Imagem: Autor Desconhecido/Arte:Brum/Arte: Fernando Amaral...
Dúvida
Por onde mesmo começar?
É melhor voltar um pouco no tempo...
Não muito...
Só um pouquinho.
Uns poucos passos atrás
Fim do segundo turno, o América que havia ganho com todos os
méritos o primeiro turno do Corinthians de Caicó, teria pela frente na final
do segundo turno, o Potiguar...
Favas contadas pensaram muitos.
É entrar, jogar e garantir a taça de campeão sem precisar de
uma final entre vencedor do turno e vencedor do returno.
Mas...
Havia uma pequena questão a ser levada em conta.
Dar “um liso” no campeonato implicaria em permitir que o
ABC, o maior e mais importante rival chegasse a Copa do Nordestes de 2014 e, “perder”,
eliminaria qualquer possibilidade do alvinegro vir a participar da festa maior
do futebol nordestino.
Coincidentemente, o América “perdeu” o segundo turno...
Repito, coincidentemente...
Ninguém nunca poderá afirmar qualquer coisa diferente disso.
A derrota na verdade não abalou ninguém.
A finalíssima colocaria as coisas nos seus devidos
lugares...
Afinal, os rubros estavam a 18 partidas sem perder e, tinham
a melhor campanha do campeonato.
O bicampeonato era apenas uma questão de tempo.
No entanto, antes, a Copa do Brasil exigia a presença em
campo dos americanos para enfrentar o Atlético Paranaense...
Jogo duro...
Entretanto, os 18 jogos invictos por essas bandas
justificavam o otimismo que era possível aprontar, dificultar as coisas por
aqui e, depois, ir ao Paraná e ver o que o destino decidiria.
Camisas novas foram encomendadas...
Laranjas como as que Rep, Neeskens, Resenbrink, Cruyff e companhia
eternizaram.
Estádio ainda em fase de acabamento, porém, com cheirinho de
novo e bem mais próximo, foi o palco escolhido para receber o Atlético, a
televisão e a empolgada torcida americana.
Tudo pronto, tudo certinho...
Mas, não deu.
Indiferente a invencibilidade de 18 partidas, pouco
preocupado com o novo estádio e sabedor que aquelas camisas laranjas não
vestiam quem as tornou eternas, o Atlético impiedosamente goleou... 6 à 2 foi o
resultado final.
Triste...
Porém, a melancólica eliminação da Copa do Brasil que
deveria ter servido para uma reflexão, precisava ser rapidamente esquecida como
pregaram torcedores, dirigentes e imprensa.
Erro grave...
São as derrotas que ensinam e, por isso, não devem ser
esquecidas e sim, lembradas, esmiuçadas, estudadas a exaustão.
Acontece que o bicampeonato estava batendo às portas e não
havia tempo para reflexões...
Era preciso agora, vencer e apagar o vexame.
Pelo que vimos nada deu certo.
O dia D
De volta ao Barretão, semiacabado – me desculpem, mas vou
continuar a grafar com um só “T”. É menos pernóstico e menos afetado - o América depois do empate em Mossoró, estava
pronto para comemorar a segundo título estadual consecutivo...
E tinha motivos para isso...
Seu elenco tinha mais peso, seu técnico mais estampa e sua
torcida presente garantiria o incentivo necessário...
O “Menino Maluquinho” e seus pupilos não seriam capazes de
continuar a aprontar “maluquices”.
Seriam devidamente batidos, parabenizados por sua luta e
mandados de volta para Mossoró com a consolação do vice-campeonato.
Isso era o que estava previsto nos desejos de todos os
americanos.
Entretanto, as previsões começaram a falhar quando a energia
falhou e o “Futebol em Tom Maior” silenciou...
Equipes postadas, árbitros postados e, Camila Masiso e Diogo
Guanabara, os cantores, prontinhos...
Mas...
Nada.
Sem energia, não havia como ligar microfones e sem eles, os
cantores só teriam sucesso se conseguissem que todos cantassem em uníssono, mas
como ninguém sabe a letra do Hino Nacional na íntegra, o melhor foi cancelar...
Dos vexames, o menor.
Bem, ao menos os artistas puderam ver o jogo na companhia
das autoridades presentes.
Quando a bola rolou, o América cheio de si, foi para cima...
Encontrou um Potiguar fechadinho, manhoso e pronto para
beliscar no contra-ataque...
Só que quem beliscou foi Índio Oliveira.
Beliscou aos 37 minutos do primeiro tempo.
Um justo 1 à 0 a favor do América.
Justo e tranquilizador...
Ao fim da primeira etapa a torcida do América foi curtir seu
lanche e trocar comentários certa de que os 45 minutos finas seriam tensos, mas
não trariam nenhuma surpresa desagradável.
Na volta para a segunda etapa o jogo continuou com o América
mantendo a posse de bola e o Potiguar ne espreita...
Por pouco tudo terminava como o esperado...
Thiago Adam teve o gol do título em seus pés...
Soltinho, livrinho e sem nada além das redes à sua frente, o
atacante fez o pior...
Chutou, canelou ou, sei lá o que, e mudou a trajetória da
bola...
Para redes ela não foi.
Pouco tempo depois, na intermediária, uma falta a favor do
Potiguar.
Faltinha sem perigo, dessas comuns e que acontecem em todos
os jogos...
Cobrada sem pretensão, acabou entrando...
Entrando não...
A bola teve a permissão do goleiro Dida para entrar.
Tanto que entrou tímida e quase não chega nas redes.
Silencio...
Frio na espinha...
Angustia e preocupação...
Será que vamos mesmo ter que decidir nos pênaltis, pensaram
imaginou eu, os americanos cabisbaixos.
Não deu outra...
O Potiguar aprontou novamente.
1 á 1...
Decisão por pênaltis.
E agora?
Roberto Fernandes reuniu seus craques e decidiu quem iria
bater...
Do outro lado, o “Menino Maluquinho” chamou seus pupilos de
fez o mesmo...
Tudo pronto tudo certo...
Lá vão eles...
América – Cascata: marcou.
Potiguar – Chiquinho: marcou.
América – Renatinho: perdeu.
Potiguar – Paulinho: marcou.
América – Índio: marcou.
Potiguar – Geovani: perdeu.
América – Índio Oliveira: marcou.
Potiguar – Lima: marcou.
América – Allison: marcou.
Potiguar – Santos, goleiro: marcou.
Tudo igual...
Cobranças alternadas solucionam a questão.
Itamar, atacante e artilheiro é o escolhido...
Vai para a bola e... perde.
Radames, o atacante reserva é o escolhido...
Vai para bola e...
Adeus bicampeonato...
Potiguar é o Campeão Norte-rio-grandense de Futebol de 2013.
6 comentários:
Isso prova que o Potiguar foi campeão do segundo turno por mérito, e não porque o América deixou. MAS, se deixou, então sofreu as consequências de ter subestimado o maior clube de futebol do interior do RN. De uma ou outra maneira, o Potiguar provou que há de se respeitar qualquer adversário, seja ele quem for!
Procede a informação de que há uma maldição em nosso campeonato estadual?
Que de umas 4 ou 5 temporadas para cá, o campeão do 1° turno não conquista o Estadual?
Realmente nao podemos provar que o américa entregou o segundo turno, mas os fatos estão aí e indicam que foi entregue mesmo.
Agora o que me espanta é que tem gente de vermelho dizendo, após a perda do título, que pelo menos o Mais Querido nao participará da Copa do NE em 2014!
Patético!
FABIANO COSTA ABC FC 2013
Acho que posso responder sua pergunta. Andei pesquisando e o último campeão do primeiro turno e que foi campeão do estadual foi o Assu em 2009. De lá pra cá, sempre o campeão do segundo turno levou o estadual. ABC (2010 e 2011), América (2012)e Potiguar (2013)
Agora são 45 vices para "coleção" kkkkkkk...
Espera-se por parte da direçao uma punição exemplar aos atletas americanos que participaram das deploráveis cenas de violência ao término da partida!! UM ABSURDO!
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