A mentalidade do dirigente brasileiro é confusa, a lógica que impera é a lógica da contradição...
Saulo Minah, presidente do Campinense Clube declarou à imprensa que a negociação para a contratação de Freitas Nascimento para ocupar o cargo de Argel Fucks no comando técnico de sua equipe: “está 90% certa”!
Até aí, tudo bem, tudo certo, tudo como manda o figurino do mundo da bola, mas...
Em seguida Saulo Minah dispara a frase que se analisada com um mínimo de calma desnuda claramente o mundo confuso e contraditório em que vivem nossos simpáticos, apaixonados e incompetentes dirigentes.
- “Esperamos, que ele nos ajude a tirar o Campinense dessa situação e melhore a campanha pífia de agora. Ele nos levou à Série B no ano passado e agora, tem condições de nos manter nela”!
Então?
Perceberam?
Se Freitas Nascimento foi capaz de levar o Campinense às portas da elite do futebol brasileiro, inserido o Campinense entre os pretendentes a ascensão a Série A, por que então, não lhe foi dada a honra de comandar a equipe na Série B?
Se Freitas Nascimento não foi reconhecido à época como capaz para tal feito, por que agora, o é?
Simples...
Ninguém em sã consciência e com um nome a zelar vai querer pegar no timão da nau “furada” e com o leme avariado que deriva no oceano confuso e contraditório do “Almirante Saulo Minah”.
Nossos dirigentes lembram aquele sujeito que simplório e desprovido de recursos, estudou, lutou e com esforço formou-se em direito.
Ajudado por sua esposa Maria Ninguém, perseverou e suou por anos a fio, até que com méritos, passou num concurso e tornou-se juiz federal.
Competente, reconhecido e respeitado por seus pares, desfilou faceiro e altivo nas altas rodas jurídicas do país e aí, informou contrito e tristonho aos amigos que estaria providenciando sua separação conjugal.
Diante do espanto dos mais próximos, sentenciou: “ela é uma ótima mulher, devo muito a ela, mas infelizmente não evoluiu, continua a mesma e preciso de alguém capaz de entender e compreender esse novo mundo do qual agora faço parte”.
Semanas depois, nosso personagem passa a ser visto com uma loura monumental, sorriso de propaganda de dentifrício, coxas torneadas e bronzeadas, decote capaz de silenciar os mais exaltados, nádegas firmes e arrebitadas, barriguinha de nadadora, cabelos de anuncio de xampu e capaz de passar horas e horas a entreter os extasiados amigos do douto juiz, sobre seu doutorado em ciências físicas e exotéricas, concluído com louvor em Mônaco.
A Maria, sua primeira mulher, hoje vive em algum lugar, compensada pela pensão de ex-esposa do nobre juiz, como forma de reconhecimento jurídico/moral pelos anos que se dedicou ao João Ninguém que ela ajudou a se tornar um João Alguém.
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