Imagem: Imago
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, abril 05, 2012
ABC 1x1 ASSU...
Leandro Campos saiu em direção ao
vestiário afirmando que nesses dois anos a frente do ABC, a partida de ontem a
noite foi a pior que ele viu seu time jogar.
Se Leandro disse, que sou eu para
dizer o contrário...
Mas será que neste 1x1 o ASSU não
teve nenhum mérito?
Será que foi apenas o ABC que
jogou um péssimo futebol?
Para ser franco, o melhor seria
dizer que ambas as coisas são verdadeiras.
O ASSU jogou como deveria
jogar...
Marcou e tentou nos contra
ataques, resolver o jogo.
Já o ABC facilitou a tarefa do
adversário com um meio campo inoperante um ataque inexistente.
Já que toquei no ataque alvinegro,
que tal duas ou três palavrinha sobre o Washington?
Palavrinha um... até aqui, não justificou
a euforia com que foi recebido e nem a fama que o precedeu.
Palavrinha dois... até aqui,
provou que a direção do Ceará estava coberta de razão quando sem pestanejar o
liberou.
Palavrinha três... o pênalti perdido
ontem, não está em questão, pois perder penalidades não é nada incomum...
O que incomoda é a forma bisonha
como Washington se comporta em campo.
Potiguar de Mossoró 2x1 América...
O Potiguar de Mossoró fez com
certeza, uma das piores campanhas de sua história num estadual...
Desde que moro em Natal, nunca vi
a equipe mossoroenses montar um time tão medíocre...
Porém, ontem, o América conseguiu
se superar...
Começou vencendo e acabou
entregando o jogo.
Entregou sem sequer espernear...
Não fosse o campeonato potiguar
uma competição de um nível tão baixo, as chances do América de ainda permanecer
na zona de classificação para as semifinais, seriam muito pequenas.
O 2x1 aplicado pelo Potiguar
mostrou claramente que o time tido e havido por muitos, como qualificado e
competitivo, não passa de um engodo e que para a Série B, pouco ou quase nada
dessa equipe, deve permanecer...
Domingo, os rubros vão para Açu e
lá, diante do ASSU, decidem sua vida...
Pessoalmente, não creio que o
América acabe eliminado, mas se o for, terá sido por puro merecimento.
terça-feira, abril 03, 2012
Surf Universitário... meninas bonitas e a ótima participação dos potiguares.
Imagem: Talles Freitas
Aconteceu neste fim de semana, na
paradisíaca Praia do Pontal de Baía Formosa-RN a etapa de abertura do Circuito
Brasil Tour Surf Universitário 2012.
Em ondas de 1m e com excelente
formação, equipes vindas de vários estados brasileiros lutaram pelos títulos
das 5 categorias em disputa.
O grande vencedor da Open
Universitário, a principal categoria da competição que oferece um carro 0 km ao
campeão do circuito, foi o atleta potiguar Caio César, que com a vitória fez a
alegria da torcida que lotava as areias da Praia do Pontal de Baía Formosa.
Thomas Demétrio, do Ceará ficou
em segundo lugar e André Fagundes, do Rio Grande do Norte, ocupou a terceira
posição.
Entre as meninas a cearense
Rafaela Bahia, terminou em primeiro lugar e largou na frente da corrida pelo
título de Bicampeã Brasileira de Surf Universitário.
Na segunda e terceira colocações respectivamente
ficaram as potiguares Alessandra Ramos e Gabriela Silveira.
Rafaela Bahia arrancou dos
árbitros nada menos que um 9,25 a segunda maior nota de toda a competição, ficando
atrás apenas de Marinho Lima/RN, que cravou exatos 9,75 em uma incrível onda
com direito a tubo.
Na categoria Master Degree,
destinada a atletas que já são graduados em cursos de nível superior, o título
ficou com o cearense Phelipe Maia, atual Campeão Brasileiro.
Em segundo ficou André
Fagundes-RN, com Paulo Germano-PB em terceiro e Elias Lamas-RN em quarto.
Na categoria Freesurf, a porta de
entrada do circuito, o grande vencedor foi o catarinense Igor Gouveia, filho da
lenda do surf brasileiro, Fábio Gouveia. Em segundo ficou o potiguar Raphael
Cabral, com o cearense João Paulo Mota em terceiro e Thibor Caldas-RN na quarta
colocação.
O que chamou a atenção nessa
categoria foi o desempenho do estreante e campeão Igor Gouveia. Mesmo com todos
os olhares voltados para o filho daquele que colocou Baía Formosa no mapa do
surf brasileiro, Igor não se intimidou mostrando que tem no sangue a sina de
competidor nato.
A única categoria da qual o atual
campeão brasileiro saiu vencedor foi a Open Estudantil, com um verdadeiro show
do herói local de Baía Formosa, Jackson Rodrigues.
Surfando com muita segurança e
fluidez ele abusou das manobras progressivas para vencer todas as baterias que
disputou levando a torcida ao delírio em uma vitória consolidada por sua uma
irretocável atuação, abrindo caminho para a conquista do bicampeonato
brasileiro da categoria.
Após as disputas na água foi à
vez dos participantes assistirem aos desfiles para a escolha da representante
potiguar no concurso de beleza Universitária Brasil.
Nove lindas universitárias
desfilaram na passarela montada ao lado palanque principal da Vila
Universitária para disputar a simpatia dos jurados e o prêmio de R$ 2 mil
oferecidos às três primeiras colocadas.
No final a grande vencedora foi à
morena de sorriso fácil, estudante de Educação Física, Renata Domingues, que
faturou um cheque de R$ 1 mil. Na segunda colocação ficou a futura psicóloga,
aluna da Amanda Carvalho, levando um cheque de R$ 600,00 e na terceira
colocação ficou a também aluna de Educação Física, Renata Medeiros, que levou
pra casa R$ 400,00 de premiação.
Lembrando que nas três etapas do
Circuito Mundo Universitário serão realizadas eliminatórias locais e as
vencedoras irão para Fortaleza, com todas as despesas pagas, para a decisão
final onde conheceremos a grande vencedora do Concurso de Beleza Universitária
Brasil 2012, que irá engordar a conta bancária em R$ 5 mil, ficando sua vice
com o prêmio de R$ 1 mil, contabilizando R$ 12 mil em premiação distribuídos durante
o concurso.
No geral, a etapa de abertura do
Circuito Mundo Universitário 2012 contabiliza vários dividendos onde os
principais são: o significativo incremento em delegações, como a carioca e a
catarinense que marcaram forte presença na competição; e o estímulo ao ingresso
e retorno aos bancos das mais diversas faculdades de novos atletas que estão
enxergando no surf universitário uma oportunidade única de crescimento
cultural, pessoal e profissional.
A próxima etapa do Circuito
Brasileiro de Surf Universitário será em Balneário Barra do Sul-SC, na Praia do
Bispo, entre os dias 20 e 22 de abril e o grande encerramento do circuito
acontecerá na Praia do Futuro, em Fortaleza, entre os dias 11 e 13 de maio,
onde conheceremos todos os campeões do maior circuito universitário de surf do
planeta.
O vencedor da categoria
Open Universitário, receberá 1 carro 0 km e três motos serão entregues para os campeões das categorias Feminino
Universitário, Free Surf Universitário e Master Degree.
O vencedor da Open Estudantil, receberá uma passagem para Fernando de Noronha.
O valor total dos prêmios atinge a cifra de 50 mil reais.
RESULTADOS
OPEN UNIVERSITÁRIO
1º Caio César-RN – NASSAU
2º Thomas Demétrio-CE – FIC
3º André Fagundes-RN – UNP
4º Vitor Borges-SC – UDESC
FEMININO UNIVERSITÁRIO
1ª Rafaela Bahia-CE – ATHENEU
2ª Alessandra Ramos-RN – UFRN
3ª Gabriela Silveira-RN – UFRN
4ª Maria Eduarda-PE – UNICAP
MASTER DEGREE
1º Phelipe Maia-CE – Gestão de
Empresas
2º André Fagundes-RN – Eng. Civil
3º Paulo Germano-PB – Ed. Física
4º Elias Lamas-RN – Administração
FREE SURF UNIVERSITÁRIO
1º Igor Gouveia-SC – UFSC
2º Raphael Cabral-RN – UNP
3º João Paulo Mota-CE – UVA
4º Thibor Caldas-RN – UNP
OPEN ESTUDANTIL
1º Jackson Rodrigues-RN
2º Dayvson Santos-RN
3º Israel Júnior-RN
4º Wemerson de Sousa-CE
Fonte: Blog Manobra Radical/Diário do Nordeste.
domingo, abril 01, 2012
Quem sabe um dia, talvez...
O caso dos precatórios que atinge o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, é de uma precariedade moral enojante...
Março levou Ricardo Teixeira, mas o entulho ainda permanece...
Ás águas de março levaram Ricardo
Teixeira...
Entretanto, o lixo trazido à tona
ainda permanece nos corredores, sótãos e porões do nosso futebol a servir de
abrigo aos ratos e baratas que dele se alimentam.
Palmeira 0x1 ABC...
Domingão é dia de futebol...
Para os 911 torcedores que foram
a Goianinha assistir o Palmeira local jogar contra o ABC a máxima acima,
prevalece...
Para os demais, que preferiram
evitar a estrada e curtir a família e os amigos, não.
Seja lá como for, parece que quem
ficou não perdeu nada de importante...
Afinal, o ABC venceu e mesmo que
aos trancos e barrancos, reassumiu a liderança do campeonato – coisa que,
aliás, pela nova fórmula de disputa, não tem nenhum valor prático, pois o
líder, caso perca para o quarto colocado na semifinal, dá adeus ao baile e vai
choramingar no sofá – e deve ser um dos semifinalistas do segundo turno.
O gol alvinegro saiu aos 41
minutos do segundo tempo, depois de uma falha tosca da defesa palmeirense.
Encerrada a sétima rodada do Campeonato Potiguar 2012...
- Em Caicó, o EC Caicó venceu o
Potiguar de Mossoró por 2x1 e seu pulso ainda pulsa, mesmo que o curandeiro
responsável pelas últimas tentativas de manter vivo o moribundo já tenha
declarado que está à espera de um milagre.
- Lá pelas bandas de Açu, o ASSU
derrotou o Corintians por 2x1 e está na briga por uma das quatro vagas na
semifinal do turno...
O maior problema do ASSU é ter
que enfrentar nas duas últimas rodadas, o ABC e o América...
O primeiro fora de casa e o
segundo em casa.
Mas, como a irregularidade tem
sido marca registrada das duas maiores equipes do Estado, nada impede que o
ASSU faça uma graça e acabe causando uma verdadeira desgraça na vida de um dos
dois.
- Em Mossoró, o Baraúnas recebeu a
visita do Alecrim...
Dizem que foi gentil, mas não a
ponto de permitir a equipe alecrinense um retorno feliz a Natal...
O tricolor venceu por 2x1,
assumiu a segunda posição na tabela e deixou os verdes com várias pulgas atrás
da orelha, pois na classificação geral, apenas um ponto separa o Alecrim do
Caicó na luta para fugir do rebaixamento.
O silencio como resposta...
- “Quem porra é Andrielly”? (sic)
Perguntou em seu Twitter o
presidente do América, se referindo ao árbitro da partida de ontem à tarde em
Goianinha entre o América e o Santa Cruz.
Esperei que a CEAF – Comissão de
Arbitragem da Federação, na pessoa de seu chefe, o Coronel PM Ricardo
Albuquerque, respondesse...
Nada, silencio total até aqui.
Esperei uma posição do Sindicato
dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Norte – na pessoa de seu
presidente, Luiz Carlos Câmara, seu presidente...
Também nada, apenas o completo e
total silencio.
A única a se manifestar através
de uma nota oficial assinada por seu presidente, José Vanildo, foi a Federação
norte-rio-grandense de Futebol, mas assim mesmo, preferiu ficar no campo da
generalização – isto é, falou mais de si mesma do que dos árbitros acatados.
Andrielly Elkeitt de Oliveira, ao
que parece, para a CEAF e para o SINDAFERN, realmente não é ninguém que mereça
ao menos uma palavra de solidariedade.
sábado, março 31, 2012
América 0x2 Santa Cruz...
890 torcedores americanos
deixaram seus lares...
E confiantes rumaram para Goianinha
certos que veriam mais uma vitória de sua equipe.
Certamente, esse era o sentimento
de todos.
Era...
Mas não foi o que aconteceu.
No primeiro tempo, a equipe rubra
nada fez e por nada fazer, acabou perdendo por 1x0...
Na segunda etapa, aproveitando o
recolhimento do Santa Cruz, o América passou a ficar mais com a bola...
Ficou, mas, porém, como quase
sempre, não soube o que fazer com ela e sem saber o que fazer foi se enervando
e abandonando os cuidados defensivos...
Resultado?
Tomou o segundo gol.
Flavinho e Rodrigo Carioca,
jogadores do Santa Cruz pegaram bem menos na bola, mas quando pegaram, souberam
o que fazer e por essa razão, vão para casa com a certeza do dever cumprido e
aquele sorrisinho maroto no rosto.
Leandro Campos diz que não disse o que os microfones captaram e ameaça processar o árbitro Suélson Diógenes...
O treinador Leandro Campos,
figura de quem gosto e a quem respeito profissionalmente, é como todo ser
humano, falível...
Num espaço pequeno de mais ou
menos 15 dias, Leandro perdeu as estribeiras no jogo América e ABC – o que
convenhamos não é nada de anormal em se tratando de gente que trabalha sob
forte pressão – sofreu um processo de insanidade temporária ao declarar após a
partida que se fosse julgado e condenado deixaria o comando do ABC – voltou atrás
em menos de 48 horas – e agora, demonstra estar sofrendo de amnésia ao afirmar
que em nenhum momento foi desrespeitoso com o árbitro e que jamais falou os
palavrões que o árbitro fez constar na sumula...
Pincei do blog do Marcos Lopes as
palavras do treinador:
”Em momento nenhum fui
desrespeitoso com a figura do árbitro, nem muito menos chamei os palavrões que
foram colocados na súmula. Mas, isso agora pouco importa. Sai sendo considerado
o culpado pela minha reação. Agora é esperar”.
Li e reli a declaração acima e
depois, cá com meus botões fiquei a matutar...
Leandro tem certeza do que está
dizendo?
Alguém o avisou que havia
microfones abertos ao seu lado durante o bate boca entre ele e o quarto
árbitro?
Não lhe foi dito que os
microfones em questão pertenciam às emissoras de rádio que transmitiam para o
Estado, para o Brasil e para mundo, via internet e que por essa simples razão,
milhares de ouvintes ouviram cada palavrãozinho proferido?
Será também, que nenhum membro de
sua comissão técnica, segurança do clube, jogador, assessor de imprensa,
dirigente ou algum desocupado que costuma frequentar os treinos do clube, não soprou
em seu olvido que desde 1877, Thomas Alva Edison usando um fonógrafo foi capaz
de registrar e reproduzir sons e que, portanto, há 135 anos, não há mais
como desmentir o que fica registrado pela infernal invenção deste americano?
Leandro Campos conhece a
legislação que obriga as emissoras a manterem o registro de toda a sua
programação?
Além disso, é bom informar ao
treinador que as emissoras não só por imposição legal, mas também como registro
histórico, tem por hábito colecionar suas transmissões radiofônicas e que estas,
ficam a disposição de qualquer pessoa interessada em sua pesquisa.
Portanto, é bom Leandro Campos fazer
um esforço de memória e esquecer este discurso, pois quem ouviu não vai
esquecer e quem não ouviu, pode solicitar a gravação da transmissão e ouvir
detalhadamente o vasto vocabulário de palavrões disparados contra o quarto
árbitro e o desrespeitoso tratamento dado ao árbitro do jogo.
Mas a amnésia é tão séria que
Leandro ainda ameaçou...
“Dependendo do que possa
acontecer comigo, vou entrar com um processo contra o árbitro, pelas inverdades
relatadas na súmula”.
Cada um faz o que quer, mas eu
aconselharia a Leandro a não entrar com nenhum processo, pois além de perder em
todas as instâncias, ainda corre o risco que ser processado.
sexta-feira, março 30, 2012
Péssimo e inútil exemplo...
Os dirigentes de América e ABC
antes do clássico deram um show...
De mau gosto...
De deselegância...
De falta de decoro e completo
desconhecimento de como promover uma partida de futebol.
O resultado foi uma renda pífia, ânimos
desnecessariamente exaltados e o alargamento do fosso que os separa, enfraquece
e os torna presa fácil de todo o tipo de armação contra suas equipes e o
futebol norte-rio-grandense.
É impressionante a necessidade
que esses senhores têm subverter a ordem natural das coisas, buscando aparecer
mais que atletas, treinadores, comissão técnica, árbitros e torcedores.
Eles me fazem pensar nessas “modelos”
gostosonas, burrinhas e fascinadas por uma câmera que tudo fazem para
aproveitar um grande evento e mostrar os únicos dotes que possuem em busca do
estrelato...
Entretanto, como as mariposas,
basta que as luzes se apaguem para que desapareçam.
O mais chato de tudo isso é que os
veículos de comunicação insistem em lhes dar palco, microfone e holofotes para
que continuem repetindo suas enfadonhas cantigas de grilo.
Lamentações...
Kleber Carvalho, vice-presidente
do América é mais um a recorrer ao muro das lamentações...
Kleber por escrito mencionou sua
decepção como os torcedores rubros que na última quarta-feira à noite,
preferiram ficar em suas casas a se deslocar até Goianinha para assistir a
partida contra o Alecrim.
“Neste último jogo com o Alecrim
só tivemos 167 torcedores que compraram ingressos. E dos 1.634 entre sócios,
conselheiros e sócios proprietários só compareceram neste jogo 437”...
Kleber reconhece a distância, mas
e diz que ela é igual para todos...
Ele tem razão, a distância sempre
será a mesma, mas a forma como percorrer essa distância ida e volta é que acaba
determinando se o sujeito vai o não.
Por outro lado, exigir que a
massa rubra saia de casa numa quarta-feira à noite e percorra os 80 quilômetros
que separam Natal de Goianinha para assistir o América enfrentar o desmilinguido
Alecrim, é um pouco demais...
A massa assalariada não tem os
mesmos privilégios...
Não tem bons carros...
Não tem sobra de dinheiro...
E nem tão pouco são donos do próprio
negócio ou ocupam cargos que permitem flexibilidade de horário.
A massa anda a pé...
Conta os trocados e se chegar
atrasada no serviço, no mínimo vai ouvir um carão.
Entretanto, Kleber não deixa de
ter razão ao reclamar: futebol é um brinquedo caro e se o anônimo torcedor não
deixar nas bilheterias suas parcas economias, é do bolso dos dirigentes que
sairão os caraminguás necessários para manter o negócio girando.
FIFA versus Brasil...
Mais um recadinho dado nas
entrelinhas...
Desta vez não foi um “subalterno”,
mas o vice-presidente Executivo e Presidente Financeiro da FIFA, o argentino Júlio
Humberto Grondona que alfinetou o Brasil.
“A Copa do Mundo é da FIFA e ela
apenas ocorre no Brasil”.
Júlio Humberto Grondona, além dos
cargos que exerce na FIFA, também é o presidente da Associação Argentina de
Futebol e um ícone na arte da sobrevivência politica e naquilo que há de mais
atrasado no futebol.
Grondona, desde 1979 é o dono do
futebol argentino e neste período, resistiu a quatro ditadores e nove
presidentes da República Argentina.
Conheça antes de sair por aí repetindo fragmentos...
Muito além da Copa: derrame de dinheiro público.
Por Chico Alencar.
Chico Alencar é professor de História e deputado federal
pelo PSOL do Rio de Janeiro.
1. O alerta sul-africano
A África do Sul – que ainda tem o
“apartheid” da desigualdade social – gastou US$ 4,9 bilhões (R$ 8,8 bilhões) em
estádios e infraestruturas para realizar a Copa do Mundo de 2010.
Ao todo, US$ 2 bilhões (R$ 3,6
bilhões) foram consumidos na construção ou reforma das dez arenas do torneio.
Hoje, o Soccer City, de
Johannesburgo, é usado para rúgbi e shows.
O Green Point, da cidade do Cabo,
tem manutenção de US$ 4,5 milhões (R$ 8,1 milhões) por ano e só foi usado 12
vezes desde então.
Vários outros são, na terra dos safáris, desinteressantes e
dispendiosos “elefantes brancos”.
Alegava-se à época que todo esse
investimento geraria rendas imediatas de US$ 930 milhões (R$ 1,69 bilhões),
derivadas do afluxo de 450 mil turistas.
Valores superestimados: o país só
arrecadou US$ 527 milhões (R$ 961 milhões) dos 309 mil turistas que de fato lá
entraram.
Já as rendas de radiofusão e
marketing da FIFA ultrapassaram os US$ 4 bilhões (R$ 7,2 bilhões), no ciclo
quadrienal encerrado com a Copa da África do Sul.
Seus dirigentes sabem fazer
negócios.
Há, no país, um local chamado
Blikkiesdorp, que quer dizer Cidade de Lata.
Lá, em 1.600 containers,
colocaram os removidos da Cidade do Cabo, a 30 quilômetros de onde foi
construído um dos estádios mais bonitos do mundo, vendido internacionalmente
como um “estádio ecológico”.
No país, cerca de 100 mil
ambulantes perderam sua renda durante a Copa.
Após o evento, o emprego anual
diminuiu 4,7% no país, com perda de 627 mil postos formais de trabalho.
Nem seria preciso pegar o exemplo
sul-africano.
Bastaria o nosso Pan-americano de
2007, no Rio de Janeiro, cujos protagonistas continuam sendo os mesmos hoje
(até o antigo Secretário de Esportes é, agora, o prefeito).
O orçamento do evento foi
multiplicado por dez.
Houve remoções até mesmo depois
dos jogos, no Canal do Anil.
Os monumentos ociosos estão lá,
para todo mundo ver.
Só em serviços sem execução comprovada teriam sido gastos
R$ 6,8 milhões.
Em pagamentos com duplicidade,
outros R$ 4,1 milhões.
É recorrente o argumento de que
uma Copa estimula a realização de obras de mobilidade urbana, que ficariam como
utilíssimo ‘legado social’.
Um mínimo de inteligência e
sensibilidade social questionará esse ‘êmulo’.
Quem vive em sociedade tem o
direito irrenunciável de, com ou sem megaevento, receber transporte coletivo
(aí incluídos seus terminais) e moradia dignas!
Só incompetência ou interesses
escusos vinculam políticas públicas necessárias e urgentes com a viabilização
de investimentos que um acontecimento episódico possa criar.
Mas, pelo andar da
carruagem no Brasil, nem com o atrativo da Copa haverá melhoria efetiva e
duradoura na vida cotidiana das populações das cidades-sede.
2. Remoções arbitrárias
Segundo levantamento da
Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) há, em todo o
Brasil, 170 mil pessoas ameaçadas de remoção forçada por causa das obras
ligadas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016: megaviolação de direitos.
O cálculo tomou por base os
projetos divulgados pelos próprios governos, nem sempre claros.
O Poder Público garante que os
reassentamentos estão sendo feitos dentro dos limites da lei.
Mas não divulga relação completa
de todas as comunidades ameaçadas de remoção.
Nem os nomes, os valores de
avaliação de cada imóvel e os locais de reassentamento de todas as famílias que
já foram removidas, desde 2009.
Isso devia estar disponibilizado
para a Defensoria Pública e para a sociedade, nos portais de transparência.
Há sonegação de informações e
esbulho do direito à moradia.
No Rio, o padrão tem sido
“derrubar primeiro, definir o reassentamento depois”.
O “aluguel social” de R$ 400 não
é suficiente para a manutenção das famílias até que outra opção seja
encontrada.
Por sinal, é intolerável esse
interregno.
A relatora da ONU para o Direito
à Habitação, Raquel Rolnik, relembra o princípio universal do reassentamento
“chave por chave”: nenhuma família pode ser despejada de sua casa antes de ter
participado (e concordado) com a realocação e receber seu novo imóvel.
As remoções também causam
problemas indiretos, como o agravamento do gargalo no transporte público – uma
vez que muitos estão sendo reassentados em regiões distantes dos bairros
centrais – e limitações ao acesso precário a serviços, como hospitais e
escolas.
As remoções são realizadas em
total dissonância com a legislação nacional e com os acordos internacionais
assinados pelo Brasil.
A Constituição estabelece a
moradia como direito fundamental, e cria a função social da propriedade.
O
Estatuto das Cidades de 2001 torna obrigatórios os Planos Diretores que, entre
outras atribuições, regulamenta a questão habitacional.
A Lei 11.124 e a Constituição do
Estado do Rio determinam a utilização prioritária de terrenos públicos para a
implantação de projetos habitacionais de interesse social.
Remoções forçadas fazem parte
desse novo modelo de gestão das cidades pelo mercado via megaeventos.
Têm
ocorrido em todos os países ditos “emergentes”.
Na China, onde foram realizadas
as Olimpíadas de Pequim (2008), teriam sido transferidas 1,2 milhão de pessoas.
Embora, por enquanto, sejam pouco
abordadas pela imprensa nacional, às remoções no Brasil já foi motivo de
denúncias em veículos de diversos países (New York Times, The Guardian, The
Huffington Post, Al-Jazeera e El País, entre outros).
3. Desperdício de dinheiro
público
O valor inicial previsto para a
reforma ou construção dos 12 estádios que serão usados para a Copa do Mundo de
2014, de R$ 5,3 bilhões, subiu 47%, desde janeiro de 2010.
As mudanças de estádios e o
aumento dos preços finais contratados fizeram com que o valor subisse para 7,8
bilhões, dos quais R$ 4,8 bilhões são de responsabilidade do BNDES e dos
governos estaduais.
Segundo relatório do Tribunal de
Contas a União (TCU), algumas cidades-sedes como Natal, Manaus, Cuiabá e
Brasília correm o risco de ficarem com “elefantes brancos” após a competição.
A média de público nas
competições esportivas nessas cidades é dezenas de vezes menor que a capacidade
das ‘modernas’ arenas que ali estão sendo erguidas.
A falta de pessoal qualificado do
BNDES para análise técnica dos projetos de engenharia das obras foi outro
problema apontado pelo TCU, o que pode fazer com que sejam aprovados
aditamentos que não condizem com a realidade da empreitada.
Segundo o TCU, em cinco meses,
entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012, o custo do conjunto de obras para a
Copa – não só de arenas esportivas – subiu de R$ 23,3 bilhões para R$ 25
bilhões.
Calcula-se que chegue a R$ 33
bilhões, com 2/3 bancados pelo Estado: megaindividamento público.
No Rio de Janeiro, o orçamento
total está R$ 683 milhões mais caro que o verificado no levantamento anterior
do TCU.
Agora, alcança R$ 3,89 bilhões em
obras no Maracanã, aeroportos, portos e mobilidade urbana.
Os custos estimados para o
governo do estado e para a prefeitura do Rio praticamente dobraram, na
comparação com setembro de 2011.
O governo estadual deve bancar R$
483,5 milhões, contra uma previsão anterior de R$ 200 milhões.
Já o custo para
a Prefeitura da capital subiu de R$ 420 milhões para R$ 704 milhões.
A princípio, os maiores
investidores na Copa do Mundo do Brasil seriam, na ordem, Caixa Econômica
Federal (28,43%, ou R$ 6,65 bilhões), a Infraero (22%, ou R$ 5,15 bilhões) e
BNDES (20,8%, ou R$ 4,8 bilhões).
Logo, financiamento público.
Na prática, o dispêndio do BNDES
é bem maior.
Inclui a participação do banco no
financiamento à expansão dos portos, aos preparativos dos governos estaduais e
municipais, e até na recente privatização de três aeroportos brasileiros.
A Copa da FIFA 2014 está
produzindo no Brasil um derrame de dinheiro público inédito em nossa história.
E sem transparência: os
propalados compromissos assinados pelo governo com a FIFA em 2007 têm sido
mantidos sob sigilo, gerando constante controvérsia.
Um ofício que fiz à Casa Civil
solicitando cópia desses supostos acordos, em 18 de janeiro de 2012, não
mereceu qualquer resposta!
4. Legado Social
José Roberto Bernasconi,
coordenador para assuntos da Copa do Sindicato Nacional das Empresas de
Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), é objetivo: “não houve
planejamento consistente para a Copa”.
Hoje o País sai correndo, faz
contratações sem licitação, tem obras com gente trabalhando 24 horas por dia,
contra o relógio.
Fizeram vários discursos, mas não
uma lista imediata de prioridades (…) o legado de infraestrutura será muito
pequeno perto do que poderia ter sido”, diz, o insuspeito técnico (Carta
Capital, 29/2/2012).
Dos R$ 27 bilhões totais
previstos em investimentos e financiamento pela Matriz de Responsabilidade do
governo federal com estados e municípios, até aqui somente 9,8 bilhões foram contratados
e 1,4 bilhão foi executado, segundo o Portal Transparência da Presidência.
A pouco mais de dois anos para o
início dos jogos, apenas 2,14% dos investimentos em mobilidade urbana saiu do
papel. Dos 50 projetos listados na Matriz, somente 18 tiveram avanço até o fim
de janeiro.
Estão previstos investimentos de
R$ 12,36 bilhões de reais em sistemas de transporte como BRT e monotrilhos.
Mas só R$ 265 milhões se
transformaram em obras.
O programa Mobilidade Urbana, do
governo federal, ficou praticamente parado em 2011.
Cogita-se, inclusive, que esse
atraso seja, em parte, proposital.
O discurso da emergência, da
pressa, faz com que projetos tomem corpo sem passar pelos processos
tradicionais de licitação.
Não é acaso que tenha sido
aprovado no Congresso Nacional, em 2011, o Regime Diferenciado (ou
desesperado?) de Contratações (RDC), na contramão da Lei 8666.
Esse tipo de “legislação de
exceção” dá margem a aditivos contratuais que certamente vão gerar
superfaturamento.
Segundo o Ministro do TCU Valmir
Campelo, em audiência pública na Câmara dos Deputados, em 21/3/2012, “o atraso
pode resultar numa Copa mais cara, porque enseja aditamentos”.
A pouco mais de 2 anos do evento,
apenas 3 dos 12 estádios em reformas ou construção têm metade das obras
realizadas (Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte).
Para legitimar esse processo
escandaloso, os governantes utilizam o chamado “patriotismo de cidade”, ou
seja, a ideia de que “o Brasil não pode fazer feio.”
É a utilização do natural orgulho
nacional das pessoas para justificar a cobiça e a irresponsabilidade com o
Erário.
5. Um gasto socialmente útil
Apenas com os R$ 2,5 bilhões do
‘reajuste’ dos preços das obras em estádios – valor que corresponde a 37% de
todo o gasto na Copa da Alemanha, em 2006! – seria possível:
- garantir 806,5 mil bolsas
atleta para esportistas olímpicos ou paraolímpicos (R$ 3.100 por mês) ou…
- construir 3.125 quadras
poliesportivas cobertas (R$ 800 mil a unidade) ou…
- construir 46,3 mil casas ou apartamentos
do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ (média de R$ 54 mil a unidade) ou…
- construir 2,9 mil creches ou
pré-escolas (R$ 854 mil a unidade) ou…
- construir 16,7 mil escolas
rurais (R$ 150 mil a unidade) ou…
- 3,6 mil escolas de educação
infantil (R$ 691 mil a unidade) ou ainda…
- 700 escolas de grande porte (R$
3,57 milhões a unidade)
É uma questão de visão de
desenvolvimento integral, com legado de educação e justiça social, para o país.
O afã capitalista do ganho rápido, que orienta a Copa e os Jogos Olímpicos,
choca-se com isso.
O gerenciamento de negócios vai
na contramão do interesse público e mesmo da massificação dos esportes.
Copa de futebol e Jogos Olímpicos
já produzem no Rio não um legado social, mas a primazia de um ‘torneio de
especulação imobiliária’ que o está transformando em um dos lugares mais caros
do mundo para se morar.
Nas outras sedes a especulação e
o vale-tudo do oportunismo mercantil também oprimem o direito à cidade e a
qualidade de vida de amplos setores.
6. Legislação de exceção
Além do já aprovado RDC – contra
o nosso voto –, facilitando a contratação de obras e serviços, flexibilizando
licitações, agora temos a LEI GERAL DA COPA, como se já não tivéssemos
arcabouço legal para abrigar eventos desse tipo.
Nossa legislação ordinária vai
para o banco de reservas…
O Projeto de Lei assegura
megaprivilégios à FIFA.
O reconhecimento dos produtos
FIFA no art.3º como “marca de alto renome” é mais uma garantia de boa-fé do
governo brasileiro (desnecessária, aliás, de acordo com a própria lei 9279/96,
que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial).
O INPI é transformado em
“cartório particular” para adotar regime especial relativo a pedidos de
registro de marcas – estima-se em mais de mil! – apresentadas pela FIFA, que
fica dispensada do pagamento de retribuições a todos os procedimentos no âmbito
das patentes até 31/12/2014 (art.4 a 7).
O Projeto de Lei libera uma Associação
Suíça de Direito Privado do pagamento de custos e emolumentos imposto a todos
que requerem registro de marca no Brasil. Renúncia fiscal longa e onerosa!
O art.11 deste Projeto de Lei é
uma afronta a um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, tão
defendida pelos ditos liberais de todos os matizes: a livre iniciativa (art.1º
IV da Constituição Federal).
Isto é evidenciado ao se “assegurar à FIFA e às
pessoas por ela indicadas a autorização para, com exclusividade, divulgar suas
marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos
e serviços, bem como outras atividades promocionais ou de comércio de rua, nos
Locais Oficiais de Competição, nas suas imediações e principais vias de
acesso”.
De acordo com essa norma,
ambulantes serão proibidos de vender suvenires, mesmo que nada tenham a ver com
os símbolos da Copa do Mundo. Outdoors deverão ser retirados das vias de acesso
e mesmo placas de lojas ou faixas deverão ser removidas.
O art.16 prevê que será ilícita e
objeto de sanções (inclusive prisão de 3 meses a 1 ano!), a “oferta de provas
de comida ou bebida, distribuição de panfletos ou outros materiais promocionais
ou ainda atividades similares de cunho publicitário (inclusive em automóveis),
nos Locais Oficiais de Competição, em suas principais vias de acesso ou em
lugares que sejam claramente visíveis a partir daqueles”.
E até a “exibição
pública das partidas, por qualquer meio de comunicação, em local público ou
privado de acesso público, associada à promoção comercial de produto, marca ou
serviço ou em que seja cobrado ingresso”.
A União fica obrigada a
disponibilizar, sem quaisquer custos para a FIFA, “a segurança, serviços de
saúde, vigilância sanitária e alfândega e imigração”.
Além de disponibilizar
gratuitamente todos esses serviços para um evento privado, o Brasil também se
responsabiliza por quaisquer acidentes (art. 22, 23 e 24).
A garantia de meia entrada existe
apenas para a categoria 4 (a pior e mais barata), num total de 300 mil
ingressos (art. 26). As outras três categorias não poderão ser compradas com a
meia entrada, o que ofende todas as leis que dispõem sobre esse direito de
estudantes e idosos.
Pode ser autorizada a venda e
consumo de bebidas alcoólicas nos bares e restaurantes nos locais dos eventos
(art. 29).
O art.13-A da Lei 10671/2003
(Estatuto do Torcedor), dispõe como “condições de acesso e permanência do
torcedor no recinto esportivo (…) não portar objetos, bebidas ou substâncias
proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de
violência”.
Há muitas leis estaduais que preveem expressamente a proibição de
bebida alcoólica em estádios.
Nenhuma de inspiração religiosa,
por óbvio, mas vinculada à redução da violência entre torcedores.
Projeto de Lei cria novos tipos
penais como o Marketing de emboscada (associar uma marca à de outrem sem
autorização) e o Marketing de emboscada por intrusão (expor marca em evento ou
espetáculo sem autorização).
E também a utilização indevida de
símbolos oficiais de titularidade da FIFA.
Nossa legislação penal já contempla
proteção às marcas (art.189 e 190 da Lei 9279/96).
E a indenização por dano
material ou moral já seria suficiente para coibir as referidas práticas.
A previsão de pagamento de um
“bicho” retardatário de R$ 100 mil reais aos jogadores da seleção brasileira de
futebol, vitoriosos nas Copas de 1958, 1962 e 1970, é questionável: há diversas
outras modalidades esportivas que não gozam de quaisquer benefícios do Estado.
Além disso, vários desses
ex-futebolistas têm boa ou ótima situação financeira.
O dispêndio não será incluído na
L.R.F., diz o Projeto, pois é ‘inclusão social’!
Inclusão seria cuidar
efetivamente das famílias afetadas pelas obras.
Ou ampliar o desprestigiado
bolsa-esporte.
Quanto às férias escolares
durante todo o período da Copa (art. 63), de 12 de junho a 13 de julho,
perde-se oportunidade pedagógica de grande motivação para conhecimento do
mundo, que o ambiente das salas de aula e do cotidiano nas escolas possibilita.
Os jogos, comentados em sala de
aula, a partir da história e cultura dos países que os disputam, teriam imenso
valor informativo e educativo.
E continuaremos com cerca de 80%
das escolas brasileiras sem quadra esportiva, porque o Poder Público considera
prioritária a construção de grandes estádios…
Em ‘Nota de Repúdio’ à aprovação
deste Projeto, lançada em 7/3/2012, a Articulação Nacional dos Comitês
Populares da Copa lembra que “em cada cidade já foram emitidas ‘leis de segurança’,
‘leis de isenção fiscal’, ‘leis de restrição territorial’, ‘leis de
transferência de potencial construtivo’, etc.”
No Senado, ainda, para onde
seguirá, caso os deputados aceitem a submissão à FIFA, a Lei Geral se associará
a pelo menos outros dois PLs (394/09 e 728/11) que, entre outras propostas,
restringem o direito à greve a partir de três meses antes da Copa, abrem a
possibilidade de proibição administrativa de ingresso de torcedores em estádios
por até 120 dias, inventam o tipo penal de ‘terrorismo’ – hoje inexistente no
Brasil – e estabelecem justiças e procedimentos de urgência para julgá-lo.
“Criam,
ainda, as chamadas ‘Zonas Limpas’, de exclusividade da FIFA nas cidades e
privatizam o hino, símbolos, expressões e nomes para a Confederação Brasileira
de Futebol – a tão ‘idônea’ CBF”.
Por fim, um aspecto revelador da
dinâmica pouco democrática que preside o empreendimento da FIFA no Brasil: a
escolha do símbolo da Copa, o simpático tatu-bola, não derivou de ampla
consulta ao povo brasileiro, que conhece e curte seus bens naturais.
A aferição
foi restrita e a decisão vertical. A onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci
Pererê, derrotados, não sabem nem a quem recorrer…
quinta-feira, março 29, 2012
Ficamos mais burros e eu, definitivamente me sinto intelectualmente órfão.
Montagem: Fernando Amaral
“Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e
molhados”.
Millôr Fernandes.
A frase de Millôr deveria ser o primeiro mandamento de todo
jornalista.
Sexta rodada do Campeonato Potiguar de 2012... América vence bem e o ABC, só no finalzinho.
Ontem tivemos uma quarta-feira
bem quente em Natal...
Ah, não estou falando de futebol,
pois na capital não houve nenhuma partida, mas sim do clima que insiste em nos
fazer suar...
A salvo mesmo, só os felizes
proprietários de aparelhos de ar-condicionado...
Bem, pensando melhor, nem tão
felizes assim, pois espantar o calor significa uma salgada conta de luz no
final do mês.
Agora, por que estou escrevendo
sobre calor?
O assunto por aqui é esporte e
não clima...
Mas acho que sei o motivo de
estar tão irritado com o clima...
Como não possuo aquele magnifico
aparelho que transforma o “Saara” numa Islândia, tenho que me contentar com um
ventilador que faz circular o ar quente, como se um leão arfa-se em minha nuca.
Resmungos à parte, a bola rolou
pela sexta rodada do Campeonato Potiguar de 2012...
Rolou longe de Natal, mas rolou.
- O ABC foi a Mossoró – se aqui
está quente assim, imagino por lá – e precisou esperar até o cronometro marcar
47 minutos do segundo tempo para comemorar a suada vitória – em Mossoró, todo
jogo é suado – sobre o Potiguar.
Não vi o jogo, mas lendo aqui e
ali, fiquei sabendo que o alvinegro mereceu o gol que Thiaguinho marcou e
livrou a equipe comandada por Leandro Campos do sufoco.
- Lá em Goianinha o América venceu e
venceu bem o Alecrim por 4x1.
Marcio Passos, Bruno, Júnior Xuxa
e Pingo, marcaram para os rubros e Ângelo, de pênalti, marcou para o Alecrim.
Como não fui a Goianinha, também
fui obrigado a ouvir e ler quem foi...
Todos foram unanimes em
considerar a vitória americana inquestionável e justa...
Melhor para o campeonato.
- Em Santa Cruz, faltou gol e
também energia...
Portanto, nada mais justo que um
chato 0x0 acabasse perdurando.
- Em Caicó, a medíocre equipe que
ostenta o nome da cidade, levou uma sonora goleada do ASSU...
Gilmar duas vezes, Léo Carioca e
Carlinhos, assinalaram os gols do ASSU.
Hoje, em Goianinha, o Palmeira
fecha a rodada enfrentando o Corintians.
Sylvie van der Vaart, a bela esposa de Rafael van der Vaart...
Aos 33 anos, mãe de um menino de
6 anos e vitoriosa na luta contra um câncer de mama, Sylvie van der Vaart, esposa
do meio campista Rafael van der Vaart do Tottenham Hotspurs, mostra toda sua
beleza num comercial de roupas intimas da marca alemã, Hunkemöller.
quarta-feira, março 28, 2012
terça-feira, março 27, 2012
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