sábado, março 24, 2018

Gabriel Batistuta e a conversa com o "Corriere dello Sport"...

Imagem: Autor Desconhecido


A entrevista que Gabriel Batistuta, ex-atacante da seleção da Argentina e das equipes da Roma, Fiorentina e Internazionale, concedeu ao jornal "Corriere dello Sport"...

Fonte: Trivela

O drama pelas dores nos tornozelos

“Estou bem agora. Muito melhor do que há dois anos. Às vezes atuo em algumas partidas festivas. As pernas não estão ótimas, mas eu caminho. Dois anos atrás, pensar em caminhar era um sonho. Andar normalmente era a única coisa que eu queria, caminhar com minha esposa, meus filhos. Desde então, tenho feito o tratamento e está melhorando. Eu me mantenho vivo com a dor, mas não se compara com a terrível que sofria há dois anos. Espero que possa manter esta vida. Eu conheci o inferno da imobilidade. Acredite em mim, era duro”

Como lidava com o futebol

“O futebol para mim é acima de tudo uma grande responsabilidade. No momento em que me tornei profissional, sabia que todas as vezes em que entrava em campo ou nos treinamentos, havia gente que pagava para ver um espetáculo no qual eu era um dos atores. Então, deste ponto de vista sempre foi um trabalho duro. Não sou como os jogadores que aproveitam o jogo. Eu não, não tinha esse prazer. Muita vezes eu fiz isso depois de uma partida, depois de uma bela vitória, depois de um título. Naqueles momentos, sim, eu curtia. Mas durante o jogo eu nunca me tranquilizava, porque sentia que não poderia errar. Deveria criar, fazer o melhor, porque estava sendo observado por pessoas que pagaram e se sacrificaram para serem felizes. Nunca pensei que o futebol era uma história entre eu e a bola. Para mim sempre o público esteve à frente. Era meu dever dar o máximo. Meus tornozelos também foram afetados por este conceito de futebol. E a vida. E as pessoas próximas a mim”

Como explicar o futebol a uma criança

“Eu tinha um problema com meus filhos. Porque quando falava de futebol, eu falava seriamente, como uma profissão. Quando você diz a um garoto de 12 ou 13 anos que, para jogar futebol, você precisa de limites, aquela criatura em certo ponto te diz: ‘Basta, farei outra coisa’. Mas é preciso sempre dizer a verdade às crianças. O futebol, a certo ponto, não é mais um jogo. É um esporte lindo para fazer amigos, para aprender a viver. Você conhece todas as situações da vida. Fica contente, triste, tem que lutar por algo, às vezes as coisas acontecem com facilidade. Isso é a vida e apenas a vida. Então eu não saberia como explicar o futebol a uma criança. Talvez diria: ‘Jogue futebol, mas tenha cuidado com tudo ao seu redor’. Isso serviu a mim. Vivi bem, conheci boas pessoas. Tive companheiros que não tiveram a mesma sorte e agora estão sozinhos. É um ambiente duro. Ainda penso nisso”

Como construiu sua imagem com os filhos

“Não tenho nenhuma recordação de minha carreira em casa, porque não queria que meus filhos me vissem como um mito. Eu sou uma pessoa normal. Você não vê uma foto como jogador, nada. Nem um troféu. Talvez algum dia eu sinta falta disso. Eu mantive minha família distante do mito, sobre o que os torcedores pensavam sobre mim. Sou outra coisa. Alguém normal. Meus filhos sabem porque descobriram sozinhos. Acho que eu fiz bem. Talvez estivesse errado em não manter as camisas que fizeram parte da minha carreira. Um dia eu sentirei falta delas, acho. Os troféus estão guardados em algum lugar, posso encontrá-los. No final, entretanto, as amizades permanecem. Talvez, se eu tivesse deixado a Fiorentina, poderia ganhar dois ou três campeonatos em algum outro lugar. Mas estou bem com isso. Eu ando. Tenho uma boa história a contar. E tenho muitos amigos, em todas as partes”

Como vê a carreira

“Não tenho arrependimentos sobre minha carreira, não agora. Até um ano atrás sim, tinha todos os lamentos possíveis. De que fiz poucos gols, não conquistei muitos troféus. Não estava feliz com minha carreira. Messi me superou na seleção. Não estava feliz. Mas isso tem mudado, comecei a ver o que eu fiz, o que eu era e o que me tornei. Estava errado. Eu sempre olhei para frente e nunca sobre o que deixei. Desde que mudei meu ponto de vista, fiquei mais calmo. Estou feliz. Porque, dos campinhos, cheguei a jogar nos melhores estádios do mundo, com os melhores jogadores do mundo, venci e tive o amor do público. Seria impossível não ser feliz. Seria tolo se não fosse”

Os melhores defensores que enfrentou

“Eu tenho uma longa lista porque, no começo, todos eram difíceis. Depois, quando você vai ficando mais velho, nunca sabe se é você que está melhorando ou eles que estão decaindo. Mas eu me lembro de Vierchowod, Baresi, Maldini, Nesta, Chamot, Bergomi, Ferri. Tantos. Quando você começa a fazer gols, os times têm mais cuidado sobre o que você pode fazer. E então você nunca tem apenas um marcador, mas dois ou três. Tantos chegavam firme e eu, claro, me defendia. O importante é que ao final da partida a gente se cumprimentasse. E assim sempre foi”

O melhor técnico

“Bielsa, pelas coisas que me ensinou. Porque pegou um garotinho e o transformou em profissional de verdade. E depois Basile, com quem conquistei as duas últimas Copas América. Na Itália, Capello e Ranieri. Eu, sinceramente, não dava muita atenção aos técnicos, no sentido que o atacante vive de instinto. É duro ensinar um atacante. Talvez você treine e estude todos os movimentos, mas as coisas acontecem de repente. Eu tinha um bom relacionamento com todos. Menos com Passarella, com quem não havia um laço. Não digo que ele era uma má pessoa, mas foi o único com quem não me dei bem, com o qual tive um conflito. Com todos os outros tenho boas lembranças”

Seu herdeiro no futebol

“Não, sinceramente não há um novo Batistuta. É justo que seja assim, cada um deve ser o que é. Eu não gostava de ser comparado a outro, gostava de ser eu. Talvez eu tirasse lições de todos, era uma esponja para absorver. Mantinha a humildade, olhava para todos – de Van Basten ao último atacante da Serie A. Todos te deixam algo, sempre. Higuaín ou Icardi estão se saindo bem. Higuaín está há dez anos no mais alto nível e não precisa provar nada a ninguém. Icardi é um pouco mais jovem, mas sempre que deseja, marca gols”

Maradona é poesia e Messi é prosa

“Para mim, Maradona é o maior de todos. Ele representa o argentino em tantas coisas, não apenas no futebol. E ele foi quem nos trouxe as estrelas, conquistando a Copa do Mundo. Tinha carisma, talento e uma habilidade rara. Messi, mesmo sendo tecnicamente no mesmo nível ou até superior, não irá superá-lo. O carisma de Maradona não se vê em Lionel. Diego podia controlar o estádio, todos olhavam para ele. Joguei com ele e posso dizer como era tecnicamente decisivo para o time. O que acontece com Diego vem acompanhado por uma luz particular. Embora não concorde com muitas coisas que ele faça, e seu estilo de vida não é o meu, sou quase o oposto, nós dois temos uma boa relação. Para mim ele permanecerá como o maior. O que falta para Messi em relação a Maradona é essa dimensão fantástica, quase onírica. Mesmo que ele treine todos os dias, não conseguirá. Isso é uma coisa da natureza, se nasce de uma maneira ou de outra. No passado existiam dúvidas sobre Messi, agora não, agora é perfeito tecnicamente e não há o que discutir. Não obstante, para mim não é Diego. E provavelmente nunca será”

A ditadura na Argentina

“Foi um drama, mas tive sorte de não vivenciar, era criança. Cresci depois. Meus pais mantiveram isso distante de mim até quando tinha cinco ou seis anos. É um tema sobre o qual não se falou na Argentina por anos, se manteve como um tabu. Eu sei o que aconteceu, mas não quero voltar. Mas isso precisa ser falado, como se faz agora em meu país. Falar porque é o melhor modo de garantir que não possa acontecer novamente. Na Argentina todo o estado sofreu com um golpe de autoridade. No meu país, por exemplo, se você fala no exército pensa logo na ditadura. Mas o exército está para servir, em todas as democracias. Devemos chegar a um equilíbrio. Conseguiremos isso”

A relação com Florença

“Todos os dias, ao longo de dez anos, eu estive em Florença. Minha primeira memória é que eu achei a cidade feia. Chegava de Roma pela estrada e me perguntei para onde estava indo. Porque, ao final da estrada, uma imagem pouco usual apareceu para mim. Eu vinha da Argentina, onde tudo era novo, os prédios de vidro, os arranha-céus. Ver estas construções de cinco séculos me deram uma impressão diferente. Depois comecei a apreciar e percebi como era maravilhoso. Depois de três ou quatro meses, já estava apaixonado por Florença. Entendi os florentinos e te asseguro que não é fácil. Eles me entenderam e me casei com a causa violeta. Pensei que ser campeão aqui seria ótimo, mas não aconteceu. Ainda assim chegamos longe. Agora sei como Florença é uma cidade belíssima”

Davide Astori

“Ainda estou em estado de choque. Às vezes quero falar sobre isso, mas continuo sem palavras. O que eu falarei? Eu não posso dizer nada, apenas pensar sobre seu destino. Não encontro palavras, elas me parecem vazias ou pequenas”

Amistoso Internacional... Alemanha 1x1 Espanha - Gols de Rodrigo para a Espanha e Müller par a Alemanha.

Imagem: Autor Desconhecido



Atlético Paranaense sai na frente e barra na Arena da Baixada torcedor violento e os vetados pela Justiça...

Imagem: Autor Desconhecido


Arena da Baixada identifica torcedor violento e barra entrada de vetados

Por Rodrigo Mattos

É comum ouvir de clubes ser impossível barrar a entrada de torcedores impedidos de frequentar estádios por ato violento ou que integrem torcidas organizadas. 

Mas isso já vem sido feito pelo Atlético-PR na Arena da Baixada por meio do sistema de biometria. 

O time ainda identifica torcedores com comportamentos impróprios individualmente e diz que os pune.

O sistema de biometria da Arena da Baixada foi implantado inicialmente no setor de torcidas organizadas em 2014. 

Expandiu-se para o estádio inteiro em setembro de 2017. 

Para entrar, o torcedor tem que estar cadastrado com suas impressões digitais registradas. 

Só assim acessa ao estádio.

''Quando vai comprar o ingressos, o sistema já identifica pelo CPF se há alguma restrição de acesso. Se houver, bloqueia'', contou o gerente de operações do time paranaense, Fernando Volpato. 

Isso envolve checagem por vetos administrativos do Atlético-PR ou feitos judicialmente por algum ato violento. 

E o torcedor só pode entrar com o ingresso registrado em seu nome com sua digital e se a biometria identificar os cinco dedos na leitura.

O sistema também serve para identificar quem tenha cometido algum ato impróprio dentro do estádio. 

Pelas imagens internas, o rosto é verificado e é possível rastreá-la até sua entrada em uma catraca no estádio. 

A partir daí, a pessoa é identificada e pode sofrer punições como veto à entrada.

''A gente retroage a imagem até a passagem do torcedor. é muito fácil. Já aconteceu com frequência'', explicou Volpato.

Existem entre 15 a 20 pessoas com punições administrativas impedidas de entrar nos jogos da Arena da Baixada. 

Além disso, há a lista cruzada com os impedimentos da Justiça do Paraná com base no Estatuto do Torcedor.

Uma das armas do sistema justamente é o cruzamento de dados com o sistema do Estado. 

O Paraná tem oito milhões de digitais cadastradas no seu sistema, o que pode ser acessado pelo Atlético-PR para facilitar o cadastramento. 

Quando a pessoa entra no site para se cadastrar, sua digital já aparece automaticamente. 

Volpato admitiu que, sem isso, seria mais difícil implantar o sistema em todo o estádio.

No Brasil, Grêmio e Internacional já instalaram biometrias também em seus estádios nos setores das organizadas. 

Ainda não estenderam para seus estádios inteiros. 

No Rio de Janeiro, há ordem da Justiça, suspensa, de se instalar o sistema. 

Dirigentes de Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Paysandu e Federação de Futebol do Rio de Janeiro já foram conferir o sistema na Arena da Baixada.

Na visão de Volpato, a biometria já alterou o comportamento dos torcedores na Arena da Baixada. 

''Difícil quantificar (quanto caiu a violência). O que observamos é a mudança de comportamento do torcedor. Ele já chega de uma forma mais respeitosa por se saber vigiada'', contou o gerente.

Na semana passada, em jogo diante do Londrina, houve uma polêmica em relação ao acesso de uma torcedora do time rival que acusou o Atlético-PR de mandá-la tirar a camisa e ficar de top. 

Isso porque vestia a camisa que formaria o nome de uma organizada. 

E adereços de uniformizadas estão vetados na Arena da Baixada por um incidente da torcida do Furacão no ano passado.

O gerente da Arena alega que só foi cumprido o protocolo do clube ao se comunicar a proibição. 

''As imagens mostram que não houve truculência ou constrangimento'', disse. 

Segundo ele, 600 funcionários trabalham em jogos do Atlético-PR, e a revista é feita por segurança particulares sem participação da PM.

Amistoso Internacional.. Argentina 2x0 Itália - Gols de Banega e Lanzini.

Imagem: Autor Desconhecido

Rede Globo faturou 13 milhões com o aplicativo Cartola FC...



13 milhões de reais faturou a Globo com a venda de assinaturas do aplicativo Cartola FC, espécie de fantasy game do Campeonato Brasileiro, em 2017.

Fonte: Máquina do Esporte

sexta-feira, março 23, 2018

Um América para matar de saudade os americanos - Centro de Treinamento General Everardo.

 Imagem: Arquivo Pessoal de José Ribamar Cavalcante

Morreu René Houseman... A comovente história de um ídolo do futebol argentino.

Imagem: Autor Desconhecido


Falece Houseman, o louco e o gênio, o ponta que deslumbrou a Argentina com seus dribles

Por: Leandro Stein para o site Trivela

O drible é uma das artes mais puras do futebol. 

Mas uma arte profana. 

Uma arte que depende de alguém do outro lado sendo humilhado. 

E uma arte que provoca quem assiste. 

Não há a geometria dos lançamentos, a precisão dos desarmes, a estética do domínio. 

O drible se torna sensacional pelo improviso. 

Por se desenhar em rabiscos com as pernas que, a partir da genialidade do artista, se transformam em obras surrealistas. 

São muitos os que reproduzem estas artes, mas poucos os verdadeiros mestres. 

Entre estes, René Houseman, uma das referências da “gambeta” pela Argentina. 

Um ponta direita habilidoso que habitou os sonhos de tantos torcedores, sobretudo em seu ápice no Huracán e nas duas Copas do Mundo que disputou. 

Um craque que, aos 64 anos, vira apenas lembranças, falecido nesta quinta em decorrência de um câncer na língua.

Assim como tantos artistas, Houseman não era um cara simples de se compreender no dia a dia. 

E o maior indício está em seu apelido, ‘El Loco’. 

As histórias envolvendo o ponta são inúmeras. 

De que gostava das noitadas, em atrasos costumeiros. 

De que batia bola nos campos de várzea, quando já era consagrado como profissional. 

De que fingia lesões para ser substituído e, assim, seu reserva ganhar também o bicho. 

Mas qualquer sinal de loucura era plenamente compreendido quando se via a sua genialidade. 

Os dribles imparáveis, os adversários estirados no chão, os golaços estonteantes. 

Isso bastava para que o camisa 7 hipnotizasse as multidões em suas incursões pelo lado direito do ataque, com um estilo abusado e propriamente “varzeano” pela inconsequência. 

A indulgência plena para que se mantivesse nos corações.

Nascido em 1953, na província de Santiago del Estero, Houseman se mudou cedo para a capital. 

Tinha apenas dois anos quando seus pais seguiram a Buenos Aires, em busca de melhores condições de vida. 

Moravam em Bajo Belgrano, uma “villa” na periferia da metrópole – como são chamadas as favelas locais. 

O garoto, não muito afeito aos livros, estudou até os 14 anos. 

Dividia seu tempo com trabalhos simplórios – em um açougue, em um sacolão, em uma farmácia. 

E também brilhava na várzea. 

Ao lado dos irmãos mais velhos, jogava como lateral por “Los Intocables”, um clube de bairro famoso na região. 

Adolescente, encarava adultos nos campos duros de terra batida.

“Viver na villa foi o melhor que aconteceu comigo. Em nenhum lado estava tão tranquilo como lá. Eu era um garoto feliz, não me faltava nada. Passava o dia inteiro chutando a bola contra um paredão. Muitas pessoas criticam as pessoas da villa. Para mim, é um orgulho. Sempre vou ser villero. E eu digo sem drama: sou villero até a morte”, declarou Houseman, à revista El Gráfico, em 2002.

Quando tinha 15 anos, Houseman deu um passo além. 

Foi se provar em uma peneira no Excursionistas, clube da região para o qual torcia. 

No entanto, mesmo se destacando nos testes, não foi selecionado – em rejeição que, para ele, se dava pelo fato de ser um “villero”, um favelado. 

Mudaria de cores e, logo depois de uma experiência pelo Defensores de Flandria, seguiria ao Defensores de Belgrano, justamente o arquirrival do Excursionistas. 

Por lá, estreou no time principal quando tinha 18 anos. 

Aos 19, então, viveu a glória na Primera C, equivalente à terceira divisão. 

Com seus dribles, encantou torcedores e, mais do que isso, levou seu clube ao título da competição, garantindo o acesso. 

Naquele momento, o Defe era pequeno demais ao bom futebol do prodígio. 

Ele assinou com o Huracán, chegando a Parque Patrícios em janeiro de 1973.

“É um ponta direita no rosto e no jeito. Como diz o Flaco Menotti, por momentos lhe parece a simpática imagem do ‘loco’ Corbatta. Na figura esguia. Nos ombros estreitos. Nas pernas finas. Nas incipientes rugas que aparecem nas bochechas quando sorri. Nesta expressão de menino. Sim, de menino de 19 anos que já caminhou por anos… […] Sim, também tem o jeito de ponta direita em campo. No atrevimento, na forma como acordeona o corpo, no descaramento para enfrentar. Nas arrancadas quase inesperadas. Na picardia para mudar por dentro e por fora. E na habilidade do manejo. Para dar com a direita e com canhota. E dar bem, com precisão”, descreve a revista El Gráfico, assim que o jovem chegou ao Huracán. 

Inclusive, fazem uma sugestão: que inventem um apelido para a promessa de sobrenome alemão. 

Há uma lenda que diz, inclusive, que esperavam um grandalhão alemão quando anunciaram ‘Houseman’ em Parque Patrícios, não o baixinho mirrado de cabelos compridos e meias arriadas.

Aquele ano de 1973 seria histórico ao Huracán, e não apenas pela contratação de um de seus maiores ídolos. 

Naquela temporada, o Globo alcançou seu último grande título, faturando o Campeonato Argentino. 

Treinador dos quemeros, o próprio César Luis Menotti recomendou a compra de Houseman. 

“Este magrelo desengonçado que vocês viram hoje vai ser destaque do futebol argentino”, declarou o comandante, ao promover a estreia do garoto. 

E ganhou um dos protagonistas em sua célebre equipe, que contava ainda com ícones do porte de Miguel Brindisi, Carlos Babington, Omar Larrosa, Jorge Carrascosa e Alfio Basile. 

Aquele esquadrão quebrou um jejum do clube de 45 anos sem a taça nacional, a única da liga erguida desde a instituição do profissionalismo. 

E se isso já seria suficiente para que os campeões ficassem na memória, Menotti conseguiu ir além, montando um time extremamente ofensivo, de futebol vistoso. 

Os dribles de ‘El Loco’, afinal, eram fundamentais à estética refinada do super Huracán.

Naquela campanha do Campeonato Metropolitano de 1973, o Huracán dominou de ponta a ponta. 

Estreou com uma goleada por 6 a 1 sobre o Argentinos Juniors e logo emendou outros bailes – como os 5 a 0 no Racing e também no Rosario Central. 

Os quemeros encerraram a campanha com 19 vitórias em 32 partidas, com 62 gols marcados e sem serem muito incomodados pela concorrência. 

Se havia quem desdenhasse da afirmação quanto ao “sexto grande”, Boca Juniors, San Lorenzo, Independiente e River Plate terminaram logo abaixo na tabela. 

Já o alucinante Houseman se tornou incontestável, mesmo com tão poucos jogos pelo novo clube. 

Ao longo daquela campanha, acumulou dez gols, inúmeros passes e incontáveis dribles.

O sucesso de Houseman era tão grande que, já em maio de 1973, ele ganhou sua primeira chance na seleção argentina, convocado por Omar Sívori para um torneio amistoso contra o Uruguai. 

O ponta integrou a equipe nacional durante toda a fase preparatória e apareceu na lista final de Vladislao Cap para a Copa do Mundo de 1974. 

Aos 20 anos, o garoto – que até meses antes estava na terceirona – disputaria o seu primeiro Mundial. 

Mais do que isso, causou impacto. 

Sua atuação contra a Itália na fase de grupos é inesquecível, anotando um lindo gol de canhota no empate por 1 a 1. 

Ainda deixaria sua marca contra Haiti e Alemanha Oriental, com a Albiceleste caindo no quadrangular semifinal que também tinha a Holanda. 

O camisa 11 dividiu a mesma prateleira de Johan Cruyff, Rivellino e Pau Breitner na lista de artilheiros daquela competição. 

Foi destaque individual.

A chegada de Menotti à seleção ainda em 1974 deu uma garantia a mais para que Houseman se tornasse absoluto com a camisa celeste. 

Já no Huracán, embora tenha no máximo chegado a um vice-campeonato, desfrutava da adoração absoluta de seus torcedores – mesmo acumulando tantos episódios com contornos folclóricos. 

Um deles conta que a diretoria do Globo, para oferecer condições melhores de vida a El Loco, alugou um apartamento em Parque Patrícios. 

Queria que ele se afastasse das “más influências” de Bajo Belgrano, que poderiam atrapalhar a sua disciplina nos treinos. 

O jovem até se mudou ao novo lar e parecia adaptado à realidade. 

Porém, apenas 20 dias depois, voltou à sua comunidade. 

Era um “villero” com orgulho, e entre os seus é que se sentia bem. 

Preferia o aconchego entre os humildes casebres.

Já em 1977, aconteceu o jogo mais famoso de René Houseman. 

As noitadas eram assunto sabido e o Huracán até costumava dar uma colher de chá ao seu craque. 

Às vésperas de um duelo contra o River Plate, o ponta pediu permissão  para que ganhasse umas horas a mais antes de chegar à concentração, pois era aniversário de seu filho. 

Às dez da noite, disseram, precisaria se apresentar. 

Precavidos, os quemeros mandaram funcionários para buscá-lo em Bajo Belgrano no horário e permitiram que ele curtisse um pouco à mais, até uma hora da madrugada. 

Porém, quando concordou em partir ao hotel, o craque alegou que esquecera as chaves do carro em casa e que precisaria voltar para buscar, mas logo se juntaria à concentração. 

O que não aconteceu.

Apenas às 11 da manhã do dia seguinte é que Houseman apareceu no hotel, completamente bêbado. 

Ainda deu uma batidinha em seu carro ao estacionar, mas nada muito sério. 

“O que você queria? Tinha baile e eu adorava. Quando apareci, os dirigentes não queriam que eu jogasse, mas disse a eles: ‘Esperem, que tiro uma soneca e depois vemos’. Dormi duas horinhas. Tomei 200 xícaras de café e me deram 40 banhos de água fria, até que me recuperei, mas não de tudo”, relembrou, anos depois. 

Mesmo de porre, o ponta estava com a mira perfeita, anotando um golaço em Ubaldo Fillol. 

Saiu rindo pelo que acabara de aprontar e logo caiu no chão, pedindo substituição. 

Voltou aos vestiários para dormir e o River terminou vencendo por 2 a 1.

Participando de todos os amistosos preparatórios e das Eliminatórias, Houseman figurou na convocação final de Menotti para a Copa do Mundo de 1978. 

Segundo suas próprias palavras, não era um time tão talentoso quanto o de 1974, mas eram “melhores pessoas”

O treinador conseguiu fazer com que o senso coletivo imperasse, acima do individualismo anterior. 

E assim, a Argentina conseguiria triunfar no Mundial.

 Em uma preparação física mais restrita, El Loco sentiu o impacto em seu jogo, menos driblador e mais veloz. 

Não fez uma competição tão brilhante, embora tenha se mantido entre as opções principais do time. 

O camisa 9 foi titular em três partidas, perdendo espaço na reta final do torneio. 

Apesar disso, entrou no segundo tempo e marcou um dos gols nos 6 a 0 decisivos sobre o Peru. 

Já na final, também saindo do banco, participou da vitória por 3 a 1 sobre a Holanda, definida na prorrogação. 

Posteriormente, admitiria como ficou devendo naquele Mundial.

Houseman fez sua última aparição pela seleção em 1979, completando a expressiva marca de 55 jogos e 13 gols. 

Ainda jovem, sua carreira já começava a entrar em declínio. 

O álcool e a indisciplina começaram a interferir em seu rendimento, enquanto o Huracán sofreu um amplo desmanche na metade final dos anos 1970. 

Em 1981, aos 27 anos, encerrou sua história inquebrantável no Globo. 

Somou 266 partidas e 108 gols pelo Campeonato Argentino, em oito temporadas. 

Então, o ponta buscou uma mudança de ares e seguiu ao River Plate, onde não emplacou. 

Passaria depois pelo Colo-Colo e pelo sul-africano Amazulu, até assinar com o Independiente em 1984. 

Faz parte do elenco que conquistou a Copa Libertadores naquele ano, mas mal entrou em campo. 

Por fim, cumpriu um sonho na última etapa de sua carreira: defendeu o Excursionistas, que seguiu em seu coração mesmo depois de ser recusado. 

Aos 32 anos, após um único jogo pelos alviverdes, pendurou as chuteiras.

Apesar de tudo, Houseman continuou sendo considerado um dos jogadores mais talentosos da história do futebol argentino. 

O companheiro Carlos Babington dizia: 

“Para mim, que o vi de perto e desfrutei de milhares de treinamentos, René esteve à altura de Pelé e Maradona. Era um mágico, não repetia nunca. Sempre criava um drible novo”

Já Menotti costumava defini-lo como uma mescla entre Maradona e Garrincha.

A vida pós-futebol do ponta, aliás, se aproxima à de Mané. 

Internado por 22 dias, superou o alcoolismo no início dos anos 1990, mas se tornou um fumante inveterado. 

E, diante das dificuldades financeiras, realizaram um amistoso beneficente para ajudá-lo em 2000.

Naquele 18 de junho, o Tomás Adolfo Ducó se encheu de fãs. 

E muitos companheiros estiveram em campo: Bochini, Bertoni, Fillol, Kempes, Larrosa, Carrascosa, Brindisi, Babington, entre outros. 

El Loco era ovacionado a cada vez que pegava na bola, enquanto os torcedores gritavam seu nome. 

Já no início do segundo tempo, aconteceu algo sublime. 

Um dos portões das tribunas se abriu e centenas de pessoas invadiram o campo para abraçá-lo. 

“O que mais se lembram deste jogo é o reconhecimento das pessoas, que não se esquecem do que cada um faz no futebol”, comentou o ponta, à El Gráfico.

Houseman se manteve em Bajo Belgrano, frequentando o estádio do Excursionistas, a quatro quarteirões de sua casa. 

Ganhava uma pensão paga aos antigos campeões mundiais e, por um tempo, recebeu um auxílio do Huracán. 

“Não me falta nada, porque conquistei tudo. Fui campeão do mundo, campeão com o Globo. Além do mais, tenho minha esposa e meus filhos, que me ajudam. Quero seguir sendo livre como os pássaros, como quando jogava. Sou feliz com as pessoas que me rodeiam. Não quero seguir sofrendo na vida como já me aconteceu. Sou um ser humano comum que pôde se destacar no que trabalhou, só isso”, definiu em 2001, ao La Nación, mesmo admitindo que a disciplina poderia ter garantido uma carreira mais consistente. 

Em 2014, veio ao Brasil, mas não para acompanhar a Copa do Mundo, e sim para comentar um campeonato de favelas.

Nos últimos meses, Houseman revelou a sua luta contra o câncer, doença que matou tanto seu pai quanto sua mãe. 

A própria AFA se prontificou a bancar o seu tratamento. 

E, apesar das dificuldades, El Loco não se distanciou do futebol. 

Sua última imagem em um estádio fica para sempre: em janeiro, mesmo debilitado, o antigo ídolo esperava sentado na calçada a abertura dos portões do Tomás Adolfo Ducó, para assistir ao jogo do Huracán contra o River Plate. 

Comemorou a vitória do Globo por 1 a 0. 

O idoso seguiria sua batalha por mais algumas semanas, até descansar nesta quinta. 

Seu nome continuará ecoando nas ruas de Parque Patrícios e de Bajo Belgrano para sempre. 

Aqueles gramados e aqueles campos de terra batida ainda estão rabiscados por sua arte inapagável. 

Um villero de coração, um varzeano convicto, um driblador por essência.

Alojamento das bases e a equipe Cadete B (Sub-15) do Real Madrid...

 Imagem: Denis Doyle/Getty Images


  Imagem: Denis Doyle/Getty Images


 Imagem: Real Madrid/Getty Images


 Imagem: Real Madrid/Getty Images

Cristiano Ronaldo, entre o ego e os gols...

Imagem: Rodrigo Jiménez/EFE


Cristiano Ronaldo, entre o ego e os gols

O português não se cansa de dizer que é único e incomparável, enquanto seus números mostram que é único e, quem sabe, incomparável

Óscar Sanz para o El País

Antes de mais nada, uma notícia. 

O cavalheiro que se encarrega de manipular os sorteios da Champions League está despedido. 

A UEFA tomou esta decisão tão severa ao ver que o combinado não foi cumprido, isto é, conseguir que o Real Madrid seja sorteado com o rival mais fraco, o que acontece desde sempre. 

Não ocorreu assim nas oitavas de final, quando o Real enfrentou o PSG, nem nas quartas, onde o atual campeão jogará contra a Juventus, atual vice. 

E um erro com a temperatura das bolinhas uma vez é aceitável, porque ninguém está livre de cometer, mas dois já são relaxamento, por não dizer negligência, e bem mais quando no pote havia possíveis rivais mais acessíveis. 

A Roma? 

Isso você pode dizer, apreciado leitor.

Mas vamos ao assunto que nos interessa. 

Há poucos dias, na apresentação de novas chuteiras, o protagonista do evento declarou: 

“Quando comecei a jogar no Manchester United, comprovei que não tinha muita gente com meu talento, minha dedicação, meu esforço, minha ética... Ninguém poderá ser comparado comigo. Ninguém mais será Cristiano Ronaldo”, disse o rapaz que calçou as novas chuteiras e foi à grama do Bernabéu para marcar quatro gols. 

Assim se escreve a história de Cristiano Ronaldo, um jogador que não se cansa de dizer que é único e incomparável, uma arrogância insuportável da qual se aproveitam seus críticos, enquanto seus números sustentam que é único e, quem sabe, incomparável. 

E aqui poderíamos entrar em um debate quase filosófico sobre que é mais importante, o que se diz ou o que se faz. 

“Sou o melhor da história”, afirma Cristiano; 443 gols em 429 partidas com o Real Madrid, afirmam seus números. 

Como ficamos? 

Porque tudo é exuberante em Cristiano. 

Sua condição de falastrão e sua condição de prodígio.

Decorria tranquila aquela partida em Madri contra o Deportivo La Coruña, no qual a equipe de Zidane ganhava por 5 a 1, quando Cristiano foi cabecear uma bola e, com tanta má sorte que estava, foi golpeado na cara por um rival. 

Seu olho ficou inchado e o fez caminhar ao vestiário, depois de pegar um celular para ver a ferida. 

Foram feitas piadas de todos os tipos com a cena, brincadeiras em capas de jornais com o espelhinho, espelho da madrasta de Branca de Neve, isto sem contar os comentários sobre o tom feminino da cena. 

Pouco se disse, no entanto, sobre o fato de que Cristiano, com um 5 a 1 a favor de sua equipe, foi na bola com tanta dedicação que se machucou por marcar um gol. 

O menino parece competitivo.

Cristiano tem 18 gols nas últimas 11 rodadas da Liga, que lhe colocam com um total de 22, a três de Messi. 

De modo que o finalizado campeonato a favor do Barcelona, por méritos próprios e deméritos de Real e Atlético, fica por decidir, entre outras, a sempre interessante questão de quem será o artilheiro do torneio, o que importará ao torcedor apenas o custo de um sorriso. 

Ou alguém lembra quem foi goleador há dois anos? 

Mas o que nos move agora é adivinhar o futuro do modelo do Real Madrid, pois, dependendo do dia da semana é um o outro que estará fora e, portanto, adivinhar o futuro de Cristiano, que cobra pouco, dizem, e queira mais. 

Porque são poucos 21 milhões de euros limpos ao ano. 

E são poucos, ao que parece, por uma questão de justiça monetária. 

O problema está no que recebe Neymar, que o supera por muito com seus 40 milhões lá no condecorado PSG (neste assunto excluímos Messi porque o tema só trata de jogadores desde planeta). 

Cristiano quer mais, com bons argumentos entre seu ego e seus gols. 

quinta-feira, março 22, 2018

Direto para o gol...

Imagem: Darren Staples/Reuters 

Ney da Matta é o novo treinador do América...

Imagem: Autor Desconhecido


Ney da Matta chegou...

Seja bem-vindo.

Como é de praxe concedeu entrevista...

E como é de praxe, não disse nada de diferente de todos os outros treinadores que desembarcam, aqui, ali ou acolá.

O que deve acontecer agora?

Ney da Matta vai sentar com Eduardo Rocha, descobrir quem o presidente já contratou, observar quem ainda não foi dispensado para tentar aproveitar alguém e, depois, voltar a sentar com o presidente, listar nomes de sua confiança e interesse e esperar para ver se as condições financeiras do clube vão ou não permitir.

A partir daí, treina seu grupo e vai a luta...

Quanto tempo vai ficar?

Ninguém sabe...

Ou melhor: como todo treinador, vai permanecer enquanto as vitórias forem em número maior que os empates e as derrotas.

Arséne Wenger...

Imagem: Tom Jenkins for the Guardian

As cidades que vão receber as seleções na Copa do Mundo da Rússia...



As cidades que vão ser a base das seleções na Copa do Mundo de 2018

Grupo A

Rússia: Moscou
Arábia Saudita: Sankt Petersburg
Egíto: Grozny - Capital da Chechênia
Uruguai: Nizhny Nóvgorod

Grupo B

Portugal: Moscou
Espanha: Krasnodar
Marrocos: Vorónezh
Irã: Moscou

Grupo C

França: Moscou
Austrália: Kazán
Peru: Moscou
Dinamarca: Anapa - Mar Negro

Grupo D

Argentina: Moscou
Islândia: Gelendzhik -Mar negro
Croácia: Ilichevo
Nigéria: Balneário de Essentuki

Grupo E

Brasil: Sochi
Suíça: Togliatti
Costa Rica: Sankt Petersburg
Sérvia: Svetlogorsk

Grupo F

Alemanha: Moscou
México: Moscou
Suécia: Gelendzhik
República da Coreia: Sankt Petersburg

Grupo G

Bélgica: Mosocu
Panamá: Saransk
Tunisia: Moscou
Inglaterra: Sankt Petersburg

Grupo H

Polônia: Sochi
Senegal: Kaluga
Colômbia: Medvedkovo - República do Tartaristán
Japão: Kazán

Lovren conseguiu se livrar, mas Lascelles, não escapou do "beijo" de Karius...

Imagem: Scott Heppell/Reuters

Campeonato Potiguar... Baraúnas perde para o Força e Luz na sua despedida da primeira divisão.



Ontem em Mossoró o Baraúnas não conseguiu nem mesmo fechar sua participação no campeonato com um resultado positivo...

Perdeu para o Força e Luz, por 1 a 0, gol de Cícero Matheus aos 26 minutos do primeiro tempo.

Aliás, nem sequer conseguiu terminar o tempo regulamentar...

O apagão que atingiu o Norte, o Nordeste e o Centro Oeste do país fez com que a arbitragem encerra-se a partida aos 36 minutos do segundo tempo.

Com ou sem apagão, o tricolor de Mossoró não tinha mesmo chance...

Entrou em campo humilhado, rebaixado e confirmou ao ser derrotado que seu rebaixamento não tem como ser contestado por ninguém.

Um modo meio estranho de jogar...

Imagem: Phil Noble/Reuters

Puma fatura 14% a mais que havia faturado em 2016...



4,1 bilhões de euros faturou a Puma com vendas em 2017; o valor é 14% a mais do que a marca havia faturado com suas vendas em 2016.

Fonte: Site Máquina do Esporte

quarta-feira, março 21, 2018

Como o Peter Crouch não desmonta?

Imagem: Warren Little/Getty Images 

Copa do Nordeste... Globo derrota o ABC e ainda pensa em classificação...




Não vejo problema na derrota do ABC para o Globo... 

Os alvinegros ainda estão comemorando o tricampeonato. 

E quem precisava correr era a equipe de Ceará-Mirim... 

O empate ou uma derrota acabariam com suas pretensões na competição.

O Globo correu no primeiro tempo... 

Mas, no segundo foi muito pressionado, mas pertinho do fim acabou conseguindo o gol da vitória. 

Agora, sejamos honestos... 

O segundo gol do Globo, é aquele gol típico de quem tá levando sufoco e repentinamente uma bola rechaçada acaba sobrando no pé da alguém que aproveita a defesa adversária toda desarrumada e coloca o companheiro na cara do goleiro. 

Alex Sandro foi o tal companheiro que acabou recebendo a bola limpinha para tocar na saída do Edson e fechar o placar... 

O Globo respira, mas não será fácil, a decisão sobre se segue ou não na Copa do Nordeste.

Mesmo que o Vitória perca para o Ferroviário, hoje em Fortaleza, vencê-lo no Barradão não é tarefa fácil.

Marrocos entra na briga pela Copa de 2026...

Imagem: Autor Desconhecido


15,8 bilhões de dólares é o quanto Marrocos pretende investir para ser sede da Copa do Mundo de 2026; a escolha da sede será no dia 13 de junho.

Dia 17 de abril Rogério Caboclo será aclamado como novo presidente da CBF... já está tudo combinado.

Imagem: Autor Desconhecido


No dia 17 de abril a CBF vai eleger - ou melhor - aclamar Rogério Caboclo como o novo presidente da entidade...

Será tudo tranquilo e calmo, afinal, como toda boa ditadura, não há concorrência e o colégio eleitoral de araque já está mais do que orientado.

A chapa terá ainda os quatro vice-presidentes atuais da confederação: coronel Nunes, hoje presidente em exercício, Fernando Sarney, Gustavo Feijó e o deputado federal Marcus Antônio Vicente (PP-ES)... 

Como o novo estatuto ampliou para oito o número de vice-presidentes, também estão na chapa de Caboclo os mandatários das federações mineira, Castellar Guimarães Neto, acriana, Antônio Aquino Lopes, gaúcha, Francisco Noveletto, e baiana, Ednaldo Rodrigues.

Fecha as pernas Milner...

Imagem: Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images

Quem quiser levar Salah terá que pagar um pouco além de um Neymar...

Imagem: Lindsey Parnaby/AFP/Getty Images


Na próxima janela de verão dificilmente o Liverpool suportará a pressão para vender Mohamed Salah...

Pelo que se comenta na Europa, o Barcelona já "ronrona" pelo atacante, o Paris Saint-Germain lança olhares para o egípcio, enquanto o Real Madrid, mimado, começou a fazer beicinho e resmungar baixinho: "eu também quero".

Sabendo que os meninos ricos da Espanha e da França quando querem, gastam, o Liverpool resolveu mexer com o mercado...

Estabeleceu que o seu goleador e líder dos pretendentes a "Bola de Ouro", com 28 gols, vai valer 225 milhões de euros - ou seja, 3 milhões de euros a mais que o PSG desembolsou por Neymar.

Em tempo...

Salah custou aos donos do Liverpool - Fenway Sports Group - 38 milhões de dólares, quando foi adquirido da AS Roma.

Como parar seu adversário...

Imagem: Simon Galloway/PA 

Ronaldinho Gaúcho deve disputar cadeira de senador ou deputado federal por Brasília...

Imagem: Autor Desconhecido


Ronaldinho Gaúcho assinou a ficha de filiação ao PRB nesta terça-feira (20), em Brasília...

O ex-jogador de futebol deve ser candidato pelo Distrito Federal a senador ou deputado federal pelo partido nas eleições de 2018.

A filiação aconteceu na sede do PRB, no Lago Sul, no Distrito Federal e contou com a presença do líder do partido, Celso Russomano (PRB/SP)...

Na ocasião seu irmão, Assis, empresário do jogador também assinou a ficha de filação ao partido ligado a Igreja Universal do Reino de Deus.

Todos felizes...

Imagem: Steve Bardens/Getty Images

Busca por camisas do futebol europeu cresce 200% no e-commerce no Brasil...

Imagem: Nike


Busca por camisas do futebol europeu cresce 200% no e-commerce no Brasil

Aumento deve-se, em especial, à fase de mata-mata da Liga dos Campeões

Por Redação do Máquina do Esporte

A busca por camisas dos principais times de futebol europeus não para de crescer no Brasil. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Cuponomia, portal que reúne ofertas e cupons de desconto para compras no e-commerce, o aumento foi de até 200% no comércio eletrônico do país, apenas nos últimos 30 dias. 

O principal motivo é a visibilidade da Liga dos Campeões, que entrou na fase de mata-mata no mês passado.

Segundo o Cuponomia, a liderança em fevereiro era de camisas do Paris Saint-Germain, clube do principal astro do futebol brasileiro, Neymar. 

Na sequência, vinham Barcelona, Real Madrid e Juventus.

Já no início de março, com a eliminação do PSG pelo Real Madrid, de Cristiano Ronaldo, as camisas do time espanhol tiveram um crescimento de 15% em relação às do time francês e o dobro de procura em relação ao arquirrival Barcelona.

A pesquisa ainda revelou que o Real Madrid costuma ser o preferido dos brasileiros que vivem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. 

No Sul e no Nordeste, a preferência recai sobre o Paris Saint-Germain, enquanto no Norte o mesmo PSG fica empatado com o Barcelona, de Lionel Messi.

O levantamento ainda mostrou que o preço médio das camisas dos três principais clubes para os brasileiros fica em torno de R$ 249,90 no e-commerce. 

O que chama atenção é que as camisas de Barcelona e PSG tiveram um salto de 40% e 50%, respectivamente, para chegar a esse valor em questão de um mês. 

No início de fevereiro, era possível achar a camisa do Barcelona a R$ 179,91 e a do PSG a R$ 165,96.

Hoje, as duas alcançaram o valor cobrado pela camisa do Real Madrid, que não apresentou mudança significativa nesse período.

segunda-feira, março 19, 2018

Força e flexibilidade...

Imagem: Neel Shakilov

"Eu atribuo esse fracasso principalmente a direção do América. Nós fracassamos." Eliel Tavares, vice-presidente do América.

Imagem: Goal.com


Não vi o jogo...

Acho que não perdi nada.

Porém, quem foi perdeu seu tempo e sua paciência...

Tempo que poderia ter sido gasto com algo bem mais agradável de ver, que um bando de pernas da pau levando uma sova da rapaziada do Santa cruz, para muitos, refugo.

Já a paciência do torcedor americano que foi levada ao limite o tempo todo neste campeonato, deve ter estourado ao fim da partida...

Mais uma vez, a derrota para o Santa Cruz beneficia seu arquirrival, garantindo-lhe por antecipação o tricampeonato.

Agora, o melhor ficou para o final...

A entrevista do vice-presidente do América, Eliel Tavares, deixou claro que se fosse o América uma empresa privada, o bicho ia pegar...

Ao falar sobre a demissão do técnico Pachequinho, disse Eliel o seguinte:

"A perspectiva era de permanecer com o treinador que talvez seja o único que não tenha culpa do fracasso do América. Eu atribuo esse fracasso principalmente a direção do América e peço desculpas aos torcedores do América. Nós fracassamos."

Pois bem...

Imaginem um executivo do Chelsea afirmando isso numa entrevista...

O que faria Abramovich?

Como reagiria Mansour bin Zayed Al Nahyan (foto), proprietário do Manchester City, ouvindo o presidente do clube ou seu vice falando com a naturalidade de Eliel?

Por fim, quanto tempo Abramovich, Mansour bin Zayed Al Nahyan ou Malcolm Glazer, dono do Manchester United demorariam para demitir a turma toda depois de tal confissão?

Pois é...

No futebol brasileiro, nada nunca vai mudar, pois se mudar, os demitidos serão sempre aqueles que deveriam gerar lucro e não prejuízo.

Mezut Özil no gelado treino do Arsenal...

Imagem: Peter Cziborra/Action Images via Reuters

Campeonato Potiguar... Santa Cruz derrota novamente o América e o ABC é tricampeão estadual 2016/2017/2018.




A queda alvirrubra

Por Luiz Gustavo Ribeiro

Mais um domingo ensolarado em Natal e a atenção do fã de esporte natalense estava toda concentrada na partida do início da noite entre América e Santa Cruz, que marcaria a queda ou o mais um respiro dos alvirrubros no campeonato potiguar. 

Em meio às críticas, o treinador Pachequinho foi para a Arena das Dunas sabendo que a corda já estava em seu pescoço e qualquer deslize na partida poderia ser fatal. 

No início do primeiro tempo o América se impôs ofensivamente e aos seis minutos, Adriano Pardal conseguiu abrir o placar. 

O cenário perfeito estava sendo montado, o último respiro estava sendo prolongado e os mais de mil e duzentos torcedores presentes na Arena das Dunas se enchiam de esperança. 

Esperança que durou mais do que deveria. 

Mesmo em desvantagem no placar, o Santa Cruz dominou o jogo no primeiro tempo. 

A equipe conseguia trabalhar a bola e contava com a habilidade e a visão de jogo de seu camisa 10, o meia Moisés. 

O alvirrubro sofreu para se defender e quando obteve êxito na defesa a criação foi falha, mesmo assim resistiu aos ataques no primeiro tempo. 

Na segunda etapa, o técnico Fernando Tonet mostrou porque sua equipe é uma das sensações da competição. 

Aos 10 minutos, Xilú empata a partida para o Santa Cruz e a corda no pescoço de Pachequinho começou a incomodar mais. 

Incomodada também estava a torcida do América. 

Após “queimar” as três substituições em 14 minutos,  o treinador alvirrubro sofreu com as vaias da torcida. 

A mesma torcida que vaiava o técnico empurrava o time, mas o América não se portava como um aspirante a vitória. 

O Santa Cruz seguia impondo seu ritmo, a equipe se defendia bem, enquanto o adversário sofria com sérios problemas criativos. 

Eis que surge a grande sacada da noite, Fernando Tonet troca sua principal peça, Moisés saiu de campo aplaudido e deu lugar ao atacante Aroldinho.

O fim do jogo se aproximava e com ele o fim do campeonato também chegava de forma antecipada. 

Boa parte dos jogadores do América já se mostravam conformados com empate, mas alguns jogadores da equipe ainda tinham uma última “gota” de esperança. 

O time vermelho foi todo para frente, esse era o tudo ou nada do América, mas buscar a vitória com bolas áreas sem ninguém para cabecear, chutes bloqueados e muito desespero não é o caminho mais apropriado. 

Se para alguns religiosos Moisés é um profeta, para o Santa Cruz o profeta neste domingo se chama Aroldinho. 

O atacante marcou um gol bem decisivo. 

Decisivo para a vitória de sua equipe. 

Decisivo para coroar a atuação do Santa Cruz. 

Decisivo para o fim do campeonato. 

E decisivo para o fim do ciclo de Pachequinho no América. 

Enquanto o Santa Cruz se mostrou imponente e surpreendente, o América se despede do Campeonato Potiguar com o gosto amargo. 

Por mais decepcionante que as derrotas para o Santa Cruz tenham sido, a maior decepção da equipe foi internamente, o planejamento não foi bem feito e custou caro, mas não falo só de valores. 

O maior custo foi no sentimento dos torcedores, já que os alvirrubros encerram a noite melancólica vendo o tricampeonato do maior rival.

Antonio Rüdiger versus Bernardo Silva...

Imagem: Oli Scarff/AFP/Getty Images

Cristiano Ronaldo, do jejum de gols a vice-artilheiro da Liga da Espanha...

Imagem: Autor Desconhecido


Cristiano Ronaldo é realmente um atacante fantástico, gostem ou não...

Sem chances de lutar pelo título de campeão espanhol este ano, o português se concentrou em tentar ser o artilheiro da Liga.

Cristiano, neste fim de semana marcou quatro gols contra o Girona e chegou aos 22 gols marcados em 29 jogos disputados...

Messi é o artilheiro com 25 e seu companheiro de clube, Luis Suárez, ultrapassado pelo atacante do Real Madrid, soma 21 gols.

Lembrando que em outubro do ano passado, a diferença entre Messi e Cristiano Ronaldo era de 11 gols a favor do argentino...

Cristiano que na primeira fase do campeonato marcou apenas 4 gols em 14 partidas, na segunda fase, assinalou 18 tentos em 9 jogos.

Um chute para "testar" o goleiro...

Imagem: Darren Staples/Reuters 

Campeonato Potiguar 2018... O Baraúnas caiu para a segunda divisão.




O Baraúnas desembarcou em Açu com alguma esperança de ainda permanecer na primeira divisão do futebol potiguar...

Depois do jogo com o ASSU e da goleada sofrida, o Baraúnas embarcou de volta para Mossoró com a certeza de irá compor a tosca segunda divisão estadual.

Alguma coisa a reclamar?

Não, o Baraúnas, não tem nada para reclamar...

A derrota por 4 a 1 foi apenas o desfecho de uma história que começou a ser contada, lá atrás, quando Cícero Ramalho, contratado para treinar a equipe neste estadual, antes mesmo do primeiro treino pegou seu boné, arrumou uma desculpa e foi cuidar de sua vida.

Ninguém prestou a tenção...

Passou batido o recado de Cícero Ramalho.