Imagem: Ponto Marketing Esportivo
Doping é Questão de Estado
Por Alberto Murray Neto
Matérias publicadas esta semana
sobre doping agitaram os meios esportivos.
Essas mesmas denúncias
gravíssimas veiculadas já haviam sido objeto de uma excelente reportagem de
Roberto Salim, há 18 anos, envolvendo os mesmos personagens.
De lá para cá, o avanço no
combate ao doping no Brasil pouco avançou.
A indústria do doping movimenta muito
dinheiro. Doping tem traficante, agente, dono de ponto e consumidor.
O combate ao doping é questão de
Estado.
Deve ser tratado como o tráfico
de drogas, de armas.
As questões de enfrentamento ao
doping não devem cingir-se aos Tribunais esportivos.
O combate ao doping é caso de
polícia.
Percebam que quando se flagra um
atleta dopado é apenas ele que, normalmente, recebe a punição.
Deixa-se impune toda a cadeia que
existe até que o doping chegue ao consumidor final.
Esses traficantes de doping
continuam cometendo seus crimes.
Sou a favor da tipificação penal
do tráfico de substâncias dopantes.
O combate ao doping deve ter a
ação preventiva do competente trabalho da Polícia Federal.
As substâncias dopantes cruzam as
fronteiras do Brasil, entram no País e são entregues aos agentes que fazem o
tráfico em território nacional.
Não adianta, apenas, termos uma
agência de controle de dopagem, não adianta termos pessoas competentes
trabalhando na agência, se não for prioridade do Estado combater o doping
efetivamente na origem, investigar a fundo, de verdade e não deixar que a
punição esgote-se no atleta, como se nada mais houvesse a ser apurado.
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