O respeito não voltou, ele nunca nos deixou.
Gabriel Leme Penteado
Lendo uma
matéria de Fernando Kallás, do jornal AS, vi a oportunidade perfeita para
escrever sobre a nossa seleção.
A matéria
do dia 27 de março, permite que se faça uma relação do futebol europeu e o
futebol sul-americano e cheguei a conclusão que nossa seleção contém elementos
de grandes seleções do Velho Continente.
Antes de
assumir o compromisso com a camisa mais vitoriosa da história, Tite teve alguns
meses de aprimoramento tático com importantes nomes do cenário europeu.
4 deles
são fundamentais para a atual seleção: Kloop, Guardiola, Ancelloti e Simeone. Kloop
e Guardiola trabalham no futebol inglês, em Liverpool e Manchester City, respectivamente.
Ancelloti,
que já treinou o Real Madrid, inclusive sendo campeão da Champions League, em 2014
e atualmente é treinador do Bayern de Munique.
Simeone é
o comandante do Atlético de Madrid.
Na seleção
brasileira, é notável a presença da escola desses 4 técnicos.
A posse de
bola implantada por Guardiola, o jogo ofensivo de Kloop e a defesa compactada
de Simeone, uma combinação poderosa, que tornou a seleção canarinho a número 1
do mundo novamente.
Para
entender como funciona a seleção de Tite, é essencial saber que o treinador
utiliza seus jogadores nas posições em que os mesmos jogam em seus clubes.
Isso rende
um melhor aproveitamento de atletas por posição e entrosamento rápido.
Com a
bola, a seleção busca sempre se compactar, para tocar melhor a bola e ainda
usar muitas triangulações, tática usada por Kloop no Liverpool.
O alemão ainda
elogiou o técnico brasileiro e Coutinho, jogador que é o camisa do 10 de seu
clube.
A posse de
bola e o esquema tático contém traços do futebol usado por Guardiola.
No Manchester
City, o catalão utiliza o 4-1-4-1, com Gabriel Jesus como centro-avante (antes
da lesão do camisa 9 da seleção) e a rotatividade da bola pelos flancos, para
quebrar a marcação adversária.
Tite usa a
mesma tática, mas conta com jogadores de confiança para jogar sem a bola
também.
A forma de
contra-ataque é usada pelo italiano Ancelloti.
Simeone
compactação defensiva para diminuir o espaço dos adversários com o Atlético de
Madrid e Tite busca usar muito esse esquema na seleção, prezando ao máximo o
trabalho coletivo.
Marquinhos
e Miranda são os zagueiros, Daniel Alves e Marcelo como laterais, formam a
defesa brasileira.
Não à toa,
os laterais sobem diversas vezes para apoiar o ataque.
Ambos são
considerados os melhores laterais ofensivos do mundo.
Paulinho e
Renato Augusto, que trabalharam com Tite no Corinthians, são os homens de
confiança do treinador no meio-campo.
O talento
de Neymar e Coutinho precisam ser ressaltados.
Neymar vêm
tendo atuações espetaculares com a camisa canarinho e Coutinho ainda busca se
consolidar, mas vêm jogando muito bem, quebrando a marcação adversária com
dribles desconcertantes e gols com a característica do camisa 10 do Liverpool:
o corte para perna direita e a finalização fatal.
Com Tite,
o Brasil seria líder das eliminatórias mesmo sem os jogos de Dunga (quando o ex
técnico do Internacional ainda comandava a seleção).
Um
aproveitamento de 100%, algo que deixa o brasileiro esperançoso com a Copa de
2018.
São oito
vitórias consecutivas contra 1 vitória, 3 empates e uma derrota com Dunga.
Líder com
folga das eliminatórias (9 pontos de vantagem para a Colômbia) e já
classificado para a Copa da Rússia 2018, a seleção volta a jogar apenas em
agosto, contra o Equador.
Tite acendeu
aquilo que nós pensávamos ter acabado – a chama do futebol brasileiro, o
espanto ao ver nossa seleção ganhando com propriedade de adversários que até
2016, nos davam o sentimento da dúvida sobre uma vitória.
Tite
colocou nossa seleção no topo novamente, lugar de onde jamais deveria ter
saído.
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