terça-feira, maio 15, 2012

Messi foi uma aposta que o Barcelona bancou...



Aos 8 anos ele era autista...

Aos 13, um anão que via o mundo a 1,10 metros do solo...

Algum anos depois, à base de tratamento hormonal e 59 centímetros mais alto, o menino nascido em Rosário na Argentina no dia 24 de junho de 1987, começou a escalada rumo ao topo do mundo do futebol.

Seu nome?

Lionel Andrés Messi.

Messi começou sua saga no Abanderado Grandoli, clube próximo a sua casa no bairro de Las Heras.

Jogou sua primeira partida aos 4 anos ao ser chamado pelo treinador do infantis apenas para completar o time...

Completou e ficou.

Aos 7 anos, ingressou nas categorias menores do Newell's Old Boys, mas ao 11, sua família descobriu que Messi sofria de uma patologia hormonal que retardava o crescimento ósseo e por consequência, seu crescimento.

Os prognósticos dos médicos eram arrasadores: sem um tratamento eficaz, Messi estaria condenado ao nanismo.

O tratamento consistia em injeções alternadas em cada perna toda noite e o custo era de 900 doláres mensais...

Durante um ano e meio, a fundação em que Jorge Messi, pai do pequenino Messi trabalhava custeou o tratamento, mas por falta de recursos, o auxílio foi suspenso.

Sem dinheiro para dar prosseguimento à medicação, Jorge Messi procurou a direção do Newells Old Boys, clube em que desde os 10 anos o pequenino Messi fintava meninos com o dobro de sua altura e marcava gol e mais gols, para que o ajudasse no tratamento de seu filho...

O pedido foi negado e então, Messi foi oferecido ao River Plate...

Diante da possibilidade de perder o jovenzinho, o Newell's Old Boys ofereceu 200 dólares a titulo de ajuda para custear as despesas com as injeções, mas o dinheiro era insuficiente e Messi voltou a ser oferecido ao River Plate, mas este, achou que o investimento não era compensador e disse não.

Sem opção, mas decidido a lutar pela saúde do filho e confiante no talento do garoto, Jorge Messi entrou em contato com uma prima de sua mãe que vivia em Lérida na Catalunha e após receber o sinal verde, vendeu o pouco que tinha, recolheu as parcas economias e embarcou com a família para a Espanha.

Acolhido na casa da prima de sua mãe com sua família, Jorge Messi levou seu filho a um campo de futebol onde um olheiro do Barcelona garimpava jovens talentos...

Imediatamente, o olheiro indicou o Messi para testes no Barcelona.

Ao chegar a capital da Catalunha, Messi encantou Josep María Minquella, o mesmo homem que havia trazido Maradona para o Barcelona, mas faltava convencer o presidente Joan Gaspart e o diretor esportivo, Carlos Rexach...

O motivo da dúvida de Gaspart e Rexach era se valeria a pena aceitar proposta de Jorge Messi: pagar o tratamento do garoto e custear a mudança definitiva dos Mesi para a Espanha.

Josep María Minguella então, traçou um plano para convencer Rexach e marcou um amistoso entre o Infantil B do Barcelona contra o Infantil A...

Não precisou fazer mais...

Diante de meninos dois anos mais velhos e fisicamente muito mais fortes, o pequenino Messi brilhou e sem pestanejar, Rexach decidiu apostar no futuro...

"Eu o contratei em 30 segundos! Ele me chamou muita atenção. Em meus 40 anos de futebol, jamais havia visto coisa semelhante. De cinco situações de gol, converteu quatro. E tem uma habilidade excepcional. Me lembrou o melhor Maradona. Seu primeiro contrato eu assinei, simbolicamente, em um guardanapo. Queria contratá-lo o quanto antes. Não podia deixá-lo escapar", disse Rexach tempos depois.

Durante 42 meses, Messi diáriamente recebeu injeções de somatropina, droga inscrita na tabela de produtos proíbidos pela Agência Mundial Antidopagem, e só permetida para fins terapêuticos.

Ao final do tratamento em 2003, o pequeno Messi, havia se tornado um "rapagão" de 1,69 metros.

Sua estréia na equipe principal do Barcelona aconteceu no dia 16 de novembro de 2003 diante do Porto de Portugal, na inauguração do Estádio do Dragão.

Messi tinha então, 16 anos.

Bem, de lá para cá, todos sabem o que aconteceu.

Entretanto, sua permanência no Barcelona chegou a correr riscos...

Ao receber a solicitação do Barcelona da documentação de Messi, o Newell's Old Boys criou caso e se negou a enviar.

Os dirigentes argentinos, surpresos, queriam melar a negociação e prender Messi...

Foi necessário que Joan Gaspart pedisse a intervenção da FIFA, que acabou por liberar Messi.

Mas o clube catalão ainda precisou enfrentar um outro concorrente...

Desta vez mais forte e mais robusto...

Arsène Wenger, treinador do Arsenal de Londres e famoso por buscar jovens valores desconhecidos e os lapidar, convidou Messi para se transferir para a Inglaterra, juntamente com Cesc Fàbregas...

Messi ficou e ninguém no Barcelona se arrependeu de chamá-lo para uma conversa, aumentar seu salário e prorrogar seu contrato.

Na Argentina, tanto o Newll's Old Boys, como o River Plate, sileciam sobre a brutal falta de visão e total incapacidade de assumir os riscos que diferenciam um vencedor de um ganhador.

Mas, o silencio apenas mostra a vergonha e a falta de coragem de assumir um gigantesco erro...

Coisa que alías, não me espanta...

Já que esta é uma caracteristica bem comum na bela e paradisíaca América do Sul.




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