quarta-feira, abril 03, 2019

Os 5 treinadores mais bem pagos na temporada 2018/2019...

Imagem: Autor Desconhecido

A 'France Football' divulgou a lista com os cinco treinadores mais bem pagos do Mundo nesta temporada...

A grande surpresa é Thierry Henry, ex-treinador do Mônaco, que fez apenas 20 jogos pelo seu clube na estreia como técnico de alto nível.

A lista inclui os valores do salário bruto e dos prêmios por jogo.

Diego Simeone (Atlético Madrid): 41 milhões de euros
José Mourinho (Man. United - Demitido): 31 milhões de euros
Thierry Henry (foto) - (Mônaco - Demitido): 25,5 milhões de euros
Pep Guardiola (Manchester City): 24 milhões de euros
Ernesto Valverde (Barcelona): 23 milhões de euros

Marcus Rashford...

Imagem: Clive Brunskill/Getty Images

Yusra Mardini... a menina síria que nasceu para nadar.

Imagem: Michael Dalder/Reuters

Yusra Mardini, nascida para nadar

A história da menina que nasceu para nadar e sobreviveu por nadar bem. A trajetória de refugiada a atleta olímpica.

Por Pedro Henrique Brandão Lopes

A odiosa guerra da Síria deixou insuportável a vida na capital Damasco.

Milhares de pessoas abandonaram seus lares para tentar salvar suas próprias vidas longe da terra onde nasceram e criaram suas raízes.

Quem por algum motivo precisou deixar o lugar onde nasceu e cresceu sabe que a partida é um momento doloroso.

Agora deixar tudo para trás, sem ter escolha e perspectiva de um dia retornar é uma situação terrível.

Pior que largar tudo é passar a viver sem ter um lugar no mundo, é ser classificado como refugiado. Mas para chegar a condição de refugiado, essas pessoas têm de passar por situações de risco e muitas vezes a morte é a companheira de viagem de quem tenta fugir da miséria e o terror da guerra.

Em 2015, Yusra Mardini, era uma adolescente que vivia com sua família em Damasco.

Com apenas 17 anos, era uma promissora atleta que seguia firme no sonho de ser nadadora profissional e disputar uma Olimpíada.

Quando criança, Yusra sonhava que era uma sereia e que nadava mais rápido que todas a meninas com quem treinava.

Sua irmã mais velha também treinava, mas era Yusra quem conseguia os melhores resultados, segundo a irmã porque “Yusra havia nascido para nadar”.

Mas a guerra bateu à porta da família Mardini, as explosões se tornaram trilha sonora ininterrupta, até o dia em que uma bomba caiu na piscina que as meninas treinavam, depois outras explodiram na casa onde moravam e a fuga se tornou inevitável.

Os Mardini deixaram a Síria rumo a Turquia, mas como o país da antiga Constantinopla repele fortemente os refugiados, o caminho era embarcar num bote e fazer a travessia até a Grécia.

Em um pequeno bote onde deveriam entrar apenas 6 pessoas, embarcaram 20 na única chance de salvação da família Mardini e que é a mesma realidade de inúmeras pessoas neste exato momento em algum lugar do mundo.

No meio da viagem, o motor do bote falhou e não voltou a funcionar; talvez pelo excesso de peso ou até pela falta de manutenção, mas o que realmente importa é que um bote estava à deriva em alto mar com 20 pessoas a bordo.

Poderia ser uma história com desfecho trágico e dezenas de mortos, como várias outras que acontecem aos montes nessa crise imigratória sem precedentes em que o mundo tem conflitos por ódio e intolerância que insistem em excluir quem sequer tem como se defender.

Poderia, mas dentro daquele bote estava Yusra Mardini, a menina sereia que pulou na água e junto de sua irmã puxou o bote a nado durante 3 horas e meia até chegarem a ilha de Lesbos, na Grécia.

Yusra conta em seu livro, que pensou em desistir durante a travessia, mas disse que sabia que aquelas pessoas contavam com ela e também se lembrou que tinha nascido para nadar e, por isso, não podia morrer na água.

Seguiu em frente e salvou a vida das pessoas no bote.

Ainda sobre ter deixado seu país, Yusra diz: “Ninguém realmente decide fugir. Nós simplesmente não tivemos escolha. Ninguém teve escolha”.

Nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Yusra finalmente realizou seu sonho e nadou em uma Olimpíada.

Pela primeira Equipe Olímpica de Atletas Refugiados.

Depois foi nomeada a mais jovem Embaixadora da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados, o ACNUR.

Atualmente, Yusra Mardini, vive em Berlim e está se preparando para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

Completou 21 anos em março passado e com sua pouca idade é exemplo de vida para todos.

Yusra, a menina sereia, busca forças na sua imensa reserva de coragem e faz questão de deixar uma mensagem para motivar qualquer pessoa que tropece na história dessa mulher incrível: “Eu gostaria que as pessoas não desistissem de seus sonhos. Que façam o que está em seu coração, mesmo que seja impossível”.

Ao conhecer a história de Yusra Mardini, é preciso entender que para ela nada é impossível, porque como disse o poeta “o impossível é só questão de opinião”.

E é mesmo!

O Fulham perda para o Watford por 4 a 1 e cai para a segunda divisão inglesa...

Imagem: Peter Cziborra/Action Images via Reuters

Escoriações, infeções e feridas abertas...o sofrimento da ciclista britânica Hanna Dines.

Imagem: Autor Desconhecido

A entrevista da ciclista britânica operada por causa do selim: 

Hannah Dines relata ao 'The Guardian' anos de sofrimento em treinos e competições

A ciclista britânica Hannah Dines abriu um livro que poucos conhecem: o sofrimento por que passam as profissionais de ciclismo por causa do selim.

O relato de dor desta atleta impressiona.

Hannah chegou mesmo a ter de sujeitar-se a operações na vulva.

"O cirurgião plástico que procurei disse-me que nunca tinha operado uma ciclista e que nunca tinha visto um caso como o meu", contou a atleta numa crônica assinada no jornal inglês 'The Guardian.

"'Já vi inflamações crónicas da vulva, mas... em pacientes que compulsivamente se esfregam em varões', disse-me, antes de um longo silêncio."

"Apesar da destruição, da dor e do trauma que o selim me causava, eu continuava a treinar. No meu caso, sendo uma ciclista profissional, pode ser visto como uma espécie de loucura. Sou a quarta melhor ciclista de pista do Mundo, treino todos os verões com o intuito de ganhar medalhas. Mas depois de ser 5.ª nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, deixei de ser apoiada pelo governo e, tecnicamente, treino e compito com poucos apoios", contou a atleta.

"Embora a maioria dos custos com as corridas estejam assegurados, luto para pagar a renda. O ciclismo é a minha paixão, mas é também causador de muitas dores. Em 2018 atingi o pico da dor, depois de cinco anos pedalando", contou Hannah, que está fora do programa olímpico e não é acompanhada pelos médicos da federação britânica de ciclismo.

"Felizmente encontrei o Phil Burt, um antigo clínico da federação. Ele disse-me que o inchaço no meu caso era muito grave e que a única solução era a cirurgia", prosseguiu.

"Quando devia ter procurado ajuda? Quando era um jovem talento da federação britânica, em 2014, e vi uma grande quantidade de pele e pelo saírem da minha vulva no banheiro de um hotel. Por sorte eu estava no banheiro", frisou.

"A federação deu-nos um ótimo kit - calções, sapatos, luvas... -, mas nada de pomada anti-abrasão, nenhuma conversa médica sobre este tipo de problemas. A mensagem era 'se mostrar fraqueza, está fora'. Por isso, naquele dia me vesti e puxei a fila".

Hannah prossegue o seu impressionante relato: "Eu diria que há uma hierarquia nos ferimentos, desde o que é mais fácil de aliviar, até à pior das consequências. Escoriações e pele morta, infeções, feridas abertas, pelos encravados, bolhas. Se houver pus, é preciso removê-lo e deixar a ferida respirar. Sem emplastros."

Mas há mais: "Há o inchaço crônico, sem infeção de superfície, que é o meu caso. Pode ser causado por danos linfáticos, veias comprimidas, acumulação de gordura necrótica, condições variadas das glândulas ou todas, devido em alguns casos ao câncer."

"No meu segundo ano em cima de um selim as minhas lesões começaram a mudar. Tive um enorme inchaço num lado da vulva que cresceu logo que comecei a treinar e nunca desapareceu. No meu quinto ano de treinos, em 2018, o alto ficou duro e enorme. Eu já não podia ignorar isto", recorda a corredora.

Mas há coisas que se arrepende.

"Se eu tivesse procurado um cirurgião ginecológico no ano em que comecei ao ver a minha vulva mudar de forma e de tamanho as coisas podiam ter sido diferentes. Infelizmente cheguei aos médicos tarde demais e eles reagiram com espanto ao que viram. Fui acompanhada por uma série de cirurgiões na Escócia, o último era especialista em cancro da vulva."

E continua o relato: "Quando o corpo sofre agressões ao longo do tempo cria mecanismos de defesa. Neste caso, cria uma barreira de gordura - um lipoma - entre a parte que é agredida e os órgãos que precisam de proteção. Em fevereiro fui sujeita a duas operações para retirar o lipoma. Das duas vezes analisaram o tecido retirado e em ambas não foi encontrado qualquer sinal de câncer."

"As vaginas são tão associadas à dor - o período menstrual, o parto - e para uma ciclista o selim representa por vezes um pouco mais de dor. Eu aceitaria isto se não fosse o caso de os selins terem sido especificamente estudados para a anatomia masculina. Claro que os homens também sofrem feridas horrendas, mas o ciclismo feminino ainda não é levado a sério. E isso tem um enorme impacto na pesquisa e na nossa saúde", conclui.

Segura, empurra, belisca....

Imagem: Shaun Botterill/Getty Images