Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
domingo, dezembro 31, 2006
FELIZ 2007...
Que nossas almas possam encontrar outras almas que nos completem...
Sejamos felizes como pudermos ser...
Sejamos humanos como devemos ser...
Feliz 2007...
sábado, dezembro 30, 2006
Eles estão evoluíndo, dirigentes, torcedores e imprensa não!
Rapidinhas...
- Os responsáveis pelo site do América, deveriam ser mais criteriosos em relação ao que publicam na sessão “fala torcedor”... Não é possível mais aturar os ataques contra membros da imprensa e veículos. Não falo em censura, pois a livre manifestação, é um direito constitucional e como tal deve ser integralmente garantido. Mas, existe uma abissal diferença entre opinião, discordância e agressão pura e simples.
- Na entrevista que concedeu a Rádio Globo Natal, Souza disse três coisas que me fizeram passar a respeitá-lo ainda mais. Falou abertamente sobre treinadores que mantêm esquemas com empresário na colocação de jogadores (faltou apenas dizer que isso, só ocorre, por anuência e cumplicidade de dirigentes). Assumiu o fracasso na seleção e o fez com maturidade e altivez. Não arrumou desculpas esfarrapadas, nem mesmo quando o repórter tentou induzi-lo. Disse com todas as letras: “Não estava preparado para a seleção naquela altura, era muito jovem, muito imaturo” e terminou tocando num assunto que muitos jogadores preferem passar ao largo ou ao falar, repetir a ladainha de sempre. Falou do uso da técnica, da habilidade e da capacidade de fazer com a bola o que quiser e disse: “Faço com objetividade, e acho que quem sabe fazer dever fazer, se o outro não sabe problema dele”. Concordo totalmente, nunca achei que desrespeitoso o malabarista fazer malabarismo, nunca achei humilhação o artista fazer arte, nem mesmo aquelas que carregam um forte traço de deboche e humor. Afinal, futebol é espetáculo também e se no espetáculo, existe alguém capaz de solar, que o faça, mas o faça como Fred Astaire, como David Gilmour ou como Garrincha... O resto é choradeira de perna de pau.
sexta-feira, dezembro 29, 2006
E agora... Vamos boicotar a quem?
Rapidinhas...
- Como a moda agora em Natal é a “intifada” contra a estatal Petrobrás, vale a pena lembrar, o que publiquei ontem no post “Malhando em óleo frio”... “Patrocino, não é ato de caridade ou de compensação. Patrocínio, é investimento e investimento, supõem retorno”. Pois bem, o Juventus italiano de propriedade da família Angnelli, controladora da FIAT, perdeu o patrocínio da Tamoil, empresa petrolífera. O contrato que previa o desembolso de 230 milhões de euros, (644 milhões de reais) até 2015, foi rompido em função da queda da Juventus para a segunda divisão. Tal decisão corrobora na totalidade, o que postei ontem e mostra que no mundo dos negócios, a razão é sempre preponderante... Em tempo: Nenhum torcedor da Juventus, cometeu a insanidade de propor o boicote da Tamoil ou a invasão da Líbia... Talvez, porque na Itália, se saiba um pouco mais sobre conceitos econômicos.
- O Santos deve se associar a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o motivo, é o desejo do clube paulista, em ter a chancela da associação no projeto Meninos da Vila. Com 18 unidades da escolinha Meninos da Vila espalhadas pelo Brasil, o Santos, pretende expandir o projeto internacionalmente. Para isso, o clube já fechou contrato com o Egito e o Canadá e posteriormente, deverá negociar com a China e o México. Aos poucos, os grandes clubes brasileiros, começam a perceber que o mundo, é bem maior do que imaginam os tais dirigentes abnegados...
- A parceria entre ABC e Atlético Paranaense, em princípio é digna de todos os elogios, porém a meu ver não custava nada à divulgação detalhada do projeto...
- Finalmente o América vai investir na reforma do seu Centro de Treinamento, pelos comentários, o projeto não só vai qualificar e estruturar o CT, mas também, dará um novo e bonito visual ao local...
- Ainda sobre o América... O jornalista Antonio Roberto Rocha, assumiu a assessoria de imprensa do clube rubro. Sua contratação é um avanço e certamente, vai profissionalizar as relações do clube com a imprensa. Antonio Roberto Rocha, tem uma história das mais dignas no jornalismo local. Profissional competente, culto e inteligente, Rocha é uma figura respeitada no meio e saberá conduzir de maneira eficiente, a comunicação do América FC.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Malhando em óleo frio... Ou, ainda sobre a polemica a respeito do não patrocínio da Petrobrás ao América...
Se meus parcos conhecimentos de economia, não foram suficientes para explicar a “desatenção” da estatal petrolífera, aconselho a leitura de Adam Smith, Roberto Campos, Hayek, Hjalmar Sacht e até mesmo Karl Marx ou Engels...
O boicote dos torcedores americanos aos postos da Petrobrás...
Gerald Ford, presidente e atleta...
Nova comissão do América FC...
Analisando os nomes que conheço, considero um excelente grupo. Analisando as funções, vejo que apenas seria necessária a presença de um psicólogo, mesmo que fosse como colaborador. De resto, só tenho que elogiar.
Estrutura física sim... Profissionais competentes, também!
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Futebol negócio, clube empresa...
Nessa máquina, existem profissionais bem pagos e voltados para o sucesso do clube. Seu atual proprietário, é o multimilionário americano Malcolm Glaze, mas tente encontrar uma foto dele ou uma linha sobre ele no site oficial do clube, não vai encontrar. No Manchester, assim como na maioria dos grandes clubes europeus, os dirigentes, não estão em busca de holofotes, para elevar seu status social ou os ajudar a alavancar negócios e projetos pessoais, não são oportunistas, não são alpinistas sociais, nem precisam dar entrevistas, seus departamentos de imprensa e marketing, fazem isso, com competência e profissionalismo. Como diz Peter Draper, diretor de marketing do clube: “Aqui, as estrelas são os jogadores, pois são eles que lotam estádios e ganham títulos”. Draper foi pinçado na euroliga de basquete e levado para Old Trafford com a missão de “vender” a imagem do Manchester e obter maiores lucros com essa “venda”. Seu primeiro passo foi melhorar o tratamento dado ao torcedor que freqüenta o estádio em dia de jogos ou não. Hoje segundo ele, a segurança no Old Trafford é modelo na Europa e quase nada escapa aos membros de sua equipe. Em dia de jogos, o clube vende 500 mil refeições, que vão desde o cachorro quente e a cerveja, até champanhe acompanhado de caviar. Tudo com a marca Manchester, tudo com selo de qualidade Manchester. O segundo passo da equipe de Draper foi mapear cada torcedor do clube. Levantar, quem são, onde estão e o que fazem. Suas preferências pessoais e o que esperam do clube, são dados importantes na política mercadológica dos reds. Draper dispõem hoje, de cerca de 3 milhões de torcedores mapeados em todo o mundo e todos recebem regularmente, informações sobre a equipe, o clube, suas finanças, seus jogadores e a lista de produtos Manchester, que podem ser adquiridos nas lojas do clube ou pela internet. A meta segundo o departamento de marketing do clube, é atingir 74 milhões de pessoas no planeta (tarefa gigantesca, quase inacreditável para nós, que ainda vivemos na idade da pedra do marketing), por isso, estão investindo pesado em informática e em pessoal treinado nas áreas de relações públicas, publicidade, marketing e imprensa. Isso é apenas um pouco do futebol negócio, esse futebol tão comentado por aqui, mas que poucos ou quase ninguém, sabe o que significa, nem tem a menor idéia de como lá chegar... Aqui, ainda vivemos na era do dirigente estrela, falastrão e que usa e abusa do clube para se promover, locupletar e viver seus 15 minutos de fama. Aqui, torcedor, admira os irresponsáveis, pois para eles, uma tacinha ali outra aqui, já está de bom tamanho. Vivem do momento e esquecem que sem estrutura nada resiste ao tempo...
Ah! Apenas para encerrar, Sir Alex Ferguson, está a 20 anos no comando técnico da equipe...
Rapidinhas...
terça-feira, dezembro 26, 2006
Souza fica... Mas, até quando?
Irmãos e Primos...
Irmãos...
Juan Evaristo (Argentina, 1930) - Mario Evaristo (Argentina, 1930)
Lucien Laurent (França, 1930) - Jean Laurent (França, 1930)
Rafael Garza Gutiérrez (México, 1930) - Francisco Garza Gutiérrez (México, 1930)
Mario Pérez (México, 1930) - Luis Pérez (México, 1930)
Manuel Rosas (México, 1930) - Felipe Rosas (México, 1930)
Max Weiler (Suiça, 1934) - Walter Weiler (Suiça, 1934)
Mo Tan (Antilhas Holandesas, 1938) - Hong Tan (Antilhas Holandesas, 1938)
Zlatko Cajkovski (Iugoslavia, 1950) - Zeljko Cajkovski (Iugoslavia, 1950)
José Gonzalvo Falcón (Espanha, 1950) - Juan Gonzalvo Falcón (Espanha, 1950)
Andrés Prieto (Chile, 1950) - Ignacio Prieto (Chile, 1966)
Alfred Körner (Austria, 1954) - Robert Körner (Austria, 1954)
Hippolite Van den Bosch (Bélgica, 1954) - Pieter Van den Bosch (Bélgica, 1954)
Mihaly Toth (Hungria, 1954) - Jószef Toth (Hungria, 1954)
Ottmar Walter (Alemanha, 1954/58) - Fritz Walter (Alemanha, 1954)
Ernst Kozlicek (Austria, 1958) - Paul Kozlicek (Austria, 1958)
Bobby Charlton (Inglaterra, 1958/62/66/70) - Jack Charlton (Inglaterra, 1966/70)
Frantisek Vesely (Tchecoslováquia, 1970) - Bohumil Vesely (Tchecoslováquia, 1970)
Roger Saint Vil (Haiti, 1974) - Guy Saint Vil (Haiti, 1974)
Uli Hoeness (Alemanha Ocid. 1974) - Dieter Hoeness (Alemanha Ocid. 1986)
Roy Andersson (Suécia, 1978) - Roland Andersson (Suécia, 1978)
Victor Chanov (Urss, 1982) - Vyacheslav Chanov (Urss, 1982)
Bernd Förster (Alemanha Ocid. 1982) - Karl-Heinz Förster (Alemanha Ocid. 1982/86)
Thomas Allofs (Alemanha Ocid. 1982) - Klaus Allofs (Alemanha Ocid. 1986)
François Van der Elst (Bélgica, 1982) - Leo Van der Elst (Bélgica, 1986)
Sócrates (Brasil, 1982/86) - Raí (Brasil, 1994)
Khalil Mohammed Allawi (Iraque, 1986) - Karim Mohammed Allawi (Iraque, 1986)
Krimau Merry (Morrocos, 1986) - Mustafa Merry (Morrocos, 1986)
Rolando Chilavert (Paraguai, 1986) - José Luís Chilavert (Paraguai, 1998/2002)
Michael Laudrup (Dinamarca, 1986/98) - Brian Laudrup (Dinamarca, 1998)
Erwin Koeman (Holanda, 1990) - Ronald Koeman (Holanda, 1990/94)
Patrick Andersson (Suécia, 1994/2002) - Daniel Andersson (Suécia, 2002)
Emile Mpenza (Bélgica, 1998) - Mbo Mpenza (Bélgica, 1998/2002)
Niko Kovac (Croácia, 2002/06) - Robert Kovac (Croácia, 2002/06)
Irmãos Gêmeos...
Philipp Degen (Suiça, 2006) - David Degen (Suiça, 2006)
Marcin Zewlakow (Polonia, 2002) - Michal Zewlakow (Polonia, 2006)
Frank de Boer (Holanda, 1994/98) - Ronald de Boer (Holanda, 1994/98)
Ibrahim Hassan (Egito, 1990) - Hossam Hassan (Egito, 1990)
Eissa Meir Abdulrahman (EAU, 1990) - Ibrahim Meir Abdulrahman (EAU, 1990)
Zoran Vujovic (Iugoslavia, 1982) - Zlatko Vujovic (Iugoslavia, 1982/90)
René van de Kerkhof (Holanda, 1974/78) - Willy van de Kerkhof (Holanda, 1974/78)
Primos...
Jostein Flo (Noruega, 1994/98) - Tore Andre Flo (Noruega, 1998)
sábado, dezembro 23, 2006
FELIZ NATAL PARA TODOS...
Porém quero agradecer a todos. Esse espaço tem apenas quatro meses e já conta com 2238 visitas, em média mais de 500 visitas por mês, pode não parecer muito, mas para mim é muito gratificante, afinal, não fiz nenhuma grande divulgação, tudo foi muito por conta de amigos. Portanto, até terça. Desejo a todos, um Natal pleno de paz e harmonia, que suas famílias sejam sempre muito felizes e que cada um realize todos os sonhos, sonhados em silencio ou não.
Não somos merdas!
Mas hoje, sei que meus erros foram um pouco menores que meus acertos, meu filho, têm 26 anos, é um rapaz terno, sem maldade e limpo moral e espiritualmente. Estamos separados há algum tempo, ou melhor, há muito tempo e a saudade é sempre imensa e o vazio sempre maior. Porém estou orgulhoso e gostaria de dividir esse orgulho com meus leitores. Li semana passada um texto escrito por Alexandre, em resposta a um torcedor da Tuna Luso Brasileira, que inconformado, por ver o time debandar, depois da campanha na terceira divisão, disse na imprensa: “Podem ir, são todos uns merdas”! Em resposta, Alexandre produziu o texto que publicarei abaixo e que foi publicado em jornais do Pará e divulgado em emissoras de rádio. Fiquei orgulhoso, feliz e me senti em paz, criei um homem, criei alguém de caráter, honra e coragem. Criei um rapaz, que não se esconde, nem desce ao nível mais baixo... Me sinto realizado.
Quanto a minha saída, se deve ao fato de haver recebido um convite para disputar o campeonato paulista (A2 ou A3). Como aqui, infelizmente não tive maiores oportunidades, a não ser em alguns jogos e amistosos isolados, por não contar com a simpatia pessoal do comandante e técnico (pessoa que respeito, pois mesmo não me tendo maior atenção, é um profissional capaz e competente). Vou seguir meu caminho, mas certo de que fiz amigos, conquistei o respeito dos meus companheiros, do meu presidente, da diretoria e de uma grande parcela da torcida. Portanto, saio pela porta da frente e sei que ela permanecerá aberta, caso um dia deseje voltar.
Antes de criticar, agredir e tentar desqualificar os que estão partindo, entenda que vivemos uma profissão com prazo de validade e se formos nos pautar, sob a ótica passional do jogar apenas por simpatia clubistica, não atingiremos jamais, estabilidade financeira e ou emocional (sou vascaíno, mas vesti com respeito à camisa do Flamengo do Piauí, onde fui campeão estadual). Deixo a Tuna, mas levo-a em meu coração (tenho um bisavô português, meu pai e meu avô paterno são vascaínos), me tornei tunante e aonde quer que esteja, vou torcer pela “Águia guerreira”. Quem acompanhou minha trajetória, sabe o quanto fui hostilizado por alguns (aliás, no futebol, são sempre as mesmas figurinhas mesquinhas e dispostas a qualquer coisa para conquistar um milímetro), mas permaneci firme e o fiz por duas razões; por minha esposa e pela amizade, carinho e respeito que nutro pelo Senhor Pepe Larrat, que mais que um presidente, foi integro e decente para comigo. Desejo ao Senhor Marcos Moraes, novo presidente do clube, toda a sorte do mundo, pois o que vi e vivi na Tuna, me dão à convicção da dura empreitada que ele terá pela frente. A Tuna vive hoje dias sombrios, deficitária e endividada, cheia de “corneteiros” a lançar criticas, mas poucos são os que aparecem para dar alguma sugestão viável, poucos são os que colocam a mão no bolso ou sacam um talão de cheques em benefício do clube. Nada tenho haver com a política da Tuna Luso, sou apenas um empregado, mas me darei ao direito de fazer uma pergunta; onde estavam os críticos, quando precisamos?
Que a Tuna se erga, que reconquiste seu espaço no futebol paraense, regional e nacional, mas ao findar, peço... Apóiem a Águia Guerreira do Norte e exijo... Respeite o grupo que enfrentou o descrédito, a falta de dinheiro, o desconforto e vestiu com hombridade e dignidade a camisa alviverde, que honrou a cruz de malta sobre o peito e que mesmo na Série C, colocou a Tuna na mídia nacional.
Alexandre Erhadt - Goleiro
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Não estou com vontade...
Rapidinhas...
- Parece que o Luciano Santos vem mesmo, isso é bom. Luciano é um jogador de qualidade e sua presença, só vai acrescentar ao elenco do América.
- Por falar em contratados, particularmente, gostei da vinda do Rodrigo Paulista e do Bruno Coutinho. Explico: são jovens, cheios de vontade de vencer na vida e oriundos de duas grandes equipes com tradição na formação de atletas. Internacional e Grêmio.
- Li a entrevista do Deputado Presidente, ou seria Presidente Deputado? Gustavo Carvalho. Gustavo como sempre, me deixa entre o gostar muito e o desgostar bastante. Preciso aprender a não me interessar tanto por entrelinhas, elas são as causas do meu péssimo humor e azia.
- Joassis assinou contrato com o ABC, pessoalmente, gosto do futebol do jogador, sempre que o vi jogar, fiquei com a impressão de um atleta de grande futuro.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Rapidinhas
- Hoje no programa vespertino da Rádio Globo, o diretor de futebol do América Alex Padang, deu uma entrevista, onde tratou de explicar a não vinda do meia Juliano para o time rubro, até aí, tudo perfeito. Alex deu uma entrevista bem elucidativa a respeito do assunto. Mas em determinado momento, ao ser questionado sobre a tabela divulgada pela CBF, Alex acabou se perdendo ao declarar: “Achei ótimo, pois começar contra times que estão no mesmo nível do América é muito bom”. Não Alex, o Vasco da Gama não está, nem nunca estará no mesmo nível do América, quiçá um dia o América esteja não tão distante... Existe uma coisa que difere o lúcido do temerário, essa coisa é saber sua própria dimensão, é saber reconhecer seu lugar na hierarquia e na história, é saber se portar. O Internacional, só levantou a taça de campeão do mundo, porque soube reconhecer sua inferioridade e seus limites. Jogou sabendo, que na hierarquia da bola, o Barcelona é General e o colorado é ainda Major... Espero que o Cabo Alex, lembre-se disso na próxima entrevista.
- Corria a série B, e a diretoria americana já conversava com Estavam Soares, ainda eram disputados palmo a palmo os pontos que fizeram o América brilhar na competição e a diretoria do América enciumada, jogava farpas contra a comissão técnica do time. Eles achavam que Heriberto e sua comissão podiam ir para o ABC. No final do campeonato, ocorreram problemas com relação à premiação da comissão e já havia no ar uma insatisfação de Heriberto, do preparador físico e outros. Por isso, Heriberto resolveu ir embora, mas não foi calado, disse o que tinha de dizer a quem de direito, foi elegante, foi sensato.
- Judas Tadeu foi aclamado pelo novo conselho deliberativo do ABC FC, para mais um mandato como presidente do clube. Judas vai permanecer até
- Hoje um ex-treinador do América me disse uma coisa bem interessante: “Fernando, José Rocha é um homem em quem se pode confiar plenamente e seu filho Eduardo Rocha, pode ser temperamental e até rude certas vezes. Mas não é homem de molecagem, nem capaz de ser traíra com ninguém. Eduardo, diz na sua cara e assim como o pai, o que prometer, cumpre”. Ao ser questionado, se voltaria a trabalhar na equipe rubra, respondeu: “Com os dois? De olhos fechados”. Esse tipo de revelação me deixa muito feliz. É bom saber, que gente como José Rocha, Eduardo Rocha e Judas Tadeu, são respeitados por aqueles, que com eles trabalharam. Outro que segue o mesmo caminho, é o presidente do Alecrim.
- A liga profissional de futebol italiana aprovou seu novo regulamento. Entre as mudanças, está a proibição de que seu presidente ocupe cargos
- O zagueiro Frederico Crescentini da seleção de San Marino, pequeno país, incrustado nas montanhas da Itália central e com apenas 29.251 (censo de julho de 2006). Morreu afogado
- Didi Duarte vai assumir o São Gonçalo FC no campeonato estadual, esse será mais um desafio na carreira de Didi. Pessoalmente, não fico muito a vontade em falar sobre o assunto, pois sou amigo pessoal do treinador. Mas sei que Didi, é um profissional competente e sério.
- O prefeito Luis Antônio (Tomba) de Santa Cruz anunciou que até o fim de seu mandato, vai deixar o estádio Iberê Ferreira de Souza, com mais um lance de arquibancada e todo coberto. O prefeito anunciou também, a construção de um centro de treinamento para o EC Santa Cruz. Segundo Luis Antônio, o centro vai contar com o que houver de mais moderno. Será o primeiro passo para que o clube possa desenvolver um grande trabalho em busca de talentos na região.
- Hoje Baltazar Germano, técnico da equipe do Macau, disse a seguinte pérola: “Tendo um campo para treinar, está muito bom, é tudo que preciso” A frase, foi dita em resposta a pergunta sobre o que ele achava da estrutura de seu novo clube. Baltazar foi ultrapassado pelo tempo e nem percebeu. Aliás, ele e os muitos que o consideram um treinador de ponta...
terça-feira, dezembro 19, 2006
Umea IK...
segunda-feira, dezembro 18, 2006
- Quem manda no Juliano, é o Fluminense, não o procurador, que é amigo, do empresário, que é parceiro do diretor... Juliano vai para o Juventude de Caxias do Sul e vai pelo único motivo, que rege o futebol profissional: o Juventude vai pagar pelo empréstimo do jogador, só isso. Precisa mais?
- Fausto é do América! Contrato assinado? Não! Então não é! Fausto é do Bahia, pelo menos é isso que diz o site oficial do tricolor soteropolitano...
- Luciano Santos vem para o América... Vem mesmo? Não é isso que diz o Noroeste de Bauru, segundo o clube paulista, Luciano já assinou contrato e deve se apresentar ainda essa semana.
- Três anúncios, três rasteiras... Desse jeito, a direção do América vai precisar dos cuidados do Dr. Maeterlinck.
- O mundo da elite e do glamour não é tão fácil quanto parece. O campeão mundial inter clubes de 2006, terá em 2007, um orçamento, de 60 milhões de dólares (orçamento, isto é, dinheiro disponível para gastar), mas mesmo assim, terá que se desfazer de alguns de seus jogadores... Alexandre Pato é o primeiro da lista e outros virão, segundo o presidente do Internacional, Fernando Carvalho. O presidente do clube gaúcho, disse que será muito difícil manter a jovem promessa para o ano que vem... Agora imaginem só, se o Internacional, que terá 60 milhões de dólares a disposição reclama, o que dirão aqueles que ainda buscam algum patrocinador e aguardam ansiosos pelas cotas de televisão...
“Há sido uma decepción”
- Essa foi à manchete do diário Marca um dos grandes da imprensa esportiva espanhola. A frase foi proferida por Frank Rijkaard, treinador da equipe catalã, durante a entrevista coletiva no final da partida Internacional 1x0 Barcelona. Ao pinçar a declaração do treinador azul grana e torná-la manchete, o jornal espanhol mostrou claramente o tamanho da desilusão da Catalunha e da Espanha...
- Ronaldinho é com certeza, um jogador mágico, Ronaldinho é com certeza, um show a parte. Vê-lo jogar é um prazer, é estar diante do inusitado, do incrível e do imponderável. Mas Ronaldinho corre o risco de encerrar sua carreira, sem convencer como parte de uma equipe, sem deixar sua marca como líder, sem transformar seu futebol arte em algo objetivo e palpável...
- Nenhum jogador do Internacional seria titular do Barcelona, qualquer jogador do Barcelona seria titular do Internacional, mas o que faltou ao clube catalão sobrou na equipe gaúcha. Enquanto o Barcelona fez questão de usar e abusar das firulas, os gaúchos se concentraram no jogo. Enquanto o Barcelona queria show, o Internacional queria jogo, enquanto o Barcelona esperava pelas mágicas de Ronaldinho, o Internacional, apostou na simplicidade de Iarley... E quando a partida terminou Ronaldinho mais uma vez tinha sumido, em um jogo entre grandes.
“El Barça sigue siendo el mejor equipo del mundo”...
- A frase de Abel Braga pode parecer oportunismo e bajulação, mas não é. Abel não foi simpático, foi honesto. Talvez o Barcelona não seja o melhor, mas com certeza está entre os cinco melhores do mundo. Abel sabe que o seu Internacional, não se equipara ao clube espanhol, sabe que tecnicamente, sua equipe é inferior e por isso fez tal afirmação... Porém, Abel sabia que Rijkaard, iria cometer o erro de confiar em demasia na superioridade de sua equipe, que não daria muita atenção as possíveis jogadas do colorado gaúcho e esse foi o trunfo que usou. Abel ganhou por temer o Barcelona, por enquadrar seus jogadores num sistema tático, que privilegiou o combate, a garra e a obstinação. Abel venceu por compreender que o futebol espetáculo, encanta torcedores e jornalistas, mas quem costuma conquistar a taça, é quem demonstra consistência e objetividade. Talvez por ter jogado ao lado de mágicos e ele próprio ter sido um deles, Frank Rijkaard, esqueceu da Hungria de Puskás, do Brasil de Ademir, da Holanda de Cruyff e do Brasil de Zico, Sócrates e Falcão... Abel, um zagueiro vigoroso, mas pouco refinado... Não poderia esquecer.
Parabéns, Internacional, parabéns Rio Grande do Sul... O mundo é vermelho!
domingo, dezembro 17, 2006
- O Clube de Regatas Flamengo, deve 120 milhões de reais, somente ao governo...
- Entregar o projeto da Copa do Mundo de 2014 nas mãos de Pelé seria uma temeridade, tudo o que ele já administrou, não o credencia para isso. Ele pode ser uma pessoa importante, mas não devemos entregar o projeto da Copa para ele. Nem para a CBF.
Deputado Silvio Torres (PSDB/SP).
- Gustavo Carvalho não gostou do que ouviu de Heriberto da Cunha. Por isso o demitiu!
No Brasil dizer a verdade ao chefão, não é muito saudável, chefões, gostam de bajulação e concordância.
- Para os nossos “homens de marketing esportivo”.
A Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo abriu inscrições para o curso de férias que será ministrado por Marcelo Palaia Giannoni, consultor de marketing esportivo na VIS Sports, empresa especializada em eventos esportivos e planejamento estratégico. O curso terá duração de seis dias: de 29 de janeiro a 03 de fevereiro de 2007. O valor total é de 780 reais à vista.
Quem se interessar, pode obter informações pelo fone; 011 5085 4600.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Pode parecer tolice, coisa pequena e sem importância, porém um site, é a porta de entrada de um clube, é seu cartão de visita, para quem a distância resolve conhecê-lo. Deve ser tratado com esmero, com carinho e com competência profissional. Entregar seu portal em mãos pouco afeitas à missão, já é um risco, mas entregar nas mãos de quem sequer consegue lidar com a palavra escrita é absurdo. “Em mais um passo de demonstração de mudanças” (assim começa o texto), como seria esse passo? Seria em ritmo de valsa? Seria um forró? Ou seria um passo de ganso, bem no estilo militar germânico? Quem iria ensinar? Carlinhos de Jesus? E quem seria a transportadora responsável pela mudança?
“Apresentou a campanha de sócio torcedor”. Talvez ficasse melhor assim: apresentou a campanha sócio torcedor. “O evento teve”, acho que o evento contou com a presença do presidente, conselheiros e imprensa... Ninguém teve, todos foram!
De onde diabos o redator do texto, conseguiu achar uma imprensa fonada? Fonada!!!??? Santa paciência! Fonada???!!! O pior é que antes do novo órgão ele coloca um seja, para que? E a imprensa radiofônica, não foi?
Com todo o respeito e admiração que tenho pelo brilhante profissional que é o Arturo Arruda, desde quando, ele é excelentíssimo, ele é um magnífico profissional, mas excelentíssimo é mera bajulação. Arturo além de ser bajulado, ainda apresentou (à) todos, uma crase desnecessária... Ta no texto, é só conferir.
“No final foi oferecido um café da manhã a todos da imprensa”... O texto deixa de fora os conselheiros, o presidente, o vice e o Arturo. Sacanagem! A imprensa adora boca livre, mas não é tão glutona, a ponto de não deixar nem uma lasquinha para os outros. Porém o melhor vem no final... Tomado por uma veia poética, o redator escreve o seguinte: “Enquanto isso, ali do lado, o elenco do mais querido (lindo isso) continuava com sua pré-temporada. Sobre o comando da comissão técnica (imaginem o Roberval e sua comissão, deitados no chão e os craques alvinegros “sobre” eles, no mínimo seria ridículo), os atletas fizeram um treinamento físico forte sobre a calorosa manhã de verão (mais uma vez os jogadores do ABC, demonstram sua vontade de vencer, pois pisotearam a calorosa manhã ao treinarem “sobre” ela...)”. Além de anteciparem o verão, já que ainda estamos na primavera, falta pouco, mas ainda é primavera... O verão começa no dia 21 de dezembro ás 21h22min:06seg.
Podiam pedir ao Arturo, que assessorasse o departamento de comunicação do ABC, ele o faria de bom grado e sem cometer tais grosserias...
quinta-feira, dezembro 14, 2006
- O Pachuca é o novo campeão da Copa Sul Americana (apesar de ser um time da América do Norte). Depois de empatar em casa por 1x1 com o Colo Colo do Chile, os mexicanos, foram a Santiago e venceram de virada os chilenos por 2x1. Diante de 70.000 chilenos eufóricos (o empate de 0x0 já servia), o Colo Colo saiu na frente, mas acabou sendo derrotado pelo melhor prepara físico dos mexicanos... Viva Zapata!
- O problema particular do treinador Heriberto da Cunha, para não voltar para Natal, tem nome: chama-se Figueirense de Florianópolis. Pena que a direção do América, ainda aja como se o Brasil fosse o velho rincão de Cascudo. Escondem as verdades, como se elas fossem propriedade sua. Se não o fazem, é ainda mais triste, pois com toda essa “ingenuidade”, como vão encarar os meninos “bobos”, que comandam o clube dos 13?
- “Juliano é do América”, só falta assinar o contrato... Então não é! Jovem, bom jogador (bom é diferente de genial) e promissor futuro, o meia que disputou a Série A, pelo Fluminense, só virá para Natal, se não aparecer ninguém para cobrir a proposta feita pelo time rubro.... Ou melhor, não vem, vai para o Juventude.
- O Treze é mais antenado... A equipe paraibana, pode não ter conseguido ascender a Série B, pode não ter a tradição de outras equipes nordestinas, mas tem uma característica, que considero superior: seus dirigentes têm uma visão periférica mais acurada... Há cerca de dois meses venho falando nos nomes de Flamel, meia atacante da Tuna Luso, Sinézio lateral direito também da Tua Luso e no atacante Felipe Mamão do Remo. Pois bem, Flamel e Sinézio, já são do Treze e Felipe, está quase lá. Mais uma vez, perco meu tempo com os ouvidos moucos dessas bandas e mais uma vez Alexandre me indica atletas com quem jogou, e que mostraram alguma qualidade. A primeira vez, que Alexandre me indicou alguém foi em 1999, ele estava no Goiânia e me ligou dizendo: “Pai aqui tem três caras muito bons, vê se alguém aí tem interesse. Ninguém deu a menor bola... Eram os laterais Rogério Souza e Rogério Correia e o atacante Finazi”.
Quando chegou a Tuna Luso, me ligou e disse: “Pai, aqui tem um meia que joga muito, seu nome é Flamel, o nosso lateral direito é muito bom, se chama Sinézio e o Remo nos emprestou um atacante excelente, o Felipe Mamão”. Mas como sempre, se não for indicado pelos mesmos empresários ou não estivar em alguma A de São Paulo, não serve... Para o Treze, serviram. Ah! O Treze jogou contra eles.
Só para completar a história, quando Alexandre esteve no Sampaio Correia, me falou de um volante aguerrido, bom marcador e que sabia ir à frente, porém disse: “Nem perca tempo pai, aí ninguém vai te dar atenção mesmo”. O volante era um tal Juruna, que na época estava terminando seu contrato com o Sampaio e não tinha para onde ir. O tempo passou e acabamos conhecendo o Juruna, só que com um novo nome: Luis Maranhão.
O BICHO vai pegar...
Por Carlos Henrique.
Fim de ano é sempre assim no futebol: descanso, alegria e alívio para uns e imensa tristeza para outros. Além disso, é hora de relembrar aquela “garfada” do juiz, aquele gol feito perdido, aquele golaço, o milagre do goleiro. Isso sem falar nos trâmites de bastidores dos clubes: contratações, dispensas, salários atrasados, briga entre diretores, malas pretas, bichos...
Aliás, por falar em bicho, você sabe o porquê dessa palavra no futebol? Todo mundo sabe que “bicho” nada mais é do que uma premiação em dinheiro para os jogadores e comissão técnica por algum objetivo alcançado. No caso do América/RN, por exemplo, todos receberam esse prêmio pelo acesso à Série A do Brasileirão.
Pois bem, a palavra bicho vem do início do futebol em nosso país. Lá na longínqua década de 20, a diretoria do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, resolveu premiar seus jogadores de acordo com as partidas ganhas. Só que, ao contrário do prêmio em dinheiro, o incentivo vinha em forma de um porco, um carneiro, um boi, um coelho, etc. Daí a palavra “bicho”. O pagamento em espécie só veio entrar em vigor em meados dos anos 60.
Picuinha à parte, prevaleceu à inteligência, mesmo que tardiamente. Já possuíamos a Lei Piva, mas esta só beneficiava o esporte olímpico e para-olímpico. Agora se pode pensar em utilizar essa ferramenta poderosíssima, na qual se constitui o esporte para ajudar na educação de nossas crianças e jovens; incluí-los socialmente; dar-lhes oportunidade de ascender em condições iguais ao topo da pirâmide; afastá-los das drogas e da criminalidade em geral; mostrar na prática como é importante obedecer às regras, trabalhar em equipe, ajudar os outros.
Gosto muita dessa analogia: praticar esporte é como estar na praia. É o momento em que todos se nivelam. Despojados de vestimentas e penduricalhos, apenas de calção ou biquíni, o pobre pode ganhar do rico, o negro do branco e, em se tratando de beleza corporal, geralmente o que mais trabalha fisicamente, o mais sofrido, sobressai perante o obeso e sedentário, que vive à custa do capital-trabalho dos outros.
Parabéns aos atletas baluartes que tanto lutaram por essa conquista, por sinal, a grande maioria vindo das camadas sociais mais necessitadas: Bernard, Robson Caetano, Hortência, enfim todos os que acamparam nos corredores do Congresso Nacional durante três dias, e com a garra hercúlea de verdadeiros deuses olímpicos, lutaram para possibilitar a outros chegarem onde eles conseguiram chegar, apesar dos inúmeros óbices que se lhes impuseram.
Termino fazendo uma última pergunta: entre uma bola e um instrumento musical ou uma paleta com tintas, para onde se dirigirá primeiro, qualquer criança?
- Como esse blog havia anunciado há algum tempo, o lateral Vainer considerado pela torcida americana como “o Sorin” nordestino (pobre Sorin, nem de aparência, nem de bola, nem de voz... a paixão é cega mesmo), foi dispensado pela direção rubra. Vainer não contava com a simpatia nem de Paulinho Kobayashi, nem de Souza, o ídolo maior dos rubros, chegou a afirmar ao treinador Heriberto da Cunha, que se Vainer jogasse, ele ficaria de fora... Com a saída de Vainer, será que Souza permanece?
- A lista de novos contratados pelo América, é modesta, nada empolgante, nada que vá fazer tremer os adversários tanto da Copa do Brasil, como do Campeonato Estadual... Mas como a Série A, ainda está distante, não custa esperar e ver no que vai dar.
- Estavam Soares chega cheio de planos e possivelmente com muitos nomes no colete, mas sua permanência até a Série A, vai depender de como se sair, na Copa do Brasil e nos jogos da província. Se for muito bem fica, se for mais ou menos, sai.
- Adelino, Lau e Índio são os mais conhecidos, porém consegui informações sobre o goleiro Welder. Segundo minhas fontes, o jovem goleiro tem duas ótimas qualidades. Primeira, saí muito bem do gol. Segunda, bate muito bem na bola, sua saída de jogo é excelente. Mas soube ainda, que precisa trabalhar mais a segurança.
terça-feira, dezembro 12, 2006
...Esse período romântico sedimentou as forças que hoje lideram nosso futebol. América e ABC são frutos do velho Juvenal Lamartine, de suas arquibancadas, gerais, tribuna de honra e mangueiras que rodeavam seus muros, até mesmo a imprensa esportiva, deu seus primeiros passos no velho Juvenal. Sem o estádio, nosso futebol não teria se firmado e seu despontar, seria muito mais lento. Passados tantos anos, vejo que o desejo de demolir as carcomidas estruturas se torna incontrolável, os argumentos são os mais variados e honestamente, poucos se sustentam tanto na forma como no conteúdo... Dizem que sua venda iria proporcionar a quitação das dívidas da FNF, balela, mera conversa fiada... Não sei quais são as dividas, mas garanto que elas provem de gestões estapafúrdias, corruptas e mal intencionadas. Caberia recorrer à justiça e buscar ressarcimento, caberia administrar com honestidade e lisura, caberia cuidar do patrimônio com zelo e esmero. Falasse também, que o quinhão arrecadado, seria usado na construção de um estádio mais moderno na zona norte... Mais falação, mais conversa fiada. Caso se concretize tal idéia, logo teremos outro estádio abandonado, logo teremos outro estádio servindo a peladeiros de todos os matizes, afinal, a FNF, serve muito mais aos anseios políticos de seus ocupantes, que aos interesses do futebol como um todo. Vender o Juvenal é garantia de uma administração honesta? Eles honrarão seus compromissos com o INSS, CAERN, COSERN, passarão a saldar dividas com fornecedores? Não, sabemos que não! Vão continuar a mendigar ajuda do governo, vão continuar capachos da CBF, vão continuar seus desmandos e utilizando a FNF para sua política provinciana e assistencialista, continuarão a filiar qualquer um que possa ser encabrestado e mantido sob controle, é assim que as coisas vão continuar. Por outro lado, vejo colegas de imprensa defendendo o fim do Juvenal Lamartine, buscam argumentos sofistas, mas sem base de apoio lógica... “O Juvenal já não serve para os grandes clássicos”... Isso qualquer vestibulando de comunicação social sabe, mas o vestibulando, também sabe que só temos um grande clássico, o único, que dependendo da situação dos times, leva público aos estádios... “Não existe estacionamento para os automóveis que irão aos jogos”... Meu Deus, o Machadão não tem, e milhares de outros estádios no país também não. Por outro lado, quantos carros irão se deslocar para o Juvenal Lamartine, para assistir Alecrim e Corintians de Caicó? Teremos uma enxurrada de veículos, diante do estádio, para ver São Gonçalo e Baraúnas? Basta levantar o publico que freqüenta os jogos sem a presença de América ou ABC, para se ver que o tal argumento é pífio. Mesmo um jogo entre América e Potiguar de Parnamirin ou ABC e Guamaré, não causaria nenhum caos envolta do Juvenal. O único argumento real é o desconforto, mas é aí que quero chegar. Reformar, modernizar e reaproveitar o Juvenal, seria preservar a história, seria manter vivo no coração dos natalenses seu vínculo com o passado de seus clubes. Mesmo estando apertadinho entre a avenida e as residências, o Juvenal, poderia ser palco de jogos das categorias de base, talvez isso servisse como elo entre os jovens atletas e os torcedores, poderia ser utilizado em jogos de menor porte, três ou quatro mil pessoas no Juvenal, teriam o peso de vinte mil no Machadão. Reformado o estádio, poderia sediar um museu decente sobre o futebol norte-rio-grandense, poderia ser o ponto de encontro de todos... Mas sei que os niilistas, vão dizer que estou preso ao passado, que sou um anacrônico em defesa do velho. Talvez eles tenham razão, talvez eu e os ingleses estejamos errados, pois nas terras de Henrique VIII, o Crewe Alexandra, o Warrintgton Wolves, o Leyton Orient, o Motherwell e tantos outros, tem seus estádios encravados nos bairros, cercados de casas e ruas, mas vivos, cumprindo o seu papel no futebol britânico e não mortos, como o Riachuelo, o Globo, o Santa Cruz, o Vênus e todos aqueles que os mentirosos matam sob o argumento da modernidade, sob a indecente ideologia de que, só os grandes podem sobreviver... Talvez eu esteja ficando mesmo velho e saudosista, afinal, domingo fiz 51 anos.
Domingo me reservei ao direito de nada fazer, era meu aniversário, por isso fiz uma pausa... Não sou daqueles que compram engradados de refrigerante, caixas e caixas de cerveja, alguns litros de uísque, quilos de carne, sacos de carvão e enche a casa de amigos para uma tarde de comilança e levantamento de copo, com o fundo musical de aberrações como: Calcinha Preta, Cavaleiros do forró, Limão com mel, Asa de águia, Chiclete com banana e os sempre presentes pagodeiros e seus pagodinhos sem eira nem beira. Na verdade nunca entendi bem as razões que levam as pessoas a comemorar a proximidade do ocaso, a degeneração física e a constatação de que o tempo é um inimigo paciente, eficiente e inexorável... Portanto, fiz o que sempre faço, desliguei o telefone, estendi a rede na varanda, enchi um copo com coca cola repleto de gelo e coloquei meus velhos discos do Supertramp, Gênesis, Moody Blues, James Taylor, Cat Stevens e a deliciosa Sade, para tocar. De repente, me flagrei pensando no velho Juvenal Lamartine, estádio que me cativou desde que em Natal cheguei há quase 20 anos. Lembro de ter ali entrado nos idos de 1988, na época fazia par com Zenaide de Castro, escrevendo para o Correio Braziliense da capital federal. Naquele dia, fizemos uma pequena entrevista com Pio Marinheiro, sobre como seria o campeonato estadual daquele ano, mas confesso não ter prestado muita atenção nas respostas do entrevistado, pois minha atenção estava voltada para o pequeno estádio. De lá para cá, meu encanto com o “campinho” só cresceu, mesmo com seu abandono e degradação, nunca deixei de ter um enorme carinho por aquele pedaço importante da história do futebol do Rio Grande do Norte e por suas formas singelas, mas belas. Certa vez, escrevi para um amigo e lhe falei do velho Juvenal, contei-lhe que para minha surpresa, havia encontrado em Natal um campo, que lembrava em quase tudo os velhos estádios ingleses. Cheguei a comentar, que com uma pequena, mas bem feita recuperação, o estádio ficaria lindo, aconchegante, confortável, charmoso e em nada ficaria a dever os estádios de clubes como Portsmouth, Fulham, Queens Park Rangers, Crystal Palace e tantos outros... Cheguei a tentar imaginar, o porquê, o haviam abandonado, só muito tempo depois é que concluí que o motivo tinha sido apenas o de sempre: Complexo de grandeza. Esse complexo tinha um nome, Machadão. A nova e moderna praça de esportes, relegaria a segundo plano o “estadinho” agora acanhado e ultrapassado, condenando-o a uma morte lenta, dolorosa e imerecida... Mas ele não morreria só, sua “morte”, levou para o túmulo, clubes como Riachuelo, Força e Luz, Globo e tantos outros, que perdidos na imensidão do novo estádio, se viram condenados e sem esperança. Mas o pior é que o desprezo ao velho campo, também envolveu no esquecimento, a fase mais rica, nobre e essencial na formação do futebol potiguar...
Amanhã continuo.
sábado, dezembro 09, 2006
Alonso Solis, jogador do Saprissa de San José na Costa Rica, teve seu carro abordado por quatro homens encapuzados, que o mantiveram refém, enquanto levaram sua mulher até um caixa eletrônico e sacaram cerca de 580 dólares (algo em torno de 1.200 reais). Porém o melhor dessa história, é que na abordagem, os bandidos, reconheceram Alonso, prometeram que não fariam nada de mau ao casal e ao devolverem sua esposa, pediram desculpas e que o jogador marcasse um gol no Puntarenas no jogo desse domingo, na primeira partida das semifinais do campeonato costarriquenho de futebol. Disseram ainda, que ficariam felizes em vê-lo marcar o gol da vitória...
Não chore, não adianta mesmo...
As coisas na FNF são tão tristes, que apenas chorar já não basta... Mesmo sendo funcionário da entidade e sabendo que o Senhor Jean Charles, autorizara Leonardo Queiroz a assinar o comunicado, que prorrogava o prazo de inscrição dos jogadores para o campeonato sub-17, o Senhor Inaldo (aquele mesmo, que segundo o Ministério Público, teria pedido a João Dehon, presidente do Baraúnas, para superfaturar o valor da carga de ingressos em uma partida pela copa do Brasil, pois ele queria comprar um carro novo, entre outras coisinhas), foi “devidamente convencido” pelo Senhor Waldir, membro da diretoria do CDF Esporte e Cultura, a redigir a petição do CDF, protestando o jogo contra o Palmeiras das Rocas... Como o Senhor Inaldo, além de faz tudo na FNF mesmo estando enrolado com a justiça, é também secretário do TJD da federação, o protesto, deu entrada num dia e no outro, foi logo julgado (esse talvez tenha sido o julgamento mais rápido de história do futebol mundial)... O mais estranho (se é que existe ainda alguma coisa estranha na federação), é que o Palmeiras, não teve direito a defesa e a decisão foi imediata...
Existe uma razão para o CDF Esporte e Cultura, ter “convencido” o Senhor Inaldo a se juntar ao clube contra o Palmeiras... Esse é o último ano do CDF, pois em 2007, o Médico Fernando Suassuna, vai assumir as bases o ABC e fechar as portas do CDF Esporte e Cultura...
Gargalhe só assim você evita o infarto...
Uma fonte me assegurou que além do estádio na zona norte e da grana para a FNF, liquidar suas dívidas, os recursos obtidos pela venda do Juvenal Lamartine, ajudariam também, na eleição de um jovem, que já se lançou candidato a vereador por Natal...
- Normalmente escrevo durante a madrugada, sou notívago e sempre preferi o silêncio da noite aos ruídos do dia... Por essa razão, trato com atraso das comemorações do dia do cronista esportivo...
Temos motivos para comemorar? Creio que infelizmente não. Os salários são baixos (ridículos seria mais conveniente), a qualificação idem (existem honradas e honrosas exceções) e poucos são os que têm vinculo empregatício e as vantagens oferecidas pela lei... Nos jornais há mais profissionalismo, os salários são melhores (diria menos tristes), as carteiras são assinadas e a maioria tem formação universitária. Nas TV’s, talvez duas tratem suas editorias de esporte com profissionalismo, nas outras, o sujeito tem que comprar o horário, vender os espaços comerciais, apresentar e se disser algo que magoe seus chefes... Adeus! Mas é no rádio que o bicho pega... Lá a coisa é feia, muito feia mesmo... Falta profissionalismo, formação adequada e qualquer um pode empunhar um microfone, desde que possa conquistar “clientes” e assim garantir vaga nas muitas equipes terceirizadas pelas emissoras. A exceção da Rádio Globo Natal, que mantêm seus profissionais sob vinculo empregatício e lhes dá todas as garantias legais, o resto é cada um por si e Deus por todos. Essa é a dura realidade da imprensa esportiva no estado e é nesse caos, que todos labutamos. Poderia ser melhor, mas para isso, precisaríamos de empresários do ramo, gente que entendesse do riscado e gostasse de esporte. Precisaríamos de mais gente com diploma nas redações e na beira do gramado, precisaríamos de melhores e mais justos salários, precisaríamos investir em equipamento, em departamentos comerciais mais agressivos e mais espaço para o esporte. Precisaríamos e precisamos de muito mais, porém, o que temos é o gosto pela causa, boa vontade e uma enorme paciência para agüentar torcedor mala, que não conseguiu superar suas carências e só nos acham “inteligentes”, “imparciais”, “competentes” e “bons norte-rio-grandenses”, quando elogiamos seus times. Quando não, somos “picaretas”, “analfabetos”, “recalcados” e qualquer outra coisa que lhes venha à cabeça...
- Quem é de Natal vai entender...
Senhores membros do egrégio Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Norte, a assinatura do Leonardo Queiroz, moralmente, é mais forte que qualquer outra na FNF... Mesmo sendo apenas funcionário da federação, Leonardo, é quem há anos carrega nas costas as categorias de base no estado. Os empolados diretores são apenas figuras decorativas, que pouco ou nada sabem sobre futebol de base. Conheço Leonardo a mais de dez anos e afirmo, se ele assinou os documentos que prorrogaram o prazo de inscrição de atletas para a categoria sub-17, fez com autorização do diretor, Senhor Jean Charles. Leonardo jamais faria uma bobagem desse tamanho, nem seria estúpido para agir por conta própria, pois é profundo conhecedor dos meandros do futebol de base, desde os tempos em que seu Olimpikus, disputava esses torneios... Por outro lado, se o Senhor Jean Charles, o autorizou, é por estar sempre ausente e nele confiar, aliás, em matéria de ausência, essa administração é nota 10...
- América de Natal contra o Baré de Roraima e Baraúnas de Mossoró, contra o Vitória da Bahia. Assim começa a Copa do Brasil para os clubes do Rio Grande do Norte. Em tese, o América leva vantagem, enquanto o Baraúnas vai pegar o vice-campeão da terceira divisão. Mas é bom, não subestimar nem o desconhecido Baré, nem superestimar o famoso Vitória... Jogos apenas de ida e volta, costumam ser perigosos, principalmente para quem acha que já ganhou.
- As eleições realizadas ontem no ABC FC, transcorreram de forma calma, porém, num clima de esperança renovada. Muita gente compareceu ao Maria Lamas Farache para votar no novo conselho, gente “levinha”, gente “pesada” e gente que há muito não dava as caras no clube... Agora, é esperar que o novo conselho renove o mandato do presidente Judas Tadeu, e que Judas possa recolocar o clube na rota das vitórias e nos braços do torcedor.
- Ernane da Silveira continua presidindo o conselho deliberativo do ABC FC... Ótima notícia, tanto para o ABC, como para o futebol potiguar. Homem nobre, cordato, gentil, sério e respeitado, Ernane da Silveira é junto com José Rocha, presidente do conselho do América FC, o que de melhor o futebol do Rio Grande do Norte tem. Pessoalmente, nutro profundo respeito por ambos, pois sei que suas presenças engrandecem os dois mais importantes clubes do estado.
- Esperei um pouco para opinar, não costumo me deixar levar por arroubos, principalmente os patrióticos, já que, ao longo dos anos fui perdendo o encanto, afinal, fica muito difícil ter arroubos, diante dos roubos e da falta de vergonha da população, mas isso é outra história... Esperei para falar sobre o caso Clodoaldo Silva, menino bravo e determinado, que nos ensina muitas lições de perseverança e dignidade. Mas confesso que, desde o início não tinha muita segurança, para cair de pau, na reclassificação a ele dada. Mesmo com o próprio Clodoaldo protestando, eu não me sentia convencido a entrar na turma da xenofobia desvairada. Creio que foi bom esperar, pois, tinha em meu íntimo certa sensação de promoção e não de “sacanagem”, como alguns quiseram fazer parecer. Clodoaldo é fera, disso ninguém dúvida, Clodoaldo, é o atleta brasileiro com maior número de conquistas de nossa história e isso é um fato. Portanto, ao ter sido reclassificado, do nível S4 para o nível S5, imaginei que o estavam promovendo e evitando que o nível S4 acabasse se tornando tedioso, até para o próprio Clodoaldo. O fato de estar entre atletas um nível acima, só vai beneficiar o nadador, pois todos sabem, do que ele é capaz... Não deu outra, mal foi promovido, Clodoaldo já voltou a vencer e vencer bem, como sempre. Porém, esse é um novo desafio e nosso nadador vai ter que se contentar com menos medalhas, até que aprimore mais ainda sua técnica e volte a dominar as piscinas... Quem sabe, logo estarão elevando-o, ao nível S6 (se houver tal nível).