Surpresas e decepções das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018
Por Dyego Lima
Com o fim das
eliminatórias/repescagens, a Copa do Mundo de 2018, sediada na Rússia, já
conhece seus 32 participantes.
Aos classificados, restam apenas
realizar os últimos ajustes e testes em amistosos e definir a lista de 23
jogadores convocados para a disputa do Mundial.
No entanto, o sistema de disputa
por vagas proporcionou grandes histórias.
Países com menos tradição
carimbaram suas vagas e potências acabaram sucumbindo.
Assim, listaremos aqui cinco
grandes surpresas e decepções que acabaram ocorrendo na disputa por uma vaga no
Mundial da Rússia.
Decepções
Holanda
Apesar de nunca ter sido campeã,
a Holanda é um país de muita tradição, sendo finalista nos Mundiais de 1974,
1978 e 2010, além do 3° lugar na Copa de 2014 no Brasil.
A seleção holandesa acabou
eliminada ainda na primeira fase das eliminatórias europeias.
Passando por um processo de
reconstrução, os holandeses ficaram em terceiro no grupo A, atrás de França e
Suécia.
E, chegaram à última rodada precisando
de um 7x0 contra os suecos para garantir vaga na repescagem, mas, como era de
se esperar, não conseguiram (ficaram 2x0).
É a primeira vez desde 2002 que
os holandeses não irão disputar o Mundial.
Itália
Outra grande potência, a seleção italiana
possuiu quatro títulos de Copa do Mundo: 1934, 1938, 1982 e 2006.
Além disso, dois
vice-campeonatos, em 1970 e 1994.
Também passando por um processo
de reformulação, a equipe então comandada por Gian Piero Ventura acabou em
segundo lugar no grupo G das eliminatórias europeias, atrás apenas da Espanha.
Com a vaga na repescagem, o
sorteio indicou o embate ante a Suécia por uma vaga no Mundial da Rússia.
Com a derrota por 1x0 em solo
sueco e um 0x0 em casa, os italianos acabaram eliminados.
Estarão fora do Mundial pela
primeira vez desde 1958.
Chile
O sucesso da seleção chilena é
mais recente.
Campeã da Copa América em 2015 e
da Copa América Centenário em 2016, possuiu também o vice-campeonato da Copa
das Confederações de 2017.
Com a saída do técnico Jorge
Sampaoli e uma grande geração (Aléxis Sanchez, Arturo Vidal, Eduardo Vargas,
Valdívia, entre outros) já em idade avançada, os chilenos não conseguiram
engrenar nas eliminatórias sul-americanas.
Acabaram em sexto lugar, não
conseguindo sequer a vaga na repescagem.
Iriam para seu terceiro Mundial
consecutivo, algo inédito na história do país.
Estados Unidos
O futebol como nós entendemos é
algo relativamente novo no país, e a MLS, liga de futebol local, surge como uma
maneira de alavancar o esporte nos Estados Unidos.
Apesar disso, a Seleção Americana
já colhe bons frutos, alcançando as quartas-de-final em 2002 e as oitavas em
2014, e sendo a principal seleção da América do Norte ao lado do México.
Nas eliminatórias da CONCACAF
(que além da América do Norte, abrange também a América Central e Caribe),
chegou à última rodada dependendo apenas de si contra a já eliminada e último
colocado Trinidad & Tobago para garantir a classificação.
Acabou derrotada por 2x1, e com
as vitórias de Panamá e Honduras, não foi sequer à repescagem.
Fica de fora do Mundial pela
primeira vez desde 1986.
Costa do Marfim
Apesar de não contar mais com
Didier Drogba e Yaya Touré, suas duas grandes estrelas, a seleção marfinense
tinha tudo para vencer a disputa contra Marrocos, Mali e Gabão no grupo C das
eliminatórias africanas e garantir a vaga na Copa.
Na última rodada, jogava em casa
e precisando da vitória contra Marrocos para carimbar o passaporte.
Foi derrotada e viu os
marroquinos conquistarem o lugar na Rússia.
Volta a ficar fora do Mundial
após participar das últimas três edições.
Surpresas
Islândia
Grande sensação da Eurocopa de
2016, não só por ter chegado às quartas-de-final, mas também pelo haka, seu
famoso grito viking junto à torcida, a Islândia tornou-se o menor país a
conseguir classificação para uma Copa do Mundo.
Possui cerca de 320 mil
habitantes, além de ter apenas 100 atletas registrados profissionalmente.
Garantiu a liderança do grupo I
das eliminatórias europeias ao bater Kosovo na última rodada, deixando para
trás Croácia e Ucrânia e garantindo classificação direta para a Rússia.
Cabe a Gunnarsson liderar a
equipe em sua primeira participação em Copas do Mundo.
Suécia
Já sem a grande estrela Zlatan
Ibrahimovic (que já cogita o retorno à seleção após a classificação sueca ao
mundial), a Suécia apresentou um bom futebol em termos coletivos, eliminou duas
potências e por isso figura aqui.
Terminou na segunda colocação do
grupo A das eliminatórias europeias, eliminando a Holanda e garantindo vaga na
repescagem para enfrentar a Itália.
Após uma vitória em casa e um
empate fora, deixou a Azzurra pelo caminho e carimbou o passaporte rumo à
Rússia, retornando ao Mundial após 12 anos.
Panamá
Mais uma estreante em Copas do
Mundo, a seleção panamenha garantiu a vaga na Rússia de maneira heroica e
emocionante.
Chegou à última rodada das
eliminatórias da CONCACAF na zona de repescagem, e poderia classificar-se de
forma direta em caso de vitória contra a já classificada Costa Rica, combinado
à um tropeço dos Estados Unidos contra Trinidad & Tobago.
O gol de Román Torres aos 42 do
segundo tempo garantiu a vitória por 2x1, e com a derrota americana pelo mesmo
placar, deu ao Panamá a vaga direta ao Mundial de 2018.
Egito
Apesar de ser a maior campeã da
Copa Africana de Nações, a seleção egípcia participou apenas de dois Mundiais:
1934 e 1990.
Com um gol de pênalti de Mohamed
Salah aos 50 do segundo tempo, o Egito bateu o Congo por 2x1 e garantiu a
liderança do grupo E das eliminatórias africanas com uma rodada de
antecedência, eliminando a então favorita Gana e retornando à Copa do Mundo
após 28 anos.
Marrocos
A seleção marroquina retorna ao
Mundial após 20 anos e vai para a sua quinta participação, tendo como melhor
resultado as oitavas-de-final em 1986.
Na última rodada das
eliminatórias africanas, venceu fora de casa a favorita Costa do Marfim por 2x0
e garantiu a vaga no grupo C.
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