A desclassificação do Fluminense
para o Boca Juniors, depois do empate em 1x1 em pleno Engenhão, me fez pensar
um pouco sobre um tema que costuma ser recorrente no cotidiano dos
brasileiros...
O “ódio” e o menosprezo de alguns
em relação ao futebol argentino.
Tenho dúvidas se esse “ódio” e
esse menosprezo não trazem lá fundo, uma pitada de inveja pela postura
aguerrida, determinada, combativa e repleta encenações e ações destinadas a
pressionar o árbitro e desestabilizar os adversários, por eles tão bem
feitas...
Por outro lado, nenhuma pessoa sã
pode negar que assim como aqui, a habilidade no trato com a bola dos moços
nascidos em terras argentinas tem algo de especial, de diferente e de
encantador.
Talvez essa seja outra possível
razão para que se cultue no Brasil o eterno nariz torcido em relação aos nossos
vizinhos do lado sul do continente.
Afinal, sempre nos foi dito que
"malandro" e craque, só nasce por aqui.
Entretanto, se reinamos nas Copas
do Mundo, no continente em que ocupamos mais da metade das terras, temos que
nos curvar, diante de seus clubes e de sua seleção.
Ontem, o Fluminense, tido e
havido como favorito, aprendeu uma dura lição...
No futebol, um argentino só está “morto”,
quando devidamente enterrado e a missa de sétimo dia foi devidamente celebrada.
O Boca veio para pressionar e
desestabilizar...
Mesmo depois de sofrer o gol de
Thiago Carleto logo aos 17 minutos do primeiro tempo, manteve a mesma toada...
Aparentemente imobilizado, usou e
abusou da catimba (produto que julgamos ser verde e amarelo legítimo) sob a
batuta do velho e incansável Riquelme.
O Fluminense ainda teve uma
chance, mas Rafael Moura, não é Fred e por isso, desperdiçou.
O palco estava armado para as
emoções das cobranças de penalidades...
Estava...
Acontece que aos 45 minutos,
depois de Rivero obrigar Diego Cavalieri a fazer dois milagres, a bola sobrou
para Santiago Silva e este, a empurrou para o fundo das redes...
Ali acabou o sonho tricolor de
buscar o seu primeiro título continental...
Já o Boca Juniors, está na briga
pelo hepta.
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