Por Juca Kfouri
As parcerias são bem-vindas ao futebol desde que com um mínimo de disciplina, o que não tem acontecido no Brasil.
Basta dizer que no domingo que vem vamos viver uma situação bizarra: jogam Vitória e Palmeiras, no Barradão, em Salvador.
O Vitória sem maiores responsabilidades e o Palmeiras por uma vaga na Libertadores, sonho de sua parceira, a Traffic.
No Vitória joga Marquinhos, que é da Traffic e está prometido ao Palmeiras para o ano que vem.
Você acha que Marquinhos vai fazer um gol que tira o Palmeiras, a Traffic e ele mesmo da Libertadores?
Então será melhor não escalá-lo?
Ora, se ele não jogar será em prejuízo do seu time atual e em benefício do futuro.
Se jogar e jogar mal, será mal falado.
Se jogar e jogar bem e eliminar o Palmeiras, a ética estará salva.
Mas quem se preocupa com a ética em nosso futebol?
Só há um meio de evitar esse tipo de conflito: impedir que uma mesma empresa como a Traffic tenha interesses em mais de um clube.
E a Traffic, como outras empresas, tem interesses em muito mais do que em dois clubes como no caso de Palmeiras e Vitória.
Tem interesses no Santos, no Flamengo, no Corinthians, no São Paulo, no diabo a quatro.
O Grupo Sondas, por exemplo, tem também, e por aí afora.
Não pode dar certo.
Marquinhos jogará contra o Palmeiras?
E se jogar, jogará bem ou mal?
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