Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
segunda-feira, julho 18, 2016
O medo de estádio vazios nas Paraolimpíadas... como vamos explicar isso? Preconceito?
Venda de ingressos da Paraolimpíada
fracassa
Por Lauro Jardim
A Rio-2016 não está preocupada
com vazios nas arquibancadas e cadeiras da Olimpíada.
Aposta que praticamente tudo
lotará.
O problema é a Paraolimpíada, que
começa no dia 7 de setembro.
A venda de ingressos até agora é
um fracasso retumbante.
A Rio-2016 tem alguns planos
alternativos para tentar reverter o quadro, entre eles, o da abertura dos
portões.
A cobrança de ingressos para a
Paraolimpíada começou em 2008, em Pequim.
Em Londres, em 2012, foi um
sucesso de público.
Série D: O Globo de Ceará-Mirim avança e o Potiguar de Mossoró é eliminado...
O Globo de Ceará-Mirim empatou
com o Souza da Paraíba em 1 a 1...
Mesmo em casa, o Globo não
conseguiu dobrar seu adversário.
Porém, como chegou aos 11 pontos
e se manteve líder do Grupo A7, passou para a fase seguinte da Série D...
Já o Souza, mesmo tendo alcançado
o América de Pernambuco, marcando 10 pontos na tabela, acabou eliminado pelo
critério de saldo de gols.
Enquanto o Globo comemorava, em
Sergipe, o Potiguar lamentava a goleada sofrida diante do Itabaiana...
A derrota por 3 a 0 eliminou a
equipe mossoroense.
Nada podia ser pior...
Principalmente para uma equipe
que passou boa parte da competição em ótimas condições de garantir a
classificação.
Confrontos da Segunda Fase da
Série D
Atlético/AC e Náutico
Princesa do Solimões e Palmas
São Raimundo e Juazeirense
Águia e Moto Club
Altos e América
CSA e Parnahyba
Globo e Campinense
Uniclinic e Itabaiana
Ceilândia e Aparecidense
Sete Dourados e Fluminense de
Feira de Santana
Volta Redonda e URT
Caldense e Anápolis
São Bento e Brusque
J Malucelli e Espirito Santo
Internacional de Lages e Caxias
Ituano e Linense
Na Turquia um golpe fracassado e sangrento começou com briga de torcidas...
O maior golpe fracassado de
Istambul começou como briga de torcidas
Por Ubiratan Leal
O Exército tentou, mas a
sociedade foi mais forte.
Parte das Forças Armadas quis
aproveitar a ausência física do presidente Recep Erdogan para tomar o poder na
Turquia.
A reação contra a ofensiva
militar foi imediata, com a população, o presidente que voltou às pressas e até
parte da oposição se unindo para evitar uma troca de comando à força no país.
Golpes de estados são comuns no
país, já ocorreram em 1960, 1971, 1980, 1993 e 1997.
Uma tentativa fracassada é mais
rara, mas uma delas mudou a história: as Revoltas de Nika.
É preciso voltar bastante no
tempo, uma época em que o centro de comando não era Ancara, a Turquia não existia
como nação, sua maior cidade não se chamava Istambul e sua população nem era
muçulmana, tampouco tinha origem étnica na Ásia Central.
A região em torno do estreito de
Bósforo era dominada pelo Império Romano do Oriente, divisão política criada
quando Roma começou a perder força como centro dessa civilização, também
conhecido como Império Bizantino.
A capital era Constantinopla,
atual Istambul.
Uma das atividades mais populares
na metrópole era a corrida de bigas.
Mais que disputas de velocidade,
eram competições ferozes.
Os concorrentes se atacavam,
acidentes fatais eram comuns e os grandes campeões se tornavam milionários.
Apesar da glória dos principais
condutores, tratava-se de um esporte coletivo: os torneios tinham as equipes
vermelha, verde, azul e branca, cada uma com uma torcida fanática por trás.
No início do século 6º, a disputa
estava mais polarizada em Constantinopla.
Os verdes haviam incorporado o
time vermelho, enquanto que os azuis absorveram os brancos.
Assim, a rivalidade se tornou
enorme, possivelmente ganhando tons políticos, com os azuis se identificando
mais com a elite e uma leitura mais ortodoxa do Cristianismo, enquanto a
torcida verde representava os cidadãos comuns e defendia uma versão mais
progressista da religião.
Em 501, 3 mil torcedores verdes
foram mortos em uma emboscada dos azuis.
Anos depois, os verdes se
vingaram com uma grande vitória de Porfírio, condutor que defendia os azuis,
mas trocou de lado.
As duas torcidas só concordavam
quando o assunto era o governo de Justiniano I.
O imperador empreendeu grandes e
vitoriosas campanhas militares de expansão territorial, mas isso veio a um
custo.
Ele teve de aumentar
agressivamente os impostos para poder financiar o exército, causando
descontentamento de toda a sociedade em Constantinopla.
Em 532, um novo pacote de taxas
atingiu até a elite, que vinha sendo poupada até então.
Em 10 de janeiro daquele ano, uma
corrida terminou em nova confusão entre verdes e azuis.
As autoridades entraram em ação e
prenderam sete líderes de torcidas.
Todos seriam executados, mas dois
(um verde e um azul) acabaram sobrevivendo porque o suporte da forca quebrou.
Imediatamente, membros das duas
facções se dirigiram ao hipódromo – localizado estrategicamente ao lado do
palácio, para que Justiniano pudesse ver as corridas e torcer pelo seu time, o
azul, sem sair de casa – para pedir clemência aos dois.
O imperador se negou.
As duas torcidas se uniram e
começaram a gritar “nika” (vencer) em direção ao palácio.
Os protestos se seguiram, vários
edifícios foram incendiados – inclusive Hagia Sofia, então basílica da igreja
cristã – até que, no quarto dia, os manifestantes decidiram derrubar Justiniano
e colocar Hipácio, sobrinho do ex-imperador Anastácio I, no poder.
Justiniano pensou em fugir, mas
foi convencido a ficar por sua mulher, Teodora.
Com a decisão de confrontar a
multidão tomada, o imperador acionou seus generais Belisário e Mundo.
Ambos convocaram tropas godas e
trácias – sem ligação afetiva com as equipes de corridas de bigas – para
contra-atacar.
As forças de segurança
aproveitaram que os revoltosos estavam no hipódromo para ali confiná-los e
iniciar o massacre.
Os registros são de cerca de 30
mil mortos, incluindo Hipácio.
Com o golpe fracassado,
Justiniano I ganhou ainda mais poder.
As corridas de bigas foram
proibidas, a população passou a temê-lo ainda mais, a Hagia Sofia foi
reconstruída e as campanhas militares se intensificaram.
Quando morreu, em 565, o Império
Bizantino tinha recuperado boa parte do território do Império Romano em seu
auge, incluindo a Península Itália, o sul da Península Ibérica e todo o norte
da África.
domingo, julho 17, 2016
Série C: América deixa escapar a vitória e o ABC, recua e acaba derrotado...
Por poucas horas ABC e América
estiveram dentro da zona de classificação para a próxima fase da Série C.
Agora, só o ABC permanece, mas
para ficar, terá que torcer por uma derrota do Salgueiro, em casa, diante do
Confiança...
As duas equipes se enfrentam, daqui a pouco, no estádio Cornélio de Barros, em
Salgueiro.
América 1x1 Remo
O sábado foi péssimo para os
nossos clubes...
O América na Arena das Dunas
comandado por Thiago Potiguar, no primeiro tempo, pareceu que iria vencer com
certa facilidade o Remo e entrar definitivamente na briga pela vaga.
Os rubros começaram
arrasadores...
Aos 6 minutos, Thiago Potiguar o maestro do time, deixou Luiz Eduardo na cara do gol.
Luiz Eduardo abriu o marcador e
depois, perdeu umas duas ou três boas chance de ampliar...
O América jogava bem e não dava
nenhuma mostra que deixaria escapar a vitória.
Bem por 30 minutos, foi o que
aconteceu...
Porém, dois minutos depois, Edno,
num chute de fora da área, empatou.
Foi então que o Remo saiu das
cordas e tentou equilibrar a partida...
O América apenas esperou o
intervalo.
Na volta, alguma coisa mudou...
O América continuou voluntarioso
e veloz, mas já não conseguia segurar o Remo como antes e passou a sofrer
sustos.
Não fosse o goleiro Camilo,
critica por uma possível falha no gol marcado por Edno, a equipe paraense
poderia ter mudado toda a história da partida...
Camilo salvou evitou a virada do
Remo umas três vezes.
Com menos posse de bola, mas com
a mesma vontade da primeira fase, a equipe americana ainda tentou vencer, mas
não conseguiu...
O Remo, melhor que no primeiro
tempo, deu ao jogo um caráter mais dramático.
No fim, os remistas tinham o que
comemorar, enquanto os americanos tiveram que voltar para casa com a amarga
sensação de que poderia ter sido diferente...
Restam nove jogos, é só o que o
América tem para confirmar ou não sua classificação.
ASA 2 a 1 ABC
O time do ABC quando parece que
vai...
Não vai.
Começou bem em Arapiraca e chegou
a sair na frente, com um gol de falta, marcado por Lucio Flavio, no final da
primeira etapa.
Depois, no segundo tempo, sem
motivo aparente, recuou e deu ao ASA campo para jogar.
A boa equipe alagoana não se fez
de rogada...
Aproveitou o espaço deixado pelo
recuo alvinegro, avançou sua equipe foi à luta.
Aos 17 minutos, a bola chutada
bateu em Thiago Sala, desviou e tirou Vaná da jogada...
Só restou ao goleiro, lamentar a
pouca sorte e buscar a bola no fundo das redes.
O ABC, então, acrescentou ao
recuo a falta de inspiração e passou a tentar segurar o resultado com umas poucas
e infrutíferas chegadas próximas ao gol do ASA...
Sem ter o que temer, o ASA foi
buscar o resultado e aos 34 minutos, Reinaldo se antecipou ao zagueiro e
definiu o marcador.
Arbitragem à parte, o ABC não fez
nada que pudesse justificar um placar diferente...
O 2 a 1, a favor do ASA foi
justo.
Mais uma morte na conta das torcidas organizadas...
Ontem as torcidas organizadas de
Flamengo e Botafogo foram responsáveis por mais uma morte...
Pela manhã, um torcedor alvinegro
foi morto em confronto entre fações organizadas dos dois clubes, no bairro de
Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo informações do jornal O
Dia, ele foi identificado pela Polícia Civil como Thiago da Silva França e
tinha 31 anos...
Thiago morreu vítima de
espancamento.
Posteriormente, na ação executada
pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, foram presos ainda dois suspeitos que
tentaram se desfazer das armas ao serem abordados pelas autoridades...
Eles carregavam, dentre outros
itens, 25 frascos de loló.
Além dos dois, a PM deteve
durante a operação 21 torcedores, a maioria deles membros da Torcida Jovem Fla...
Cientes de tudo vai acabar em
nada, os organizados continuam a deitar e rolar.
Flamengo fecha acordos e economiza R$ 180 milhões...
Depois de firmar acordos com
Ronaldinho Gaúcho e com o Consórcio Plaza que, em 1995, recebeu um adiantamento
para erguer um shopping center na Gávea e com outros credores que movem contra
o clube ações cíveis, trabalhistas e tributárias contra o clube, o Flamengo vai
poder respirar aliviado...
Foi isso que o vice-presidente
jurídico, Flávio Willeman, escreveu em um relatório que será encaminhado aos
sócios do clube.
Segundo Willeman, tais acordos
trarão uma economia imediata de R$ 180 milhões aos cofres rubro-negros.
Jogos Olímpicos: Hospitais cariocas preocupam o Conselho de Medicina do Rio...
Hospitais não estão preparados
para Rio-2016, diz conselho
Conselho de Medicina do Rio
concluiu que, se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos,
a rede de saúde não conseguirá atender todos
A 21 dias da Olimpíada, o
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) concluiu que,
se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos, a rede carioca
de saúde pública não terá capacidade de atender todos.
A constatação foi feita a partir
da fiscalização realizada pelos conselheiros entre os últimos dias 5 e 11 nos
cinco hospitais designados como de referência para o atendimento de emergência
durante as competições, de 5 a 21 de agosto.
Durante as visitas, a equipe do
Cremerj verificou que todos os hospitais de referência – Souza Aguiar (Centro),
Salgado Filho (Méier, zona norte), Miguel Couto (Gávea, zona sul), Albert
Schweitzer (Realengo, zona oeste) e Lourenço Jorge (Barra da Tijuca, zona
oeste) estão superlotados e sem capacidade para receber mais pacientes.
O relatório parcial das vistorias
foi divulgado, nesta sexta-feira, 16.
O documento será entregue na
próxima segunda-feira, 18, à Secretaria Municipal de Saúde.
O presidente do Cremerj, Pablo
Vazquez, afirmou que o quadro é “preocupante”.
“Há uma superlotação, e as vagas para leitos estão escassas. Há a
necessidade, não quero pensar no pior, em aumentar a estrutura de atendimento.
Estou preocupado porque hoje há lotação e na Olimpíada teremos mais de 1 milhão
de visitantes. Ainda dá tempo”, disse.
Segundo Vazquez, outro fator que
preocupa é a redução de verbas para a saúde.
“O Rio teria que investir pelo menos 12% de seu orçamento na saúde. Tem
investido 4%”, afirmou.
De acordo com o vice-presidente
do Cremerj, Nelson Nahon, a diferença entre o total do orçamento e o que foi
investido até agora representa menos R$ 370 milhões aplicados na saúde.
“Teriam que ser investidos R$ 400 milhões. Em junho, só foram
investidos cerca de R$ 25 milhões. Os hospitais estão precários, faltam
medicamentos e as equipes médicas estão reduzidas”, disse.
Ainda segundo o conselho, há a demanda
diária de cem leitos para Centros de Tratamento Intensivo (CTI) de pacientes em
fila de espera.
Outra medida criticada foi a
solução apresentada pela rede pública de, durante a Olimpíada, atender
pacientes de média gravidade em uma cantina desativada no Salgado Filho, caso
haja acidente com muitas vítimas.
“Nos disseram que construirão leitos no local. Mas nos preocupa que é
um espaço aberto, ainda com os balcões da antiga cantina”, disse Nahon.
Fonte: Veja/Estadão
sábado, julho 16, 2016
A luta contra a homofobia na arbitragem brasileira...
Imagem: Felipe Larozza
O sindicato secreto dos árbitros
gays
Por Breiller Pires
Da coluna 'VICE Sports'
Ele já apitou mais de 100 jogos
de equipes de primeira divisão do Brasil.
Tem partidas internacionais no
currículo e perdeu as contas de quantos países visitou.
É um "árbitro top",
como costumam dizer no meio.
No entanto, ele não se sente
realizado.
Há dois anos, optou por terminar
um relacionamento com outro homem para não colocar a carreira em risco.
É o preço que um juiz de futebol
gay paga para ser aceito na profissão.
"Se para um jogador, que é idolatrado por onde passa, já é difícil
se assumir, imagina para um árbitro que é xingado pelo estádio inteiro toda vez
que entra em campo?", afirma o juiz, que pediu absoluto sigilo de sua
identidade para falar com a reportagem de VICE Sports.
Ele teme as consequências de
revelar sua orientação sexual entre seus chefes da Comissão de Arbitragem da
CBF e, principalmente, entre torcedores e dirigentes de clube, que já o
ameaçaram depois de jogos com marcações controversas.
Sérgio Cenedezi, 52, bandeirinha
por quase duas décadas, tomou caminho diferente.
De 1985 a 2003, trabalhou como
assistente em vários jogos de campeonatos estaduais, brasileiro e Copa do
Brasil, sem nunca esconder de seus pares que é homossexual.
"Eu sou assumido. Modéstia à parte, só trabalhei tanto tempo à
beira do gramado porque eu era muito bom. Senão teriam me matado",
conta.
Hoje aposentado da arbitragem,
Cenedezi é secretário de um tribunal de justiça em São Paulo.
Ele guarda poucos amigos do
futebol.
E um desgosto.
Apesar de ter sido um dos
bandeirinhas mais requisitados da década de 90, não alcançou o posto máximo de
sua antiga profissão.
"Faltou botar o escudo da Fifa no peito", diz.
"Várias vezes fui cotado para receber a indicação da CBF. Mas
sempre alguém surgia com o comentário: 'Ah, ele é viado'. Pois digo que prefiro
ser viado do que ladrão, como muitos dos que hoje tomam conta do futebol
brasileiro."
Embora o preconceito tenha
contribuído para barrar sua ascensão ao alto escalão do apito, Cenedezi diz não
se arrepender da escolha de revelar sua orientação sexual.
"Ser gay não é crime. Por isso não escondo nada de ninguém",
afirma o ex-assistente, que também revela já ter saído com jogadores de grandes
clubes do país.
Relacionamentos extracampo,
porém, enfatiza, não interferiam em suas marcações.
"Preferências pessoais jamais influenciaram meu trabalho."
Como em todas as profissões, gays
não são novidade na arbitragem.
Há até uma expressão para se
referir a eles no meio: "membros do
sindicato".
Ainda assim, todos continuam
sofrendo para exercer o ofício no terreno mais machista do futebol.
Penalidade mínima
Ofensas e atitudes homofóbicas
costumam ser relativizadas no contexto futebolístico.
Entre os homens do apito,
comportamentos preconceituosos fazem parte da normalidade e estão imunes de
punição.
Em junho, o árbitro Marcelo de
Lima Henrique postou em sua página no Facebook uma defesa ao deputado Jair
Bolsonaro:
"Prefiro votar em louco do que em incentivador de boiolices,
maconheiro e inimigos da família(...) Não sou politicamente correto, não apoio
boiolices".
O Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD) entendeu que não havia motivo para abrir denúncia contra o
árbitro por suas declarações.
"Se no Congresso Nacional, um deputado [Bolsonaro] propaga
discurso de ódio contra os gays livremente, no campo de futebol é ainda
pior", diz Sérgio Cenedezi.
O burburinho em torno da
homossexualidade na arbitragem remonta ao fim da década de 80, quando o trio
MBB chocou a sociedade da bola ao assumir publicamente sua orientação sexual.
Margarida, Bianca e Borboleta
eram os nomes de guerra dos árbitros Jorge José Emiliano dos Santos, Walter
Senra e Paulino Rodrigues da Silva, respectivamente.
Margarida foi o primeiro a se
declarar.
Peitou o então mandachuva da
Comissão de Arbitragem, João Ellis Filho, que chegou a dizer que, enquanto
fosse presidente, nenhum juiz homossexual apitaria jogos.
Em sua defesa, Margarida era
enfático:
"Antes ser lembrado como um juiz bicha do que como um juiz
desonesto". Surgia ali "o
sindicato", do qual Cenedezi sempre fez parte.
"Naquela época tinha mais gay do que hétero no quadro de
árbitros", conta.
Em vez de amenizar a
discriminação, a grande influência que o trio MBB exerceu até o início dos anos
90 fez com que outros juízes saíssem do armário e gerou cicatrizes profundas na
arbitragem.
Muitos enxergavam Margarida e
seus seguidores como detratores da profissão.
Iniciou-se, então, uma verdadeira
caçada aos árbitros gays, curiosamente liderada por Armando Marques, ex-árbitro
que sofria com gritos de "bicha,
bicha!" nos estádios e insultos homofóbicos de dirigentes.
Em 1998, por exemplo, o
presidente do Vasco, Eurico Miranda, o chamou de "homossexual travestido".
Um ano antes, Armando Marques
havia assumido a presidência da Comissão de Arbitragem e começado uma
perseguição silenciosa aos homossexuais sob seu comando.
Mesmo casado com uma mulher há 32
anos e pai de três filhos, Clésio Moreira dos Santos acabou sendo uma das
vítimas da fúria persecutória de Armando Marques.
Mais velho de uma família de sete
irmãos, ele foi abandonado pelo pai aos 11 anos.
Ainda na adolescência, começou a
trabalhar com teatro de rua na cidade de Palhoça, em Santa Catarina.
Virou árbitro de futebol e,
aproveitando o talento para encenar, resolveu adotar o personagem Margarida, em
homenagem ao antigo árbitro.
Entrou para o quadro da CBF em
1995 e chamava a atenção por vestir um uniforme inteiramente rosa.
Suas atuações de gestos
extravagantes caricaturam um árbitro gay.
Apesar de sempre ter deixado
claro que não é homossexual, o Margarida genérico incomodou o ex-presidente da
Comissão.
"O Armando Marques mandou um recado para o presidente da Federação
Catarinense [Delfim de Pádua Peixoto]: 'Avisa pro seu Margarida aí que viado
aqui só tem um'. Depois disso, ele começou a me escalar em jogos sem expressão,
em lugares remotos. Tive de abandonar a carreira profissional", afirma
Clésio, que deixou o quadro de arbitragem em 2002.
Atualmente, Margarida apita
somente em jogos festivos.
Fatura mais dinheiro do que nos
tempos em que era árbitro da CBF.
Sua situação é emblemática: ele
ganha a vida encarnando o personagem de um árbitro gay, algo que um homossexual
de verdade dificilmente conseguiria.
Armando Marques foi presidente da
Comissão de Arbitragem até 2005.
Não teve filhos e jamais revelou
sua orientação sexual.
Ele morreu há dois anos, mas sua
herança homofóbica ainda paira sobre a arbitragem nacional.
A tropa de choque do apito
Em 2009, o árbitro Halil Ibrahim
Dinçdag foi proibido de apitar jogos oficiais pela Federação Turca de Futebol.
Com base em um relatório do
Exército da Turquia, que o havia dispensado dois anos antes por considerar sua
homossexualidade uma doença, a Federação alegou que ele não poderia mais atuar
nas partidas por supostamente ter um problema de saúde.
Durante o processo de expulsão do
quadro de arbitragem, dirigentes o acusaram de favorecer jogadores por causa da
aparência.
"Isso devastou minha vida", afirma Halil à VICE Sports.
"Desde então estou sem trabalho. Não consigo emprego em lugar
nenhum. Nesse período, ainda recebi o diagnóstico de um câncer. Os danos
físicos, morais e materiais são incalculáveis."
No fim do ano passado, um
tribunal de Istambul condenou a Federação a pagar indenização de cerca de
25.000 reais a Halil por discriminação sexual.
"A justiça foi feita de forma tardia, após seis anos de luta. De
qualquer forma, considero a decisão uma vitória para todo o movimento
LGBT", afirma o ex-árbitro, que tenta se reerguer com a ajuda de
amigos e milita em causas de combate ao preconceito em seu país.
A realidade por aqui não é tão
diferente da Turquia.
Boa parte das capitanias que
comandam o futebol brasileiro é controlada por figuras ligadas a instituições
militares.
São dirigentes que se perpetuam
no poder ao longo de décadas, muitas vezes se auto intitulando de coronéis.
É o caso de Antônio Carlos Nunes
de Lima, coronel da reserva da Polícia Militar que se manteve no comando da
Federação Paraense de Futebol por 20 anos e, recentemente, foi presidente
interino da CBF.
Na arbitragem, o controle militar
é ainda mais rígido.
Marcelo de Lima Henrique, o
árbitro que não apoia "boiolices", é sargento dos Fuzileiros Navais.
Sérgio Corrêa, presidente da
Comissão Nacional de Arbitragem, responsável pela escala de árbitros da CBF,
ex-oficial da Aeronáutica.
Seus antecessores Edson Rezende
(delegado da Polícia Federal) e Aristeu Leonardo Tavares (tenente da PM) e seu
vice Nilson de Souza Monção (coronel aposentado do Exército) também têm
patentes de autoridade.
Não é à toa que os cursos
oficiais de arbitragem seguem cartilhas quase militares.
No código de conduta dos
árbitros, há instruções até de vestuário, como não sair em público com a camisa
para fora da calça antes dos jogos.
"Querem que o árbitro passe uma imagem de sargentão, que banque o
machão dentro e fora do campo", diz Margarida, que foi desaconselhado
por vários colegas ao incorporar seu personagem.
"Falavam que eu estava queimando o filme da classe."
Em um ambiente tão repressor, o
machismo arraigado do futebol se tornou política institucional da arbitragem.
Em 1997, Sérgio Cenedezi foi
pioneiro ao criar o primeiro curso para mulheres no Sindicato de Árbitros de
São Paulo.
Não sem enfrentar forte
resistência.
"Todos diziam que lugar de mulher é no fogão, inclusive o Armando
Marques. Eu quis quebrar esse preconceito. Mas a verdade é que, na arbitragem,
ainda existe um desprezo enorme por mulheres e gays", afirma.
Procuradas pela reportagem,
comissões e cooperativas regionais de árbitros informaram que não promovem
campanha – nem a favor nem contra – homossexuais.
O Sindicato dos Árbitros de São
Paulo, por meio do diretor Carlos Donizeti, afirma que "como nunca tivemos denúncia [de preconceito] dos árbitros, não
achamos necessário tomar nenhuma medida".
A Comissão Nacional de
Arbitragem, por sua vez, diz que não discrimina ninguém pela orientação sexual.
Denúncias de homofobia
dificilmente chegarão aos ouvidos dos barões da arbitragem brasileira, já que,
ao contrário de décadas atrás, não há sequer um profissional abertamente
homossexual em seus quadros.
Sob o risco de boicote no mercado
de trabalho, os árbitros gays, que um dia levantaram a bandeira pelo
impedimento do machismo, hoje só podem se resignar com o silêncio para manter
seu sindicato em segredo.
Brasil preocupado com 240 atletas que estão na Turquia...
Consulado em Istambul busca
paradeiro de 240 atletas brasileiros na Turquia
Por Lauro Jardim
O Itamaraty e o Ministério do
Esporte estão trabalhando para resolver um problema criado pelo golpe militar
de hoje na Turquia: há 240 atletas brasileiros naquele país neste momento.
Estão, mais precisamente, na
cidade de Trabzon para participar dos Jogos Mundiais Escolares (Gymnasiade).
Trabzon fica a cerca de 900km de Istambul.
O Consulado-geral do Brasil em
Istambul está cuidando do tema, mas ainda não sabe detalhes do local de
hospedagem da delegação, que é chefiada por Robson Aguiar, vice-presidente da
Confederação Brasileira de Desporto Escolar.
sexta-feira, julho 15, 2016
No Brasil jogadores de futebol medíocres viram ídolos e gigantes olímpicos caem no esquecimento...
A maior prova da pouca ou nenhuma
cultura esportiva no Brasil está no seguinte fato:
Qualquer jogador de futebol meia-boca que
tenha passado por qualquer clube brasileiro e feito um ou outro golzinho
considerado importante, vira ídolo da noite para o dia e é lembrado por
torcedores como se fosse um gênio da bola...
Porém, a maioria absoluta dos
grandes medalhistas olímpicos do país vivem praticamente nas sombras, como se
seus feitos não tivessem nenhum valor.
Ele apostou em quem ninguém apostou e faturou € 1,2 milhão...
Um apostador de Birmingham na
Inglaterra fez uma aposta que ninguém faria...
Foi a melhor coisa que fez em sua
vida.
Quem teria a ousadia de votar que
o primeiro gol da partida entre Portugal e França sairia dos pés de Eder, um
reserva?
Pois bem, o cidadão que não foi
identificado pela empresa BetVictor, ousou...
E sua ousadia lhe redeu € 1,2
milhão.
A BetVictor tentou entrar em
contado com esse “ninja” das apostas, mais foi informada que ele está fora do
país, em férias com a família...
Bem, melhor WELCOME HOME que esse é impossível.
A dura vida do atacante Éder...
O atacante Éder, herói da final
contra a França, contou em entrevista TVI que seu pai cumpre pena na Inglaterra
pelo assassinato de sua ex-mulher, madrasta do atacante...
"O meu pai está preso desde
os meus 12 anos. A minha madrasta faleceu e ele foi acusado de assassiná-la,
acho que a pena dele é de 16 anos. Depois de começar a ganhar dinheiro, quando
estava no Acadêmica, já consegui ir para a Inglaterra visitá-lo".
Nascido em Guiné Bissau, país
africano, Éder se profissionalizou na Academica de Coimbra...
Depois foi negociado com o
Swansea, time que disputa a Premier League, em 2015, mas não conseguiu se
firmar.
Nos 15 jogos que disputou, não
marcou nenhum gol...
No início deste ano, Éder acabou
emprestado ao Lille, clube francês.
Brasil e Argentina, irmanados na mediocridade...
O Brasil ficou sem finalista na
Taça Libertadores da América pelo 3º ano consecutivo...
Mas, não estamos sós – o Boca
Juniors da Argentina, em casa, acabou eliminado pelo Independiente Del Valle,
do Equador.
Os equatorianos que haviam vencido
o jogo de ida por 2 a1, ontem, depois de começaram perdendo com um gol logo aos
três minutos de jogo, viraram o placar e venceram o Boca Juniors por 3 a 2.
Com o resultado, teremos uma
final inédita entre colombianos e equatorianos...
Somente se o Independiente Del
Valle vencer é que teremos um campeão que levantará a taça pela primeira vez.
Se der Atlético Nacional, não...
Em 1989 os colombianos ergueram o
troféu.
O que Marcelo Bielsa pediu para treinar a Lazio...
Marcelo Bielsa, ou, “El Loco”
Bielsa, assinou contrato com a Lazio da Itália e, repentinamente, dois depois,
pegou suas coisas e foi embora...
Justificou dizendo que Claudio Lotito,
presidente da Lazio não havia ainda fecho como os reforços que havia pedido.
Ontem, Lotito, em entrevista ao
jornal “La Repubblica”, contra-atacou...
Segundo o presidente da Lazio,
Bielsa fez exigências absurdas ao clube e as enumerou:
- Queria receber em dólares e
exigiu que as variações cambiais fossem cobertas pela Lazio...
- A Lazio deveria também arcar
com as obrigações fiscais sobre o salário do treinador...
- Exigiu várias passagens aéreas
para a Argentina para ele e mais cinco pessoas ao longo da temporada – todas na
primeira classe...
- Pediu cinco telefones celulares
que seriam distribuídos entre ele e sua comissão técnica...
- Solicitou a compra de silhuetas
alemãs que simulam barreiras, alegando que as italianas não são de boa
qualidade e, por fim, não aceitou o imóvel que a Lazio lhe ofereceu para morar,
em Roma, e disse que o clube procurasse um hotel cinco estrelas para lhe servir
de residência.
Sorteios manipulados na Copa do Mundo...
Executivo revela que sorteios da
Copa do Mundo são manipulados
Benny Alon diz que interesses de
seleções eram atendidos pela Fifa
Jamil Chade - Correspondente em
Genebra, para O Estado de S. Paulo
Os sorteios das chaves da Copa do
Mundo são alvos de manipulação.
Quem confirma isso é Benny Alon, executivo que
por anos operou na organização de Mundiais em parcerias com países-sede e
empresas que sustentaram as operações de vendas de entradas para os torneios.
Hoje, Alon lidera uma batalha
judicial milionária contra a Fifa, que também o acusa de irregularidades.
Mas o
executivo, que tem colaborado com a Justiça suíça, revela detalhes de como a
entidade funciona.
Segundo ele, nem os sorteios de chaves do Mundial estão
isentos.
Um dos casos mais explícitos teria sido o da Copa de 1994, nos EUA.
"Um dia antes do sorteio, estava com os organizadores que me confirmavam a
pressão do México para jogar em Orlando", contou.
A cidade seria um dos locais onde
haveria uma importante comunidade de torcedores mexicanos e atendia aos
interesses dos patrocinadores.
Quando o sorteio ocorreu, o México caiu
justamente no Grupo E, que se dividiria entre Washington e Orlando.
A seleção mexicana
terminou na primeira colocação, depois de bater a Irlanda no Citrus Bowl de
Orlando.
"Não sei como fizeram com as
bolinhas. Mas a realidade é que o pedido dos mexicanos foi atendido no
sorteio", indicou Alon, que desde o Mundial de 1990 atuava nos bastidores.
Naquela época, o "homem das bolinhas" era Joseph Blatter, secretário-geral
da Fifa e responsável por organizar os sorteios.
Procurada pela reportagem, a Fifa
não retornou os e-mails solicitando uma reação às denúncias do executivo.
Em
junho deste ano e já afastado, Blatter confirmou que sorteios para torneios internacionais
foram alvos de manipulação.
Mas garantiu que, sob seu mandato na Fifa, isso
"jamais ocorreu".
As declarações foram ao jornal argentino La Nación.
Blatter não deu detalhes.
Mas
insistiu que isso apenas ocorria na Europa, com o uso de bolas frias para que a
pessoa que fizesse o sorteio pudesse escolher de maneira a atender a
interesses.
Papéis com os nomes das seleções são tradicionalmente colocados
nessas bolas e teoricamente misturados.
"Claro que é possível
sinalizar as bolas, ao esquentar ou esfriá-las", disse Blatter.
"Isso
não ocorre na Fifa. Mas eu fui testemunha disso em sorteios no nível europeu.
Mas nunca na Fifa", insistiu o suíço.
"Claro que isso tecnicamente
pode ser feito. Mas jamais no meu caso. Jamais", continuou.
"Bolas são colocadas na
geladeira antes do sorteio. A mera comparação entre umas e outras ao tocá-las
já determina as bolas frias e quentes. Ao tocar, já se sabe o que há",
disse.
Sobre o sorteio para a Copa de
2014, no Brasil, Blatter garantiu que tudo ocorreu dentro das regras, sem
qualquer manipulação.
Nas escolhas, a Argentina foi amplamente favorecida pelo
grupo que enfrentou e o percurso até a final.
"O sorteio foi limpo. Eu
nunca toquei nas bolas, algo que outros fizeram."
Ranking da FIFA... Brasil cai três posições.
País de Gales e Islândia ganham
posições no ranking da Fifa...
Gales semifinalista da Eurocopa
subiu 15 posições e é a décima primeira colocada.
O Brasil, depois de eliminado na
primeira fase da Copa América, caiu para o nono lugar...
A seleção brasileira está vivendo
o seu pior momento.
Com fim da Eurocopa na França e
da Copa América Centenário nos Estados Unidos aconteceram inúmeras mudanças no
ranking da Fifa, atualizado nesta quinta-feira...
Semifinalista da Euro, a seleção
do País de Gales foi a seleção que mais se beneficiou: subiu 15 posições e
ficou em 11° lugar.
A Islândia, sensação do torneio,
e Portugal, campeão, também subiram...
Já o Brasil, eliminado na
primeira fase da Copa América, caiu da sexta para a nona colocação.
Depois de chegar às quartas de
final da Eurocopa, a Islândia subiu 12 posições e está em 22° lugar, enquanto
Portugal passou do oitavo para o sexto lugar...
A vice-campeã França subiu dez
posições e agora é a 7º colocada.
Não houve mudanças nos cinco
primeiros lugares...
Finalista da Copa América
Argentina manteve a liderança, a Bélgica é a segunda e Colômbia, Alemanha e
Chile, ocupam respectivamente, o terceiro, o quarto e o quinto posto.
Ranking da Fifa/Julho/2016
01) Argentina – 1585 pontos
02) Bélgica – 1401 pontos
03) Colômbia – 1331 pontos
04) Alemanha – 1319 pontos
05) Chile – 1316 pontos
06) Portugal (+2) – 1266 pontos
07) França (+10) – 1189 pontos
08) Espanha (-2) – 1165 pontos
09) Brasil (-2) – 1156 pontos
10) Itália (+2) – 1155 pontos
quinta-feira, julho 14, 2016
Copas versus Olimpíadas...
Os bilhões de dólares das
Olimpíadas e das Copas
COI e Fifa, os donos dos
espetáculos, alternam o status de mais rico a cada quatro anos e têm negócios
parecidos: a receita é toda deles, e o gasto todo das sedes
Por Rodrigo Capelo/Revista Época
Copa do Mundo e Olimpíada.
Os dois maiores eventos
esportivos do planeta, ambos realizados no Brasil entre 2014 e 2016, rendem
bilhões de dólares para os donos dos espetáculos – a Fifa e o Comitê Olímpico
Internacional (COI).
Quanto?
ÉPOCA extraiu os valores das
demonstrações financeiras publicadas na última década.
As duas associações internacionais
alternam a liderança em arrecadação a cada ciclo de quatro anos.
A Copa, sozinha, é mais
lucrativa.
Mas os Jogos Olímpicos de Verão e
de Inverno, somados, superaram todas as Copas anteriores desde o início dos
anos 2000.
Os modelos de negócios da Fifa e
do COI são parecidos.
O grosso das receitas, nos dois
casos, vem dos acordos de direitos de transmissão.
A diferença é que os Jogos geram
mais dinheiro entre emissoras das Américas, e a Copa na Europa.
Os patrocínios são a segunda
maior fonte – a Fifa, aí, leva vantagem sobre o COI.
Outras receitas, muito menores,
se dividem entre hospitalidade e licenciamentos.
A regra é a mesma para as duas
entidades: o faturamento é todo delas.
Do lado das despesas, a regra é
outra: os governos dos países e das cidades sedes pagam a conta.
As construções e reformas de
estádios e ginásios, o que há de mais caro e essencial para a realização dos
eventos, são pagas com os impostos das populações das sedes.
Os bilhões de dólares que Fifa e
COI arrecadam com Copas e Olimpíadas são majoritariamente repassados para os
cartolas que estão abaixo deles na estrutura, como federações nacionais e
comitês.
A grana também banca alguns
gastos com os próprios eventos, como a produção das imagens que são vendidas
para emissoras do mundo todo, e os salários dos funcionários das entidades, que
nos últimos anos se tornaram mais numerosos e mais caros.
E sobra.
Sobra muito.
Nos 12 anos entre os Jogos de
Inverno em Salt Lake e os Jogos de Verão em Londres, o COI teve um superávit de
US$ 1,4 bilhão.
A Fifa, nos 12 anos entre a Copa da Alemanha e a do Brasil,
lucrou US$ 4,8 bilhões.
A diferença é gritante entre as
duas federações, porque a olímpica repassa muito mais dinheiro para associações
nacionais do que a de futebol, que fica com a maior parte para ela.
O Brasil é ou não é alvo do ISIS?
Imagem: Diário AS/Liberation
O jornal Diário AS da Espanha
repercutiu matéria publicada no jornal francês Libration sobre um possível ataque
do ISIS a delegação francesa nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro...
Segundo o Liberation uma fonte do
serviço de inteligência francesa apontou um brasileiro cooptado pelo Estado
Islâmico como a pessoa encarregada de executar a missão.
Na matéria o Liberation afirma
que Christophe Gomart, membro do serviço secreto das forças armadas da França,
comunicou no dia 26 de maio passado a Comissão Parlamentar responsável pelas
investigações dos ataques a Paris em 2015, sobre os planos do brasileiro...
Gomart disse à comissão que a
informação foi obtida a partir de estados amigos com quem a França tem acordos
de colaboração contra o terrorismo.
Entretanto, a matéria não
esclarece a identidade do brasileiro, nem informa se foi preso ou seu
paradeiro.
Mais uma vez o futebol brasileiro está fora da final da Libertadores da América...
Mais uma vez o futebol brasileiro
está fora da disputa do maior torneio continental...
O São Paulo ao perder por 2 a 1 do
Atlético Nacional, deu adeus a possibilidade de chegar à final da Taça
Libertadores da América.
A derrota no Morumbi por 2 a 0 selou a
sorte do São Paulo, mesmo que ontem, o tricolor tenha merecido melhor sorte...
Que a arbitragem ajudou a tornar
impossível o que já era complicado, não se discute, entretanto o que está em
jogo não é se o São Paulo poderia ou não ter mudado a história do confronto – o
que está em jogo é a queda cada vez mais patente do nosso futebol.
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