segunda-feira, julho 18, 2016

Torcedores do Seattle Sounders FC - Major League Soccer.


Imagem: Ted S Warren/AP

Sensacional: Isso é se chama raiva grande...

Imagem: Central SC

Voa Portugal...

Imagem: Max Rossi/Reuters

O medo de estádio vazios nas Paraolimpíadas... como vamos explicar isso? Preconceito?

Venda de ingressos da Paraolimpíada fracassa

Por Lauro Jardim

A Rio-2016 não está preocupada com vazios nas arquibancadas e cadeiras da Olimpíada.

Aposta que praticamente tudo lotará.

O problema é a Paraolimpíada, que começa no dia 7 de setembro.

A venda de ingressos até agora é um fracasso retumbante.

A Rio-2016 tem alguns planos alternativos para tentar reverter o quadro, entre eles, o da abertura dos portões.

A cobrança de ingressos para a Paraolimpíada começou em 2008, em Pequim.

Em Londres, em 2012, foi um sucesso de público.

Os braços sustentam seus sonhos...

Imagem: Dilip Vishwanat

Série D: O Globo de Ceará-Mirim avança e o Potiguar de Mossoró é eliminado...

O Globo de Ceará-Mirim empatou com o Souza da Paraíba em 1 a 1...

Mesmo em casa, o Globo não conseguiu dobrar seu adversário.

Porém, como chegou aos 11 pontos e se manteve líder do Grupo A7, passou para a fase seguinte da Série D...

Já o Souza, mesmo tendo alcançado o América de Pernambuco, marcando 10 pontos na tabela, acabou eliminado pelo critério de saldo de gols.

Enquanto o Globo comemorava, em Sergipe, o Potiguar lamentava a goleada sofrida diante do Itabaiana...

A derrota por 3 a 0 eliminou a equipe mossoroense.

Nada podia ser pior...

Principalmente para uma equipe que passou boa parte da competição em ótimas condições de garantir a classificação.

Confrontos da Segunda Fase da Série D

Atlético/AC e Náutico
Princesa do Solimões e Palmas
São Raimundo e Juazeirense
Águia e Moto Club
Altos e América
CSA e Parnahyba
Globo e Campinense
Uniclinic e Itabaiana
Ceilândia e Aparecidense
Sete Dourados e Fluminense de Feira de Santana
Volta Redonda e URT
Caldense e Anápolis
São Bento e Brusque
J Malucelli e Espirito Santo
Internacional de Lages e Caxias
Ituano e Linense

Brincando de Cachorrinho?

Imagem: Bob Levey/Getty Images

Na Turquia um golpe fracassado e sangrento começou com briga de torcidas...

O maior golpe fracassado de Istambul começou como briga de torcidas

Por Ubiratan Leal

O Exército tentou, mas a sociedade foi mais forte.

Parte das Forças Armadas quis aproveitar a ausência física do presidente Recep Erdogan para tomar o poder na Turquia.

A reação contra a ofensiva militar foi imediata, com a população, o presidente que voltou às pressas e até parte da oposição se unindo para evitar uma troca de comando à força no país.

Golpes de estados são comuns no país, já ocorreram em 1960, 1971, 1980, 1993 e 1997.

Uma tentativa fracassada é mais rara, mas uma delas mudou a história: as Revoltas de Nika.

É preciso voltar bastante no tempo, uma época em que o centro de comando não era Ancara, a Turquia não existia como nação, sua maior cidade não se chamava Istambul e sua população nem era muçulmana, tampouco tinha origem étnica na Ásia Central.

A região em torno do estreito de Bósforo era dominada pelo Império Romano do Oriente, divisão política criada quando Roma começou a perder força como centro dessa civilização, também conhecido como Império Bizantino.

A capital era Constantinopla, atual Istambul.

Uma das atividades mais populares na metrópole era a corrida de bigas.

Mais que disputas de velocidade, eram competições ferozes.

Os concorrentes se atacavam, acidentes fatais eram comuns e os grandes campeões se tornavam milionários.

Apesar da glória dos principais condutores, tratava-se de um esporte coletivo: os torneios tinham as equipes vermelha, verde, azul e branca, cada uma com uma torcida fanática por trás.

No início do século 6º, a disputa estava mais polarizada em Constantinopla.

Os verdes haviam incorporado o time vermelho, enquanto que os azuis absorveram os brancos.

Assim, a rivalidade se tornou enorme, possivelmente ganhando tons políticos, com os azuis se identificando mais com a elite e uma leitura mais ortodoxa do Cristianismo, enquanto a torcida verde representava os cidadãos comuns e defendia uma versão mais progressista da religião.

Em 501, 3 mil torcedores verdes foram mortos em uma emboscada dos azuis.

Anos depois, os verdes se vingaram com uma grande vitória de Porfírio, condutor que defendia os azuis, mas trocou de lado.

As duas torcidas só concordavam quando o assunto era o governo de Justiniano I.

O imperador empreendeu grandes e vitoriosas campanhas militares de expansão territorial, mas isso veio a um custo.

Ele teve de aumentar agressivamente os impostos para poder financiar o exército, causando descontentamento de toda a sociedade em Constantinopla.

Em 532, um novo pacote de taxas atingiu até a elite, que vinha sendo poupada até então.

Em 10 de janeiro daquele ano, uma corrida terminou em nova confusão entre verdes e azuis.

As autoridades entraram em ação e prenderam sete líderes de torcidas.

Todos seriam executados, mas dois (um verde e um azul) acabaram sobrevivendo porque o suporte da forca quebrou.

Imediatamente, membros das duas facções se dirigiram ao hipódromo – localizado estrategicamente ao lado do palácio, para que Justiniano pudesse ver as corridas e torcer pelo seu time, o azul, sem sair de casa – para pedir clemência aos dois.

O imperador se negou.

As duas torcidas se uniram e começaram a gritar “nika” (vencer) em direção ao palácio.

Os protestos se seguiram, vários edifícios foram incendiados – inclusive Hagia Sofia, então basílica da igreja cristã – até que, no quarto dia, os manifestantes decidiram derrubar Justiniano e colocar Hipácio, sobrinho do ex-imperador Anastácio I, no poder.

Justiniano pensou em fugir, mas foi convencido a ficar por sua mulher, Teodora.

Com a decisão de confrontar a multidão tomada, o imperador acionou seus generais Belisário e Mundo.

Ambos convocaram tropas godas e trácias – sem ligação afetiva com as equipes de corridas de bigas – para contra-atacar.

As forças de segurança aproveitaram que os revoltosos estavam no hipódromo para ali confiná-los e iniciar o massacre.

Os registros são de cerca de 30 mil mortos, incluindo Hipácio.

Com o golpe fracassado, Justiniano I ganhou ainda mais poder.

As corridas de bigas foram proibidas, a população passou a temê-lo ainda mais, a Hagia Sofia foi reconstruída e as campanhas militares se intensificaram.

Quando morreu, em 565, o Império Bizantino tinha recuperado boa parte do território do Império Romano em seu auge, incluindo a Península Itália, o sul da Península Ibérica e todo o norte da África.

domingo, julho 17, 2016

Daniele De Rossi e sua tatuagem...

Imagem: Carl Recine: Reuters

Os super humanos... Eles podem, nós podemos.

GP da Alemanha...

Imagem: Hendrik Schmidt/EFE

Série C: América deixa escapar a vitória e o ABC, recua e acaba derrotado...

Por poucas horas ABC e América estiveram dentro da zona de classificação para a próxima fase da Série C.

Agora, só o ABC permanece, mas para ficar, terá que torcer por uma derrota do Salgueiro, em casa, diante do Confiança... 

As duas equipes se enfrentam, daqui a pouco, no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro.

América 1x1 Remo

O sábado foi péssimo para os nossos clubes...

O América na Arena das Dunas comandado por Thiago Potiguar, no primeiro tempo, pareceu que iria vencer com certa facilidade o Remo e entrar definitivamente na briga pela vaga.

Os rubros começaram arrasadores...

Aos 6 minutos, Thiago Potiguar o maestro do time, deixou Luiz Eduardo na cara do gol.

Luiz Eduardo abriu o marcador e depois, perdeu umas duas ou três boas chance de ampliar...

O América jogava bem e não dava nenhuma mostra que deixaria escapar a vitória.

Bem por 30 minutos, foi o que aconteceu...

Porém, dois minutos depois, Edno, num chute de fora da área, empatou.

Foi então que o Remo saiu das cordas e tentou equilibrar a partida...

O América apenas esperou o intervalo.

Na volta, alguma coisa mudou...

O América continuou voluntarioso e veloz, mas já não conseguia segurar o Remo como antes e passou a sofrer sustos.

Não fosse o goleiro Camilo, critica por uma possível falha no gol marcado por Edno, a equipe paraense poderia ter mudado toda a história da partida...

Camilo salvou evitou a virada do Remo umas três vezes.

Com menos posse de bola, mas com a mesma vontade da primeira fase, a equipe americana ainda tentou vencer, mas não conseguiu...

O Remo, melhor que no primeiro tempo, deu ao jogo um caráter mais dramático.

No fim, os remistas tinham o que comemorar, enquanto os americanos tiveram que voltar para casa com a amarga sensação de que poderia ter sido diferente...

Restam nove jogos, é só o que o América tem para confirmar ou não sua classificação.

ASA 2 a 1 ABC

O time do ABC quando parece que vai...

Não vai.

Começou bem em Arapiraca e chegou a sair na frente, com um gol de falta, marcado por Lucio Flavio, no final da primeira etapa.

Depois, no segundo tempo, sem motivo aparente, recuou e deu ao ASA campo para jogar.

A boa equipe alagoana não se fez de rogada...

Aproveitou o espaço deixado pelo recuo alvinegro, avançou sua equipe foi à luta.
Aos 17 minutos, a bola chutada bateu em Thiago Sala, desviou e tirou Vaná da jogada...

Só restou ao goleiro, lamentar a pouca sorte e buscar a bola no fundo das redes.

O ABC, então, acrescentou ao recuo a falta de inspiração e passou a tentar segurar o resultado com umas poucas e infrutíferas chegadas próximas ao gol do ASA...

Sem ter o que temer, o ASA foi buscar o resultado e aos 34 minutos, Reinaldo se antecipou ao zagueiro e definiu o marcador.

Arbitragem à parte, o ABC não fez nada que pudesse justificar um placar diferente...

O 2 a 1, a favor do ASA foi justo.


Chris Froome no Tour de France...

Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP

Mais uma morte na conta das torcidas organizadas...

Ontem as torcidas organizadas de Flamengo e Botafogo foram responsáveis por mais uma morte...

Pela manhã, um torcedor alvinegro foi morto em confronto entre fações organizadas dos dois clubes, no bairro de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo informações do jornal O Dia, ele foi identificado pela Polícia Civil como Thiago da Silva França e tinha 31 anos...

Thiago morreu vítima de espancamento.

Posteriormente, na ação executada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, foram presos ainda dois suspeitos que tentaram se desfazer das armas ao serem abordados pelas autoridades...

Eles carregavam, dentre outros itens, 25 frascos de loló.

Além dos dois, a PM deteve durante a operação 21 torcedores, a maioria deles membros da Torcida Jovem Fla...

Cientes de tudo vai acabar em nada, os organizados continuam a deitar e rolar.

O beijo na chuteira do adversário...

Imagem: Jamie Sabau/Getty Images

Flamengo fecha acordos e economiza R$ 180 milhões...

Depois de firmar acordos com Ronaldinho Gaúcho e com o Consórcio Plaza que, em 1995, recebeu um adiantamento para erguer um shopping center na Gávea e com outros credores que movem contra o clube ações cíveis, trabalhistas e tributárias contra o clube, o Flamengo vai poder respirar aliviado...

Foi isso que o vice-presidente jurídico, Flávio Willeman, escreveu em um relatório que será encaminhado aos sócios do clube.

Segundo Willeman, tais acordos trarão uma economia imediata de R$ 180 milhões aos cofres rubro-negros.

Quer tentar?

Imagem: Mohammed Abed/AFP

Jogos Olímpicos: Hospitais cariocas preocupam o Conselho de Medicina do Rio...

Hospitais não estão preparados para Rio-2016, diz conselho

Conselho de Medicina do Rio concluiu que, se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos, a rede de saúde não conseguirá atender todos

A 21 dias da Olimpíada, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) concluiu que, se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos, a rede carioca de saúde pública não terá capacidade de atender todos.

A constatação foi feita a partir da fiscalização realizada pelos conselheiros entre os últimos dias 5 e 11 nos cinco hospitais designados como de referência para o atendimento de emergência durante as competições, de 5 a 21 de agosto.

Durante as visitas, a equipe do Cremerj verificou que todos os hospitais de referência – Souza Aguiar (Centro), Salgado Filho (Méier, zona norte), Miguel Couto (Gávea, zona sul), Albert Schweitzer (Realengo, zona oeste) e Lourenço Jorge (Barra da Tijuca, zona oeste) estão superlotados e sem capacidade para receber mais pacientes.

O relatório parcial das vistorias foi divulgado, nesta sexta-feira, 16.

O documento será entregue na próxima segunda-feira, 18, à Secretaria Municipal de Saúde.

O presidente do Cremerj, Pablo Vazquez, afirmou que o quadro é “preocupante”.

“Há uma superlotação, e as vagas para leitos estão escassas. Há a necessidade, não quero pensar no pior, em aumentar a estrutura de atendimento. Estou preocupado porque hoje há lotação e na Olimpíada teremos mais de 1 milhão de visitantes. Ainda dá tempo”, disse.

Segundo Vazquez, outro fator que preocupa é a redução de verbas para a saúde.
“O Rio teria que investir pelo menos 12% de seu orçamento na saúde. Tem investido 4%”, afirmou.

De acordo com o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon, a diferença entre o total do orçamento e o que foi investido até agora representa menos R$ 370 milhões aplicados na saúde.

“Teriam que ser investidos R$ 400 milhões. Em junho, só foram investidos cerca de R$ 25 milhões. Os hospitais estão precários, faltam medicamentos e as equipes médicas estão reduzidas”, disse.

Ainda segundo o conselho, há a demanda diária de cem leitos para Centros de Tratamento Intensivo (CTI) de pacientes em fila de espera.

Outra medida criticada foi a solução apresentada pela rede pública de, durante a Olimpíada, atender pacientes de média gravidade em uma cantina desativada no Salgado Filho, caso haja acidente com muitas vítimas.

“Nos disseram que construirão leitos no local. Mas nos preocupa que é um espaço aberto, ainda com os balcões da antiga cantina”, disse Nahon.

Fonte: Veja/Estadão

sábado, julho 16, 2016

A Cerveja Sagres homenageia Portugal...

Imagem: Carlos Rodrigues/Getty Images

A luta contra a homofobia na arbitragem brasileira...

Imagem: Felipe Larozza


O sindicato secreto dos árbitros gays

Por Breiller Pires

Da coluna 'VICE Sports'

Ele já apitou mais de 100 jogos de equipes de primeira divisão do Brasil.

Tem partidas internacionais no currículo e perdeu as contas de quantos países visitou.

É um "árbitro top", como costumam dizer no meio.

No entanto, ele não se sente realizado.

Há dois anos, optou por terminar um relacionamento com outro homem para não colocar a carreira em risco.

É o preço que um juiz de futebol gay paga para ser aceito na profissão.

"Se para um jogador, que é idolatrado por onde passa, já é difícil se assumir, imagina para um árbitro que é xingado pelo estádio inteiro toda vez que entra em campo?", afirma o juiz, que pediu absoluto sigilo de sua identidade para falar com a reportagem de VICE Sports.

Ele teme as consequências de revelar sua orientação sexual entre seus chefes da Comissão de Arbitragem da CBF e, principalmente, entre torcedores e dirigentes de clube, que já o ameaçaram depois de jogos com marcações controversas.

Sérgio Cenedezi, 52, bandeirinha por quase duas décadas, tomou caminho diferente.

De 1985 a 2003, trabalhou como assistente em vários jogos de campeonatos estaduais, brasileiro e Copa do Brasil, sem nunca esconder de seus pares que é homossexual.

"Eu sou assumido. Modéstia à parte, só trabalhei tanto tempo à beira do gramado porque eu era muito bom. Senão teriam me matado", conta.

Hoje aposentado da arbitragem, Cenedezi é secretário de um tribunal de justiça em São Paulo.

Ele guarda poucos amigos do futebol.

E um desgosto.

Apesar de ter sido um dos bandeirinhas mais requisitados da década de 90, não alcançou o posto máximo de sua antiga profissão.

"Faltou botar o escudo da Fifa no peito", diz.

"Várias vezes fui cotado para receber a indicação da CBF. Mas sempre alguém surgia com o comentário: 'Ah, ele é viado'. Pois digo que prefiro ser viado do que ladrão, como muitos dos que hoje tomam conta do futebol brasileiro."

Embora o preconceito tenha contribuído para barrar sua ascensão ao alto escalão do apito, Cenedezi diz não se arrepender da escolha de revelar sua orientação sexual.

"Ser gay não é crime. Por isso não escondo nada de ninguém", afirma o ex-assistente, que também revela já ter saído com jogadores de grandes clubes do país.

Relacionamentos extracampo, porém, enfatiza, não interferiam em suas marcações.

"Preferências pessoais jamais influenciaram meu trabalho."
Como em todas as profissões, gays não são novidade na arbitragem.

Há até uma expressão para se referir a eles no meio: "membros do sindicato".

Ainda assim, todos continuam sofrendo para exercer o ofício no terreno mais machista do futebol.

Penalidade mínima

Ofensas e atitudes homofóbicas costumam ser relativizadas no contexto futebolístico.

Entre os homens do apito, comportamentos preconceituosos fazem parte da normalidade e estão imunes de punição.

Em junho, o árbitro Marcelo de Lima Henrique postou em sua página no Facebook uma defesa ao deputado Jair Bolsonaro:

"Prefiro votar em louco do que em incentivador de boiolices, maconheiro e inimigos da família(...) Não sou politicamente correto, não apoio boiolices".

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) entendeu que não havia motivo para abrir denúncia contra o árbitro por suas declarações.

"Se no Congresso Nacional, um deputado [Bolsonaro] propaga discurso de ódio contra os gays livremente, no campo de futebol é ainda pior", diz Sérgio Cenedezi.

O burburinho em torno da homossexualidade na arbitragem remonta ao fim da década de 80, quando o trio MBB chocou a sociedade da bola ao assumir publicamente sua orientação sexual.

Margarida, Bianca e Borboleta eram os nomes de guerra dos árbitros Jorge José Emiliano dos Santos, Walter Senra e Paulino Rodrigues da Silva, respectivamente.

Margarida foi o primeiro a se declarar.

Peitou o então mandachuva da Comissão de Arbitragem, João Ellis Filho, que chegou a dizer que, enquanto fosse presidente, nenhum juiz homossexual apitaria jogos.

Em sua defesa, Margarida era enfático:

"Antes ser lembrado como um juiz bicha do que como um juiz desonesto". Surgia ali "o sindicato", do qual Cenedezi sempre fez parte.

"Naquela época tinha mais gay do que hétero no quadro de árbitros", conta.

Em vez de amenizar a discriminação, a grande influência que o trio MBB exerceu até o início dos anos 90 fez com que outros juízes saíssem do armário e gerou cicatrizes profundas na arbitragem.

Muitos enxergavam Margarida e seus seguidores como detratores da profissão.

Iniciou-se, então, uma verdadeira caçada aos árbitros gays, curiosamente liderada por Armando Marques, ex-árbitro que sofria com gritos de "bicha, bicha!" nos estádios e insultos homofóbicos de dirigentes.

Em 1998, por exemplo, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, o chamou de "homossexual travestido".

Um ano antes, Armando Marques havia assumido a presidência da Comissão de Arbitragem e começado uma perseguição silenciosa aos homossexuais sob seu comando.

Mesmo casado com uma mulher há 32 anos e pai de três filhos, Clésio Moreira dos Santos acabou sendo uma das vítimas da fúria persecutória de Armando Marques.

Mais velho de uma família de sete irmãos, ele foi abandonado pelo pai aos 11 anos.

Ainda na adolescência, começou a trabalhar com teatro de rua na cidade de Palhoça, em Santa Catarina.

Virou árbitro de futebol e, aproveitando o talento para encenar, resolveu adotar o personagem Margarida, em homenagem ao antigo árbitro.

Entrou para o quadro da CBF em 1995 e chamava a atenção por vestir um uniforme inteiramente rosa.

Suas atuações de gestos extravagantes caricaturam um árbitro gay.

Apesar de sempre ter deixado claro que não é homossexual, o Margarida genérico incomodou o ex-presidente da Comissão.

"O Armando Marques mandou um recado para o presidente da Federação Catarinense [Delfim de Pádua Peixoto]: 'Avisa pro seu Margarida aí que viado aqui só tem um'. Depois disso, ele começou a me escalar em jogos sem expressão, em lugares remotos. Tive de abandonar a carreira profissional", afirma Clésio, que deixou o quadro de arbitragem em 2002.

Atualmente, Margarida apita somente em jogos festivos.

Fatura mais dinheiro do que nos tempos em que era árbitro da CBF.

Sua situação é emblemática: ele ganha a vida encarnando o personagem de um árbitro gay, algo que um homossexual de verdade dificilmente conseguiria.

Armando Marques foi presidente da Comissão de Arbitragem até 2005.

Não teve filhos e jamais revelou sua orientação sexual.

Ele morreu há dois anos, mas sua herança homofóbica ainda paira sobre a arbitragem nacional.

A tropa de choque do apito

Em 2009, o árbitro Halil Ibrahim Dinçdag foi proibido de apitar jogos oficiais pela Federação Turca de Futebol.

Com base em um relatório do Exército da Turquia, que o havia dispensado dois anos antes por considerar sua homossexualidade uma doença, a Federação alegou que ele não poderia mais atuar nas partidas por supostamente ter um problema de saúde.

Durante o processo de expulsão do quadro de arbitragem, dirigentes o acusaram de favorecer jogadores por causa da aparência.

"Isso devastou minha vida", afirma Halil à VICE Sports.

"Desde então estou sem trabalho. Não consigo emprego em lugar nenhum. Nesse período, ainda recebi o diagnóstico de um câncer. Os danos físicos, morais e materiais são incalculáveis."

No fim do ano passado, um tribunal de Istambul condenou a Federação a pagar indenização de cerca de 25.000 reais a Halil por discriminação sexual.

"A justiça foi feita de forma tardia, após seis anos de luta. De qualquer forma, considero a decisão uma vitória para todo o movimento LGBT", afirma o ex-árbitro, que tenta se reerguer com a ajuda de amigos e milita em causas de combate ao preconceito em seu país.

A realidade por aqui não é tão diferente da Turquia.

Boa parte das capitanias que comandam o futebol brasileiro é controlada por figuras ligadas a instituições militares.

São dirigentes que se perpetuam no poder ao longo de décadas, muitas vezes se auto intitulando de coronéis.

É o caso de Antônio Carlos Nunes de Lima, coronel da reserva da Polícia Militar que se manteve no comando da Federação Paraense de Futebol por 20 anos e, recentemente, foi presidente interino da CBF.

Na arbitragem, o controle militar é ainda mais rígido.

Marcelo de Lima Henrique, o árbitro que não apoia "boiolices", é sargento dos Fuzileiros Navais.
Sérgio Corrêa, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, responsável pela escala de árbitros da CBF, ex-oficial da Aeronáutica.

Seus antecessores Edson Rezende (delegado da Polícia Federal) e Aristeu Leonardo Tavares (tenente da PM) e seu vice Nilson de Souza Monção (coronel aposentado do Exército) também têm patentes de autoridade.

Não é à toa que os cursos oficiais de arbitragem seguem cartilhas quase militares.

No código de conduta dos árbitros, há instruções até de vestuário, como não sair em público com a camisa para fora da calça antes dos jogos.

"Querem que o árbitro passe uma imagem de sargentão, que banque o machão dentro e fora do campo", diz Margarida, que foi desaconselhado por vários colegas ao incorporar seu personagem.

"Falavam que eu estava queimando o filme da classe."

Em um ambiente tão repressor, o machismo arraigado do futebol se tornou política institucional da arbitragem.

Em 1997, Sérgio Cenedezi foi pioneiro ao criar o primeiro curso para mulheres no Sindicato de Árbitros de São Paulo.

Não sem enfrentar forte resistência.

"Todos diziam que lugar de mulher é no fogão, inclusive o Armando Marques. Eu quis quebrar esse preconceito. Mas a verdade é que, na arbitragem, ainda existe um desprezo enorme por mulheres e gays", afirma.

Procuradas pela reportagem, comissões e cooperativas regionais de árbitros informaram que não promovem campanha – nem a favor nem contra – homossexuais.

O Sindicato dos Árbitros de São Paulo, por meio do diretor Carlos Donizeti, afirma que "como nunca tivemos denúncia [de preconceito] dos árbitros, não achamos necessário tomar nenhuma medida".

A Comissão Nacional de Arbitragem, por sua vez, diz que não discrimina ninguém pela orientação sexual.

Denúncias de homofobia dificilmente chegarão aos ouvidos dos barões da arbitragem brasileira, já que, ao contrário de décadas atrás, não há sequer um profissional abertamente homossexual em seus quadros.

Sob o risco de boicote no mercado de trabalho, os árbitros gays, que um dia levantaram a bandeira pelo impedimento do machismo, hoje só podem se resignar com o silêncio para manter seu sindicato em segredo.

Wrestler...

Imagem: Harry How/AFP

O excelente vídeo motivacional produzido pelo marketing americano... Que bom, estamos aprendendo.

Pronto para partir...

Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP

O dia em que Librado Azcona, goleiro do Independiente Del Valle do Equador parou o River Plate...

A "simpática" bolsa de tacos de Keegan Bradley...

Imagem: Glyn Kirk/AFP

Brasil preocupado com 240 atletas que estão na Turquia...

Consulado em Istambul busca paradeiro de 240 atletas brasileiros na Turquia

Por Lauro Jardim

O Itamaraty e o Ministério do Esporte estão trabalhando para resolver um problema criado pelo golpe militar de hoje na Turquia: há 240 atletas brasileiros naquele país neste momento.

Estão, mais precisamente, na cidade de Trabzon para participar dos Jogos Mundiais Escolares (Gymnasiade). Trabzon fica a cerca de 900km de Istambul.

O Consulado-geral do Brasil em Istambul está cuidando do tema, mas ainda não sabe detalhes do local de hospedagem da delegação, que é chefiada por Robson Aguiar, vice-presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar.

sexta-feira, julho 15, 2016

Desespero e frustração...

Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP/Getty Images

No Brasil jogadores de futebol medíocres viram ídolos e gigantes olímpicos caem no esquecimento...

A maior prova da pouca ou nenhuma cultura esportiva no Brasil está no seguinte fato:

Qualquer jogador de futebol meia-boca que tenha passado por qualquer clube brasileiro e feito um ou outro golzinho considerado importante, vira ídolo da noite para o dia e é lembrado por torcedores como se fosse um gênio da bola...

Porém, a maioria absoluta dos grandes medalhistas olímpicos do país vivem praticamente nas sombras, como se seus feitos não tivessem nenhum valor.

Melissa Andrzejewski, Sketchy Andy Lewis e Jimmy Fitzpatrick, fizeram uma manobra sincronizada envolvendo um avião em rasante, um slackliner se equilibrando e um piloto de motocross num salto espetacular...

Ele apostou em quem ninguém apostou e faturou € 1,2 milhão...

Um apostador de Birmingham na Inglaterra fez uma aposta que ninguém faria...
Foi a melhor coisa que fez em sua vida.

Quem teria a ousadia de votar que o primeiro gol da partida entre Portugal e França sairia dos pés de Eder, um reserva?

Pois bem, o cidadão que não foi identificado pela empresa BetVictor, ousou...

E sua ousadia lhe redeu € 1,2 milhão.

A BetVictor tentou entrar em contado com esse “ninja” das apostas, mais foi informada que ele está fora do país, em férias com a família...

Bem, melhor WELCOME HOME que esse é impossível.

Os gols da Eurocopa em animação...

Goleiros ficam melhor de preto...

Imagem: Trivela

A dura vida do atacante Éder...

O atacante Éder, herói da final contra a França, contou em entrevista TVI que seu pai cumpre pena na Inglaterra pelo assassinato de sua ex-mulher, madrasta do atacante...

"O meu pai está preso desde os meus 12 anos. A minha madrasta faleceu e ele foi acusado de assassiná-la, acho que a pena dele é de 16 anos. Depois de começar a ganhar dinheiro, quando estava no Acadêmica, já consegui ir para a Inglaterra visitá-lo".

Nascido em Guiné Bissau, país africano, Éder se profissionalizou na Academica de Coimbra...

Depois foi negociado com o Swansea, time que disputa a Premier League, em 2015, mas não conseguiu se firmar.

Nos 15 jogos que disputou, não marcou nenhum gol...


No início deste ano, Éder acabou emprestado ao Lille, clube francês.

Um pênalti e algumas tentativas...

Imagem: Christian Hartmann/Reuters

Brasil e Argentina, irmanados na mediocridade...

O Brasil ficou sem finalista na Taça Libertadores da América pelo 3º ano consecutivo...

Mas, não estamos sós – o Boca Juniors da Argentina, em casa, acabou eliminado pelo Independiente Del Valle, do Equador.

Os equatorianos que haviam vencido o jogo de ida por 2 a1, ontem, depois de começaram perdendo com um gol logo aos três minutos de jogo, viraram o placar e venceram o Boca Juniors por 3 a 2.

Com o resultado, teremos uma final inédita entre colombianos e equatorianos...

Somente se o Independiente Del Valle vencer é que teremos um campeão que levantará a taça pela primeira vez.

Se der Atlético Nacional, não...

Em 1989 os colombianos ergueram o troféu.

O Beijo... Maradona e Caniggia.

Imagem: Trivela

O que Marcelo Bielsa pediu para treinar a Lazio...

Marcelo Bielsa, ou, “El Loco” Bielsa, assinou contrato com a Lazio da Itália e, repentinamente, dois depois, pegou suas coisas e foi embora...

Justificou dizendo que Claudio Lotito, presidente da Lazio não havia ainda fecho como os reforços que havia pedido.

Ontem, Lotito, em entrevista ao jornal “La Repubblica”, contra-atacou...

Segundo o presidente da Lazio, Bielsa fez exigências absurdas ao clube e as enumerou:

- Queria receber em dólares e exigiu que as variações cambiais fossem cobertas pela Lazio...

- A Lazio deveria também arcar com as obrigações fiscais sobre o salário do treinador...

- Exigiu várias passagens aéreas para a Argentina para ele e mais cinco pessoas ao longo da temporada – todas na primeira classe...

- Pediu cinco telefones celulares que seriam distribuídos entre ele e sua comissão técnica...

- Solicitou a compra de silhuetas alemãs que simulam barreiras, alegando que as italianas não são de boa qualidade e, por fim, não aceitou o imóvel que a Lazio lhe ofereceu para morar, em Roma, e disse que o clube procurasse um hotel cinco estrelas para lhe servir de residência.

Sagna...

Imagem: Franck Fife/AFP/Getty Images

Sorteios manipulados na Copa do Mundo...

Executivo revela que sorteios da Copa do Mundo são manipulados

Benny Alon diz que interesses de seleções eram atendidos pela Fifa

Jamil Chade - Correspondente em Genebra, para O Estado de S. Paulo

Os sorteios das chaves da Copa do Mundo são alvos de manipulação. 

Quem confirma isso é Benny Alon, executivo que por anos operou na organização de Mundiais em parcerias com países-sede e empresas que sustentaram as operações de vendas de entradas para os torneios.

Hoje, Alon lidera uma batalha judicial milionária contra a Fifa, que também o acusa de irregularidades. 

Mas o executivo, que tem colaborado com a Justiça suíça, revela detalhes de como a entidade funciona. 

Segundo ele, nem os sorteios de chaves do Mundial estão isentos. 

Um dos casos mais explícitos teria sido o da Copa de 1994, nos EUA. 

"Um dia antes do sorteio, estava com os organizadores que me confirmavam a pressão do México para jogar em Orlando", contou.

A cidade seria um dos locais onde haveria uma importante comunidade de torcedores mexicanos e atendia aos interesses dos patrocinadores. 

Quando o sorteio ocorreu, o México caiu justamente no Grupo E, que se dividiria entre Washington e Orlando. 

A seleção mexicana terminou na primeira colocação, depois de bater a Irlanda no Citrus Bowl de Orlando.

"Não sei como fizeram com as bolinhas. Mas a realidade é que o pedido dos mexicanos foi atendido no sorteio", indicou Alon, que desde o Mundial de 1990 atuava nos bastidores. 

Naquela época, o "homem das bolinhas" era Joseph Blatter, secretário-geral da Fifa e responsável por organizar os sorteios.

Procurada pela reportagem, a Fifa não retornou os e-mails solicitando uma reação às denúncias do executivo. 

Em junho deste ano e já afastado, Blatter confirmou que sorteios para torneios internacionais foram alvos de manipulação. 

Mas garantiu que, sob seu mandato na Fifa, isso "jamais ocorreu"

As declarações foram ao jornal argentino La Nación.

Blatter não deu detalhes. 

Mas insistiu que isso apenas ocorria na Europa, com o uso de bolas frias para que a pessoa que fizesse o sorteio pudesse escolher de maneira a atender a interesses. 

Papéis com os nomes das seleções são tradicionalmente colocados nessas bolas e teoricamente misturados.

"Claro que é possível sinalizar as bolas, ao esquentar ou esfriá-las", disse Blatter. 

"Isso não ocorre na Fifa. Mas eu fui testemunha disso em sorteios no nível europeu. Mas nunca na Fifa", insistiu o suíço. 

"Claro que isso tecnicamente pode ser feito. Mas jamais no meu caso. Jamais", continuou.

"Bolas são colocadas na geladeira antes do sorteio. A mera comparação entre umas e outras ao tocá-las já determina as bolas frias e quentes. Ao tocar, já se sabe o que há", disse.


Sobre o sorteio para a Copa de 2014, no Brasil, Blatter garantiu que tudo ocorreu dentro das regras, sem qualquer manipulação. 

Nas escolhas, a Argentina foi amplamente favorecida pelo grupo que enfrentou e o percurso até a final. 

"O sorteio foi limpo. Eu nunca toquei nas bolas, algo que outros fizeram."

Foco no lance...

Imagem: Lars Baron/Getty Images

Ranking da FIFA... Brasil cai três posições.

País de Gales e Islândia ganham posições no ranking da Fifa...

Gales semifinalista da Eurocopa subiu 15 posições e é a décima primeira colocada.

O Brasil, depois de eliminado na primeira fase da Copa América, caiu para o nono lugar...

A seleção brasileira está vivendo o seu pior momento.

Com fim da Eurocopa na França e da Copa América Centenário nos Estados Unidos aconteceram inúmeras mudanças no ranking da Fifa, atualizado nesta quinta-feira... 

Semifinalista da Euro, a seleção do País de Gales foi a seleção que mais se beneficiou: subiu 15 posições e ficou em 11° lugar.

A Islândia, sensação do torneio, e Portugal, campeão, também subiram...

Já o Brasil, eliminado na primeira fase da Copa América, caiu da sexta para a nona colocação.

Depois de chegar às quartas de final da Eurocopa, a Islândia subiu 12 posições e está em 22° lugar, enquanto Portugal passou do oitavo para o sexto lugar... 

A vice-campeã França subiu dez posições e agora é a 7º colocada.

Não houve mudanças nos cinco primeiros lugares...

Finalista da Copa América Argentina manteve a liderança, a Bélgica é a segunda e Colômbia, Alemanha e Chile, ocupam respectivamente, o terceiro, o quarto e o quinto posto.

Ranking da Fifa/Julho/2016

01) Argentina – 1585 pontos
02) Bélgica – 1401 pontos
03) Colômbia – 1331 pontos
04) Alemanha – 1319 pontos
05) Chile – 1316 pontos
06) Portugal (+2) – 1266 pontos
07) França (+10) – 1189 pontos
08) Espanha (-2) –  1165 pontos
09) Brasil (-2) – 1156 pontos
10) Itália (+2) – 1155 pontos

quinta-feira, julho 14, 2016

Atropelado...

Imagem: Alexander Hassenstein/Getty Images

Copas versus Olimpíadas...

Os bilhões de dólares das Olimpíadas e das Copas

COI e Fifa, os donos dos espetáculos, alternam o status de mais rico a cada quatro anos e têm negócios parecidos: a receita é toda deles, e o gasto todo das sedes

Por Rodrigo Capelo/Revista Época

Copa do Mundo e Olimpíada.

Os dois maiores eventos esportivos do planeta, ambos realizados no Brasil entre 2014 e 2016, rendem bilhões de dólares para os donos dos espetáculos – a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Quanto?

ÉPOCA extraiu os valores das demonstrações financeiras publicadas na última década.

As duas associações internacionais alternam a liderança em arrecadação a cada ciclo de quatro anos.

A Copa, sozinha, é mais lucrativa.

Mas os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno, somados, superaram todas as Copas anteriores desde o início dos anos 2000.

Os modelos de negócios da Fifa e do COI são parecidos.

O grosso das receitas, nos dois casos, vem dos acordos de direitos de transmissão.

A diferença é que os Jogos geram mais dinheiro entre emissoras das Américas, e a Copa na Europa.

Os patrocínios são a segunda maior fonte – a Fifa, aí, leva vantagem sobre o COI.

Outras receitas, muito menores, se dividem entre hospitalidade e licenciamentos.

A regra é a mesma para as duas entidades: o faturamento é todo delas.

Do lado das despesas, a regra é outra: os governos dos países e das cidades sedes pagam a conta.

As construções e reformas de estádios e ginásios, o que há de mais caro e essencial para a realização dos eventos, são pagas com os impostos das populações das sedes.

Os bilhões de dólares que Fifa e COI arrecadam com Copas e Olimpíadas são majoritariamente repassados para os cartolas que estão abaixo deles na estrutura, como federações nacionais e comitês.

A grana também banca alguns gastos com os próprios eventos, como a produção das imagens que são vendidas para emissoras do mundo todo, e os salários dos funcionários das entidades, que nos últimos anos se tornaram mais numerosos e mais caros.

E sobra.

Sobra muito.

Nos 12 anos entre os Jogos de Inverno em Salt Lake e os Jogos de Verão em Londres, o COI teve um superávit de US$ 1,4 bilhão. 

A Fifa, nos 12 anos entre a Copa da Alemanha e a do Brasil, lucrou US$ 4,8 bilhões.

A diferença é gritante entre as duas federações, porque a olímpica repassa muito mais dinheiro para associações nacionais do que a de futebol, que fica com a maior parte para ela.



Tirando onda com os competidores no Tour de France...

Imagem: AFP

O Brasil é ou não é alvo do ISIS?

Imagem: Diário AS/Liberation


O jornal Diário AS da Espanha repercutiu matéria publicada no jornal francês Libration sobre um possível ataque do ISIS a delegação francesa nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro...

Segundo o Liberation uma fonte do serviço de inteligência francesa apontou um brasileiro cooptado pelo Estado Islâmico como a pessoa encarregada de executar a missão.

Na matéria o Liberation afirma que Christophe Gomart, membro do serviço secreto das forças armadas da França, comunicou no dia 26 de maio passado a Comissão Parlamentar responsável pelas investigações dos ataques a Paris em 2015, sobre os planos do brasileiro...

Gomart disse à comissão que a informação foi obtida a partir de estados amigos com quem a França tem acordos de colaboração contra o terrorismo.

Entretanto, a matéria não esclarece a identidade do brasileiro, nem informa se foi preso ou seu paradeiro.

Seguro pelas calças...

Imagem: AP

Mais uma vez o futebol brasileiro está fora da final da Libertadores da América...

Mais uma vez o futebol brasileiro está fora da disputa do maior torneio continental...

O São Paulo ao perder por 2 a 1 do Atlético Nacional, deu adeus a possibilidade de chegar à final da Taça Libertadores da América.

A derrota no Morumbi por 2 a 0 selou a sorte do São Paulo, mesmo que ontem, o tricolor tenha merecido melhor sorte...

Que a arbitragem ajudou a tornar impossível o que já era complicado, não se discute, entretanto o que está em jogo não é se o São Paulo poderia ou não ter mudado a história do confronto – o que está em jogo é a queda cada vez mais patente do nosso futebol.