Palavrões na F1: pilotos dizem
não a censura
A GPDA, Associação dos Pilotos de
Fórmula 1, criticou nesta quinta-feira a FIA (Federação Internacional de
Automobilismo) pelas multas aplicadas pelo uso de linguagem ofensiva e
questionou a falta de transparência nas sanções monetárias...
Recentemente foram Max Verstappen
e Charles Leclerc os visados.
“Os nossos membros são adultos”,
sublinha a associação, falando da “diferença entre palavrões com o intuito
de insultar outras pessoas e palavrões mais casuais” ...
Mohammed Ben Sulayem foi visado
na nota: “Exigimos que o Presidente da FIA considere igualmente o seu
próprio tom e a sua linguagem quando fala com os pilotos.”
Comunicado da GPDA
“Como acontece em qualquer
esporte, os concorrentes devem acatar a decisão do árbitro, quer gostem ou não,
quer concordem ou não. É assim que o esporte funciona. Os Pilotos (os nossos
membros) não são diferentes e percebem isso completamente.
Os nossos membros são pilotos
profissionais, que competem na Fórmula 1, o ponto máximo do esporte motorizado
internacional. São os gladiadores e, a cada fim de semana de corridas,
proporcionam um grande espetáculo aos fãs.
Quanto aos palavrões, existe
uma diferença entre palavrões com o intuito de insultar outras pessoas e
palavrões mais casuais, como os que se utilizam para descrever o mau tempo, ou
mesmo um objeto inanimado como um carro de Fórmula 1 ou uma situação de condução.
Instamos o Presidente da FIA a
considerar igualmente o seu próprio tom e a sua linguagem quando fala com os
nossos membros pilotos, ou mesmo sobre eles, seja em público ou de outra forma.
Além disso, os nossos membros são adultos, não precisam de receber instruções
através dos meios de comunicação sobre assuntos tão triviais como o uso de
joias e roupa interior.
A GPDA manifestou, vezes sem
conta, a sua opinião de que as multas monetárias não são apropriadas ao nosso esporte.
Nos últimos três anos, apelamos ao Presidente da FIA para partilhar os detalhes
e a estratégia sobre como as multas financeiras da FIA são aplicadas e onde os
fundos são gastos. Também expressámos as nossas preocupações sobre a imagem
negativa que as multas financeiras trazem ao esporte. Mais uma vez pedimos que
o Presidente da FIA forneça transparência financeira e um diálogo direto e
aberto conosco. Todos os intervenientes (FIA, F1, as Equipas e GPDA) devem
determinar em conjunto como e onde o dinheiro é gasto, em benefício do nosso esporte.
A GPDA deseja colaborar de forma construtiva com todos os intervenientes, incluindo o Presidente da FIA, com o objetivo de promover o nosso grande esporte, beneficiando todos os que nele trabalham, investem, assistem e, de fato, o amam. Estamos fazendo a nossa parte.”
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