terça-feira, novembro 12, 2013

América de Natal 2x2 América Mineiro... Complicou.



Em Goianinha o estádio Nazarenão foi palco do encontro dos Américas...

O América dos mineiros não imaginou que seu homônimo viesse para o combate sem medo...

Durante 20 minutos, o América dos potiguares não deu espaço, não se acautelou e marcou.

Régis, competente, colocou a bola nas redes.

Na frente, o América dos potiguares arrefeceu, deu espaço, perdeu a concentração e pagou o preço...

Aos 34 minutos, Kléber, empatou...

O jogo ficou morno...

Mas não frio...

No finalzinho, aos 45 minutos, um escanteio mudou a história do primeiro tempo.

Pimpão ampliou e logo a seguir o árbitro encerrou a primeira parte do embate dos americanos.

Logo que o segundo tempo começou, os potiguares começaram melhor...

Pimpão teve chance, perdeu...

Porém, os mineiros foram à luta e Danilo quase marcou...

Acontece que como no primeiro tempo, o América dos potiguares, de novo, puxou o freio de mão...

Vacilou, deu brecha e se complicou...

Nicão, chutou e a bola ficou entre Kléber e Marcão...

O árbitro, na dúvida, apontou Marcão como autor do gol.

O cronometro marcava 19 minutos de jogo.

Apertado pelos mineiros, Leandro Sena, tirou Pimpão e mandou Cascata para o campo...

Entre a velocidade e a qualidade, Leandro Sena, optou pela qualidade.

Conseguiu...

O América dos potiguares, cresceu, pressionou e por pouco não conseguiu os pontos necessários para confirmar sua presença na Série B em 2014.

Agora, já não tão folgado, é preciso correr um pouco mais.

Já foi meu goleiro...

Imagem:Imago

A agonia continua... Figueirense 2x0 ABC.



Esperava um começo estudado, cauteloso...

Não foi bem assim.

Aos 6 minutos, Pablo, apareceu livre à frente de Wilson Júnior e marcou.

Figueirense na frente...

Mudei minhas expectativas.

Melhor, preferi aguardar.

No entanto, o Figueirense não foi além do gol relâmpago...

Travou.

O ABC não se abalou, tomou a bola e ficou com ela... 

Mas não criou nada de especial.

Forçava, mas não chegava a área do Figueirense...

Não assustou o goleiro Tiago.

Um bate e volta irritante.

Próximo do fim do primeiro tempo, uma falta favoreceu aos donos da casa...

Bola alçada, defesa enrola e bola no fundo das redes...

Maylson, o autor do segundo gol do Figueirense, nem precisou tirar os pés do chão...

Na verdade, se curvou e tocou para o gol.

Com cara de paisagem, os jogadores do ABC saíram para o intervalo com mesmo e velho discurso.

O segundo tempo repetiu o primeiro...

O ABC com a bola e o Figueirense cercando...

Lances?

Apenas um...

A bola na trave do Figueirense...

Depois?

Nem lá e nem cá...

Nenhuma emoção, nenhum perigo, nenhuma defesa...

A única coisa a registrar foi a expulsão de Flávio “Complicado” Boaventura.

Tão complicado que mesmo sem fazer nada foi mandado tomar banho antes do tempo.

Daí para frente, o tempo correu...

Não, não...

Se arrastou até o apito final.

Areião...

Imagem: Getty Images/Gregory Boissy

Como afastar o torcedor sem fazer muita força...



Sou e sempre serei a favor de preços desiguais para jogos desiguais...

Não cabe na cabeça de ninguém com um mínimo de noção entre o mais e o menos valioso, aceitar passivamente as tabelas de preços impostas pelos clubes nas partidas de futebol.

Desde quando, Palmeira de Goianinha e Globo, tem o mesmo valor de Palmeira de Goianinha e ABC e Globo e América?

Por outro lado, desde quando Baraúnas e Potiguar podem ter seus preços igualados a América ABC?

Assim como não tem o menor cabimento cobrar por América e Guaratinguetá, o mesmo que se cobra por ABC e Palmeiras.

A desculpa esfarrapada para criar uma homogeneidade injusta, é que o futebol é caro...

Também é caro tirar um Boeing 737-200 do solo e fazê-lo voar entre Natal e Brasília...

Porém, com certeza, quem voar ao meio-dia vai pagar mais caro do quem voar à meia-noite.

Repare que estou falando do mesmo trecho, da mesma distância e do mesmo avião.

Caro também, é fabricar um automóvel e, nem por isso, um gol 1.0 irá custa o mesmo que um gol 2.0...

Valores agregados a um produto, o tornam mais valioso do que aquele sem os mesmos atrativos.

Não é preciso ser nenhum gênio para entender isso...

Aliás, todo mundo consegue compreender essa lógica, menos é claro, quando o assunto é futebol...

Aí, em nome sei lá eu do que, todos compram felizes, os gatos pelas lebres.

Futebol é caro, viver é caro e, morrer, também.

Os clubes no Brasil, são o retrato fiel da falta critério na hora de estabelecer os preços de seus jogos...

Quando bem na tabela, saqueiam o bolso do torcedor, mas quando vão de mal a pior, fazem “promoções”...

Na verdade, jogam os preços no chão na tentativa de fazer algum incauto apaixonado ir ao campo ver a barca furada tentando permanecer à tona.

Agora mesmo, o Flamengo, finalista da Copa do Brasil, estabeleceu que o ingresso mais barato na da partida contra o Atlético Paranaense, no Maracanã, irá custar 250 reais...

Uma bofetada no rosto de seus torcedores e dos torcedores do Atlético.

O Brasil, gostemos ou não, é um país onde a maioria dos salários dá única e exclusivamente para manter a sobrevivência...

250 e cinquenta reais, mesmo para quem ganha 4 mil reais, é casado, tem filhos, paga aluguel, prestação de um carro, colégio, alimento, combustível, condomínio e tudo aquilo que faz parte do dia a dia de uma pessoa, é caro.

Imagine então, para quem ganha o mínimo ou um pouco acima do mínimo...

Como disse Victor Birner:

“Só falta algum responsável publicamente ter a coragem de admitir e falar: “Isso aqui não é mais para vocês. Arrumem outra coisa para fazer”.

Observação:

O valor acima é para quem não é sócio torcedor...

Os que forem podem comprar o ingresso mais barato; mais barato por 75 reais.

Gerd Müller, início de carreira, primeiro troféu...

Imagem: Imago