quinta-feira, maio 02, 2013

Preciso voltar a estudar interpreteção de texto... não consigo entender nada.



Coisas que que li e não entendi:

O Campeonato Estadual é sensacional!

Como assim?

Como pode ser sensacional algo que ninguém quer ver?

O Campeonato Estadual foi emocionante, o melhor do últimos 30 anos!

Sério?

O América dá um liso e isso é emocionante?

O melhor dos últimos 30 anos?

Só para os americanos, creio eu.

O Campeonato fortaleceu os clubes do interior!

Jura?

Qual deles?

Ganharam muito dinheiro?

Vão construir novas sedes, investir em suas bases, comprar pelo menos um ônibus?

Ah, esqueci...

Ganharam vagas para participar de competições em que vão entrar e sair rapidinho.

O Santa Cruz que o diga.

Incoerência...

Se o campeonato fortaleceu os times do interior, como então, só os interioranos, Baraúnas e Potiguar se salvaram?

Não entendi...

Normal, sou burro e não entendo nada de nuances.

E, por fim:

Campeonato Estadual não é parâmetro.

Com essa eu concordo...

Digo isso faz tempo...

Mas como disse acima, sou burro e não entendo de nuances.

quarta-feira, maio 01, 2013

O belo trio de Dortmund...

Imagem: Imago

Potiguar e América decidem... todos os outros vão assisitir.





 Imagem: Autro Desconhecido/Arte: Brum/Arte: Fernando Amaral



Como disse no programa “Esportes em Debate” da rádio Globo, horas antes do início da rodada...

Tudo já estava definido...

- O ABC fatalmente ficaria de fora da decisão da final da Copa Cidade do Natal e por consequência, não iria lutar pelo título de campeão estadual.

Foi exatamente o que aconteceu.

Vender ilusões costuma dar certo por um tempo, mas depois leva o vendedor a bancarrota.

Imagino que o ABC tenha lutado desesperadamente pela vitória em Açu, diante do ASSU...

Mas imagino também, que por mais otimistas que estivessem, sabiam que a vitória acabaria sendo inútil caso a “mão invisível” não se movesse...

Ela não se moveu...

E nem poderia...

Seria milagre demais para uma tarde de quarta-feira, feriado do Dia do Trabalho.

A “mão invisível”, descansou, assim como quase todo mundo.

Os dois gols marcados por Junior e Diogo Barcellos de nada serviram.

O ABC termina sua participação, mesmo que colado aos adversários mais felizes, num pouco louvável 4º lugar.

- No Nazarenão o América começou mal e terminou muito bem.

Sua posição tranquila em relação ao campeonato não permite que se faça grandes cobranças ou exigências, mas a equipe rubra, hoje, ainda que jogando abaixo de sua capacidade, venceu e chegou a mais uma decisão.

Felipe Moreira marcou aos 22 minutos do primeiro tempo o gol do Alecrim...

Itamar e Thiago Adam, respectivamente aos 20 e 37 minutos do segundo tempo reverteram a situação e tiraram dos clubes de Mossoró a possibilidade de decidir entre si, a Copa Cidade do Natal.

Agora, começa o campeonato de verdade e aí sim, o América poderá confirmar sua até aqui, indiscutível superioridade sobre seus adversários.

- Para o Baraúnas foi fácil...

Mas ao mesmo tempo, foi frustrante.

Vencer o Corintians era favas contadas, mas não dava nenhuma garantia de sucesso.

Infelizmente para o tricolor nem o Alecrim e nem o Santa Cruz foram capazes de resultados que o favorecessem.

Fidélis, Marcelinho e Léo Guerreiro foram os autores dos três gols da inútil vitória... 

Ebinho, marcou gol corintiano.

- Em Santa Cruz o Potiguar suou para dobrar os donos da casa.

Paulinho aos 13 minutos do segundo tempo, abriu o marcador e as portas para a final do turno...

Nino aos 32 minutos, empatou para o Santa Cruz e fechou na cara dos mossoroenses a passagem em direção a disputa do título.

A parti daí...

Só angustia...

No entanto, quatro minutos depois, Paulinho novamente marcou e com sua cabeçada, não só colocou o Potiguar à frente do marcador, mas abriu definitivamente os caminhos de sua equipe...

O 2 a 1, garante o Potiguar na final da Copa Cidade Natal contra o América e em tese, uma vantagem...

O primeiro jogo será jogado no Barretão em Ceará-Mirim, e o segundo, no Nogueirão em Mossoró.

Cabe ao Potiguar a dura tarefa de desbancar os América duas vezes se quiser ser o novo campeão potiguar...

A primeira agora na final da Copa Cidade do Natal e a segunda, na grande final do campeonato.

Se conquistar pelo menos a Copa Cidade do Natal, leva a taça para casa e cria um buraco negro imenso para o ABC no primeiro semestre de 2014... 

A vaga da Copa do Nordeste, será sua.


Pela cara do Casillas, Mourinho se fosse goleiro, iria para o banco.

Imagem: Picture Alliance

Mia San Mia - Bayern über alles...

Imagem: Imago


O clichê que diz que nada na vida é para sempre, se encaixa perfeitamente no futebol...

Ontem, reinava o Barcelona e o espanhóis...

Hoje, reina o Bayern de Munique e o futebol alemão.

Porém, outro clichê que diz que só os tolos se fecham em si mesmos e se recusam a aprender, está perfeitamente confirmado na frase do ex-lateral esquerdo e posteriormente, meio-campista germânico, Paul Breitner.

“Um dia percebemos que estávamos ocupando um lugar que não era nosso. Ser a terceira força não nos satisfazia. Então, corremos o mundo e fomos aprender. E assim, começamos a reconstruir o futebol da Alemanha para chegar ao topo”.

Hoje, assistindo ao jogo no Camp Nou, entre o Barcelona e o Bayern, algumas coisas me chamaram a atenção.

Os alemães aprenderam correndo o mundo, mas não perderam características que são próprias de sua gente.

Permanecem frios diante das dificuldades e da pressão...

Continuam organizados, detalhistas e metódicos...

Ainda pulsa em suas veias, a determinação, a combatividade, o não desistir, a garra e a doação absoluta em busca da eficiência.

São como sempre foram, uma equipe...

São com sempre foram, disciplinados e incansáveis...

Mas então, o que aprenderam?

Aprenderam que não estão sós no planeta e que se pode encontrar por todas as partes talentos – coisa que os norte-americanos já fazem desde sempre.

Deixaram a arrogância típica dos prussianos de lado e trouxeram para dentro de seu território quem os pudesse ajudar.

Porém, não abriram mão de uma condição fundamental...

“Unam seu talento e sua capacidade à aquilo que trazemos do berço”.

Devem, imagino eu, dizer a quem lá chega em busca de oportunidade.

“Sejam vocês, mas incorporem o que temos de melhor”.

Por isso, o Bayern, assim como o Borussia, mesclaram ausländer e alemães sem que ninguém percebesse quem é quem.

Talento, aliado a disciplina, organização e vontade, costuma gerar uma força brutal.

A velha senhora germânica encravada no centro da Europa, coleciona vitória e glorias, mas já chorou desesperadamente derrotas, devastação, humilhação, ocupação, erros e mortos, milhares de mortos.

Talvez por serem orgulhosos de suas glórias e vitórias, mas aprendizes nos erros e nas derrotas, é que os filhos da velha senhora germânica, sempre se reconstroem e quando o fazem, o mundo treme.

Por outro lado, vi algo que sempre me comove...

A torcida do Barcelona, assim como a maioria das torcidas de lá do outro lado do atlântico, se fez presente...

Ocuparam seus lugares no estádio, cheios de sonhos, mas sabiam, pois são sãos, que a tarefa era tremenda...

Ainda assim, foram...

Disseram presente.

“Estamos com vocês, agora, que vocês precisam de nós”.

Nenhuma vaia, nenhum berro de desagrado...

Incentivo foi o que deram aos seus antes, imbatíveis jogadores.

A cada gol do Bayern, respondiam com um silencio doído, mas respeitoso.

Afinal, o adversário era superior.

Até o último minuto, ficaram...

Não deixaram o estádio como crianças aborrecidas com a brincadeira que não conseguiam brincar.

Quando o árbitro findou a partida, aplaudiram seus jogadores com o coração dolorido e com a alma ferida, mas aplaudiram.

Cantaram o hino com orgulho e se foram.

Mas que fique claro, vão voltar.

Não vão queimar suas camisas, rasgar suas carteirinhas ou cancelar as prestações que pagam com sacrifício pelo título de sócio do clube que amam.

Eles, iguais ao alemães que desembarcaram na Espanha vindos por terra e ar, amam seus clubes e como são sãos, sabem repetir para si mesmos o clichês que diz:

Nada na vida é para sempre.