segunda-feira, maio 23, 2022

A FIFA de forma discreta impõe uma derrota aos costumes do Catar

Imagem: Autor Desconhecido

Que a Copa do Mundo do Catar é e será controversa em muitas questões, não se discute, mas imaginem o rebuliço que a FIFA causou entre as autoridades religiosas e governamentais catarianas ao nomear seis árbitras para as partidas pela primeira vez na história de uma Copa do Mundo...

Foram escolhidas a francesa Stephanie Frappart, a ruandesa Salima Mukasanga e a japonesa Yoshimi Yamashita, juntamente com as assistentes brasileiras Neuza Back, a mexicana Karen Díaz Medina e a americana Kathryn Nesbitt.

Frappart, 38 anos e do quadro da FIFA desde 2011, é a árbitra mais conceituada e reconhecida...

Depois de dirigir os maiores torneios femininos, incluindo finais da Copa do Mundo, em 2019 ela se tornou a primeira mulher a apitar a final da Supercopa masculina (Liverpool e Chelsea) e em 2020 foi a primeira a dirigir uma partida da Liga dos Campeões (Juventus e Dinamo Kyiv).

Mukasanga foi a primeira mulher a apitar um jogo da Taça das Nações Africanas este ano (Zimbabwe e Guiné) depois de ter sido a quarta árbitra do jogo Guiné e Malawi...

Já Yamashita apitou este mês de abril o jogo Melbourne City e Jeonnam Dragons pela Copa dos Campeões Asiáticos.

“Estamos satisfeitos em poder contar pela primeira vez na história da Copa do Mundo com as árbitras Stéphanie Frappart (França), Salima Mukansanga (Ruanda) e Yoshimi Yamashita (Japão), além das assistentes Neuza Back (Brasil), Karen Díaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (Estados Unidos). Essas indicações culminam um longo processo que começou há vários anos com a nomeação de árbitras nos torneios masculinos juniores e seniores da FIFA”, disse Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Árbitros da FIFA...

“Neste sentido, não nos cansaremos de repetir que o importante é a qualidade e não o sexo", alertou o ex-árbitro, que salientou que espera que "no futuro, o facto de existirem árbitras de elite nas principais competições serão entendidas como algo normal e deixarão de ser notícia”.

Um comentário:

jornal da grande natal disse...

Sensacional. Simplesmente!