sábado, outubro 12, 2013

América 2x1 Atlético Goianiense... até aqui, Leandro Sena se livrou da chatíssima santa irregularidade



Nazarenão festivo...

Torcida presente, mesmo tendo que enfrentar cerca 54 km para ir e 54 km para voltar.

Jogo importante, não tinha como faltar, não é mesmo?

Primeiro tempo:

No campo, com a bola rolando, o América de Leandro Sena nem parece o América de pouco tempo atrás.

É outro...

Não, na verdade, é o mesmo...

Mas, diferente.

Diferente na forma de jogar, diferente na forma de encarar os desafios...

Mais solto, mais leve, mais rápido, mais decidido.

Max, voltou e ao que parece, voltou renovado...

Um novo Max.

Mais focado, mais dedicado, mais profissional.

Que bom.

Seria uma pena, caso fosse diferente.

Max não é um gênio, não é um craque na acepção total da palavra, mas é importante, é decisivo...

Decisivo com eram os velhos e eficazes artilheiros dos velhos tempos...

Pois bem, foi dos pés do novo Max que saiu a jogada que terminou nas redes do Atlético.

Max dono da bola, Max capaz de perceber a chegada de Régis, Max o garçom perfeito...

Quando a bola de Max chegou, Régis, livre, tocou para o fundo das redes.

Foi um primeiro tempo onde o América foi melhor...

Mereceu.

Segundo tempo:

Futebol é um esporte estranho...

Quem chegou atrasado, sentou e viu atentamente o segundo tempo, deve ter ficado preocupado...

O América arrefeceu seu ímpeto, freou e o Atlético cresceu.

Até Régis, sumiu...

Sumiu e foi substituído.

Por sorte, o Atlético não é hoje uma equipe capaz de grandes feitos, mas incomodou.

Deixou a turma da arquibancada preocupada, pois o empate seria um péssimo resultado.

No entanto, os astros parecem querer colaborar...

Aos 30 minutos, uma falta que em circunstâncias normais, não seria preocupante, foi batida por Raí que havia entrado minutos antes ...

Deu certo...

A bola morreu nas redes de Márcio...

Enfim, o segundo gol...

O gol do alívio...

O gol que garantiu a chegada aos 33 pontos, a saída da zona de rebaixamento, mesmo que os últimos minutos tenham sido sufocantes.


A escada imaginária para o céu...

Imagem: Reuters/Alessandro Bianchi

Árbitros profissionais: quem paga a conta é quem contrata...



Com profissionalização, clubes e CBF gastarão mais com árbitros.

Por Rodrigo Mattos

Sancionada como lei nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, a profissionalização dos árbitros vai implicar em aumento de despesas da CBF e dos clubes. 

A ANAF (Associação Nacional de Árbitros) entende que, com direitos trabalhistas, poderá negociar em acordos coletivos taxas e participação em patrocínios, entre outros itens. 

Ou seja, poderá demandar valores maiores.

A nova legislação aprovada prevê que os juízes prestarão serviços às entidades esportivas, mas não estabelece relações empregatícias entre eles. 

Só que, ao dar o direito de formação de sindicatos, estabelece negociações trabalhistas para remuneração e condições de trabalho, na opinião da Anaf.

“Muda a relação. Antes os árbitros eram obrigados a aceitar o que a CBF impunha. Agora, a relação trabalhista estabelece que haverá acordos coletivos”, afirmou o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins. “As taxas não são tão baixas, mas não houve reajustes recentes. E há outras questões além das taxas, como não podermos emitir passagens por conta própria, ter que se condicionar fisicamente sozinho, o patrocínio. Isso vai ser negociado”.

Atualmente, um árbitro Fifa recebe R$ 3.300,00 por um jogo, com desconto de 30% para impostos. 

Esse dinheiro sai da renda dos jogos de futebol, ou seja, reduz a receita dos clubes. 

Mas é a CBF quem determina o valor da taxa.

Além disso, são vendidos patrocínios dos uniformes dos árbitros pela confederação. Até agora, os juízes não tinham participação nesta renda. Agora, a Anaf pretende reivindica-la.

Para ter força na negociação, Martins conta com “quase 100%” dos juízes das Séries A e B filiados à Anaf. 

Também entende que a prerrogativa para o treinamento deles é da associação, e não das federações estaduais como ocorre atualmente.

Nada mudará neste Brasileiro já em curso. 

Os árbitros farão assembleia em novembro para definir uma pauta de reivindicações. 

Certo é que, a partir de agora, a CBF terá mais uma entidade com quem será obrigada a negociar para realizar os campeonatos. 

Em 2013, a confederação já tem de conversar com os jogadores por conta do movimento do Bom Senso FC.

Uma pausa para falar de crianças...

Imagem: Zydowska Organizacja Bojowa



Eu poderia ter lançado mão de uma foto de um bebê fofinho, sorridente, cercado de gatinhos bebês e fofinhos como ele...

Receberia centenas de comentários do tipo: owwwwww.

Tenho a minha disposição, fotos de minhas netas as poderia usar...

Fariam muito sucesso, tenho certeza.

Assim como poderia também, ter postado a foto de uma criança negra, de preferência famélica, coberta por moscas em algum rincão esquecido da África e vomitar minha hipócrita indignação diante de seu abandono...

Receberia muitos comentários do tipo: malditos capitalistas.

Crianças iraquianas e afegãs ensanguentadas não faltam, assim como não faltam moleques a correr pelas vielas imundas das milhões de favelas mundo afora.

No entanto, escolhi a foto que vocês veem...

Não sei o nome dela...

Mas sei onde ela estava, quando estava e porque estava.

Ela deve ter no máximo uns dez anos...

Ela está numa rua de Varsóvia, mais precisamente, no Gueto de Varsóvia.

O ano, é 1943...

Ela está nesta rua, por um só motivo: é judia.

Esta foto está comigo faz tempo e, toda vez que com ela me deparo, me comovo.

Me comovo pelo sorriso sincero, bonito, limpo e de uma certa forma feliz...

Como ela conseguia ser feliz em meio a tanta dor, sempre me pergunto.

A cruz que se vê em seu braço, significa que ela prestava serviço a resistência, como enfermeira...

Enfermeira aos 10 anos.

Enfermeira a cuidar como podia e como sabia de feridas que provavelmente poucos de nós tenha visto ou irá ver em toda a vida.

Enfermeira a confortar com sua nenhuma maturidade homens e mulheres, cuja morte se divertia ao vê-los lutar pela vida que em breve cessaria.

A roupa que veste, são trapos, mas há dignidade nesses trapos.

O cinto que mantém fechado seu casaco, não é um cinto e sim, um pedaço de corda.

O lacinho em seus cabelos, certamente foram feitos por uma mãe que mesmo sabendo não existir amanhã para si e para os seus, permaneceu mãe...

Pois bem, é com ela e seu sorriso que presto minha homenagem a todas as crianças...

Crianças que em última instância acabam se tornando vítimas das ideologias, das religiões, das segregações raciais e étnicas...

Crianças que perecem sem entender porque são odiadas.

Não sei se ela sobreviveu aos horrores dos três meses de luta, onde os seus iguais, preferiram a morte em combate ao extermínio um campo de concentração... 

Toda vez que olho para ela, torço desesperadamente para que sim.