quarta-feira, novembro 22, 2023

Football Association enfrenta problemas com a recusa de equipes femininas de enfrentar jogadoras trans

Jogadora transexual deixa futebol após quatro equipes terem se recusado a enfrentá-la...

A Associação Inglesa de Futebol (FA) garantiu nesta terça-feira que está “trabalhando para encontrar uma solução” depois que uma jogadora transexual deixou de jogar futebol, devido a quatro clubes terem se recusado jogar contra ela.

De acordo com a imprensa local, essa recusa surgiu devido à jogadora em questão, Francesca Needham, ter lesionado gravemente uma adversária num joelho durante uma partida da sua equipe, que joga na sétima divisão do futebol feminino inglês...

Needham anunciou nas redes sociais que irá parar de jogar futebol “durante um futuro próximo”, mas que pretende apresentar uma denúncia na FA por “discriminação”.

“Como alguns sabem, o Rossington Main Ladies FC não tem conseguido jogar devido a equipes que não querem jogar contra nós enquanto eu estiver em campo. Esta infeliz circunstância levou-me a abrir um caso de discriminação, pois considero que representa uma violação do código de conduta em matéria de diversidade e inclusão, bem como de proteção dos adultos no futebol, estabelecido tanto pela Associação de Futebol como pela Liga Feminina de Sheffield e Hallamshire”, escreveu...

A política da FA em relação a este assunto dita que os jogadores podem candidatar-se a jogar numa Liga do seu “gênero afirmado”, sendo que cada candidatura é analisada de forma individual, com base na “segurança do candidato e dos outros jogadores” e na “concorrência leal”.

“Esta questão é complexa, está em constante evolução e, tal como muitos outros organismos nacionais que regem o desporto, estamos atualmente a rever a nossa política de transgêneros no futebol inglês para garantir que é inclusiva, justa e segura para todos”, afirmou um porta-voz da federação à BBC Sport...

A FA consultou a FIFA e a UEFA, entre outros organismos internacionais, com vista a estabelecer uma resposta adequada ao caso.

Fiona McAnena, diretora de desporto da campanha “Fair Play for Women” defendeu que esta polémica levantou preocupações sobre justiça e segurança, tendo levado o assunto à Comissão de Igualdade e Direitos Humanos (EHRC) com “urgência”...

“Eles precisam de salientar que o desporto só para mulheres é legal”, disse em sua conta no X, antigo Twitter.

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