A cada hora a história do menor
que se apresentou a policia como autor do disparo do sinalizador que matou Kevin
Douglas Beltrán Espada, fica mais inverossímil.
H.A.M de 17 anos, é pai de uma criança de 2 anos,
trabalha e estuda à noite, segundo informação do próprio em entrevista concedida a Rede
Globo de Televisão.
Levando-se em consideração o
tempo de deslocamento entre São Paulo e Oruro, ida e volta e, somando-se ainda,
pelo menos um dia inteiro na cidade boliviana, pode-se concluir que H.A.M,
precisou de uma semana inteira de “folga” para acompanhar o
Corinthians...
Seu patrão o deve ter em alta
conta.
Por outro lado, a informação de
que H.A.M, gastou 600 reais na compra de sinalizadores e ainda manteve em sua
posse dinheiro suficiente para custear passagem, alimentação, estadia e ingresso,
mostra que seu patrão além de tê-lo em alta conta por permitir que ele fique
fora de seu posto de trabalho uma semana inteira, ainda o paga muito bem.
A versão de H.A.M sobre a compra
do sinalizador em um camelô na Rua 25 de Março é outra questão que precisa ser
investigada com cuidado.
O jornalista Paulinho, afirma ter
conversado com donos de embarcação que dizem não haver a menor possibilidade do
artefato ter sido comprado na 25 de Março – nem em lojas e nem em camelôs.
Em relação ao artefato, há um
complicador que será difícil suplantar...
A sequencia numérica do
sinalizador apreendido pela policia Boliviana com os corintianos detidos é a
mesma que foi encontrada no objeto que atingiu e matou o garoto Kevin.
E, por fim, pela legislação
brasileira, para um garoto de 17 anos viajar para fora do país, com pessoas que
não sejam parentes, é necessária não apenas a autorização do responsável, mas
também um alvará judicial.
Onde está o alvará?
Se não existe, H.A.M viajou de
forma ilegal sob custódia dos Gaviões da Fiel.
Agora, o mais hilário dessa
comédia pastelão é que o advogado da organizada, Ricardo Cabral ao invés de agir
como defensor de seu cliente cumpre sem nenhuma cerimônia um papel que deveria
caber à promotoria...
Seu empenho em produzir provas
para incriminar H.A.M é tanto que dá para desconfiar.
O rapaz em nenhum momento é
instruído pelo advogado a manter silencio e a se resguardar...
Muito pelo contrário...
Ricardo Cabral autorizou a
confissão pública em rede nacional, deu detalhes de como aconteceu o suposto
crime e informou as autoridades o local onde a arma do crime teria sido
comprada...
Pergunto aos advogados que por
ventura estejam lendo essa postagem:
A postura do Dr. Ricardo Cabral
como advogado de defesa é usual?