retorno do
futebol na Europa fez os dois primeiros campeões depois que a pandemia da
Covid-19 mudou o mundo
Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
A última
sexta-feira de maio marcou o retorno do futebol na Sérvia e na Áustria.
Depois de
quase três meses de paralisação em razão da pandemia do novo coronavírus, a
retomada aconteceu com presente para os torcedores de Estrela Vermelha e Red
Bull Salzburg, respectivamente campeões do Campeonato Sérvio e da Copa da
Áustria.
FC Red Bull
Salzburg
Na Áustria, o
governo paralisou as competições no dia 8 de março e a partir da metade de
abril, as autoridades passaram a discutir a retomada do futebol com a criação
de um protocolo que exige testes 48 horas antes das partidas para detectar a
infecção por coronavírus em todos os envolvidos além de uma série de medidas de
restrição do contato social.
Com portões
fechados no Wörthersee Stadion, na cidade de Klagenfurt, e seguindo todas as
exigências sanitárias, o Red Bull Salzburg enfrentou o Austria Lustenau para
decidir a Copa da Áustria, em jogo único.
O Salzburg
ficou com o título ao golear o Lustenau, por 5 a 0.
O título
confirmou o favoritismo do Red Bull Salzburg, que lidera a fase final do campeonato
nacional e domina o futebol austríaco há quase uma década com um hexacampeonato
nacional consecutivo e sete conquistas nas últimas 10 Copas da Áustria.
Foi a
primeira decisão de copa disputada na Europa desde o início da pandemia.
A Áustria
registrou, até o momento, 16.562 casos de Covid-19, com 668 mortes e o governo
local considera ter controlado o surto.
Estrela
Vermelha
O futebol
sérvio também foi retomado e assim como na Áustria, o retorno trouxe um campeão
logo na primeira partida: o Estrela Vermelha venceu o Rad Belgrado por 5 a 0 e
conquistou por antecipação o Campeonato Sérvio.
Válida pela
27ª rodada, a partida marcou o retorno do campeonato nacional.
Fora de casa,
o Estrela Vermelha também jogou com portões fechados e seguindo as medidas do
protocolo criado em conjunto pelas autoridades sanitárias e pela federação de
futebol do país.
Suspenso
desde 14 de março, o Campeonato Sérvio é a primeira competição nacional na
Europa a ser decidida dentro de campo em meio à pandemia da Covid-19.
O Estrela
Vermelha também é um caso de clube dominante em seu país. Líder da liga com
grande vantagem, a goleada fez o time atingir 72 pontos e abrir 14 na frente do
Partizan, segundo colocado, e não mais poderá ser alcançado, pois restam apenas
quatro rodadas até o fim da competição.
Este foi o
31º título nacional na história da equipe.
Na Sérvia
foram registrados 11.354 infectados pelo coronavírus e 242 mortes.
A taxa de
novos casos tem se mantido estável, por isso, o governo sérvio autorizou a
retomada do futebol no país.
Corinthians apresenta déficit em 2019...
177 milhões de
reais foi o déficit do Corinthians em 2019, número confirmado com a divulgação
do balanço financeiro do clube nesta quinta-feira (28)...
Fonte:
Máquina do Esporte
sexta-feira, maio 29, 2020
Dinamarca estreia torcida virtual...
Imagem: Autor Desconhecido
O campeonato
dinamarquês voltou nesta quinta-feira...
E, o retorno
trouxe novidades.
Na partida
entre o Aarhus e Randers, que terminou empatada em 1 a 1, aconteceu a estreia
da torcida virtual...
Milhares de
torcedores puderam acompanhar e apoiar as duas equipes por meio do software
Zoom, que retransmitiu em ecrãs gigantes colocados num dos lados do estádio.
Porém, a
ideia que está sendo trata como novidade já foi testada em Portugal...
Em 2017, na
partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, entre a seleção
portuguesa e a Suíça um ecrã foi colocado no estádio e permitiu que torcedores,
em casa, assistissem ao jogo com se estivessem no campo.
Bom-humor é tudo... carrinhos de compra para manter o adversário distante.
O SC Einheit e
o SV Konigstein, equipes da Kreisliga (Liga Distrital) do Sachsen aproveitando
a retomada da normalidade na Alemanha, realizaram um encontro bem-humorado para
demonstrar a possibilidade de se jogar bola mantendo a distância social e a
segurança dos praticantes...
A ideia se
resumia em cada jogador carregar um carrinho de compras para manter o
adversário afastado, além é claro, de todos usarem máscaras.
A sugestão
não vingou, mas causou muitos sorrisos...
Bom-humor, é
tudo.
O retorno da Premier League evita prejuízo milionário...
Com o retorno no dia 17 de junho a Premier League não corre mais o risco de perder 750 milhões de
libras em receita de televisão...
Fonte:
Máquina do Esporte
quinta-feira, maio 28, 2020
A influência política no Građanski Nogometni Klub Dinamo Zagreb...
Não conheço,
mas já vi! #13
A influência
política no Dinamo Zagreb.
Por Dyego
Lima para o Universidade do Esporte
Fundado no
dia 26 de abril de 1911, o Dinamo é oriundo da cidade de Zagreb, capital da
Croácia.
Durante toda
a sua existência, o clube esteve presente na elite dos campeonatos nacionais.
Na Liga
Iugoslava, de 1946 até 1991.
Na Liga
Croata, desde seu surgimento em 1992.
O time possui
um leão como mascote, apelidado de Maksi.
Ele
representa força e resistência, características tidas como essenciais para a
conquista da independência croata em 1992.
Até o início
da década de 90, o ano de 1945 era considerado o de fundação do clube.
Entretanto,
em meio a turbulências políticas durante a dissolução da Iugoslávia, a equipe
passou a reivindicar linhagem direta com o Gradanski Zagreb e o HASK Gradanski,
datados de antes da Segunda Guerra Mundial, e dissolvidos durante o regime
comunista no país.
A sigla GNK
em seu nome faz essa referência, significando Gradanski Nogometni Klub.
A casa do
Dinamo é o Stadion Maksimir, em homenagem ao maior parque urbano da cidade de
Zagreb.
Inaugurado no
dia 05 de maio de 1912, passou por várias reformas ao longo dos anos.
A última
delas, em 2011, deixou o estádio com a sua capacidade atual de 35.123 lugares.
É lá que a
equipe sedia o Eternal Derby, que é como o clássico contra o Hajduk Split, seu
maior rival, é apelidado.
O conturbado
início
Em 1911,
quando a Croácia ainda era parte do Império Austro-Húngaro, o Gradanski foi
fundado por Andrija Mutafelija e alguns amigos.
Era uma
resposta aos rumores de que os clubes deveriam jogar apenas pela Liga de
Futebol Húngara, em oposição à União Esportiva Croata, que estava prestes a ser
estabelecida.
O Gradanski
surgiu como um clube poliesportivo destinado a atender os cidadãos de Zagreb,
contando com seções dedicadas ao futebol, handebol e ciclismo.
Internacionalmente,
a equipe participou de algumas turnês de sucesso.
Uma delas em
1923, quando venceu o Barcelona e o Athletic Bilbao na Espanha.
O time também
costumava viajar à Áustria e à Hungria para fazer amistosos contra clubes locais.
Em 1936,
fizeram um tour pela Inglaterra, ocasião em que adotaram a formação W-M, que os
ajudou a vencer o Campeonato Iugoslavo daquele e do ano seguinte.
Márton
Bukovi, técnico do Gradanski nas conquistas, foi o responsável por introduzir o
W-M na Hungria no final da década de 40 e pela sua modificação, passando a ser
agora um W-W.
A formação
ajudaria a lendária Seleção Húngara na Copa do Mundo de 1954, quando seria
derrotada pela Alemanha Ocidental na final.
O esquema
chegaria ao Brasil como um 4–2–4.
O Gradanski
competiu na Mitropa Cup, a primeira competição internacional de clubes da
Europa, em três oportunidades.
Em 1928, caiu
nas quartas, derrotado pelo Viktoria Zizkov, da Tchecoslováquia.
Em 1937,
eliminado já na primeira rodada ante o Genoa, da Itália.
Finalmente,
em 1940, o seu melhor desempenho.
A equipe
alcançou a final, mas o duelo contra o Ferencváros nunca aconteceu por conta da
Segunda Guerra Mundial.
Invadido
pelas potências do Eixo em 1941, o Reino da Iugoslávia foi dissolvido e as
competições esportivas no país foram suspensas.
O Estado
Independente da Croácia, um estado fantoche apoiado pelos nazistas e pelos
fascistas, foi a exceção, que pôde desfrutar de "paz" e da continuidade
de seus campeonatos.
Durante a
guerra, quatro temporadas foram iniciadas, mas só duas foram finalizadas, com o
Gradanski sendo campeão em 1942/43.
Quando os
conflitos foram encerrados em 1945, o Gradanski foi dissolvido pelo novo
governo comunista do país, a República Socialista Federativa da Iugoslávia,
junto de HASK e Concordia Zagreb, os rivais da cidade.
Foi uma
punição pelos clubes terem competido em uma Liga patrocinada por fascistas em
tempos de guerra.
O último jogo oficial do time foi um empate
por 2 a 2 contra o HASK, em 10 de abril de 1945.
O sucesso na
nova vida
Em 09 de
junho, uma nova instituição foi fundada: o FD Dinamo.
Muitos dos
jogadores do antigo Gradanski continuaram suas carreiras na nova equipe, tais
como August Lesnik, Branko Plese, Milan Antolkovic, Ivica Reiss e Emil Urch.
O time
ingressou na Primeira Liga Iugoslava na temporada inaugural de 1946–47.
Acabou na
segunda colocação, cinco pontos atrás do Partizan.
O primeiro
título veio na época seguinte, dessa vez cinco pontos à frente do Hajduk Split
e do próprio Partizan.
Nos anos
seguintes, o Dinamo venceria a Liga em 1954 e 58, além dos vices em 50, 64 e
66.
A Copa da
Iugoslávia seria conquistada em 51, 60, 63 e 65.
Na temporada
de 1966/67, o clube conquistou a Taça de Feiras, o que o tornou o primeiro e
único clube croata com uma conquista continental.
A competição
foi disputada entre os anos de 1955 e 1971, com o objetivo de promover a
amizade entre países.
Só
participavam clubes oriundos de cidades que possuíam feiras de comércio.
Ela foi a
precursora da atual Uefa Europa League.
A equipe
eliminou Spartak Brno, da então Tchecoslováquia, Dunfermline, da Escócia,
Dinamo Pitesti, da Romênia, Juventus e Eintracht Frankfurt, antes de encarar o
Leeds na final.
O Dinamo
ganhou por 2 a 0 em casa e empatou em 0 a 0 na Inglaterra.
A conquista
veio para redimir o vice-campeonato para o Valência em 1963.
O clube
fechou a bem-sucedida década de 60 com o título da Copa da Iugoslávia de 1969.
Os anos 70
seriam de seca.
Nas
competições continentais, o sucesso passado não foi repetido.
Um novo
troféu só seria conquistado no início de 1980, o sétimo da Copa Nacional,
batendo o Estrela Vermelha na decisão.
Aos poucos, a
década de 80 se mostrava ser de redenção.
O Dínamo
venceu a Liga em 1982, e novamente a Copa no ano seguinte.
Entretanto,
esses seriam os últimos títulos da equipe como integrante da Iugoslávia.
A
era dourada
Após a
dissolução do país, o Dínamo participou da criação da Liga Croata de Futebol,
inaugurada em 1992.
No mesmo ano,
o clube mudou seu nome, de maneira controversa, para HASK Gradanski e, de novo,
em 1993, para Croácia Zagreb.
As trocas
foram amplamente vistas como um movimento político da liderança da então
recém-independente Croácia, com o objetivo de distanciar o clube de seu passado
comunista.
Como as
nomenclaturas também nunca foram aceitas pelos torcedores, a instituição passou
a se chamar Dínamo Zagreb, em 14 de fevereiro de 2000.
Como Croácia
Zagreb, o clube venceu seis campeonatos nacionais, sendo cinco de forma
consecutiva, de 1996 até 2000.
Já a Copa foi
conquistada outras quatro vezes. Em nível continental, as atuações continuavam
deixando a desejar.
A década de
2000 é considerada a era de ouro do Dínamo.
A Liga foi
conquistada sete vezes: 2000, 2002, 2003, 2006, 2007, 2008 e 2009.
A Copa,
outras seis: 2001, 2002, 2004, 2007, 2008 e 2009.
Além disso, a
Supercopa da Croácia foi conquistada em três oportunidades: 2002, 2003 e 2007.
O clube
também produziu muitos talentos que viriam a representar a Seleção Croata no
cenário internacional, tais como Luka Modric, Eduardo da Silva e Niko Kranjcar.
Porém, os
resultados no âmbito europeu continuavam em baixa, com diversas eliminações nas
fases iniciais da Champions League e da Uefa Europa Legue.
O melhor jogo
aconteceu na Champions de 2015, quando, em casa, derrotaram o Arsenal por 2 a
1, no dia 16 de setembro.
No mesmo ano,
a dobradinha Liga-Copa seria conquistada.
História
recente
Pela primeira
vez desde 2004–05, na época 2016–17, o Dinamo não venceu o campeonato nacional,
além de perder a Copa, que havia sido conquistada nas duas últimas edições.
Na Champions,
o clube caiu em um grupo com Juventus, Sevilla e Lyon, sendo eliminado sem
marcar um gol sequer e levando 15.
Aquela foi
uma das temporadas mais malsucedidas da equipe em sua história.
Ainda em
2016, a escalação ideal da história do Dinamo foi escolhida por um grupo de
especialistas, em parceria com os torcedores do clube.
O time
formado foi: Drazen Ladic; Rudolf Belin, Velimir Zajec, Ivica Horvat e Tomislav
Crnkovic; Luka Modric, Zeljko Perusic, Zvonimir Boban e Marko Mlinaric; Drazan
Jerkovic e Davor Suker.
Durante 2017/18,
Nenad Bjelica assumiu o comando técnico.
Ele ajudaria
a equipe a garantir mais uma dobradinha Liga-Copa.
Ao fim
daquela temporada, o ex-diretor executivo do Dinamo, Zdravko Mamic, foi
condenado a seis anos e meio de prisão por corrupção, o que pegou o clube de
surpresa.
Na Europa
League da temporada passada, o Dinamo alcançou o mata-mata de uma competição
continental pela primeira vez em 49 anos.
Acabaria
eliminado pelo Benfica nas oitavas.
Na Liga
Croata, a hegemonia continuou, com o 20° título sendo garantido.
Na Copa,
vice-campeonato após derrota para o NK Rijeka.
Na Supercopa,
a conquista do sétimo troféu.
A saga “6”: 40 anos de história do River Plate em decisões da América...
Imagem: Autor Desconhecido
A saga “6”:
40 anos de história do River Plate em decisões da América
Durante
quatro décadas, os Millonarios viveram uma coincidência curiosa: disputavam
finais de Libertadores da América a cada 10 anos e sempre em anos terminados em
seis
Pedro
Henrique Brandão/Universidade do Esporte
Fundado em 25
de maio de 1901, o River Plate completou 119 anos de existência na última
segunda-feira.
O clube, que
hoje é tido como o time da elite argentina, surgiu com objetivo de ser uma
potência futebolística e alcançou o desejo de seus fundadores com as
negociações milionárias da década de 1930, a construção do Monumental de Núñez
e os times fabulosos que montou nos anos 1940 e 1950.
Porém, foi
somente na década de 1960 que disputou sua primeira decisão continental, iniciou
uma saga que duraria 40 anos e gerou uma estranha coincidência que levou o
River a todas as finais de Libertadores da América em anos terminados em seis
entre 1966 e 1996.
A reviravolta
de 1966
No dia 20 de
maio de 1966, o River Plate foi ao Estádio Nacional do Chile para disputar sua
primeira decisão de Libertadores de América contra o Peñarol.
Campeão da
América em 1960 e 1961, além dos vice-campeonatos em 1962, frente ao Santos de
Pelé, e 1965 contra o poderoso Independiente, o Peñarol contava com jogadores
do calibre de Mazurkiewicz, Pedro Rocha, Pablo Forlán junto a Alberto Spencer,
elenco muito respeitado na Libertadores e o time a ser batido na América do
Sul.
Por outro
lado, o River tinha um time aguerrido numa década em que não conquistou títulos
e conviveu com o incômodo jejum desde 1957.
O destaque
técnico era Daniel Onega que naquela competição se tornou o maior artilheiro
histórico em uma única edição de Libertadores com 17 gols.
O River também
tinha Amadeo Carrizo, goleiro lendário da Argentina, Ermindo Onega, Luis
Cubilla, Roberto Matosas e Solari, que completavam a espinha dorsal do time
dirigido por Renato Cesarini.
Sob o comando
de Onega, os Milionários conseguiram oito vitórias e apenas uma derrota na
primeira fase e avançaram em primeiro lugar no grupo.
Na segunda
fase, os adversários foram Independiente, Boca e Guarani/Paraguai.
Assim,
trilharam o caminho até o encontro com o Peñarol.
Em sua quinta
final em sete edições, o Peñarol era considerado um time envelhecido, mas nem
por isso menos perigoso.
Na partida de
ida, em Montevidéu, vitória dos uruguaios por 2 a 0.
Na volta, em
Buenos Aires, o caos que só os argentinos sabem provocar no pré-jogo.
Misteriosamente,
o ônibus que levaria os uruguaios ao estádio simplesmente não apareceu.
Contra todas
as adversidades, o Peñarol conseguiu chegar ao Monumental, mas com o clima
adverso no estádio — não havia sequer banco de reservas e a comissão técnica e
reservas ficaram em cadeiras próximas aos torcedores argentinos —, perdeu por 3
a 2.
Não havia
saldo de gols como critério de desempate e um terceiro jogo foi marcado em
campo neutro.
Tudo levava a
crer que sem as dificuldades de Buenos Aires, os uruguaios venceriam de maneira
tranquila. Porém, o River surpreendeu, conseguiu sair na frente e ainda no
primeiro tempo abriu um 2 a 0 no placar.
Um detalhe na
etapa final é apontado como a causa para a esplêndida virada aurinegra.
Aos 15
minutos, Spencer cabeceou fraco e Carizzo matou a bola no peito antes de fazer
a defesa.
O orgulho
ferido dos uruguaios teria sido o combustível para que o Peñarol buscasse o
empate e na prorrogação tirasse o título que esteve muito perto de ser do River
Plate em sua primeira participação na Libertadores.
A decepção de
1976
O Cruzeiro de
1976 era uma seleção.
Raul
Plassmaann, Nelinho, Piazza, Zé Carlos, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho
formavam a base do time dirigido por Zezé Moreira.
No River
Plate, figuras como Fillol, Perfumo, Passarela, Sabella e Luque não deixavam
para trás o forte time argentino dirigido por Ángel Labruna.
River Plate e
Cruzeiro decidiram o campeão da América naquele ano.
No jogo de
ida, no Mineirão, vitória fácil do Cruzeiro com gols de Nelinho, Palhinha duas
vezes e Valdo; pelo River, Más descontou.
No
Monumental, na volta, o River conseguiu a vitória por 2 a 1, muito mais por
impor ao adversário o habitual caos do que pelo futebol.
Em 30 de
julho de 1976, novamente no Estádio Nacional do Chile e mais uma vez no jogo de
desempate, o River estava pronto para comemorar o título da Libertadores pela
primeira vez em sua história.
O segundo
jogo foi uma batalha e tirou da terceira partida Jairzinho da Raposa e quase
toda a defesa titular dos Millonarios, que atuou sem Fillol e Passarela.
Apesar disso,
o Cruzeiro foi ao ataque e abriu 2 a 0.
O River
reagiu e empatou antes do apito final, o que indicava mais uma prorrogação,
como há 10 anos.
Porém, aos 42
minutos, uma falta na entrada da área argentina.
Confusão para
a cobrança e Joãozinho fez isso que você pode ver no vídeo abaixo.
Uma década
depois, o River Plate disputara uma final de Libertadores, mais uma vez em ano
seis e novamente saía com o vice.
Ao apito
final, os argentinos quiseram briga, mas a taça iria para BH mesmo com a
pancadaria.
Adeus
fantasma: a conquista de 1986
Mais 10 anos
se passaram e o River manteve a escrita ao chegar novamente à decisão da
Libertadores da América num ano terminado em seis.
Dessa vez, o
adversário seria um emergente continental: o América de Cali.
Àquela
altura, os torcedores já esperavam que o River Plate fosse finalista em 1986,
afinal, era essa a tradição estabelecida: a cada 10 anos, no ano terminado em
seis, o River estava na decisão.
A torcida era
apenas para que o desfecho fosse diferente e os Millonarios pudessem, enfim,
comemorar a conquista da América.
Mais uma vez,
o River tinha um time equilibrado com nomes que são idolatrados na história do
clube como Nery Pumpido, Oscar Ruggeri, Américo Gallego e Antonio Alzamendi.
Na decisão, Los
Diablos Rojos, turbinados pelo dinheiro do narcotráfico colombiano, viviam um
momento de predominância no futebol doméstico que rendeu um pentacampeonato
colombiano e a disputa de três finais consecutivas de Libertadores, mas sem
conquistar o título.
Com um brutal
investimento financeiro do Cartel de Cali, o time dirigido por Ochoa Uribe
tinha Ricardo Gareca como a grande estrela, mas jogadores como Cabañas, Ortiz e
Batagllia também se destacavam.
Em 22 de
outubro, no Estádio Olímpico de Cali, mesmo em casa, o América não conseguiu
segurar o River e os argentinos levaram a vitória por 2 a 1 como vantagem para
a finalíssima em Buenos Aires.
No Monumental
abarrotado, em 29 de outubro de 1986, enfim, o River Plate comemorou sua
primeira Libertadores, após Funes anotar o gol solitário que garantiu a
conquista e acabou com o azar da maldição em decisões, mas não com a saga dos
anos “6".
A consagração
de uma geração regida por um ídolo
O calendário
não deixava dúvidas: ano terminado em seis, dez anos após a última decisão, era
hora de o River Plate disputar mais uma final de Libertadores. E com direito a
um plus no pacote de coincidências.
A decisão da
Libertadores da América de 1996 colocou frente a frente velhos conhecidos:
River Plate e América de Cali.
Além de
manter a tradição de La Banda em disputar a final continental em anos
terminados em seis, exatamente uma década depois do triunfo Millonario, os
colombianos teriam a chance da revanche.
O dinheiro
dos cartéis de narcotráfico havia diminuído consideravelmente e o América não
dispunha do grande investimento de anos atrás, ainda assim, havia feito sua
última grande campanha antes da derrocada que afundou o clube em anos de
ostracismo.
O goleiro
Córdoba, o zagueiro Bermúdez e o atacante Asprilla eram os destaques.
Pelo lado do
River Plate, uma constelação que mesclava novos talentos como Sorín, Gallardo,
Crespo e Ortega com o crepúsculo de Francescoli.
O genial
uruguaio se aposentaria um ano depois, mas ainda regia um dos melhores River de
todos os tempos e que dirigido por Ramón Díaz, inquestionavelmente jogava o
melhor futebol do continente.
Assim como em
1986, o River teve a vantagem de levar a segunda e decisiva partida para o
Monumental de Núñez.
Porém, se na
decisão de 10 anos antes os argentinos garantiram a vitória fora de casa e
precisavam apenas do empate para levantar a taça, dessa vez, o América fez
valer o mando de campo e no Estádio Pascual Guerrero, venceu pelo placar mínimo
com gol de Anthony de Ávila — artilheiro da competição com 11 gols —, no dia 19
de junho.
Uma semana
depois, em 26 de junho, o Monumental de Núñez se vestiu de caldeirão para
empurrar o River em direção ao título.
Desde o apito
inicial, os Millonarios asfixiaram os colombianos e Crespo abriu o placar logo
aos seis minutos de jogo.
Era preciso
que a rede balançasse duas vezes para que a vantagem desse ao River a chance de
erguer a taça que Francescoli deixou de conquistar em 1986, quando foi
negociado meses antes daquela final.
O meia
uruguaio sabia que a história o havia dado uma segunda chance e queria a
redenção, por isso, deu de presente ao torcedor millonario uma exibição de
gala.
Na etapa
final, novamente com o centroavante Hernán Crespo, o River Plate chegou ao 2 a
0 e garantiu sua segunda Libertadores da América.
Depois de 40
anos de disputas continentais nos anos “6”, terminava com glória a saga
Millonaria.
Quando a
tradição completaria 50 anos, em 2006 a escrita não se repetiu.
Até às
oitavas de final, tudo correu bem e o River conseguiu eliminar o Corinthians em
um Pacaembu lotado, num dolorido episódio da história corintiana.
Porém, nas
quartas, o confronto contra o Libertad do Paraguai deixou os Millonarios pelo
caminho.
Ainda assim,
havia quem esperasse por um novo ciclo e conforme se aproximava o ano de 2016,
animavam-se os torcedores mais supersticiosos.
No entanto,
em 2015, o time de Marcelo Gallardo se antecipou e chegou à decisão e foi
tricampeão continental contra o Tigres do México, depois de deixar o
arquirrival nas oitavas de final no polêmico jogo do gás de pimenta na
Bombonera.
Com o comando
de Muñeco, a espera de uma década para alcançar a final continental acabou.
Os
Millonarios se tornaram uma potência sul-americana e dominaram a competição nos
anos seguintes.
Apenas três
anos depois do primeiro título da “era Gallardo”, em 2018, lá estava o River
Plate mais uma vez para disputar decisão da Taça Libertadores.
O adversário
foi o Boca Juniors, era a última vez em que a competição seria decidida em
partidas de ida e volta e a imprensa apelidou de “Jogo do fim do mundo”, mas
depois de uma monumental confusão na partida da volta, a decisão foi parar no
Santiago Bernabéu, em Madrid e a conquista foi Millonaria.
Nova dose no
ano seguinte. Em 2019, o River chegou à decisão novamente e durante 83 minutos
foi campeão da América, mas viu Gabigol de maneira épica virar o placar para o
Flamengo em apenas três minutos e naquela oportunidade ficou com o vice.
Mesmo com o
insucesso do último ano, o torcedor millonario dever estar satisfeito com a
nova frequência de seu time em decisões continentais.
Porém, se
calhar de em 2026, o River Plate disputar mais uma final de Libertadores,
ninguém vai se queixar.
Ainda mais se
for sob comando de Marcelo Gallardo, um remanescente do time de 1996 e que faz
reverberar nos dias de hoje os inesquecíveis 40 anos da saga “6”.
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