Costumo chamar Celso Teixeira de
o “Menino Maluquinho”, mas é bom que fique claro que não há nenhuma intenção
pejorativa...
Celso é “maluquinho”.
Comporta-se como tal.
Qualquer um que o observe,
percebe que Celso tateia entre o hilário e o surrealista...
Que varia entre o sossego e a
histeria.
Celso provoca como provocam os
moleques de rua...
Celso vibra como vibram as
crianças encantadas e sem limites.
Celso perturba, enche o saco, mas
conhece do riscado.
Não vou afirmar que Celso é um
estudioso, não tenho dados para fazer tal afirmação e honestamente, seu
comportamento hiperativo não condiz com a atenção necessária aos estudos e as
pesquisas...
Celso é intuitivo, um observador
da cena, inteligente o bastante para captar rapidamente as nuances do que
acontece a sua volta.
Sabe o que fazer, como fazer e
quando fazer...
Mas, Celso tem prazo de
validade...
O grupo que o cerca, o admira no
início, mas, porém, o passar do tempo provoca rachaduras, desgastes
inconciliáveis.
Celso não transige, não negocia e
só se torna humilde diante do iminente rompimento...
Aí, tarde demais.
Por isso não dura em lugar
nenhum...
Por isso suas passagens tem que
ser rápidas...
Celso é para momentos de crise.
Ontem Celso conquistou mais um
título e o fez com merecimento e mérito.
Sabia ser inferior...
E reconhecendo seus limites,
venceu.
No entanto, a batalha não foi
vencida apenas no campo...
Fora dele, Celso, agiu...
Polemizou, fez declarações estapafúrdias,
elevou a temperatura e tencionou a corda...
Ganhou.
O equilibrado Roberto Fernandes,
se desequilibrou.
Os desequilibrados índio
Oliveira, Ricardo Baiano e Renatinho Potiguar engoliram a corda.
Se perderam em si mesmos e
partiram para a única coisa que seu desequilíbrio permite...
Agrediram.
Devem ter pensado que estavam
vingados.
Não estavam...
Mais um vez Celso venceu.
Saltou de provocador a vítima em
segundos e depois, risonho, foi comemorar com seus jogadores.
Celso é sim um “Menino Maluquinho”,
mas não é burro...
Celso é um ator do cotidiano...
Celso é boleiro no sentido mais amplo da palavra e como bom boleiro, sabe rolar como sua amiga bola...
Celso, como todo menino sem noção de limites, é sagaz e inteligente
o bastante para contar e recontar histórias com as cores que bem entende.
Mas, infelizmente, tem prazo de
validade.