Imagem: Women's Super League
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
segunda-feira, setembro 30, 2019
Alecrim e Parnamirim: o outro lado da segunda divisão...
Imagem: Marcos Arboés
A saga de um
repórter cobrindo a segunda divisão do Estadual
Por Ícaro
Carvalho do Universidade do Esporte
Cobrir
futebol é algo sensacional.
Acho que todo
repórter na vida deve passar por essa experiência ao menos uma vez...
Já cobri as
Séries B, C, D, Campeonato Potiguar, Copa do Brasil, jogo festivo e uma
infinidade de eventos, mas nunca tinha ido a um jogo da segunda divisão do
futebol do RN.
Pois bem.
Imagine o
seguinte cenário: um sábado à tarde, jogo no Frasqueirão entre o tradicional
Alecrim e o desconhecido (pelo menos para este que escreve) Parnamirim, da
Grande Natal, tentando uma graça entre outros times da segunda divisão.
Ao lado de
Luiz Gustavo, Pedro Brandão, Vinícius Kato, Gustavo Sousa e Marcus Arboés,
chegamos ao estádio logo cedo para preparar todo o material da transmissão.
Escalado para
narrar fiquei preocupado: faltando uma hora para início do jogo a escalação do
Parnamirim que recebi, não ajudava em nada...
Do jeito que
estava escrita cheguei a ficar inseguro se era de fato a escalação oficial.
Era...
Respirei
fundo e fui confirmar pessoalmente.
O fato de ir
atrás da escalação era, no mínimo, algo incomum: geralmente elas chegam via
assessoria de imprensa ou por meio de algum colega.
Enfim.
Curiosamente consigo
acesso fácil ao campo.
As exigências
as quais estou acostumado em outros jogos não estão presentes ali.
Sem nenhum impedimento
prossigo na missão de confirmar a escalação do Parnamirim.
No vestiário
sou recebido pelo treinador, que sem camisa me atende sem nenhum problema...
- “O
senhor já tem os titulares e relacionados, professor? Vou transmitir o jogo”.
- “Os
titulares já tenho, mas ainda estamos fechando a lista. “Dois fila da puta” que
disseram que iam vir ainda não chegaram. Pô, falta de comprometimento é foda”,
declarou de forma enfática.
A vontade de
rir foi grande, mas segurei.
Que situação:
o time vai pleitear um acesso à elite do futebol potiguar e sequer tem os
jogadores confirmados para a partida de estreia.
De todo modo,
consegui a relação dos atletas e fui embora.
Me atentei
para outro detalhe: lá nas cabines não tinha copos para imprensa tomar água.
Os que tinham
estavam jogados no lixo.
Avisto
Deusinha, torcedora símbolo do ABC, que foi ao jogo vender seus pastéis e
refrigerantes:
- “Deusinha,
querida, por gentileza, tem como conseguir uns copos pra mim?”
- “Meu
filho, estou sem aqui. Faça o seguinte, pegue a chave do meu bar e vá lá. Tem
uns em cima do fogão”.
Foi uma
gentileza imensa da Deusinha, mas acabei recusando pela pressa e fui embora.
Faltava menos
de meia hora para a bola rolar.
Por sorte
encontrei outro vendedor que gentilmente me cedeu alguns copos...
Subi para as
cabines satisfeito com o resultado de minha aventura na busca dos nomes dos
jogadores do Parnamirim
Lá do alto acompanhei
o aquecimento de um treinador de goleiros que foi algo sensacional: a maior
parte das bolas chutadas por ele ia para fora ao invés ir para as mãos do
arqueiro.
Vida que
segue.
A bola rolou
e a batucada da torcida alecrinense era intensa durante todo o tempo.
E não é que o
franzino Parnamirim abriu o placar?
Num gol
olímpico?
Confesso que
fiquei para lá de incrédulo.
Porém, o
melhor foi a comemoração dos parnamirinenses em campo...
Foi
sensacional.
Como era de
se esperar, a frágil equipe do Parnamirim não resistiu à pressão e ao bom
futebol apresentado pelo Alecrim e acabou permitindo a virada: 3 a 1.
Apesar da
derrota o goleiro Edson, do Parnamirim, foi um dos melhores em campo...
Pegou um
pênalti e se esticando todo para fazer boas defesas, evitou um desastre maior.
É preciso
reconhecer a garra do Parnamirim, que com apenas quatro homens no banco de
reservas e com visível limitação em campo não se entregou e nem apelou.
Agora, feliz
mesmo estavam os alecrinenses...
Depois de um
ano sem ver sua equipe jogar, os esmeraldinos curtiram a vitória, mataram a
saudade e saíram confiantes.
No final,
como diria Fiori Giglioti, apagaram-se as luzes, fecharam-se as cortinas e o
espetáculo foi encerrado.
Voltamos para
casa com a sensação de missão cumprida e uma bolsa cheia de histórias...
domingo, setembro 29, 2019
O Alecrim começa bem a segunda divisão ao vencer o Parnamirim por 3 a 1...
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
O Alecrim começou
bem...
Venceu o Parnamirim
por 3 a 1.
Não fosse a enxurrada
de gols perdidos pelo atacante Anderson, os verdes poderiam ter estreado com um
resultado bem mais elástico...
Não afirmação
ainda, mas apesar da fragilidade do adversário o Alecrim mostrou que é candidato ao título.
Campeonato Carioca de Futebol Feminino: gols aos montes e humilhação a granel...
Imagem: Autor Desconhecido
O Flamengo/Marinha
goleou por 56 a 0 a equipe Greminho pelo campeonato carioca de futebol
feminino...
Parabéns para
o Flamengo/Marinha, provavelmente nunca na história do futebol feminino uma
equipe conseguiu um resultado tão acachapante.
Aliás, os
placares no campeonato carioca têm sido assim...
O próprio Flamengo/Marinha
já havia derrotado o Barramansense por 13 a 0 e depois mandou um 10 a 0 para
cima do Campo Grande.
Só para se
ter uma ideia da dificuldade que é disputar a competição, a equipe do
Flamengo/Marinha em apenas três rodadas já marcou 79 gols, média de 26,3 por
jogo...
Mas não é só a
equipe rubro-negra que se diverte com a fragilidade de suas adversárias, o
Fluminense fez 23 a 0 sobre o Rogi Mirim e o Vasco marcou 19 a 0 no Bela Vista.
Apesar de
Flamengo/Marinha, Vasco da Gama e Fluminense não terem culpa, a pergunta que
fica no ar é: o que um campeonato com amontoado de equipes completamente
desprovidas de estrutura, acrescentam ao futebol feminino?
Humilhar
publicamente essas moças com goleadas gigantescas faz bem a quem?
Não seria
melhor organizar um torneio com equipes mais bem estruturadas?
Provavelmente,
as jogadoras do Greminho, Barramansense e Campo Grande, não terão, nem agora e
nem no futuro, nenhuma boa lembrança dos gramados...
O que vão
guardar é a triste lembrança da humilhação a que foram expostas.
O Mundial de Atletismo de Doha, no Catar, é um teste de sobrevivência...
Imagem: Autor Desconhecido
Quem está
acompanhando o Mundial de Atletismo, em Doha, no Catar, tem feito duas
coisas...
A primeira é torcer
para que nenhum atleta morra durante as competições e segunda, é aumentar seu
nível de preocupação com o que vai acontecer em 2022 no Mundial de Futebol...
A coisa toda
é tão séria que a maratona começou à meia-noite, mesmo assim, com quase 33
graus e 73% de umidade, o que fez várias atletas desmaiarem.
Doha, a
impressionante capital do Catar se transformou na capital mundial do esporte,
por força dos petrodólares...
Inúmeros
eventos esportivos têm acontecido na cidade erguida às portas do deserto.
Cada
competição serve de teste...
Afinal, tudo
tem que estar perfeito para o grande momento que será a Copa do Mundo, em 2022.
Mas voltemos
ao Mundial de Atletismo...
A maratona
que teve seu tiro de partida à meia-noite foi um teste de sobrevivência.
30 das 70 atletas
inscritas, desistiram...
As 40
restantes enfrentaram uma temperatura de 32,7 graus e umidade de 73% - sensação
térmica de 40 graus.
O resultado acabou
sendo comemorado pela Federação Internacional das Associações de Atletismo
(IAAF) como tendo sido um número animador...
Deve ter sido
mesmo - nenhuma morreu e só uma foi hospitalizada.
"A umidade nos-matou. Não havia como respirar. Pensei que não terminaria. Isto é
um desrespeito para com os atletas", reclamou a bielorrussa Volha Mazuronak...
A atleta
tinha todas as razões estar indignada:
"Um
grupo de dirigentes importantes decidiu que estes campeonatos tinham que
acontecer, mas eles estão sentados no ar-condicionado ou, a esta hora, já foram
dormir"...
O relógio já
passava 3h00 da madrugada quando a atleta falou.
A maratona,
ganha pela queniana Ruth Chepngetich em 2h32m43s...
Foi pior
tempo na história dos mundiais.
O público
também decepcionou...
Nada além de
oficiais de polícia, gente da organização, jornalistas e meia-dúzia de
estrangeiros que vivem no Catar e quiseram aplaudir atletas do seu país.
A New Balance vai a justiça para permanecer fornecedora do Liverpool...
87 milhões de
dólares por ano a Nike pagará ao Liverpool, US$ 31 milhões a mais do que paga a
New Balance, que recorrerá à Justiça para seguir no time...
Fonte: Máquina
do Esporte
sábado, setembro 28, 2019
A despedida Bellini, o eterno capitão do Brasil...
Imagem: Athletico Paranaense
A despedida
de Bellini, o eterno capitão
Por Pedro Henrique
Brandão Lopes/Universidade do Esporte
No dia em que
Bellini (na foto com Djalma Santos) se despediu do futebol, na Arena da Baixada, Neil Armstrong entrou para
a história como o primeiro ser humano a pisar o solo lunar.
Hilderaldo
Luís Bellini marcou seu nome na história do futebol como Bellini, um ótimo
zagueiro que foi responsável por levantar a Jules Rimet na primeira vez em que
o Brasil conquistou o mundo.
Apesar da
qualidade com a bola nos pés e o vigor físico para marcar os adversários,
Bellini ficou conhecido por um gesto que fez com as mãos: ao receber a taça da
Copa do Mundo, em tempos que as cerimônias de premiação não eram tão organizadas
e planejadas como atualmente, o zagueiro percebeu que alguns fotógrafos não
conseguiam ver o troféu e o levantou acima da cabeça segurando com as duas
mãos.
Estava
imortalizado o gesto do eterno capitão e criado um protocolo que se tornou
obrigatório para qualquer conquista, depois daquele 29 de junho de 1958, no
Estádio Rasunda.
Uma década
mais tarde, porém, o inevitável final de carreira chegou para Bellini, quando o
zagueiro atuava pelo Atlético Paranaense.
Contratado em
1968, chegou ao Furacão prestes a completar 38 anos e, mesmo veterano, desfilou
sua classe habitual dos tempos de Vasco da Gama e Seleção Brasileira pelos
campos do Paraná.
Junto aos
jogadores consagrados como Zequinha, Sucupira e Djalma Santos, Bellini jogou
por um ano e meio no Atlético, que há 50 anos, sequer sonhava em ter um H na
grafia de seu nome.
Em julho de
1969, aos 39 anos, decidiu encerrar a vitoriosa carreira e usou a Arena da
Baixada como último palco.
Na tarde de
20 de julho de 1969, com a camisa 3 do Furacão, Bellini entrou no gramado do
estádio da Água Verde para fazer sua última partida como profissional.
O jogo era um
Atletiba, válido pela última rodada do Campeonato Paranaense daquele ano em que
o Coritiba já havia conquistado o título três jogos antes.
O jogo
terminou empatado sem gols, mas a festa teve direito a apresentação de Orlando
Silva, a Voz das Multidões e um dos mais famosos cantores da época.
Além dessa
homenagem, Bellini recebeu uma placa das mãos do cantor e, ao final da partida,
outro evento chamaria a atenção e faria daquele dia uma data especial
mundialmente.
Para quem
gosta de datas, o 20 de julho de 1969 soa familiar.
Praticamente
no mesmo horário em que Bellini dava a volta olímpica no gramado da Arena da
Baixada para dizer adeus ao futebol sob aplausos das torcidas de Coxa e
Furacão, Neil Armstrong pisou a Lua com o famoso "pequeno passo para o
homem, mas um grande salto para a humanidade".
Neste sábado,
o Arquibancada Móvel conta essa e muitas outras histórias da Arena da Baixada
que você não pode perder no episódio inédito disponível no Spotify, Deezer e
nos principais agregadores de podcast.
Leonardo Bezerra será aclamado presidente do América...
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
As 17 horas
desta sexta-feira o prazo para o registro de candidaturas à presidência do
América findou...
Portanto, a
chapa encabeçada pelo conselheiro Leonardo Bezerra não terá adversário.
Mais uma vez
o América terá um presidente eleito por aclamação...
Atlético de Madrid espera faturar nesta temporada mais de 500 milhões de euros...
O Atlético de
Madrid espera faturar 515 milhões de euros na temporada 2019/2020...
Em caso de
sucesso, o clube terá um aumento de 27% em relação a 2018/2019.
Fonte: Máquina do Esporte
quinta-feira, setembro 26, 2019
A judoca Rafaela Silva perde a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de 2019...
Imagem: Autor Desconhecido
O programa
antidoping dos Jogos Pan-Americanos de 2019 determinou a perda da medalha de
ouro da judoca Rafaela Silva, nesta quarta-feira...
Após a
análise dos exames de sangue e urina de diversos atletas, dentro e fora da
competição, foram identificados 15 resultados adversos.
Sete casos
resultaram na desclassificação de atletas dos Jogos.
No Brasil,
além de Rafaela, o ciclista Kacio Fonseca da Silva perdeu sua medalha, pego com a substância
LGD-4033...
Com essa
decisão, o Brasil fica com 53 medalhas no Pan, permanecendo na segunda
colocação geral.
Quando foi
divulgado o resultado do exame, Rafaela afirmou ser inocente e disse suspeitar
que a contaminação com a substância tenha acontecido em contato com a boca de
uma criança que faz uso da substância, filha de uma companheira de treinos do
Instituto Reação...
Segundo
Rafaela, é costume que ela deixe bebês chuparem seu nariz, em gesto de carinho.
Uma das
principais esportistas da modalidade do país, Rafaela, que luta pela categoria
peso leve (menos de 57 quilos), é medalhista de ouro em Olimpíadas (2016),
Mundiais (2013) e Jogos Pan-Americanos (2019)...
No último
Mundial de Judô, ficou com os bronzes individual e por equipes – a atleta
estava em busca de vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Fonte: O Globo
Falência do operador turístico Thomas Cook deve atingir o Wolverhampton Wanderers...
Imagem: Folha/UOL
A falência do
operador turístico britânico Thomas Cook pode afetar o Wolverhampton Wanderers
FC...
Segundo o
jornal 'Daily Mail', a holding chinesa Fosun International, proprietária do
clube inglês, é a maior acionista individual da empresa e enfrenta perdas que
podem chegar a um bilhão de libras.
Entretanto, a
direção do Wolverhampton divulgou nota afirmando que as perdas da holding vão
afetar o clube...
Mas o ‘Daily
Mail’ insiste que os chineses diante da crise podem vender até 20% das ações do
clube para reduzir as perdas.
Desde que a
Fosun International adquiriu o Wolverhampton, em 2016, o clube chegou à Premier
League e conquistou vaga na Liga Europa...
Barcelona vai gastar 3 bilhões de reais na reforma do Camp Nou...
Imagem: Autor Desconhecido
O Barcelona vai
reformar o Estádio Camp Nou...
O valor da
obra, na última cotação, estava em quase R$2,8 bilhões, porém, o valor foi
corrigido para R$3,137 bilhões.
O projeto,
intitulado “Espaço Barça”, inclui reformas de modernização no ginásio
poliesportivo Palau Blaugrana, local onde as equipes de basquete, handebol e de
outras modalidades do Barcelona atuam...
A previsão para
o término da obra é 2024.
quarta-feira, setembro 25, 2019
Com atraso, as imagens da inauguração da Arena América...
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Vem aí mais uma competição continental na Europa... A Europa Conference League terá início na temporada 2021/2022...
Imagem: Autor Desconhecido
Nesta terça-feira
o Comitê Executivo do organismo, reunido em Ljubljana, na Eslovênia, confirmou que
a criação da Europa Conference League, conforme o previsto em dezembro de
2018...
O novo torneio,
que se junta à Liga dos Campeões a à Liga da Europa, será disputada por 32
países de menor representatividade no futebol europeu.
A competição
começa na temporada 2021/2022 e vai, à semelhança da Liga Europa, ter 141
jogos, distribuídos em 15 rodadas, que serão jogadas às quintas-feiras...
O vencedor garante
presença na Liga Europa do ano seguinte.
A UEFA
informou ainda, que será jogada uma fase preliminar, disputada antes das oitavas
de final, entre equipes segundo colocadas de cada grupo e os terceiros
colocados dos grupos da Liga da Europa...
Na verdade, a
UEFA está voltando ao passado.
A Liga dos
Campeões é a sucessora da Copa dos Campeões da Europa, competição idealizada
pelos jornalistas do L’Equipe, Jacques Ferran e Gabriel Hanot...
Segundo Jacques
Ferrand, o Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948 foi a inspiração para a
Copa dos Campeões da Europa.
A competição
teve início na temporada 1955/1956 e foi substituída pela Liga dos Campeões em
1992...
Já a Liga da
Europa, sucedeu a Copas dos Campeões Vencedores de Copas ou Copas das Copas, no
Brasil conhecida como Recopa Europeia.
A primeira
competição aconteceu na temporada 1960/1961 e durou até a temporada 1998/1999,
quando foi absorvida pela Taça da UEFA...
A Taça da
UEFA substituiu a Copa das Cidades com Feiras, criada em 1955.
Em 1971 a
UEFA assumiu a organização, mudou o formato e o nome da competição para Taça
UEFA...
Hoje, Liga da
Europa.
Dois gols em 30 segundos...
A partida
entre o King's Lynn Elite e Cogenhoe United começou frenética...
Em apenas 30
segundos dois gols foram marcados.
em um estilo
altamente divertido quando dois gols foram marcados em 30 segundos.
O Cogenhoe
United saiu na frente logo após o início da partida válida pela Premier League
Sub-16...
Na saída o
King’s Lynn empatou o jogo.
A equipe de
Lynn venceu por 3 a 1.
A UEFA anunciou os locais das finais da Champions League de 2021,2022 e 2023...
Imagem: UEFA
A UEFA
anunciou esta terça-feira os locais onde serão jogadas as finais da Liga dos
Campeões de 2021, 2022 e 2023...
São
Petersburgo, na Rússia, receberá a final de 2021 no estádio do Zenit.
No ano
seguinte, a decisão será em Munique, no palco do Bayern...
Em 2023, a
prova acabará em Inglaterra, no Estádio de Wembley.
A próxima
final da Champions, em 2020, acontecerá em Istambul, Turquia...
Já a final da
Liga Europa vai ocorrer no Sánchez-Pizjuán, em Sevilha, em 26 de maio de 2021.
A bola vai
rolar na Supercopa Europeia de 2021 em Belfast, Irlanda do Norte...
O palco será o
Estádio Windsor Park, casa do Linfield FC.
segunda-feira, setembro 23, 2019
A final da Série C é nordestina... Sampaio Correa e Náutico brigam pela taça.
Imagem: Autor Desconhecido
A final da
Série C é nordestina...
Sampaio Correa
e Náutico decidirão o título.
No sábado o
Sampaio, que havia derrotado os sergipanos no jogo de ida por 2 a 0, confirmou sua
presença na final vencendo o Confiança por 1 a 0, no Estádio Castelão em São
Luiz...
Ontem,
domingo (22), o Náutico derrotou o Juventude por 2 a 1, mas como havia sido
derrotado, em Caxias, pelo mesmo placar, precisou confirmar seu lugar na
decisão derrotando os gaúchos por 4 a 3, na disputa de pênaltis.
As datas
ainda não foram definidas pela CBF, mas o Sampaio por ter melhor campanha
decide em casa...
Os maranhenses
somaram 41 pontos contra 38 dos pernambucanos.
O Náutico nunca
ganhou um título nacional...
Já o Sampaio
Correa foi campeão da Série B de 1972, da Série C de 1997, e venceu a Série D
de 2012.
“O meu, o seu, o nosso Pacaembu!”... Tema do Podcast, "Arquibancada Móvel", do Universidade do Esporte.
Imagem: Divulgação
“O meu, o
seu, o nosso Pacaembu!”
Se o Pateo do
Collegio é o berço da cidade de São Paulo, o Pacaembu é o berço do futebol
paulista.
A metrópole
cresceu em torno da capela erguida pelos Jesuítas e o estádio viu florescer
grandes craques e camisas.
Um vale que
convidava para uma pelada desde quando os habitantes eram os índios, hoje, tem
um gigante de concreto que é patrimônio cultural e histórico, uma praça chamada
Charles Miller e é o museu de todas as lembranças de quem já gritou por seu
time do coração nas arquibancadas do Paulo Machado de Carvalho.
Pedro
Henrique Brandão Lopes
O ano era
1940, o dia, 27 de abril, foi quando a cidade de São Paulo recebeu como
presente o que seria, naquela época, a mais moderna praça esportiva da América
Latina: o Estádio Municipal do Pacaembu.
Situado numa
baixada que parece ter sido projetada pela natureza para abrigar um estádio,
pois tem um vale cercado por morrotes que lembram um campo cercado por
arquibancadas, a estrutura surgiu de um ambicioso projeto do então interventor
federal do estado de São Paulo, Ademar de Barros, em seu segundo ano de
mandato.
Além de
abrigar jogos de futebol, a prática esportiva crescente no gosto popular do
paulista e do brasileiro, a ideia era também proporcionar um local para receber
apresentações musicais como as de sinfonias.
Por isso, o
projeto original contava com a famosa Concha Acústica, que reverberava o som e
fazia das arquibancadas uma grande plateia.
Desde a
inauguração, o Pacaembu se tornou um importante espaço de discussão e manifestação
política de São Paulo, já na cerimônia que inaugurou o estádio, Getúlio Vargas,
foi fortemente vaiado pelos paulistas que eram contra o Estado Novo, regime
recém instaurado pelo ditador que chegou ao poder depois de um golpe.
Contra o
ditador gaúcho, pesava a mágoa do povo paulista pela derrota do movimento
revolucionário de 1932, que foi reprimido pelas forças federais.
Por conta
disso, as bandeiras paulistas eram proibidas pela ditadura, mas na entrada da
delegação do São Paulo, lá estava a bandeira paulista no gramado do Pacaembu,
exposta na cara de Getúlio Vargas, que acompanhava a cerimônia das tribunas.
No dia
seguinte à inauguração, o estádio sediou sua primeira competição, a Taça Cidade
de São Paulo, um campeonato amistoso que reuniu quatro clubes: Palestra Itália
(atual Palmeiras), Corinthians, Coritiba e Atlético Mineiro.
Palestra
Itália e Coritiba fizeram o jogo inaugural e o Alviverde paulista goleou o
paranaense por 6 a 2 e se classificou para a decisão na semana seguinte, contra
o arquirrival Corinthians, e marcou o nome do Palmeiras na história como o
primeiro campeão do Pacaembu.
Quando o
Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo de 1950, São Paulo pulou na
frente por ter um dos melhores estádios do mundo na época.
Mesmo depois
de 10 anos da inauguração, o Pacaembu continuava sendo referência de
modernidade e conforto.
Mesmo com a
construção do Maracanã, no Rio de Janeiro, foram disputados seis jogos do
Mundial no Pacaembu.
Três da fase
de grupos e três da fase final.
A Seleção
Brasileira fez um jogo no estádio durante aquela Copa e empatou em 2 a 2 com a
Suíça.
Em 1961, o
estádio, que até então se chamava Estádio Municipal, recebeu a adição do nome
Paulo Machado de Carvalho, que ostenta até hoje em sua clássica faixada.
Isso se deu
por uma homenagem ao chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1958.
Paulo Machado
de Carvalho foi o homem que liderou o projeto brasileiro do Mundial de 1958,
quando, pela primeira vez na história, a Seleção foi preparada para a disputa
do título inédito.
Carvalho foi
o responsável pela escolha do azul como segundo uniforme brasileiro para a
final da Copa, já que a Suécia usava amarelo como o Brasil.
Temendo pela
superstição dos jogadores, doutor Paulo, como era conhecido pelos atletas,
disse que havia sonhado com Nossa Senhora Aparecida e que a santa lhe pediu
para que os jogadores usassem azul, a cor do manto da padroeira do Brasil.
Chefiando também
a delegação de 1962, no bicampeonato mundial, ele ganhou o apelido de Marechal
da Vitória.
No final da
década de 1960, a Concha Acústica passou a ser considerada um problema para o
estádio, que já não comportava o público que queria assistir aos jogos no
tradicional gramado.
Com a
justificativa de aumentar a capacidade do local, a Concha foi demolida e no
lugar foi erguido o Tobogã, o que rendeu cerca de mais 10 mil lugares, assim, a
capacidade total subiu para 37.952 lugares.
A obra
aconteceu durante a gestão de Paulo Maluf à frente da prefeitura de São Paulo e
é contestada até hoje por ter descaracterizado um patrimônio arquitetônico da
cidade.
Para evitar
novas intervenções danosas à arquitetura do Pacaembu, em 1994, o estádio foi
tombado como patrimônio histórico da cidade e do Estado.
Também foi
tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico
(Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico (Condephaat).
Assim, ficou
proibida qualquer intervenção na estrutura do estádio sem a aprovação dos
órgãos competentes.
Por esse
motivo, a privatização do Pacaembu foi atrasada por algumas décadas, o que
permitiu que o velho estádio revivesse tempos de glórias, recebendo os times da
capital que ficaram sem casa, enquanto construíam seus novos estádios.
Se em outros
tempos o Pacaembu foi a casa dos Jogos Pan-americanos de 1963 e até de Copa do
Mundo, em 1950, os anos 2000 levaram ao Paulo Machado de Carvalho o glamour das
grandes decisões e o cotidiano do futebol.
Com os
aluguéis cada vez mais caros cobrados pelo São Paulo, para que Palmeiras e
Corinthians jogassem no Morumbi, os dois times decidiram encontrar outra opção
para mandar seus jogos.
O Palmeiras
voltou a jogar no Palestra Itália, 1840, na rua Turiassú, enquanto o
Corinthians, que não comportava sua torcida no Parque São Jorge, optou pelo
Pacaembu.
A
identificação da torcida alvinegra com o estádio foi imediata, como um amor
adormecido há anos, de outras vidas.
Em pouco
tempo, a Fiel chamava o Pacaembu de Saudosa Maloca, e foi na Maloca abarrotada
com um bando de loucos que a Libertadores, enfim, foi conquistada pelo Time do
Povo e o Corinthians, enfim, foi libertado de suas dores.
Quando o
Palmeiras fechou o Parque Antártica para reformá-lo e fazer nascer o
moderníssimo Allianz Parque, foi a vez do povo alviverde lotar as arquibancadas
do velho Paulo Machado de Carvalho, para passar pelo calvário da década perdida
e da Série B de 2013.
Quantas
noites frias e de chuva, quantas tardes ensolaradas, e com jogos duros contra
adversários que desconsideravam a grandeza da instituição Palmeiras pelo time
que encontravam vestindo verde, cada palmeirense passou naquele período em que
a torcida foi o último pilar do Verdão.
Com muito
carinho, mesmo numa das piores fases do time, a torcida palmeirense apelidou o
estádio de Porcoembu.
Comer um
dogão prensado na Praça Charles Miller, beber as mais saborosas cervejas depois
de atravessar os arcos dos portões principais, levando para casa uma vitória
revigorante no bolso, ir para o jogo de metrô pela estação Clínicas, caminhar
margeando o muro branco e silencioso do cemitério do Araçá, subir a longa
ladeira de volta à estação carregando nos ombros mais uma derrota amarga, não
assistir um gol por ficar em baixo do bandeirão ou correr 10 lances de
arquibancadas do Tobogã, por completo desespero, por mais um gol perdido pelo
atacante que ninguém explica como é profissional...
Tudo isso tem
cheiro, gosto, textura, som e cor de Pacaembu.
Isso tudo e
muito mais com experiências particulares de cada pessoa que já frequentou o
Estádio Municipal é Pacaembu.
Todas essas
experiências só são acessíveis para quem, um dia, viu seu time jogar no velho
Pacaembu, que já recebeu até FlaFlu, que já foi casa de São Paulo e Santos,
quando o Morumbi e a Vila Belmiro não estavam disponíveis.
Depois das
inaugurações da Arena Itaquera e do Allianz Parque, mesmo abrigando o Museu do
Futebol desde 2008, e, de vez em quando, jogos do Santos, a privatização voltou
a ser pauta do governo que alega altos gastos para manutenção do estádio.
Claro que é
preciso sopesar os gastos públicos com equipamentos que não são de primeira
necessidade, como um estádio num país onde faltam hospitais e escolas, mas a concessão
à iniciativa privada de um patrimônio que hoje atende todas as faixas da
sociedade, já que é o único estádio paulistano que respeita a lei da gratuidade
para menores de 12 anos, é um erro se não forem observadas regras para a
continuidade do acesso às classes populares.
São 79 anos
de histórias que não cabem num texto, ou até num livro, por isso, se faz
necessário discutir, mais do que nunca, o futuro do Estádio Municipal Paulo
Machado de Carvalho, para que mais 80 anos sejam escritos de experiências e
lembranças, como as minhas doces lembranças particulares que, entre tantas,
guardo com muito carinho a única vez que fui com minha mãe ao estádio e
sentamos na arquibancada verde do "meu, do seu, do nosso
Paaacaaaembuuuu".
Sete meses
depois daquele domingo de setembro em que o Palmeiras perdeu o Derby que
assistimos juntos pela primeira vez no estádio, Judy partiu para conhecer o
segredo da luz.
A casa do
futebol paulista, palco tradicional do futebol brasileiro, lar do divertimento
paulistano, apelidado por corintianos e palmeirenses carinhosamente de Saudosa
Maloca e Porcoembu.
Em quase 80
anos de história, o estádio foi de praça esportiva mais moderna da América
Latina a obsoleto, e hoje vive o drama da concessão à iniciativa privada.
Imagem: Autor Desconhecido
Arte: Marcos Arboés
Neste episódio,
o Arquibancada Móvel vai contar a história do Estádio Municipal Paulo Machado
de Carvalho, o Pacaembu, de todos os paulistas, do Edson Sorriso e de todos que
amam o futebol.
Você já pode conferir o episódio nos principais agregadores de podcast:
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