Imagem: Malcolm Couzens/Getty Images
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, janeiro 31, 2019
ABC e Santa Cruz... o torcedor escolheu Xavier como o melhor em campo.
ABC vence Santa Cruz, mas poucos
jogadores se salvam da partida morna
Por PH Dias, do Universidade do
Esporte
- “Ninguém da equipe prestou, só
Xavier…”
Na maioria das vezes, o torcedor
de futebol não é racional ao dar uma opinião sobre o jogo que acabou de ver.
A emoção sempre fala mais alto.
Mas, ao término do jogo entre ABC
e Santa Cruz, pela sexta rodada da Copa Cidade de Natal, ouvi a frase acima
dita por torcedor alvinegro, que saindo da arquibancada do Frasqueirão escutava
em seu celular a transmissão da partida.
Longe de estar enfurecido, estava
calmo...
Sereno e sensato, sua opinião
estava correta.
Realmente, ele estava certo.
Só houve um jogador que acertou
na maioria das vezes que tentou.
Só um, voltava para marcar com
uma dedicação intensa...
Lembrava os famosos treinos do
Rocky Balboa em seus filmes.
Xavier, o meia responsável por
começar as jogadas se multiplicou em campo para dar consistência a equipe,
principalmente do lado esquerdo e no meio de campo.
O problema é que Ranielle Ribeiro
não pode ficar na dependência de um só jogador...
Precisa da equipe, de todo o time.
Porém, se Xavier convenceu ao torcedor
com quem concordei quando afirmou ter sido o jovem meio-campista o melhor, para
não ser injusto, é preciso dizer que Adalberto cumpriu bem seu papel na zaga.
Pepe Alvarez, o estreante poderia
ter sido mais efetivo...
Foi razoável.
O gol de Xavier saiu de um
cruzamento seu.
A liderança continua com o ABC...
Os 12 pontos e tranquilidade de
já estar na final, provavelmente ajudaram o torcedor que escolheu Xavier o seu
craque a descer as arquibancadas tão calmamente...
Entretanto, se Ranielle e seus
comandados quiserem ir mais longe este ano, é preciso que ao término de cada
partida, o torcedor reconheça qualidade em mais jogadores, e não apenas em um.
Campeonato Potiguar... ABC venceu o Santa Cruz por 1 a 0, mas ainda não empolga seu torcedor.
Imagem: Andrei Torres/ABC FC
O ABC não jogou bem...
Porém, existe um álibi perfeito; partida
contra o Altos, o cansaço do deslocamento e a falta de tempo para uma melhor
preparação caem como uma luva.
Explica, mas não justifica...
Mas, como o time venceu, vida que
segue.
Não se fala mais nisso, pelo menos até a próxima partida...
Porém, no frigir dos ovos o que
se constatou é que time ainda não empolgou... falta muito.
Ontem, o Santa Cruz, por pouco não azedou a noite dos torcedores alvinegros...
Não fosse a incompetência de seus
finalizadores e algumas boas intervenções de Edson, goleiro alvinegro, a
história poderia estar sendo contada de outra maneira.
Campeonato Potiguar: Globo, Potiguar, Palmeira de Goianinha e ASSU não fizeram nada, nem gols...
Globo 0x0 Potiguar
O Globo precisava vencer para se
distanciar do América, colar no ABC e se manter a poucos passos da decisão do
turno...
O Potiguar, também necessitava da
vitória, afinal os seis pontos que perdeu por decisão do TJD o deixaram bem
pertinho da porta de entrada para a segunda divisão.
O que fizeram então?
Nada...
Empataram.
Nem gols foram capazes de
marcar...
Terminado o jogo o placar Barretão
ainda permanecia em branco.
Para o Globo, os nove pontos não
garante nada...
Uma vitória do América amanhã
contra o Força e Luz o remove da vice-liderança e o rebaixa para o terceiro
posto.
Enquanto isso, o Potiguar chega
aos três pontos...
E, só.
Palmeira de Goianinha 0x0 ASSU
Em Goianinha, no Nazarenão, o
Palmeira de Goianinha recebeu o ASSU, e ao invés de se enfrentarem, “sentaram”,
“bateram um papo” e ficaram mesmo no 0 a 0...
Ninguém assustou ninguém.
Pois é...
A sorte dessas e de outras
equipes que se nivelam pela baixa qualidade é que existe o Força e Luz, cuja
única perspectiva de não cair é bisbilhotar erros alheios para tentar no tribunal
evitar que de bocadinho em bocadinho se distanciem e lhe deixem de lanterna na
mão.
Campeonato Cearense em sua primeira fase tem renda líquida negativa...
A junção de campeonatos deficitários e federações “criativas” acabam criando bizarrices...
O campeonato cearense é uma
delas.
Iniciado no dia 5 de janeiro, sem
a presença de Fortaleza e Ceará, que só vão entrar na próxima fase, o torneio
acumula prejuízos...
Segundo o site Sr.Goool, estadual
ficou sem público e com renda líquida negativa.
Abaixo a matéria do Sr. Goool:
Em 24 partidas, a última rodada
será disputada nesta quarta-feira, a média do Estadual não passou de 607
testemunhas.
O público total sequer chegou a
15 mil pagantes (14.574).
Só três jogos tiveram público
acima de mil torcedores - todos do Guarany.
O maior foi visto no confronto
ante o Barbalha (3.314).
O clube de Sobral, aliás, já está
classificado à Segunda Fase, assim como Barbalha, Atlético Cearense e
Ferroviário. Restam duas vagas.
Floresta, Horizonte e Guarani
lutarão pela classificação e contra o rebaixamento, uma vez que o Iguatu já foi
degolado.
Sem público, o Estadual do Ceará
acumula dívidas.
O Cearense é deficitário em R$ -
25.828,28.
Dos oito clubes da Primeira Fase,
apenas o Guarany está no azul (R$ 40.691,12).
A pior situação, enquanto isso, é
do Atlético (R$ - 20.123,53).
Ferroviário - atual campeão da
Série D - (R$ - 14.366,10) e Guarani (R$ - 10.369,53) também têm rombo acima de
R$ 10 mil.
Paris Saint-Germain e Hugo Boss fecham parceria...
Imagem: Paris Saint-Germain
Quando você for a Paris e quiser
trazer uma lembrança do Paris Saint-Germain, saiba...
139 euros é o preço da peça mais
barata, um cachecol (na foto de Cavani), da parceria firmada entre Paris Saint-Germain e a grife
alemã Hugo Boss.
quarta-feira, janeiro 30, 2019
Quais os clubes da Premier League que mais dão oportunidade aos seus jovens jogadores?
A BBC de Londres fez um
levantamento para saber quais os clubes da Premier League que mais
oportunidades oferecem aos seus jovens jogadores...
A emissora britânica somou os
minutos disputados nesta temporada por atletas com menos de 22 anos.
A equipe que mais abriu espaço
foi o Leicester City, seguido pelo Arsenal...
Quem menos deu chance foi o
Cardiff City, ficando em último lugar, enquanto o Chelsea ocupou a penúltima posição
entre os clubes da Premier League.
Abaixo a lista publicada pela BBC
Leicester – 8373 com 8 jogadores
Arsenal – 4467 com 5 jogadores
Everton – 4455 com 6 jogadores
West Ham – 4134 com 4 jogadores
Tottenham – 4083 com 7 jogadores
Wolverhampton – 3962 com 4
jogadores
Huddersfield – 3089 com 6
jogadores
Liverpool – 2553 com 2 jogadores
Bournemouth – 2400 com 3
jogadores
Manchester United – 2009 com 4
jogadores
Fulham – 1975 com 2 jogadores
Crystal Palace – 1965 com 1
jogador (Aaron Wan-Bissaka)
Southampton – 1671 com 5
jogadores
Newcastle – 1409 com 2 jogadores
Manchester City – 1107 com 3
jogadores
Brighton – 863 com 1 jogador
(Yves Bissouma)
Burnley – 440 com 1 jogador
(Dwight McNeil)
Watford – 296 com 2 jogadores
Chelsea – 151 com 2 jogadores
Cardiff – 0
Com informações da BBC/London e Trivela
Com informações da BBC/London e Trivela
LionRock de Singapura compra 31% da Internazionale de Milão...
150 milhões de euros investiu o
grupo LionRock Capital, de Cingapura, para adquirir 31% da Inter de Milão.
Fonte: Máquina do Esporte
terça-feira, janeiro 29, 2019
Campeonato Carioca... Clubes grande já acumulam prejuízo de cerca de R$ 1 milhão.
Grandes somam cerca de R$ 1 milhão de prejuízo em três rodadas do
Carioca
Por Rodrigo Mattos para o UOL Esporte
Os quatro grandes clubes do Rio
de Janeiro já somam prejuízos de R$ R$ 989 mil em apenas três rodadas do
Estadual do Rio.
Foram 11 partidas no total com
nove delas deficitárias.
As explicações são os baixos
públicos, altos custos do Maracanã e taxas da FERJ (Federação de Futebol do Rio
de Janeiro).
Dos quatro grandes, quem levou
maior prejuízo foi o Fluminense.
Com três jogos, o clube tricolor
soma R$ 574 mil de perdas financeiras em apenas três jogos, dois deles no
Maracanã.
Em seguida, vem o Botafogo com R$
443 mil de prejuízo em três jogos.
Mas aí é preciso uma ressalva:
dois jogos no Nilton Santos (Engenhão) tiveram aluguel de R$ 220 mil que vai
para o próprio clube.
Portanto, o valor foi descontado.
O clássico do alvinegro com o
Flamengo, primeiro do campeonato, teve um público de 5 mil pessoas.
Foi a partida da equipe
rubro-negra que acabou com prejuízo.
No final, cada um dos times teve
uma perda de R$ 146 mil, sendo que o rubro-negro ainda teve gasto com
antidoping.
Ao final de três rodadas, o clube
da Gávea teve prejuízo de R$ 96 mil apesar de ter levado 46 mil pessoas na
estreia diante do Bangu – o clube tem lucros com bebidas e comidas.
Um valor quase igual ao do Vasco
que acumulou perdas de R$ 96 mil que também teve públicos baixos, mas, pelo
menos, tem um estádio com custo mais baixo em São Januário.
A diretoria vascaína vendeu o
mando do campo contra o Fluminense para Brasília.
Federação Paulista de Futebol fatura alto com as taxas cobradas sobre a arrecadação dos clubes...
A Federação Paulista de Futebol
além dos patrocínios milionários e dos diversos negócios que acontecem
no âmbito do campeonato, ainda recebe um “troco” dos clubes a cada partida que
disputam...
A taxa cobrada pela federação
sobre a renda de cada partida da Série A 1 é de 5%.
Pois bem...
Na primeira rodada, os quatros grandes rechearam a conta da federação.
O Palmeiras desembolsou R$ 63,6 mil e o Corinthians, R$ 60,1 mil...
Enquanto R$ 33,6 mil deixaram de
entrar nos cofres do São Paulo e R$ 12,6 mil na conta do Santos.
Começam bem as vendas de ingressos para a Copa América...
124 mil ingressos vendeu a
Conmebol para a Copa América no Brasil nas primeiras seis horas da segunda fase
de vendas.
Fonte: Máquina do Esporte
segunda-feira, janeiro 28, 2019
Campeonato Potiguar... América perde para o Globo por 2 a 0, cai para a terceira posição e o treinador Luizinho Lopes deve deixar o cargo.
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Globo vence América e assume a vice-liderança do Campeonato Potiguar
Por Taís Viviane, para o Universidade do Esporte
Pela quinta rodada do campeonato
potiguar, o América recebeu o Globo.
Para time alvirrubro, a vitória
significaria a liderança provisória do campeonato, já para a equipe de
Ceará-Mirim, os três pontos representavam a segunda colocação na tabela.
A partida começou com uma descida
perigosa do América pela lateral direita, em um erro de marcação do Globo, que
não demorou em corrigir seu posicionamento defensivo e equilibrar o jogo.
O América tocava melhor a bola e
tinha mais posse que o Globo, mas faltava qualidade no último passe e nas
finalizações, além disso, o time alvirrubro não soube aproveitar as muitas
jogadas de bola parada nas quais teve a oportunidade de levantar a bola na
área.
Já o Globo, escolheu se fechar na
defesa apostando nos contra-ataques e nos erros da defesa do América, e ainda
assim conseguiu as melhores chances da partida, acertando até uma bola na trave
com o atacante Hudson.
No segundo tempo, o Globo
resolveu sair mais pro jogo e foi recompensado.
Em escanteio bem batido o
zagueiro Alexandre subiu bem para cabecear e abrir o placar no Arena das Dunas.
Luizinho Lopes, sabendo que
precisava agir, botou o atacante Max em campo para tentar buscar o empate,
porém a equipe alvirrubra sentiu o gol sofrido e passou a errar muitos passes,
facilitando o jogo para o Globo, que ganhou muita confiança com a vantagem e em
uma bela troca de passe chegou ao segundo gol com Chiclete.
O Globo ainda teve o jogador
Hudson expulso, mas o América não teve forças para reagir.
Copa do Nordeste... Em jogo morno, ABC empata com o Altos, no Piauí.
Imagem: Andrei Torres/ABC FC
Em jogo morno, ABC empata com o Altos pela Copa do Nordeste
Por Ícaro Carvalho, do Universidade do Esporte
Altos e ABC empataram em 1 a 1
pela segunda rodada da Copa do Nordeste, no Estádio Felipe Monteiro, em
Teresina, Piauí.
Foi um jogo fraco.
Desses de dar sono.
No primeiro tempo, não dava para
contar nos dedos das mãos e dos pés a quantidade de passes errados das duas
equipes.
Quando uma delas conseguia trocar
dois toques, alguém era derrubado e o juiz fazia valer a regra.
O gramado, irregular e horrível,
também não ajudava.
O ABC até teve mais presença de
campo nos primeiros 45 minutos, mas foi só.
Sem criatividade e com
dificuldades de impor seu estilo, apelava para os cruzamentos e nas bolas
paradas.
Na única vez que "criou" uma jogada, Anderson,
aos trancos e barrancos, se livrou do marcador, encontrou Guedes sozinho, que
dominou e chutou para boa defesa de Andrade.
O Altos, por sua vez, não se
encontrava no meio campo e se enrolava todo com a posse da bola, errando muitos
passes.
Quando acertou a primeira trama,
Juninho Paraíba invadiu a área pela direita e chutou forte, para boa defesa de
Edson em dois tempos.
Que fique registrada também a
cena lamentável de um torcedor tentando invadir a "geral" justamente na ala onde estavam os abecedistas,
que revidaram.
Pelos relatos dos repórteres Abel
Victor e Arthur Ribeiro, ambos no estádio, um integrante de uma determinada
torcida organizada tentou roubar a faixa dos torcedores potiguares.
Acabou sendo retaliado pelos
torcedores alvinegros.
A Polícia Militar chegou no local
minutos depois, mas ninguém foi detido.
Voltando ao que interessa, o
segundo tempo começou agitado, com Henrique abrindo o placar para o ABC.
Era tudo que o time visitante
queria.
Nada mais normal que o time
natalense recuasse para tentar agredir nos contra-ataques.
O problema era pegar na bola.
Parecia uma batata quente nos pés
dos jogadores potiguares.
Embora parecesse limitado em
comparação ao adversário, o Altos mostrava vontade e determinação para igualar
o jogo.
O time da casa cresceu com as
mudanças de Leandro Campos, em especial a de Ancelmo, um dos personagens do
jogo.
Criou, abriu espaços, fez jogadas
individuais, e aos poucos ia quebrando as linhas um tanto malfeitas do ABC.
Foi recompensado aos 28, cruzando
a bola na cabeça de Ramon, que subiu absolutamente livre para empatar.
O próprio Ramon teve uma chance
novamente aos 37, parando no bem postado Edson.
Na mesma jogada, o arqueiro
abecedista interviu chute de Junior Paraíba.
Minutos depois, um cruzamento
vindo da direita e quase o lateral direita do ABC, Ivan, pôs a bola pra dentro.
Edson, com os pés, cortou mais
uma.
A julgar pela qualidade do
futebol apresentado pelas duas equipes, resultado justo.
Um gol para cada lado, ambos de
bola parada.
Para o ABC, voltar à Natal com um
pontinho na bagagem é um bom resultado, mas muitas lições precisam ser tiradas
desse jogo.
A infinidade de espaços dados ao
adversário e a falta de lucidez quando a pelota estava sob a posse dos homens
alvinegros são situações que Ranielle precisa rever.
Para o Altos, que pelo que li,
tomou seu terceiro gol no ano (todos de bola parada), só há uma solução de
cara: treinar bolas paradas com Leandro Campos.
O ABC volta a jogar na
quarta-feira (30), contra o Santa Cruz de Natal, no Frasqueirão, às 20h pelo
Estadual.
Já o próximo compromisso do Altos
também será pelo Nordestão, contra o Ceará, em Fortaleza, no dia 09 de
fevereiro, às 16h.
Campeonato Potiguar... Santa Cruz e ASSU não saem de um chato 0 a 0.
O Santa Cruz decepciona...
Era a surpresa que todos
esperavam, o time que seria a pedra na chuteira dos grandes, depois de passar
sem muitos problemas por seus iguais.
No papel, antes da bola rolar,
era assim que podia ler...
Contratações feitas por que, em
tese, entende do riscado, e um treinador jovem e competente pronto para fazer a
roda girar.
Infelizmente, até aqui, nada...
Fernando Tonet não fez acontecer
e seus jogadores não mostraram nada de especial.
Quatro pontos em cinco jogos é
muito pouco...
Nenhuma vitória e um empate não
condizem com as expectativas.
Ontem, mais uma vez o Santa Cruz,
em casa, engasgou, diante do ASSU...
Um 0 a 0 insosso, medíocre, nada empolgante.
Aliás, resultado que praticamente
afasta o tricolor natalense de qualquer chance no primeiro turno...
E o ASSU?
Igual ao rival...
A diferença está no saldo de gols
e fato de diante do ABC ter dado a impressão que poderia ir mais longe.
Não foi assim que aconteceu...
O ASSU repete as equipes menores
no quesito irregularidade e inconstância – isto é: quando se imagina que vão,
não saem do lugar.
Há mais de 25 anos, a imprensa esportiva, por desinformação, insiste num erro...
Precisamos falar sobre o Sol
Por Marcelo Damato
Pinçado do blogue do Juca Kfouri
Há mais de 25 anos, a imprensa
esportiva, por desinformação, vem insistindo num erro: jogar futebol das 11h às
13h é desumano porque joga-se com sol a pino e, portanto, na hora de maior
calor do dia.
O Sol está de fato no ponto
máximo de sua altura ao meio dia, mas ainda falta um tanto para chegar ao
momento de maior calor do dia: isso acontece por volta das 14h (15h no horário
de verão).
Para quem não acredita, basta
olhar os sites de previsão do tempo, como Wheather Channel.
Todos os dias, salvo por algum
feito ligado à nebulosidade, o pico de calor ocorre nesse horário.
E a temperatura cai suavemente
pelo menos por umas três horas.
Isso acontece porque, se é a
radiação do Sol a responsável pelo clima da Terra não ser gélido, não é a
radiação direta a maior responsável pelo aquecimento.
A maior parte desse efeito é
provocada pela radiação que a Terra absorve do Sol e depois reemite em forma de
raios infravermelhos (aqueles que assam os bolos nos fornos, por exemplo), que
são invisíveis.
A luz visível não tem efeito
direto de aquecimento.
Para perceber, basta comparar as
antigas lâmpadas de filamento com as atuais de LED.
Duas lâmpadas que produzem a
mesma iluminação geram um calor totalmente diferente, porque a tecnologia
antiga, como funciona por meio do aquecimento do filamento até deixá-lo em
brasa, gera muito infravermelho.
A diferença vem na conta de luz:
a lâmpada de LED consome cerca de 85% a menos.
De fato, todos nós, ao menos
inconscientemente sabemos disso.
Se a radiação direta do Sol fosse
a única ou a principal responsável pelo aquecimento, as manhãs não seriam muito
mais frescas do que as tardes, todas as noites seriam frias e as madrugadas não
seriam mais frias que as noites.
E principalmente, o momento mais
frio do dia não seria na hora do nascer do Sol.
Assim, jogar das 11h às 13h no
verão (10h às 12h pelo sol) enfrenta-se o mesmo calor de jogar das 17h às 19h
(16h às 18h “reais”) ou até um pouquinho menos, quando se olha as curvas de
temperatura.
Tendo consciência de qual é o
momento mais quente do dia, jogadores e torcedores pode melhorar sua
hidratação, o que é muito importante jogar com sol a pino é mais perigoso por
outros motivos, como a exposição a raios ultravioleta, por isso se deve sempre
usar filtro solar, no campo e na arquibancada.
*Marcelo Damato, jornalista esportivo e físico.
Corinthians e BMG: a mentira tem perna curta e não é marketing...
Imagem: Autor Desconhecido
Corinthians e BMG: a mentira tem perna curta e não é marketing
Luis Paulo Rosenberg, apresentou, orgulhoso e fazendo provocações, uma parceria
entre Corinthians e BMG.
O problema é que em menos de uma semana o contrato de patrocínio que
foi anunciado no valor de R$ 42 milhões ao ano, caiu para R$ 30 milhões e agora
é de R$ 12 milhões.
O que houve?
Por Pedro Brandão, do Universidade do Esporte
No último dia 22, Luis Paulo
Rosenberg, na condição de diretor de marketing do Sport Club Corinthians
Paulista, convocou uma coletiva de imprensa para anunciar o tão aguardo acordo
de patrocínio máster da camisa Alvinegra.
Num discurso que misturou termos
como “parceria inovadora” até abertas
provocações ao arquirrival Palmeiras, quando Rosenberg diz “o banco BMG não tem pretensões políticas dentro do Corinthians”, o
anúncio dos valores dava conta de R$ 30 milhões à vista mais R$ 12 milhões de
bônus até o final do ano, totalizando R$ 42 milhões anuais, valor que colocaria
o Corinthians como a segunda camisa mais valiosa do país.
Outro a confirmar o valor foi Matias
Romano Ávila, diretor financeiro do clube, que inclusive detalhou o acordo:
“O valor médio calculado da parceria é de R$ 42 milhões, e nós já
recebemos R$ 30 milhões. São R$ 24 milhões de patrocínio, e R$ 6 milhões de
luvas. Se não acontecer nada este ano, se não abrir uma única conta no
aplicativo, ainda assim nós lucramos R$ 30 milhões. No ano que vem, a mesma
coisa”
Um problema, entretanto, surgiu
nesta sexta-feira quando uma ata de reunião do banco foi publicada no próprio
site do BMG por questões de transparência.
No documento consta o valor fixo
de R$ 12 milhões mais 50% da arrecadação em produtos financeiros vendidos aos
Fiéis torcedores por meio da plataforma Meu Corinthians BMG, que será lançada
em fevereiro e dará acesso aos serviços exclusivos do banco aos corintianos.
Não é novidade a (im)postura de
Luis Paulo Rosenberg ao atacar o Palmeiras para esconder os problemas do clube
do qual dirige o marketing.
Ao passo que o clube de Palestra
Itália se reorganizou financeiramente graças a benevolência de seu presidente,
Paulo Nobre, que colocou dinheiro do próprio bolso para salvar as finanças do
clube e depois contou com um mecenas que proporcionou o maior patrocínio jamais
visto no futebol brasileiro quando estampou a marca de sua empresa, Crefisa, na
camisa alviverde.
O Corinthians afundou
financeiramente ao ser dominado por um clã político que, embora tenha
proporcionado anos vitoriosos, isolou o comando do clube fechando negócios
escusos.
Desta maneira, o clube contraiu
uma dívida astronômica a ser paga por seu estádio que já apresenta problemas
estruturais, em contratos ainda sob investigação por casos de corrupção; lançou
mão de times fortes para competir no último Campeonato Brasileiro com um
modesto time que, não fosse times mais fracos, quase foi rebaixado, além de
perder poder econômico no mercado de transações.
Todos esses problemas foram
acobertados pelos ataques de Rosenberg ao rival.
Frases de efeitos que apontam
ditos defeitos como “estádio em forma de
pneu” ou “baleia num aquário”
para se referir ao Allianz Parque; e várias outras alfinetadas em qualquer
oportunidade.
Porém a mentira de Rosenberg vai
além, quando o diretor de marketing corintiano diz que a “parceria Corinthians / BMG é inovadora” por permitir que o
torcedor faça a ativação da parceria e defina quanto o clube receberá, está
mentindo novamente e fazendo seu torcedor de bobo.
O ano é 2000, Corinthians e Pepsi
anunciam uma parceria em que a empresa se autodenominou “Da Fiel”, num plano em que conforme aumentasse a venda de
refrigerantes, mais o clube receberia de patrocínio.
Familiar com a plataforma do BMG,
em 2019?
Com a Pepsi a estratégia
naufragou em 2002, e o contrato de patrocínio resistiu apenas até 2004.
O problema em atrelar valor de
patrocínio à participação do público é que estamos falando justamente de
futebol, uma paixão em que lidamos com pessoas movidas por um sentimento
completamente passional.
Isso faz com que torcedores de
outras equipes não comprem ou não utilizem serviços da empresa que se
autodenomina de um ou outro clube.
Mais um problema na gestão
comercial do Corinthians pode ser visto na quantidade de patrocínios que o
clube tem hoje.
Apesar de o BMG ser o patrocínio
máster, existem mais 6 patrocinadores na camisa alvinegra (Universidade do
Brasil, PES, Minds Idiomas, Agibank, Poty, FoxLux).
Esse movimento de fatiar a camisa
para muitos patrocinadores foi comum no início da década, como consequência a
diminuição de bons patrocinadores no mercado já que a empresa pode comprar uma
ativação no “outdoor eletrônico” como
disse Rosenberg, a qualquer momento dependendo do desempenho do clube.
Curiosamente o banco BMG que
aparecia naquele momento como solução, em 2019, reaparece com o mesmo status.
Vale ainda ressaltar que Ricardo
Guimarães, proprietário do banco BMG, foi condenado em processo da justiça
federal, em 2012, pelo caso do Mensalão, a cumprir 7 anos de prisão.
O gosto particular de Ricardo
pelo futebol fez o BMG estender longos tentáculos no futebol brasileiro
patrocinando diversos clubes, mas ao adiantar receitas, como banco que é,
cobrar juros que, ao final de 2011, somavam mais de R$ 250 milhões.
“O Corinthians pegou R$ 12 milhões de 2019 e adiantou os R$ 12 milhões
de 2020. E temos R$ 6 milhões prevendo um lucro que vai vir da plataforma. No
ano que vem, a gente só recebe o que tiver de lucro na plataforma, essa é a
tendência”.
Com esta frase Andrés Sanches
explicou, na noite deste sábado, a polêmica sobre os valores do patrocínio.
Obscuro e irresponsável na gestão
do clube como é a marca registrada da gestão Andrés.
Na prática, não só o patrocínio
tem um valor muito abaixo do anunciado ou previsto por Luis Paulo Rosenberg,
como também, o clube não tem saldo a receber em 2020 por já ter adiantado a
receita e, se a ativação via plataforma online não der frutos, deverá, pelo
menos, R$ 6 milhões ao banco BMG ao fim de 2020.
O presidente corintiano se apega
na ideia de que o mercado de transmissões dos jogos está em transformação.
Andrés cita o caso da Copa
Sul-Americana que a partir deste ano não será transmitida exclusivamente por TV
aberta.
De acordo com o mandatário
alvinegro “o Corinthians está saindo na
frente neste tipo de parceria, porque tudo está ficando digital”.
De qualquer maneira, digital ou
não, existem apenas duas formas de gerir um clube: da forma certa, com
responsabilidade econômica e protegendo o patrimônio do clube; ou da forma
errada, antecipando receitas como se não houvesse amanhã.
Igualmente, assim é com a
história: verdades ou mentiras.
No caso do Corinthians a história
está se repetindo como farsa nas mentiras ou inverdades de Luis Paulo
Rosenberg, que mente acreditando estar fazendo marketing.
Não está!
domingo, janeiro 27, 2019
O glorioso passado do Alecrim FC...
O glorioso passado do Alecrim
Por André Samora, do Universidade do Esporte
O futebol potiguar conheceu uma
nova força na década de 60, o Alecrim Futebol Clube.
A equipe demorou para brilhar no
estadual, mas a sua fundação ocorreu bem antes.
Em 1915, a principal região de
Natal era o bairro da Ribeira.
O Alecrim era um bairro ainda
desconhecido e ficava na parte rural da cidade.
Por isso, precisava criar um
clube para ajudar as pessoas dessa região que não tinha condições de estudar.
Para isso, fundaram o Alecrim e
uma escola noturna, com a intenção de diminuir o analfabetismo no Brasil.
Para ser mais preciso, a reunião
ocorreu no dia 15 de agosto de 1915.
Na rua Fonseca e Silva, número
1113.
Hoje em dia, o local é usado pelo
Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos, localizado no bairro do Alecrim.
Dos fundadores do clube, o mais
lembrado é Café Filho.
Ele foi goleiro da equipe nos
anos de 1918 e 1919, ingressou na política e em virtude de uma série de
circunstâncias acabou ocupando a vice-presidência, na chapa encabeçada por
Getúlio Vargas.
Com o suicídio de Vargas, em 24
de agosto de 1954, assumiu a presidência, exercendo o cargo até novembro de
1955.
Assim, Café Filho é o único
presidente da república que jogou em um time de futebol.
Mesmo com tudo isso, a equipe
demorou para participar do campeonato potiguar.
A competição iniciou em 1919, mas
o time só jogou em 1924.
O alviverde começou avassalador,
conquistou o bicampeonato em 1924 e 1925, logo nas suas duas primeiras
participações.
Porém, esses títulos são
duvidosos pelo caráter amistoso dos estaduais da década de 20.
Por não ter muitos detalhes dos
jogos, o periquito divide essas vitórias com outros times.
Com o América em 1924 e o ABC em
1925.
Apesar do bom começo, isso não
refletiu na continuação da equipe, foram mais de 30 anos sem alcançar uma final
de estadual.
Com isso, a melhor colocação
desde o seu último título foi um vice em 1960.
Esse é o início da época mais
vitoriosa da história do clube, a década de 60.
Após quase quarenta anos sem
conquistas, a equipe venceu o bicampeonato em 1963 e 1964.
Assim, o periquito se classificou
por dois anos seguidos para a Taça Brasil, o campeonato brasileiro da época.
Porém, foi eliminado nessas duas
edições pelo Campinense, ainda na primeira fase.
O Alecrim continuou mostrando sua
força, tanto que chegou na final de 1965 e 1966, mas perdeu para o ABC.
Em 1966, o América finalmente
voltou a jogar o estadual.
O time ficou ausente desde 1960.
Porque, os seus dirigentes
decidiram tirar o clube do futebol para economizar nas finanças.
Pois, naquele momento, era
necessário juntar dinheiro para construir a sede oficial do alvirrubro.
Para a torcida do alviverde, o
ano de 1968 ficou marcado na história do clube.
Para iniciar bem o ano, a equipe
contou com a participação de Garrincha no amistoso do dia 04 de fevereiro.
O jogo ocorreu no Estádio Juvenal
Lamartine e o Sport venceu por 1 a 0, mas o resultado não era o importante.
Pois, foi a participação de
Garrincha no Alecrim que ficou marcado na história.
O estadual daquele ano tinha um
favorito absoluto, o América.
A equipe conquistou o campeonato
de 1967 e montou um time muito forte para a temporada seguinte.
Porém, o alviverde realizou uma
campanha quase perfeita, venceu sete jogos e empatou três.
Essa é a vitória mais importante
da história do clube, porque o Alecrim foi campeão invicto em 1968.
A equipe ainda teve um bom
momento na década de 80, sendo campeão potiguar em 1985 e 1986.
Após essas sete conquistas, o
time nunca mais levantou um título estadual.
A melhor colocação foi um
terceiro lugar em 1990 e 2014.
Com isso, o último grande momento
do alviverde ocorreu em 2009, quando subiu para a série C do brasileiro.
Mesmo assim, é pouco para uma
equipe que jogou algumas vezes a primeira divisão nacional, a última em 1986.
Dessa forma, toda essa história
mostra a importância do Alecrim e necessidade da volta do clube para a elite do
futebol potiguar.
Tênis... Mark Edmondson, de zebra a campeão.
Imagem: Getty Images
Mark Edmondson, a zebra no Australian Open de 1976
Por Pedro Brandão, do Universidade do Esporte
Um mês antes do Aberto da
Austrália, Mark trabalhava como faxineiro em um hospital de Sydney, mesmo sem
estrutura mostrou seu talento e derrotou grandes nomes do tênis mundial para
conquistar o troféu e se tronar o último australiano a vencer um Grand Slam em
casa.
om apenas 21 anos de idade, Mark
Edmondson era um comum jovem australiano.
Trabalhando como faxineiro em um
hospital de Sydney nem sonhava que em um mês seria uma das maiores zebras de
todos os tempos no tênis mundial ao vencer o Australian Open de 1976.
Vivendo no completo anonimato,
Mark trabalhava nos serviços gerais do hospital onde sua irmã também trabalhava
como enfermeira.
A intenção do jovem era conseguir
dinheiro para viajar até a Inglaterra e disputar o lendário torneio de
Wimbledon.
Por isso, era um caçador de
competições menores, das quais participava em busca das premiações.
Ainda no final de 1975, Edmondson
foi convidado a participar de um torneio na Tasmânia.
Na época o jovem tenista não
figurava sequer entre os 200 primeiros do ranking, mas como alguns
participantes desistiram da competição a organização chamou Mark para completar
o chaveamento.
Se para a organização do torneio
na Tasmânia, Mark era um nome para completar a chave, o tenista não foi ao sul
da Austrália para fazer número.
Jogou sério e foi campeão.
O título lhe rendeu, além da
premiação que era seu objetivo primeiro, um inesperado convite para participar
do tradicional primeiro Aberto do ano de 1976.
O primeiro passo para a zebra
histórica acontecer foi dado ao aceitar participar do Australian Open.
Porém o convite não previa
hospedagem no hotel oficial da competição e nem alimentação.
Mesmo assim, Mark e sua namorada
partiram rumo a Melbourne e hospedaram-se na casa de um amigo, juntos iam todos
os dias de transporte público ao centro de treinamento.
Quando a competição começou, Mark
era sempre o azarão das partidas. Na estreia precisou de cinco sets para vencer
seu adversário e avançar.
Nas fases seguintes a vida do
australiano foi de mal a pior, sempre enfrentando nomes consagrados no tênis
como o finalista de 1974, um campeão júnior do torneio anos antes, um membro da
seleção australiana na Copa Davis e nas semifinais o tetracampeão do Aberto da
Austrália, Ken Rosewall.
A esta altura do campeonato o
reconhecimento chegou e pela primeira vez na carreira, Mark Edmondson ganhou um
patrocínio com direito a roupas e tênis novos cedidos por uma fornecedora de
material esportivo, além de uma proposta de acordo financeiro fixo no futuro.
Mas na seminal a intenção do
jovem atleta frente ao consagrado Ken Rosewall, era não passar vergonha e
perder por pouca diferença. Em uma entrevista anos depois, a recordação de
Mark, ao ver o público presente para a seminal, dá a dimensão da guinada na
carreira:
“Eu estava acostumado a jogar na quadra 27 para um gato ou um cachorro
na torcida e um árbitro. Então aquilo foi impressionante para mim”
Surpreendentemente, Edmondson
precisou de apenas quatro sets para fechar o jogo num tranquilo 3 a 1 e
conquistar sua vaga na finalíssima onde encontraria o atual campeão John
Newcombe.
Sem pressão nenhuma e com o bônus
de ter chegado longe, Mark jogou leve na decisão, forçando o ‘backhand’ que era
a fraqueza Newcombe e venceu o Grand Slam.
Depois do título a carreira
deslanchou e Mark chegou a 10 finais de Grand Slams, até se aposentar em 1987,
foi campeão em 6 finais, vice em outras 4 oportunidades e voltou a ser campeão
no Aberto da Austrália e em Roland Garros, além da semifinal de Wimbledon, em
1982.
Mark Edmondson é o último
australiano a vencer o Australian Open e fazer a festa em casa, desde 1976 um
tabu parece ter se instalado no tradicional primeiro Grand Slam da temporada
anual.
A vida de Mark Edmondson prova
que é possível mudar a própria história mesmo contra adversidades, o rapaz que
limpava o chão e as janelas de um hospital se recusou a aceitar um destino que
não queria para si, em um intervalo de um mês, reescreveu sua história
empunhando raquetes para se tornar um grande campeão.
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