O diretor executivo da WTA, que rege o circuito mundial feminino, disse neste
sábado que os vídeos publicados por um jornal ligado ao governo chinês da
tenista Peng Shuai em um jantar são "insuficientes".
"Estou feliz por ver os vídeos lançados pela imprensa associada ao
governo chinês, que parecem mostrar Peng Shuai num restaurante em Pequim.
Embora seja positivo vê-la, não é claro se está livre e com capacidade de tomar
decisões, ações, por si mesma, sem ser coagida", declarou Steve Simon, num comunicado divulgado pela
WTA.
Segundo o diretor, "ver vídeos é insuficiente", e por
isso aquele órgão mantém-se "preocupado com a saúde e segurança de Peng
Shuai", bem como com a "censura e encobrimento" do
caso que a tenista denunciou.
O comunicado surge horas depois de o Reino Unido ter pedido "provas
verificáveis" do paradeiro e estado da tenista, que não aparece em
público desde que acusou um ex- dirigente do partido comunista da China de
violação sexual.
Hoje, o diretor do jornal oficial Global Times tinha escrito que Peng
iria aparecer em público "brevemente", partilhando os vídeos
na rede social Twitter.
A WTA já tinha "ameaçado" deixar de organizar eventos
naquele país, com a Associação de Tênis Profissional (ATP), bem como
organizações como a ONU ou a Anistia Internacional, que precionam para que
a tenista seja encontrada.
O mundo do tênis, e do esporte em geral, tem pedido informações sobre o
seu estado, enquanto na China o silêncio e a repressão de opiniões, e notícias,
continua.
No início deste mês, Peng, de 35 anos e a atual número 189 do mundo,
alegou, numa publicação no seu perfil na rede social Weibo, que Zhang Gaoli,
ex-vice-primeiro-ministro de 75 anos, havia abusado sexualmente dela, numa
mensagem que desapareceu da internet 20 minutos depois.
Peng liderou o "ranking" mundial de duplas em 2012 e venceu em
Wimbledon e Roland Garros, levando-a ao auge do tênis no seu país.
Fonte: O Jogo
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