Argumentos sólidos e não
choradeira vazia...
Números e não acusação descabida
de preconceito...
Propostas e não vitimização...
Ação e não romaria a gabinetes políticos
para pedir ajuda e receber migalhas.
Esta foi à postura do presidente
do Sevilha da Espanha durante toda sua luta pela distribuição mais equânime das
cotas de televisão na Liga Profissional da Espanha.
Nos últimos três anos, José Maria
Del Nido, presidente do Sevilha lutou para convencer o Real Madrid, o Barcelona,
o Atlético de Madrid e redes de televisão que sem uma distribuição mais igualitária
das cotas entres os clubes disputantes da primeira e da segunda divisão, o
campeonato espanhol estaria fadado ao insucesso.
Del Nido sabia que questões
comerciais sempre nortearam a distribuição das cotas...
Quem mais vende mais recebe...
Quem está inserido em mercados
mais pujantes, tem a preferência dos patrocinadores.
Mas, inteligente, percebeu que essa
lógica econômica com o passar do tempo alongaria a distância dos
grandes...
Apequenando os médios e diminuindo
ainda mais os pequenos.
Para o campeonato, seguir cegamente
a lógica econômica traria a médio e longo prazo consequências catastróficas.
Agora, Del Nido em recente
entrevista afirma que enfim, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid estão
se dando conta de que tudo que ele afirmou é realidade e não choramingo.
“Por fim, eles perceberam. Somos
o último entre os grandes campeonatos da Europa. Somos o campeonato menos competitivo,
o que menos contrata e o que mais tem perdido jogadores para o exterior”,
afirmou Del Nido.
“Por outro lado, tem havido uma
crescente diminuição de público em nossos estádios, pois nosso campeonato é o que
tem a maior diferença entre o primeiro e o terceiro colocado”.
As propostas que o Sevilha e o
grupo de clubes contrários a atual forma de distribuição das cotas, apresentou
novamente propostas que visam melhorar a repartição das cotas e desta vez, Real
Madrid, Barcelona e Atlético as estão analisando.
Del Nido não é nenhum tolo e sabe
perfeitamente que será impossível quebrar a lógica econômica, mas diminuir a
distância e tornar o campeonato mais atraente é perfeitamente possível...
O capitalismo pode ser frio, insensível
e até cruel, mas não é suicida.
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