Em acordo por Liga, clubes definiram divisão de dinheiro de TV e direitos
Por Rodrigo Mattos/UOL
Os clubes deram um passo para avançar na possível venda de uma parte da
Liga do Brasileiro em um acordo feito com a empresa Kodajas.
Esse acordo inicial já prevê um modelo de distribuição de dinheiro entre
os times da liga.
A fórmula é inspirada na Premier League.
O acordo foi assinado há um mês pelos seguintes clubes: Corinthians,
Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Flamengo, Vasco, Botafogo,
Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, Ceará, Fortaleza, Cuiabá,
Atlético-GO e Chapecoense.
São portanto 15 times da Série A, e três equipes da Série B.
O documento é uma carta de intenções para receber uma oferta da empresa Kodajas
para compra de percentual de parte da Liga.
A ideia é que a empresa ofereça um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,4
bilhões).
Em troca, ficaria um percentual de até 25% da liga, isto é, de todos os
seus rendimentos.
Ainda não há uma obrigação de venda.
Se esse acordo for adiante, já estão firmados os termos de como seria a
distribuição do dinheiro entre os clubes.
O modelo é inspirado na Premier League.
A fórmula do campeonato inglês é de 50% da receita dívida de forma
igualitária, 25% por exibição de partidas e 25% por posição na tabela. Não foi
possível obter os exatos termos, mas a distribuição se daria em formato similar
a este.
Trata-se de um avanço para a Liga dos clubes porque havia temor de
discordância na hora da divisão de receitas.
Atualmente, clubes como Flamengo e Corinthians têm garantias de pagamentos
superiores dentro do pay-per-view.
Os contratos de TV Aberta e Fechada com a Globo, no entanto, já preveem
distribuição do dinheiro com regras por igualdade, exibição e posição.
Caso o acordo com a Kodajas não avance, os clubes ainda podem usar o seu
sistema de divisão para a Liga independente de quem seja o comprador.
O investimento inicial de R$ 5,4 bilhões seria destinado aos clubes para
melhorarem sua estrutura inicial.
O dinheiro foi captado juntamente ao fundo Advent.
Esse é um grande atrativo para a adesão à Liga.
Mas, internamente, houve discussões se não seria melhor desenvolver a
liga antes de vender uma parte dela.
Certo é que a carta de intenções assinada com a Kodajas é um primeiro
passo.
Ainda haverá uma negociação por valores, percentuais e prazos.
Além disso, se tudo der certo, os clubes teriam de decidir se assumem de
fato a organização do campeonato, ou se a liga apenas fará a venda comercial.
A preferência é pela primeira opção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário