sábado, junho 08, 2013

O que o presidente do ABC devia ter feito, não sei... sei o que eu faria se presidente fosse.



“Fernando você não acha que foi equivocado da parte de Rubens seguir na presidência do ABC? Ele fez um grande trabalho em 2010, em 2011 e 2012 o clube manteve-se na série B, mas desde então ele tem demonstrado uma apatia incrível, parece desmotivado com as coisas do clube e isso passa também para torcida”. 

Paulo.

Meu caro Paulo, dizer o que alguém devia ou deve fazer, me parece uma postura um tanto quanto arrogante.

Mas, posso lhe dizer o que eu teria feito no lugar de Rubens Guilherme.

Teria agradecido a todos, recolhido meus teréns e ido cuidar dos meus negócios.

A alegação de Rubens Guilherme à época para permanecer foi de que haviam débitos não quitados e que ele queria deixar o ABC sem dívidas – se não me falha a memória essa foi a razão colocada pelo presidente alvinegro para ampliar seu mandato.

É aí que está o equívoco de Rubens.

Não existe no Brasil, dada a cultura do devo não nego e se não pagar, outro paga em meu lugar, tão entranhada na gestão dos clubes, nenhum clube de futebol que ao final de um mandato esteja com as contas zeradas...

Todos os presidentes deixam dívidas.

Portanto, por melhores que tenham sido as intenções de Rubens Guilherme, e eu, creio que ele as tenha tido, dívidas não impediriam sua saída ao final do mandato cumprido.

  Volto a dizer, não sou eu que vai dizer o quem quer que seja deve fazer, mas insisto: eu teria ido embora...

O problema das dívidas é saber se o montante deixado, foi fruto de incompetência, má gestão, má fé ou simplesmente da total impossibilidade de arrecadação dos fundos necessários para cumprir os prazos estabelecidos e honrar os contrato firmados.

Para isso, existe uma saída...

Uma prestação de contas minuciosa...

Item por item...

Era isso o que eu faria.

Informaria detalhadamente quem me convenceu e o que me forçou a gastar...

Detalharia cada tostão gasto...

Com o que, com quem e para que.

Publicaria todos os pareceres jurídicos e técnicos por mim solicitados antes de realizar qualquer operação de alto vulto e junto com os pareceres, a concordância dos meu diretores e a aprovação do conselho deliberativo do clube.

Feito isso...

Iria para casa curtir as realizações dos anos de 2010, 2011 e 2012...

Certamente, minha casa ou meu escritório veriam romarias em busca de conselhos ou de apoio.

No entanto, caso caísse no esquecimento, não faria disso um cavalo de batalha...

Meus negócios e minha família preencheriam com sobras meu tempo.

Mas como não sou presidente de coisa nenhuma, não tenho pretensão de sê-lo e não me considero pessoa capaz de indicar caminhos a ninguém, espero que você meu caro Paulo, tenha ficado satisfeito em saber o que eu faria.

Forte abraço,

Fernando Amaral.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo...

Charge: Mário Alberto

Chapecoense 5x1 ABC... tão fácil como comprar uma ótima erva-mate.





Conheço Chapecó...

É depois de Xaxim e Xanxerê...

A estrada de Florianópolis até lá, é excelente...

Pelo menos era quando estive por aquelas bandas nos anos 90...

1999 para ser preciso.

Chapecó é uma cidade catarinense, mas confesso que me senti no Rio Grande do Sul...

As camisas de times que vi por lá, eram do Grêmio e algumas do Internacional...

Tinham uma lojas que vendiam todas aquelas coisas que os gaúchos usam para vestir e beber nas rodas de churrasco ou nas noites de frio nos confins dos pampas.

Gostei da cidade.

Fui muito bem tratado...

Hoje, porém, percebi que pouca coisa mudou...

Eles continuam hospitaleiros...

Receberam bem o ABC...

Tão bem que levaram em conta o desgosto do jogadores alvinegros com seu treinador e aplicaram uma inesquecível e sonora goleada.

Mas certamente, também pensaram em Paulo Porto...

Gaúcho, saudoso de casa e das coisas do Rio Grande, os catarinenses, sempre prestativos e amigos, deram uma mãozinha e anteciparam sua volta para casa.

Hospitalidade e solidariedade sulista, tenho absoluta certeza.

Agora, depois dos 5 a 1, os amotinados craques do ABC vão para Varginha enfrentar o Boa Esporte...

Varginha é a terra dos ET’s...

Infelizmente, os ET’s de lá, não são como o ET daqui, que torce desesperadamente por eles...

Lá, os riscos de serem abduzidos é grande.

E para quem já está quase sumindo na tabela de classificação, a abdução é o fim do mundo.

Ah, os jogadores que marcaram os gols da Chapecoense foram:

Soares aos 7 minutos do primeiro tempo e aos 34 do segundo;

Bruno Rangel aos 14 e aos 17 e, Athos aos 29 do primeiro tempo.

Enfim, liquidaram o problema precisando apenas de 45 minutos.

O autor do gol do ABC foi Wanderley aos 45 minutos da fase final, depois de aproveitar uma lambança do goleiro da Chapecoense.


Escalando o defensor...

Imagem: AP/Vadim Ghirda

América 2x2 Guaratinguetá... Tava na mão, mas caiu no chão.




E o América?

Ameaçou e quase chegou...

Saiu na frente com um belo gol marcado por Cascata cobrando magnificamente uma falta frontal ao gol aos 43 minutos do primeiro tempo...

Placar justo.

Os rubros foram melhores e quem é melhor e faz o gol não pode ser questionado.

No segundo tempo, Edivânio cabeceou...

A bola iria entrar...

Aí, Junior Negão chegou e a empurro para as redes...

2 a 0...

Fatura liquidada?

Quase...

Ou melhor, estaria, se o América não tivesse uma defesa tão, tão...

Dispersa, atabalhoada, mais ou menos ou...

Bem, escolha você leitor, caso tenha visto o jogo.

O primeiro gol do Guaratinguetá começou numa falta lá para as bandas da intermediária...

Longe do gol...

Tão longe que a bola levantada por Eduardo Arroz, viajou lenta, calma e serena até encontrar Marquinhos... 

Solitário e sem ser acossado pelo goleiro Dida que plantado estava e plantado ficou, Marquinhos tocou para o meio da área e Pedro Paulo apareceu para tocar para dentro do gol, sem ser incomodado pelos zagueiros e também pelo goleiro que continuou embaixo das traves a espera de um milagre, talvez...

 2 a 1...

Susto?

Nada...
Esses pontos estavam já computados.

O gol foi um desagradável inconveniente, mas não seria causa para maiores desgostos.

Não seria, se nos descontos, Dida não tivesse batido um tiro de meta como quem chuta uma laranja num terreno acidentado...

A bola sobrou para o adversário...

O tempo correndo, quem a recebeu fez o que tinha que fazer...

Mandou a bola de volta em direção a área do América...

Haviam três americanos marcando dois paulistas...

Dava para resolver sem problemas...

Dava...

Mas não deu.

Um dos marcadores subiu e tocou de cabeça...

Saiu um passe sensacional para o Jonatas Belusso...

Daí, ele entrou na área e chutou...

Chutou e o Dida aceitou.

Ao término, a torcida americana com cara de paisagem ficou sem entender o que havia acontecido...

Ou melhor, entendeu...

Tanto entendeu que tratou de culpar o Barretão.

Se é que vocês me entendem.