domingo, março 10, 2013

A luta para libertar os 12 corintianos continua...



Daqui a pouco, você verá no programa Fantástico a entrevista de um perito que “provará” que o menor que se apresentou como autor do disparo do sinalizador que matou o estudante boliviano no estádio Jesús Bermudéz em Oruro, é realmente o culpado.

Nunca antes na história deste país se viu tanto empenho no sentido de culpar alguém para livrar da cadeia outros alguéns.

Incrível.

Não existe até aqui, provas contundentes contra os 12 corintianos presos na Bolívia, mas também está claro que a história de H.A.M é cheia de nós.

As autoridades bolivianas mantiveram detidos em seu território os suspeitos por razões bem fáceis de explicar:

Longe da Bolívia, os 12 suspeitos estrão livres e fora do alcance da justiça daquele país e, no Brasil, certamente o caso cairá no esquecimento...

A impunidade em nosso país, não é segredo para ninguém.

Ronald Biggs é um clássico para os estrangeiros, sem contar é claro com o caso Cesare Battisti.

Portanto, veja a reportagem com seu senso crítico bastante aguçado...

O autor da matéria é o jornalista Valmir Salaro que encontrou o tal perito e o convenceu a explicar para todos nós como e porque H.A.M é o responsável pela tragédia de Oruro.

Aqui vai um pequeno histórico da carreira de Valmir Salaro, pinçado no blog do Paulinho.

A carreira de Valmir Salaro


Por Paulinho

Salaro, que já foi assessor de Luís Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo e conselheiro do Corinthians, ficou conhecido nacionalmente por um erro gravíssimo, talvez o mais famoso da história do jornalismo brasileiro.


Pelo Jornal Nacional, o repórter foi o primeiro a atestar a informação, comprovadamente mentirosa, de que seis pessoas, entre eles um casal de japoneses, dono da Escola Base, teriam molestado um menor de idade.


Praticamente acabou com a vida dos envolvidos.


A matéria levou a prisão dos inocentes, descobrindo-se, posteriormente, tratar-se de uma farsa.


Escândalo que até hoje é referência de como não se deve praticar o jornalismo, utilizado nos principais cursos de comunicação em Faculdades, e que foi contado em diversas publicações, em que a atuação de Salaro é amplamente criticada.


Como por exemplo, no livro “Os abusos da Imprensa”, de Alex Ribeiro.


http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/cultura/tercedi%C3%A7%C3%A3o/cultura1.htm


Mas não é só de Escola Base que a história de “reportagens” estranhas de Valmir Salaro pode ser contada.


Há uma contestada entrevista, tempos atrás, com um homem que aparece de costas, e se diz ser matador da PM, com mais de uma centena de mortes nas costas, e que muita gente diz ser fabricada.


Nunca se confirmou nenhum dos dados relatados na matéria.


Outro caso, ainda mais famoso, foi a celebre entrevista realizada por Salaro com o Casal Nardoni, que mais parecia um horário comprado na televisão, se é que não foi, em que nenhuma pergunta “difícil” foi feita aos assassinos, deixando a impressão, para os desavisados, de que poderiam ser inocentes.


Um momento triste do jornalismo.


Outra distorção, grave, porém pouco conhecida do repórter, ocasionou revolta da Força Área Brasileira, que, em Nota Oficial, o tratou como mentiroso e fabricante de reportagens.


O jornalista, de maneira aparentemente leviana, distorceu fatos que levavam a crer que todos os voos brasileiros eram inseguros, no intuito claro de criar pânico no telespectador.


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-fab-responde-ao-fantastico


Recentemente, Salaro foi notícia, novamente, ao ser ouvido como testemunha de DEFESA do assassino Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta, em 2004.


Um “currículo” de vida e profissional que qualificam o jornalista para socorrer a emissora em que trabalha, e seus parceiros, sem nenhum compromisso com o público a ser atingido e, principalmente, com a veracidade dos fatos.


Nenhum comentário: