Imagem: Shaun Botterill/Allsport
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, agosto 22, 2018
A Justiças de Portugal não faz concessões e mantêm presos os suspeitos das agressões no CT do Sporting...
Imagem: Autor Desconhecido
Os primeiros suspeitos das agressões
na Academia do Sporting continuam em prisão preventiva...
Os 23 suspeitos das agressões à
equipe principal de futebol do Sporting na Academia de Alcochete que foram
detidos na noite do ataque vão continuar em prisão preventiva, três meses
depois de ter sido aplicada a medida de coação que devem passar por um processo
de revisão a cada três meses.
Na reavaliação trimestral, o juiz
de instrução criminal do Barreiro decidiu manter a medida de coação máxima para
todos, informa o jornal Observador...
No dia 15 de maio deste ano, a
equipe de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de
cerca de 40 torcedores encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e membros
da direção de futebol.
Os 37 identificados que estão em
prisão preventiva são suspeitos de vários crimes, entre os quais terrorismo,
ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com
violência...
Na sequência do ataque à
academia, nove futebolistas rescindiram os contratos com o clube.
Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel
Podence e Gelson Martins saíram em litígio com o Sporting e transferiram-se
para outros clubes, enquanto Ruben Ribeiro ainda está sem clube...
Bas Dost, Bruno Fernandes e
Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o Sporting, enquanto
William Carvalho saiu para o Betis, após acordo do clube espanhol com o
Sporting.
Com informações do Jornal Record
terça-feira, agosto 21, 2018
CR Vasco da Gama, 120 anos de uma história gigantesca... apesar de todos aqueles que sucatearam e saquearam o clube.
Imagem: Autor Desconhecido
Por ROBERTO VIEIRA - pinçado do blogue do Juca Kfouri
3 de abril de 1904.
3 de abril de 1904.
Cândido José de Araújo beijou a
medalha de prata.
Ninguém conseguira mais sócios
para o Vasco que ele.
Vasco que era das águas.
Cândido que era da África.
Não havia lugar para Cândido no
Fluminense ou Flamengo.
O lugar de Cândido era o Vasco da
Gama.
26 de junho era aniversário de
Cândido?
Lá ia a corriola familiar para o
Vasco da Gama.
Porquê naquele mesmo 1904,
Cândido seria eleito presidente vascaíno.
O primeiro presidente negro de um
clube brasileiro.
Escrever sobre o Vasco é, pois,
escrever sobre a luta contra o racismo.
O Vasco que triunfou sobre a
pureza racial – troço esquisito no Brasil.
O Vasco que jogava de negro para
provocar o adversário.
Negros mares orientais.
Vasco de analfabetos, mulatos,
descamisados e bons de bola.
Bons de bola e de remo.
O Vasco surgiu dez anos após a
Lei Áurea.
Mas parece que só o Vasco levou a
Lei ao pé da letra.
O Brasil de todas as raças de
Freyre só surgiu em campo na cruz de malta.
Tinha mistura no Bangu – mas era
britânica.
O caldeirão só explodiu no clube
dito lusitano.
Claro… o futebol não era
território de Cândido.
Muito mais interessado no
Albatroz.
Cem anos atrás o time ainda se
apresentava de casaca, ou seria jaqueta?
Casaca, casaca, casaca… a turma é
mesmo boa!
Eram tempos dos lanches no Filhos
do Céu.
Tempos dos pagamentos de bichos
por vitória.
Bichos, mesmo!
Bichos que simbolizavam cédulas.
Cinco mil réis um coelho, pá!
Seiscentos e sessenta e cinco
contos por S. Januário.
S. Januário que sacudiu o futebol
brasileiro.
Futebol que seria muito parecido
com uma França branca e trigueira sem o Vasco.
Pois a própria seleção brasileira
se queria branca até no uniforme.
Como se o Brasil fosse imaculado.
Como se negro fosse mácula.
Cândido achava graça.
E pra quem imagina que isso tudo
é coisa do passado.
Nada como lembrar Gentil Cardoso, técnico de
tantos clubes.
Inclusive do Vasco.
Técnico que nunca treinou a
seleção brasileira por ser negro.
Como Cândido.
Porque o futebol continua dotado
de um cinismo extraordinário.
A negritude é permitida dentro de
campo.
Na senzala.
Técnicos devem ser como os
senhores da casa grande…
Hoje, cento e vinte anos do
Vasco.
Vasco que vestiu até Pelé.
Imaginemos o que seria do Brasil
sem o futebol e sem o Vasco.
Um Brasil.
Sem Expresso.
Sem Vitória.
Um Brasil escandinavo.
Acidente na Stock Car 2 - Campo Grande - Mato Grosso do Sul...
Acidente aconteceu quando Erik Mayrink deixou a boxe e acabou por chocar com um outro carro que tentava parar para assistência...
Três mecânicos foram atropelados e dois deles sofreram traumatismo craniano.
segunda-feira, agosto 20, 2018
A posse de bola... um pouco de humor em tempos de bola murcha no Rio Grande do Norte.
Imagem: Adidas
Quem acompanha o futebol nos
últimos tempos têm percebido que essa história da posse de bola não interessa
nadinha...
Aliás, historicamente, a posse de
bola só tem serventia para aquele que joga mal – afinal, ser o dono da
redondinha sempre acaba garantindo uma vaga na pelada da escola, da praia ou da
rua.
Série C 2018...
Resta uma partida para que a rodada dos jogos de ida que vão definir quem vai ou não para a Série B de 2019 se complete...
Cuiabá e Atlético do Acre jogam
amanhã às 21 horas, na Arena Pantanal, no Mato Grosso.
Ontem, em Recife, diante de 49.476
pagantes, o Santa Cruz venceu o Operário por 1 a 0, gol de Vítor aos 45 minutos
do primeiro tempo...
A decisão ficou para o próximo
dia 26, quando paranaenses e pernambucanos se enfrentam em Ponta Grossa, no
Paraná, no Estádio Germano Krüger.
Na outra partida de ontem, o Botafogo
da Paraíba derrotou o Botafogo de Ribeirão Preto, São Paulo por 1 a 0, gol marcado
por Juninho aos 21 minutos do primeiro tempo...
No próximo fim de semana, em
Ribeirão Preto, o Botafogo da Paraíba joga por um empate.
No Caso de uma vitória simples do
Botafogo local, a decisão vai para os pênaltis...
Se vencer por um ou dois gols de
diferença, os paulistas estarão na Série B de 2019.
No sábado o Bragantino derrotou o Náutico por 3 a 1, em Bragança Paulista...
Para o Náutico complicou, mas não acabou com a possibilidade da equipe pernambucana mudar o curso da história e voltar a Série B.
domingo, agosto 19, 2018
Bragantino vence o Náutico por 3 a 1 em Bragança Paulista e vai para o jogo da volta podendo perder por um gol de diferença...
O Náutico foi até Bragança
Paulista para enfrentar o Bragantino pelas quartas de final da Série C...
Perdeu por 3 a 1.
A derrota encerra a
invencibilidade de 10 jogos do Náutico e joga a pressão para cima dos Pernambucanos...
Os dois times voltam a se
encontrar no próximo dia 26 (domingo), às 17 horas, na Arena Pernambuco.
O Bragantino para garantir seu
acesso à Série B de 2019 pode perder por um gol de diferença...
Uma vitória do Náutico por dois
gols de diferença leva a decisão da vaga para os pênaltis - não há o critério
de gols marcados fora de casa.
Trieste FC de Curitiba... Um time amador com estrutura de fazer inveja a muitos profissionais.
Imagem: Trieste FC
Trieste FC, de Curitiba: o time amador com melhor estrutura no Brasil
Fundado pela colônia italiana, o Trieste tem estrutura de dar inveja a
clubes profissionais
Postado por Rafael Luis Azevedo para o site “Verminosos por Futebol”
Curitiba é uma rara cidade do
Brasil com dois clubes campeões nacionais de futebol – Atlético e Coritiba, que
estão entre os mais tradicionais do país.
Fora do profissionalismo a
capital paranaense também se destaca, com o time dono da melhor estrutura no futebol
amador brasileiro.
O Trieste Futebol Clube faz
inveja a maioria dos clubes profissionais do país.
Afinal, o time mais bem-sucedido
do futebol amador de Curitiba possui um estádio com 2,5 mil lugares, todo com
cadeiras cobertas, o Francisco Muraro, no bairro de Santa Felicidade.
Mas não só isso.
Complexo esportivo
A sede do Trieste conta com um
ginásio poliesportivo anexo, com arquibancada para 600 espectadores, duas
quadras de grama sintética cobertas, piscina semiolímpica, academia, auditório,
alojamento/hotel para jovens das categorias de base e estacionamento.
“Pelo que eu conheço, não existe no Brasil nenhum outro clube amador
com tal estrutura”, aponta Heriberto Ivan Machado, pesquisador de futebol
há 55 anos, autor do livro “Trieste: O
Campeoníssimo Suburbano”, publicado em 2006.
Origem italiana
O Trieste foi fundado em 1937,
pela colônia italiana que formou o bairro de Santa Felicidade.
Oriundos da cidade de Trieste,
eles criaram um time com as cores da bandeira da Itália.
Ao longo dos anos, a equipe virou
a maior campeã municipal, com 12 títulos, e a maior campeã da Taça Paraná, que
reúne os campeões amadores de cada cidade, com 11 conquistas.
Esses dois feitos são
representados por estrelas no escudo, acompanhadas de uma terceira que remete
ao título do Torneio Sul-Brasileiro em 2007, competição anual que contempla os
campeões amadores de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
“Por essa razão, o time é chamado de Campeoníssimo”, indica
Heriberto.
Se o Trieste já era forte no futebol
amador de Curitiba, ficou ainda mais desde que a empresa de alimentos Stival,
dos proprietários Rafael e Alexandre Stival, assumiu o comando do time, em
2005, num contrato de arrendamento por 20 anos.
Moradores do bairro e torcedores
da equipe, eles fizeram boa parte do investimento atual, com o objetivo de
revelar e negociar jogadores.
“Atualmente só perdemos para o Atlético em Curitiba”, gaba-se o
empresário Rafael Stival, em entrevista ao Youtube do Trieste.
Passado o período de
arrendamento, todas essas melhorias serão propriedade do time.
Para alívio da torcida.
“Nenhum dos diretores atuais ou anteriores tinha condição financeira
para realizar algo pelo menos parecido com o que existe hoje”,
contextualiza Heriberto.
Liga organizada
O futebol amador de Curitiba é o
mais organizado do país, como o Verminosos por Futebol já mostrou na série de
reportagens #VerminososEmCuritiba.
O campeonato municipal, conhecido
como Suburbana, é disputado desde 1941, sendo promovido pela Federação
Paranaense de Futebol desde 1948.
O Trieste fez sua estreia na
competição em 1952, com 15 anos de trajetória, ainda na 3ª divisão da
Suburbana, e chegou à elite em 1959.
Em 1964, veio o primeiro título
da 1ª divisão – o último foi em 2013.
Seu maior adversário é o Iguaçu,
também formado por descendentes de italianos no bairro de Santa Felicidade,
fundado em 1919.
A equipe é a segunda maior campeã
da Suburbana, com 10 títulos, dois a menos que o Trieste, com quem faz uma
espécie de “Atletiba do Subúrbio”.
Nesse cenário, o Trieste preferiu
não seguir o caminho de Atlético e Coritiba.
“Se tivesse enveredado para o profissionalismo, seria apenas e tão
somente um time pequeno, com pouca torcida e sem nenhum dinheiro, como tantos
que existem no Brasil”, opina Heriberto.
Nome: Trieste Futebol Clube.
Fundação: 8/6/1937, no bairro de
Santa Felicidade, em Curitiba.
Estádio: Francisco Muraro.
Títulos:
12 vezes do Campeonato
Municipal (1964, 1965, 1968, 1969, 1972, 1975, 1976, 1984, 1985, 1986, 2006 e
2013),
11 vezes da Taça Paraná (1965, 1966, 1969, 1970, 1971, 1982, 1984, 1985,
1988, 1990 e 2006) e
1 do Sul-Brasileiro (2007).
Redes sociais: Facebook e
Youtube.
sábado, agosto 18, 2018
(Para não dizer que não falei do Alecrim) 103 anos... Comemorar o que?
O Alecrim completou 103 anos sem
ter o que comemorar...
Aos torcedores pouco restou além
da saudade dos tempos idos e das promessas que nunca se cumpriram.
Hoje o Alecrim luta para
sobrevier devastado por uma dolorosa penúria, na medíocre segunda divisão estadual...
Em lugar do hino, as lamúrias dos
que sabem que esse momento, seja talvez, o derradeiro espasmo, o último suspiro.
O Pai do futebol... Ebenezer Cobb Morley (1831/1924).
Ebenezer Cobb Morley, o pai do fair play no futebol e inventor do
impedimento
Doodle do Google homenageia o advogado britânico que lançou as bases do
futebol como o conhecemos
Alberto López para o El País
Antes dos campeonatos
internacionais, das seleções, dos direitos televisivos e do VAR, não existia
nada do que hoje conhecemos como futebol.
Antes dos números inimagináveis e
milionários para os craques, direitos de imagem e patrocinadores, o esporte-rei
guardava apenas uma semelhança com o de hoje: os jogadores chutavam algo
redondo.
Tudo o mais, medidas do campo,
uniformes, duração das partidas e regras do jogo estavam a meio caminho entre o
caos e a improvisação, porque, entre outras coisas, não cabia na mente humana
do século XVII que poderia haver jogos de futebol todos os dias da semana e que
estes poderiam ser transmitidos pela televisão de qualquer lugar do mundo ...
Ebenezer Cobb Morley era um
entusiasta dos esportes que se propôs a colocar alguma ordem no esporte que
começava a ser praticado maciçamente na Inglaterra.
A ele se deve o que hoje
consideramos futebol moderno, que, para se ter uma ideia do que era até aquele
momento, basta ver a regra número 13, que elaborou para o futebol do futuro: “Nenhum jogador deve usar pregos ou placas
de ferro que sobressaiam das solas ou dos saltos de suas botas “.
Filho de um ministro, Ebenezer
Cobb Morley nasceu em um dia como hoje, 16 de agosto, 187 anos atrás, em 1831,
em Hull, cidade da região de Yorkshire.
Morley era o mais velho de quatro
irmãos e desde muito jovem demonstrou grande interesse e aptidão para a prática
esportiva.
Ebenezer Cobb Morley, que seria
considerado o pai do futebol moderno, morou em Hull até os 22 anos de idade,
quando se mudou para a cidade de Barnes.
Estudou Direito e trabalhou como
advogado, sempre defendendo a necessidade de bases para estabelecer um
regulamento e um conjunto de normas que regessem qualquer tipo de esporte.
Em Barnes, Ebenezer Cobb Morley
foi o fundador da Barnes Football Club em 1862, e um ano depois, em 1863,
escreveu para o jornal local Bel’s Life para tornar pública sua intenção de
criar um comitê que ditasse as regras para o futebol.
Essa proposta levou várias
equipes da região a se reunir para elaborar as leis desse esporte, o que levou
à fundação da Football Association (FA), que é a atual Federação Inglesa de
Futebol.
Ebenezer Cobb Morley tinha claro
seu ideal, porque participou como jogador do primeiro jogo de futebol na
história contra o Richmond Football Club em 1863, uma partida que terminou com
um empate sem gols e que sofreu a carência de normas que disciplinassem o jogo
violento que se praticava e no qual valia quase tudo.
O desafio lançado por Ebenezer
Cobb Morley de dar um regulamento ao futebol foi amplamente aceito.
Membros de vários clubes da
Inglaterra se reuniram na Freeman’s Tavern para discutir uma futura
regulamentação que, mais tarde, o pai da ideia condensou em uma lista de regras
que se tornaram o padrão de jogo na Inglaterra.
As leis de Ebenezer Cobb Morley
ajudaram a reduzir a violência em campo e, também deram forma à regra crucial
que hoje conhecemos como impedimento, e que evita que os jogadores se mantenham
atrás da linha defensiva de um adversário à espera de um passe.
O regulamento continha normas tão
básicas, mas ao mesmo tempo tão importantes, como as medidas do campo, os
uniformes dos timos, todos os tipos de arremesso, a duração do jogo, o lateral,
a própria bola e, por exemplo, o número de jogadores que deveriam estar em
campo.
A regulamentação estabelecida
graças a Ebenezer Cobb Morley após o acordo entre vários clubes ingleses foi o
ponto de partida e lançou as bases do que hoje é conhecido como o futebol.
É verdade que, ao longo dos anos,
alguns aspectos foram modificados, mais países contribuíram para o seu
desenvolvimento e, a cada ano, novas regras tentam dar mais visibilidade e
justiça para o jogo, mas aquelas primeiras regras, escritas de próprio punho
por Ebenezer Cobb Morley, foram a origem de tudo e deram ao esportista e
advogado britânico o título de inventor do futebol moderno.
Morley também ajudou a fundar a
Associação Inglesa de Futebol, que continua sendo o órgão que rege o futebol no
Reino Unido.
Em 1863, foi eleito secretário
honorário da Football Association (FA), cargo que ocupou até 1866 e que
conciliava com a prática desportiva.
Mais tarde, foi presidente da FA
entre 1867 e 1874.
Mas não se dedicava só ao
futebol. Ebenezer Cobb Morley tinha uma grande paixão pelo esporte em geral:
foi fundador e secretário da regata de Barnes e Mortlake, além de ser
considerado um grande regatista, foi também membro do Conselho do Condado de
Surrey para Barnes (1903-1919) e juiz de paz.
Ebenezer Cobb Morley morreu sem
deixar filhos em 20 de novembro de 1924, aos 93 anos, na cidade de Richmond e
está enterrado no cemitério de Barnes, hoje quase abandonado.
O amor pelo esporte e a
longevidade de Ebenezer Cobb Morley tiveram continuidade em um legado que nos
permite apreciar, hoje, um esporte que é capaz de fazer um país inteiro parar
para torcer por um time ou uma seleção.
Nem mesmo o visionário do futebol
poderia imaginar o negócio que se tornaria um século e meio depois.
Imagem: Hunnid Grind
O esporte gera bilhões para a Catalunha...
Imagem: Mapa da Catalunha
2 bilhões de euros gera o esporte
para a Catalunha ao ano...
Valor é 1,5% do PIB da região, segundo associação
esportiva local...
Fonte: Máquina do Esporte
O STJD quer penas mais brandas para jogadores de futebol...
Imagem: Autor Desconhecido
O STJD voltará a converter parte
das punições de jogadores de futebol em medidas sociais...
O novo presidente do órgão, Paulo
César Salomão Filho, quer que as penas se tornem mais brandas, mas condiciona à
participação dos atletas punidos em palestras e aparições em instituições de
caridade ou escolas públicas.
Entretanto, a medida, para ser
aplicada, precisa ser solicitada pelo clube do jogador punido.
Mundial Feminino Sub-20... Inglaterra, Japão, França e Espanha vão disputar as semifinais do torneio.
Imagem: Catherine Ivill/Fifa via Getty Images
A Inglaterra chegou às semifinais
da Copa do Mundo Feminina Sub-20 pela primeira vez ao derrotar a Holanda por 2
a 1 em Vannes, na França...
Victoria Pelova colocou as
holandesas à frente aos 12 minutos, mas a Geórgia Stanway marcou aos 20 e aos
23 minutos os dois gols da virada inglesa – todos os gols foram marcados no
primeiro tempo.
A seleção inglesa vai enfrentar o
Japão, que derrotou a Alemanha por 3 a 1, na segunda-feira...
Quem vencer vai enfrentar França
ou Espanha na final da próxima sexta-feira.
No Grupo B, o Brasil foi
eliminado após perder para o México por 3 a 2, empatar com a Inglaterra em 1 a
1 e perder para a Coréia do Norte por 2 a 1...
O torneio é realizado desde 2001
e as seleções que mais venceram foram:
Alemanha: (2004,2010 e 2014)
Estados Unidos: (2002,2008 e
2012)
Coreia do Norte: (2006 e 2016)
quinta-feira, agosto 16, 2018
Atlético de Madrid dobra o Real e conquista a Supercopa da UEFA... Atlético de Madrid 2x2 Real Madrid (2x0).
Imagem: Lukas Schulze/Uefa via Getty Images
Há poucos dias, Sergio Ramos,
zagueiro do Real Madrid afirmou que a saída de Cristiano Ronaldo não faria a
equipe madridista deixar de vencer...
Ontem, pelo menos, deixou.
É claro que jamais saberemos se a
falta do camisa 7 influenciou ou não...
O que se sabe agora, é que 18
anos depois, o Real Madrid perdeu sua primeira final internacional.
A última derrota aconteceu diante
do Boca Juniors na final da Taça Intercontinental (1x2), na cidade de Tóquio, em
2000...
Seguiram-se então 13 finais vitoriosas
fora de Espanha: 5 Liga dos Campeões, 4 Supertaças Europeias, 3 Mundiais de
Clubes e 1 Taça Intercontinental.
Imagem: Maxim Shemetov/Reuters
Na Espanha, curiosamente, as três
ultimas finais perdidas pelo Real foram para Diego Simeoni...
Taça do Rei (2013), Supercopa de
Espanha (2014) e Supercopa Europeia (2018).
No final a vitória do Atlético
foi justa, perfeita, irretocável...
Diego Costa, Saúl e Koke, numa
noite inesquecível, na bela capital da Estônia, Tallinn, dobraram o poderoso
Real e conquistaram a terceira Supercopa da Europa (2010, 2012 e 2018) para o
Atlético de Madrid.
Imagem: Raigo Pajula/AFP/Getty Images
O futuro da Copa do Nordeste vai até 2019... Depois, seja o que Silvio quiser.
O otimismo em relação ao futuro
da Copa do Nordeste está me parecendo aquela reação nervosa de quem recebeu uma
notícia inesperada e brutal...
Diante do choque só restou se apegar
à crença de que todas as promessas serão cumpridas.
Porém, é bom ter mente o
seguinte: o SBT garantiu 2019, é só...
Depois disso, tudo é especulação.
A emissora paulista, apesar de já
ter enveredado pelo esporte, é errática, hora quer, hora não quer...
Historicamente, nunca mostrou
querer de verdade.
Portanto, é melhor manter aquele
olhar charmoso para Silvio Santos...
Torcendo que ele, “estando
carente”, se comova.
STF envias processo contra Andrés Sanchez, presidente do Corinthians para a Justiça Federal do Paraná...
Imagem: Autor Desconhecido
O Ministro Celso de Mello enviou
processo criminal contra o deputado federal Andrés Sanches à Justiça Federal do
Paraná...
O presidente do Corinthians é
investigado na “Operação Lava-Jato” sobre supostos recebimentos de propina para
ajudar a superfaturar o estádio de Itaquera em favor da Odebrecht.
Observação:
O processo foi enviado à primeira
instância por não ter sido o suposto delito cometido durante a decorrência do
mandato do parlamentar...
Segundo o Ministro Celso de Melo,
a prerrogativa é estendida “somente a quem haja cometido, ‘in officio’, fato
criminoso que guarde estrita vinculação com o exercício das funções inerentes
ao cargo que titulariza”.
"Eles querem jogadores caros, mas usam camisas falsas e pulam catracas para entrar no estádio"... Aurelio De Laurentiis, presidente do Napoli.
Imagem: Autor Desconhecido
“O Napoli é o único clube
italiano que esteve nas competições europeias durante as últimas nove
temporadas e, de acordo com um estudo holandês, foi o que mais cresceu no país
recentemente. Em Nápoles, eles querem que eu gaste bilhões de euros para
contratar os jogadores que aparecem, mas depois usam camisas falsas e pulam as
catracas para entrar no estádio. Eles reclamam de mim, mas também reclamo
deles”, declarou o presidente Aurelio De Laurentiis.
quarta-feira, agosto 15, 2018
Cresce nos Estados Unidos o interesse pelo futebol...
Imagem: Autor Desconhecido
Estudo mostra que, com ou sem
Copa, futebol cresce nos EUA
Desde 2012, interesse da
população adulta do país aumentou 27%
Por Duda Lopes para o Máquina do
Esporte
O futebol ainda está longe de ser
verdadeiramente popular nos Estados Unidos, mas um levantamento da Nielsen
aponta o quanto o esporte tem tido um crescimento contínuo nos últimos anos,
independentemente da Copa do Mundo, com a presença ou não da seleção americana
no Mundial.
Segundo a agência, o interesse da
população adulta dos Estados Unidos pelo futebol cresceu 27% desde 2012.
Mais do que isso, não houve um
único ano desde então com queda no quanto o americano valoriza o esporte.
Neste ano, 47% da população com
mais de 18 anos mostra algum apego à modalidade.
Em 2017, esse número estava em
44%, contra 42% apresentado em 2016.
O crescimento foi acentuado em
2018, ano de Copa do Mundo que não contou com os americanos.
O salto foi maior do que o
ocorrido entre 2013 e 2014.
Mais importante do que essa
demonstração de interesse está o fato de sua aplicação na prática no mercado.
A audiência da MLS (liga de
futebol dos Estados Unidos) tem apresentado crescimento no país.
Na televisão, a competição tem
tido, em média, um aumento de 13% no número de torcedores nesses últimos anos.
No mercado americano, o futebol
ainda enfrenta um problema-chave para a popularização da modalidade, apesar
desse crescimento recente.
Hoje, o esporte se mantém fechado
nos mercados onde a MLS atua de fato, onde há time e jogos.
Fora, o “soccer” se mantém ainda
muito longe do protagonismo.
Nova York, Los Angeles e Seattle
são exemplos de locais onde há um maior espaço para a liga.
Miami, ainda sem time, é uma
exceção, que pode ser explicada pelo alto número de latinos.
Supercopa da Europa... Real Madrid x Atlético de Madrid.
Daqui a pouco às 16 horas,
horário de Brasília, o Real Madrid e o Atlético de Madrid se enfrentam no
Estádio Le Coq Arena, em Tallinn, na Estônia, em partida válida pela Supercopa
da UEFA...
Pela quinta vez consecutiva a
Espanha terá no lugar mais alto do pódio o campeão da competição - (Real Madrid: 2014/16/17 - Barcelona 2015)
O Real Madrid tentará o
tricampeonato e o quarto título em cinco anos (2002, 2014, 2016 e 2017)...
Enquanto o Atlético de Madrid
busca sua terceira conquista (2010 e 2012).
A Liga da Espanha espera aumentar seu faturamento nos próximos anos...
5 bilhões de euros pretendem
chegar em faturamento os times da LaLiga, liga espanhola de futebol, até a
temporada 2021/2022.
Fonte: Máquina do Esporte
segunda-feira, agosto 13, 2018
O plano do Real Madrid para Vinícius Júnior...
Imagem: Eduardo Muñoz Alvarez/AFP
O plano do Real Madrid para Vinícius Júnior
Clube espanhol quer polir o atacante brasileiro de 18 anos, pelo qual
pagou 45 milhões de euros, com um programa de treinos técnicos e táticos
Luis Miguel Hinojal para o El País
Sob a pressão de expectativas
enormes, de atuações forçosas e da exigência de um clube mastodôntico
distanciado das glórias passadas, um adolescente carioca viveu os dois últimos
anos na mesma velocidade que agora exibe sobre os gramados com a camiseta do
Real Madrid.
Na Flórida, em Maryland e em Nova
Jersey, Vinícius Júnior mostrou sinais de um atacante vertical, profundo e
ambicioso.
Com uma dose extra de explosão e
um vistoso potencial em termos de imaginação na hora de aplicar sua ginga e
seus recursos técnicos.
Também revelou que, por trás
desse atrevimento, há um jogador com deficiências próprias de quem ainda está
na etapa de formação.
Em maio de 2017, Vinícius Júnior
treinou pela primeira vez com o time principal do Flamengo.
Quatro dias depois, o Maracanã o
recebeu de pé quando entrou em campo para estrear como profissional contra o
Atlético Mineiro de Robinho, o ídolo do jogador carioca – de quem recebeu a
camiseta.
Apenas 68 jogos e 14 gols depois,
com 18 anos recém-completados, Vinícius Júnior aterrissa no Real negociado por
45 milhões de euros (171 milhões de reais, no câmbio atual), a segunda
transferência mais cara do futebol brasileiro.
O valor só é superado pela venda
de Neymar ao Barcelona pelo Santos.
Nascido e criado numa das regiões
mais pobres de São Gonçalo, município da zona metropolitana do Rio castigado
pela violência do narcotráfico, Vinícius entrou aos cinco anos para uma das
escolinhas do Flamengo.
Aos 10 foi federado pelo clube
rubro-negro, que desde o final dos anos setenta havia transformado em lema uma
manchete eloquente: “Craque o Flamengo
faz em casa”, ilustrando que seu fértil celeiro de craques era capaz de
forjar lendas como Zico, Júnior, Andrade, Leandro e Mozer – que em 1981
venceram a Copa Libertadores e a Intercontinental para um time que
historicamente contou com a torcida mais numerosa do mundo.
Vinícius jogou sempre em
categorias superiores às da sua idade.
Destacava-se por seu drible, seu
físico potente e uma ascendente produtividade goleadora.
Logo se transformou em referência
das categorias de base.
Tudo se acelerou de maneira
vertiginosa no início de 2017.
O jogador virou celebridade após
uma incrível atuação na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a maior competição
sub-20 do país.
Com 16 anos, Vinícius deixou um
belo mostruário de gols, gestos técnicos e dribles festejadíssimos pelo público
da TV.
Logo depois, ele venceu com a
seleção brasileira o Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-17 no Chile, sendo
o máximo artilheiro e eleito o melhor do torneio.
O Flamengo havia elaborado um
plano para introduzi-lo progressivamente na metodologia de funcionamento do
time profissional.
Vinícius estreou no Campeonato
Brasileiro com 16 anos e 10 meses.
Em maio de 2017, renovou o
contrato com o clube por vários anos como parte do processo de venda ao Real
Madrid.
Mas seus primeiros jogos como
profissional trouxeram confusão.
O lendário Tostão, cuja
maravilhosa clarividência para marcar gols era equiparável à que agora exibe
como colunista, escreveu que parecia que Vinícius, por sua relevância midiática
e sua transferência ao Real Madrid, já havia se transformado em fenômeno
mundial antes mesmo de ser titular do Flamengo.
“Vinícius Júnior já é, antes de ser. Tomara que seja.”
As perspectivas de futuro se
transformaram numa dura pressão sobre os ombros de um garoto de 17 anos.
Ele driblava quando deveria
segurar a bola; escolhia opções ruins de passe e não tinha pausa; e saía do
banco para entrar no gramado com uma enorme ansiedade, o que bloqueava seu
raciocínio sobre o jogo.
Seu primeiro gol só veio em
agosto.
“Possui uma enorme velocidade”, escreveu Tostão na Folha de S.
Paulo, “[mas] está ainda muito agitado,
apressado, tentando fazer, de cada jogada, um monumento. Tem que encontrar o
momento exato de executar as jogadas decisivas, sem afobação.”
Vinícius não conseguiu ser
decisivo em quase nenhum jogo, mas em 2018 amadureceu.
O ano começou com um paradoxo:
cada partida era mais uma oportunidade de ganhar experiência – e, também uma a
menos para se despedir de seu clube.
Seus evidentes avanços para
entender melhor o jogo, começaram a aparecer.
Episódios pontuais, como dois
golaços no Equador contra o Emelec, na Libertadores, também lhe deram confiança
e um recorde: o de jogador brasileiro mais jovem a marcar na competição.
Cada vez mais afloravam suas
arrancadas, suas fintas eletrizantes e sua ambição pelo mano a mano.
E veio outra virtude crescente: o
garoto é um lince para sair da marcação, acelerando sem a bola rumo aos espaços
livres para dar opções aos companheiros.
Fez 18 anos em julho. Teve cinco
treinadores em dois anos, num time marcado pelas turbulências internas e pela
ausência de grandes títulos.
Rumo ao Real Madrid, Vinícius
Júnior deixou o Flamengo líder do Brasileirão, e sua torcida órfã de uma
referência quase familiar.
Sua aceleração sobre a lateral
encarando rivais parece a metáfora de sua precocidade e de uma meteórica
ascensão que agora freará para tentar tomar um impulso diferente, que
desenvolva seu grande potencial.
Planos de futuro
Dribles e pedaladas ante o
Manchester United e uma preciosa assistência a Marco Asensio no gol contra a
Juventus foram a carta de apresentação de Vinícius Júnior na temporada
norte-americana.
No jogo contra a Roma, ele deixou
uma sequência de ações que o definem em apenas 15 segundos: junto à lateral
esquerda e pressionado por um rival, devolveu um passe de calcanhar debaixo das
pernas do adversário, seguido de uma roleta para sair da armadilha.
Uma obra de arte que se desvaneceu
quando ele levantou a cabeça, viu um companheiro saindo da marcação pelo lado
oposto e tentou um passe longo que acabou se perdendo pela lateral muito longe
do destinatário.
Em Valdebebas, não houve
surpresa.
Nos últimos meses, o Real Madrid
preparou minuciosamente a adaptação de sua promessa brasileira.
Primeiro, quando Vinícius ainda
jogava no Brasil, enviando-lhe vídeos para explicar como jogam seus novos
companheiros e a dinâmica do futebol europeu.
O Centro de Excelência em
Performance do Flamengo também enviava pontualmente todos os dados biomecânicos
e médicos sobre a evolução do jogador, que desde 2016 cresceu quase dois
centímetros (tem 1m77) e ganhou três quilos de peso, alcançando os 68.
A evolução antropométrica e os
dados falam de um atleta que adquiriu 10% de força e potência nesse período, e
que também possui agora muita capacidade de recuperação após intensos esforços
repetidos em curtos espaços de tempo.
Nada surpreendente num esportista
em desenvolvimento com boa genética.
Além disso, o Real elaborou um
programa de treinamento específico para Vinícius e o aplica desde a sua
chegada.
O objetivo é potencializar
virtudes e polir defeitos.
O jogador deve, por exemplo,
melhorar bastante seu manejo da perna esquerda e seu jogo aéreo.
Também, em menor medida, a
qualidade e a tensão dos lançamentos com a direita correndo.
Deverá se esforçar muito para
aperfeiçoar sua capacidade de definição, que pode melhorar em termos de
recursos e agilidade, um fato que o próprio Zico já advertia há pouco na
imprensa.
Em termos de compreensão do jogo,
o corpo técnico trabalha para que Vinícius Júnior minimize suas perdas de bola
e seja mais seletivo na hora de escolher quando e como arranca e dribla.
Precisa administrar melhor a
pausa e se ativar mais rápido no aspecto defensivo.
No momento, Lopetegui não tem
queixas, e o garoto atende como uma esponja.
Ante a profusão de elementos
ofensivos na primeira equipe, contudo, será complicado para Vinícius somar
minutos na elite por enquanto.
Tudo vai depender da sua
evolução.
Não há prazos estabelecidos, e
sim muita paciência.
O clube inscreveu o brasileiro no
juvenil “A”, mas o Castilla parece seu destino de competição imediato.
Aos 18 anos, o que ele mais
precisa é jogar.
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