O Tribunal de Justiça de São
Paulo está julgando recurso da CBF e da Federação Paulista de Futebol em
virtude da ação movida pelo Ministério Público paulista em favor do torcedor
fraudado em 2005, no que ficou conhecido como caso Edilson.
Dois anos atrás, em primeira instância
a CBF e a FPF foram condenadas a pagar respectivamente, 160 milhões e 20
milhões.
Agora, durante o julgamento do
recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo, o relator votou ao votar pela absolvição
das duas entidades responsáveis por escalar um árbitro que utilizando um
diploma falso chegou aos quadros de ambas, tornando-se inclusive árbitro
internacional por indicação do então presidente da Comissão Nacional de
Arbitragem, Armando Marques e que mesmo tendo confessado o crime, continuou
exercendo a profissão até se envolver no caso da Máfia das Arbitragens
descoberto em 2005.
Porém, o fato mais pitoresco
deste julgamento foi o pronunciamento de uma juíza que afirmou seguir o voto do
relator ao se dizer “incapaz” por “nada entender de futebol”...
Como é?
Uma magistrada disse tal sandice?
Disse sim, segundo afirma Juca
Kfouri em seu blog.
Fiquei corado de vergonha.
Alguém devia ter instruído a
magistrada – será que eles, os magistrados, aceitam orientação? – que ninguém no
planeta está interessado nos seus conhecimentos futebolísticos e que o que ela
está julgando não é uma questão esportiva, e sim, criminal.
O terceiro juiz a votar, Dr. Antônio
Vilenison, pediu vistas do processo e deixou a sala dizendo que não concordava
com nada do que fora dito durante o julgamento.
Fonte: Blog do Juca Kfouri.