sábado, julho 26, 2014

Armando Marques e o gol ilegal do Wilton do Fluminense contra o Flamengo...

Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques, morreu no dia 16 de julho, no Rio de Janeiro...

Árbitro de futebol, Armando viveu uma vida polêmica dentro e fora das quatro linhas.

Desde sua morte, andei matutando sobre o que escrever sobre ele...

Por sorte, encontrei esse texto de Ruy Castro, publicado no jornal “Folha de São Paulo...”

 Imagem: Autor Desconhecido

A gênese da ofensa


Por Ruy Castro


Para a Folha de São Paulo.

RIO DE JANEIRO - Da arquibancada do Maracanã, em outubro de 1968, vi quando Wilton, atacante do Fluminense, recebeu um lançamento no bico da área do Flamengo. 

Usando a mão para ajeitar a bola, tirou o goleiro Marco Aurélio da jogada e atirou para o gol vazio. 

O estádio inteiro também viu e a televisão, mais ainda – como se confirmou, horas depois, pelo replay do lance na "Resenha Facit". 

Só uma pessoa não viu: o juiz Armando Marques, validando o 1 x 0 que daria a vitória ao Fluminense.

Das 44 mil pessoas no Maracanã naquela tarde, 30 mil eram Flamengo. 

Diante da escandalosa ilegalidade, elas dispararam o coro que, a partir dali, domingo após domingo, ficaria associado a Armando Marques: "Bicha!". 

Não chegava a ser um palavrão, mas também não era uma palavra de família. 

Foi a primeira vez que se mimoseou tão pública e maciçamente alguém com tal epíteto.

Armando, que morreu na semana passada, era petulante, exibicionista e com uma noção doentia de autoridade. 

Adorava expulsar Pelé. 

Ao apitar uma falta, sentia-se com imunidades: corria em direção ao faltoso e falava-lhe de dedo na cara, aos gritos, com sua voz sem graves. 

Só se deu mal com Nilton Santos, que foi-lhe de mão aberta às faces, em 1964, e chutou-o escada abaixo, em 1972 – e pagou por isso.

Em 1968, o coro de "Bicha!" equivalia em ofensa àquele que se aplicou à presidente Dilma na abertura da Copa. 

Mas Armando não se ofendia. 

Parecia até gostar, como se o tivesse convertido numa aclamação. 

Na sua perversidade, talvez até errasse de propósito ao apitar – e como errou! –, apenas para ouvir o coro que o realizava.

O grito se estendeu aos demais árbitros. 

Com o tempo, deixou de fazer efeito e foi sendo substituído por outros mais grosseiros, até chegar ao formato atual. 

Que, por mais pesado e infame, está longe de ser o definitivo.

Na falta de companhia humana, a senhora se fez acompanhar de seu tigre de pelúcia...

Imagem: Getty Images

Dunga insiste em negar o que os documentos provam...

Dunga desmentiu sua participação na negociação de jogadores...

Estranho tê-lo feito...

Mesmo que moralmente reprovável para alguém na posição dele, nada há de ilegal nesse tipo de atividade.

A reportagem de Lúcio de Castro, na ESPN, revela documentos que comprovam que em 2004, Dunga intermediou a venda Éderson ao futebol europeu...
 
Colocado contra a parede, Dunga insiste em negar...

Afirma não ter feito o que fez.

O Brasil é país de pessoas indecifráveis...

Nem diante da mais clara prova, as pessoas admitem suas ações.

Como disse anteriormente, Dunga não veio para mudar...

Veio para confundir e se fundir ao que há de pior no tristonho mundo da bola.

sexta-feira, julho 25, 2014

Futebol feminino na Suécia...

Imagem: Gothia Cup

O Brasil é décimo quinto colocado no ranking de público nos estádios...

A Pluri Consultoria divulgou 3º Ranking Mundial de Público nos Estádios, referentes a temporada 2013/2014...

Em relação ao Brasil, o ranking traz uma boa notícia, uma má notícia e uma péssima notícia.

A boa notícia: subimos duas posições em comparação a temporada 2012/0213... estávamos na 17º posição e agora, ocupamos a 15º posição...

Mesmo acendendo duas posições, nossa média de público caiu de 14.971 espectadores para 14.951 espectadores.

A má notícia: a Argentina se encontra à nossa frente na 7º posição...

A média de público nos estádios da Argentina é de 20.599 espectadores.

E a péssima notícia é a seguinte: nossa média de público continua inferior as segundas divisões da Alemanha e Inglaterra...

Bundesliga 2: 17.491...

Championship: 16.438.

Para conhecer o estudo completo, basta seguir o link abaixo:

quinta-feira, julho 24, 2014

E o vazio vai se tornando insuportável...

ABC vence nos acréscimos e joga a resposabilidade nos ombros do Novo Hamburgo...

O ABC venceu o Novo Hamburgo com um gol de pênalti aos 48 minutos da segunda fase...

Isto é, nos acréscimos...

Rodrigo Silva bateu e converteu.

Certamente o gol de Rodrigo Silva estragou a noite dos gaúchos...

O Novo Hamburgo veio a Natal para empatar.... 

Pela forma como jogou, ganhar não estava nos planos.
Quase deu certo...

Fechadinho, não permitiu espaço de manobra ao ABC.

Porém, a vitória do ABC vai obrigar a equipe do treinador Itamar Schulle a levantar as barricadas na partida da próxima semana no estádio do Vale, no Rio Grande do Sul...

O Novo Hamburgo, vai ter que se abrir...

Buscar a vitória...

E é aí, que reside o perigo.

O 1 a 0, pode parecer fácil de reverter...

Mas, não é assim tão simples assim.

quarta-feira, julho 23, 2014

"Voando" em Silverstone...

Imagem: Reuters/Paul Hackett

Dunga não veio para mudar... veio para confundir.

Charge: Mário Alberto


Dunga é novo treinador da seleção brasileira...

Novo?

Bem, o mais novo...

Ele chegou menos pesado, menos ranzinza, menos amargo.

Chegou para mudar?

Não.

Chegou para ser o escudo da cartolagem...

Para fazer o papel de para-raios.

Dunga não tem o perfil necessário para chamar para si as mudanças.

Hoje, no Brasil...

Nem Dunga e nem ninguém, tem tal perfil.

As mudanças necessárias e urgentes vão além da seleção...

Mudar significa demolir a estrutura de poder que vigora...

Significa romper com o atraso.

Não duvido que Dunga consiga montar uma boa equipe...

Apesar dos pesares, ainda produzimos talentos...

Não tantos quanto antes, mas produzimos.

Dunga não veio, repito, para mudar nada...

Veio para tentar ganhar a Copa América, montar um time competitivo para as eliminatórias e nos manter nessa letárgica discussão, onde as consequências ganham muito mais destaque que as causas.

É nas causas que vamos encontrar o que nos aflige...

Investir em novos talentos é um caminho.

Se faz urgente rever a legislação...

Os direitos dos jogadores devem ser preservados, mas os clubes precisam de garantias mínimas ao investir nas futuras gerações.

Há que se criar um geração de atletas mais conscientes em relação ao esporte que praticam...

No futebol não tem mais lugar para imaturos...

Boleiros infantilizados em busca dos holofotes...

O futebol de hoje, exige comprometimento, exige uma postura adulta e não um comportamento de celebridade de segunda categoria...

É chegada a hora do profissional.

O mesmo serve para os treinadores...

Chega de prima donas autoritárias e cheias de esquemas.

Os treinadores precisam entender o seu papel...

Precisam se transformar em “professores” de verdade...

O treinador em última instância é o maestro que conduz a orquestra e que garante o bom espetáculo.

Aos dirigentes, cabe uma gestão mais realista...

Cabe ter a coragem para dizer com todas as letras: isso é possível, isso não é possível.

Dirigir é estar pronto para dizer não, quando o não se fizer necessário...

É defender de forma intransigente o hoje, para que se possa ter um amanhã.

Enfim, o Dunga não fará nada além de ser a vidraça que vai suportar as pedras e catar os estilhaços afim de evitar que quem manda saia ferido.

A cara do futebol brasileiro...

Imagem: Reuters/Marcos Brindicci

Numa terça-feira à tarde, 45 mil torcedores lotaram o Santiago Bernabéu para ver James Rodriguez...

James Rodriguez, o meia-atacante colombiano, artilheiro da Copa do Mundo foi apresentado como o mais novo reforço do Real Madrid para a temporada 2014/2015.

Ontem no Santiago Bernabéu, 45 mil pessoas estiveram presentes para receber o novo reforço e segundo a imprensa espanhola, 15 mil eram colombianos...

Na Espanha vivem cerca de 200 mil colombianos, a maior parte deles, em Madrid.

James Rodriguez custou ao Real Madrid, 80 milhões de euros (R$ 240 milhões).

Outro que chega é o meio-campo alemão, Tony Kroos...

Kroos iniciou a carreira nas categorias de base o Hansa Rostock antes de chegar ao Bayern de Munique. 

Disputou sua primeira partida na Bundesliga aos 17 anos, em setembro de 2007. 

O jogador disputou 200 partidas oficiais com o Bayern de Munique e mais de 50 pela seleção alemã.


terça-feira, julho 22, 2014

Bobby Charlton e Coluna, Wembley 1968...

Imagem: Autor Desconhecido

No Brasil a lei impede que se siga o exemplo alemão...

Desde o ano 2000, a DFB (Deutscher Fußball-Bund) e os 36 clubes que compõem a primeira e a segunda divisão do futebol alemão, investiram mais US$ 1 bilhão na construção de 366 centros de treinamentos para jovens atletas.

Wolfgang Nierbasch, presidente da DFB, afirmou em entrevista jornal The Guardian da Inglaterra, que, nesses locais, jovens com idades entre 11 e 14 recebem aulas extras por meio de uma sessão de treinamento de duas horas semanais fornecidas por profissionais da federação, além do treinamento em seus respectivos clubes.

Porém, antes que se faça qualquer crítica ao futebol brasileiro por não copiar tal fórmula é preciso se levar em consideração a legislação trabalhista no Brasil.

No Brasil, antes dos 16 anos, nenhum jogador pode assinar contrato empregatício...

De acordo com o artigo 7 da Constituição Federal, jovens com menos de 14 anos no Brasil não podem ter nenhum tipo de vínculo empregatício.


A legislação estabelece ainda que até 16 anos os adolescentes são autorizados apenas a firmarem contratos como aprendizes.

De acordo com Gustavo Lopes Pires de Souza, advogado especialista em Direito Desportivo, seria necessário criar um dispositivo infraconstitucional, uma regra que reconheça o futebol como uma atividade peculiar e que a partir daí, essa regra dê mais garantias aos clubes que investirem em jovens atletas.


domingo, julho 20, 2014

A cada dia pior...

Charge: Mário Alberto

O futebol brasileiro e o suicídio coletivo...

Ontem, a Série B...

Maçante em alguns momentos, entediante na maioria do tempo.

Hoje, a Série A...

Que triste.

Futebol, quase nenhum...

Estádios vazios...

Só uns poucos ainda resistem...

Só uns loucos ainda tiram dinheiro do bolso para pagar por isso.

Jogadores e treinadores caminham de mãos dadas para a autodestruição...

Matam sem dó ou piedade, seu ganha pão.

Dirigentes, nem aí...

O conluio os favorece, enriquece.

Estranha sensação...

Estou com saudade da seleção da Grécia...

O futebol era feio, sem nenhum brilho, mas nunca faltou dedicação, vontade, determinação.

Se a Grécia me dá saudade, o que dizer a Costa Rica...

Apaixonante Costa Rica...

Os desconhecidos centro-americanos, foram destemidos, aguerridos, dedicados, apaixonados por seu ofício.

É...

A Copa deixou em mim, saudade.

Saudade da velocidade...

Do jogo coletivo...

Dos passes, na maioria certeiros... 

Da busca incessante de gols...

Da abnegação...

Da marcação feroz, mas quase sempre, leal.

A Copa se foi...

Que pena...

Ficou esse amontoado de jogadores...

Comandados por esses amantes das retrancas...

Dirigidos por essa turma de incompetentes.

Acho que só me resta procurar por peladas...

Não essas organizadas por cervejeiros...

Mas as jogadas por moleques em campos de barro, apitadas por árbitros gordinhos, assistidas por descamisados e que quando terminam, o suor suado, as marcas nas canelas e o sorriso estampado nos rostos da garotada, nos fazem pensar: que legal, vou voltar.

Uma das mais bonitas imagnes da Copa... José Pekerman, abraça James Rodriguez...

Imagem: AFP - Getty Images/Vanderlei Almeida